Na festa dos 25, Conic reforça reconhecimento mútuo do batismo
SÃO PAULO, 19 de novembro (ALC) - Denominações reunidas no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) ratificaram, na quinta-feira, 15, o Ato de Reconhecimento Mútuo da Administração do Sacramento do Batismo. A assinatura integrou as comemorações dos 25 anos de fundação do organismo ecumênico nacional.
Com o documento, as igrejas-membro do CONIC - Anglicana, Católica Romana, Cristã Reformada, Evangélica de Confissão Luterana, Presbiteriana Unida e Ortodoxa Siriana - reconhecem mutuamente a validade do batismo, no caso da passagem de membros de uma igreja para a outra.
“Cristãos sinalizam os pontos comuns da sua fé, o que contribui para o diálogo e a paz entre os povos”, declarou o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, ao destacar a importância do acordo para o movimento ecumênico. A cerimônia reuniu cerca de 400 pessoas no Mosteiro São Bento, na capital paulista.
A assinatura do documento integrou a programação do I Congresso Missionário Ecumênico do Conic, reunido em São Paulo, de 14 a 17 de novembro. Líderes de 14 dos 18 núcleos regionais do organismo tiveram a oportunidade de pela primeira vez se reunirem, quando refletiram a respeito da atuação ecumênica nas diversas regiões do país.
No evento, foi amplamente discutida a necessidade de revitalização das atividades dos núcleos regionais, a partir de propostas como a ampliação da relação com outras denominações e maior envolvimento de leigos e leigas em atividades pastorais. As propostas devem vir condicionadas a um planejamento estratégico e às diretrizes do Conic.
Na quinta-feira, 15, pela manhã, a diretoria do Conic promoveu um café inter-religioso, quando líderes do judaísmo, do islamismo e da religiosidade de matriz africana foram recepcionados pelo presidente do organismo ecumênico, pastor Carlos Moeller.
A ialorixá Carmen de Oxum, dirigente do Ileolá-Oniaxé, destacou o tom histórico do evento, ao afirmar que “somente com o entendimento e a constante participação comum de diferentes segmentos religiosos é que será possível construir a paz sonhada pelas religiões”.
As religiões, além de servirem a Deus, devem se esforçar “pela paz e pelo entendimento mútuo”, declarou o xeique Armando Hussein Saleh, da comunidade muçulmana de São Paulo. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lírio Rocha, lembrou a infelicidade de religiosos que se prestam mais a conflitos e atitudes intolerantes, como tem sido boa parte da história das religiões.
Para o diretor do Colégio I. L. Peretz, professor Nelson Rozenchan, o diálogo inter-religioso “é um momento para aprender, ensinar e agir”. Dom Lírio Rocha destacou o privilégio que significa para as religiões se colocarem a favor do diálogo, da comunhão e dos esforços em favor da paz.
Na sexta-feira, 17, foram homenageadas pessoas que ajudaram o organismo a construir sua história de testemunho e de serviço pela unidade cristã. Carlos Moeller lembrou os que trilharam a caminhada do movimento, sobretudo na organização e consolidação do Conic.
Representados por parentes próximos, o Conic reconheceu o engajamento do bispo católico dom Ivo Lorscheiter, dos bispos anglicanos Sumiu Takatsu e Arthur Kratz, do bispo metodista Isaac Rodrigues Aço, dos pastores luteranos Bertholdo Weber e Godofredo Boll, e do pastor presbiteriano Jaime Wright, todos já falecidos.
O exemplo dos que militam pela causa ecumênica no presente também foi lembrada, dentre eles os pastores luteranos Gottfried Brakemeier e Ervino Schmidt, o bispo católico Aloísio Sinésio Bohn, o padre Jesus Hortal e a leiga Therezinha Motta Lima da Cruz. Foram destacados, ainda, o pastor presbiteriano Joaquim Beato, os bispos anglicanos Orlando dos Santos e Glauco Soares de Lima, o bispo Adriel de Souza Maia e a reverenda Margarida Ribeiro, metodistas.
Por decisão da Igreja Metodista de se distanciar de organismos que tenham a presença de católicos romanos, o bispo Adriel de Souza Maia não pôde receber pessoalmente a homenagem. Membros da diretoria do Conic foram, então, até a Igreja Metodista de Rudge Ramos, São Paulo, onde o bispo Adriel presidia a celebração da Santa Ceia do Concílio Regional da igreja, reunido nesses dias.
O presidente do Conic e o presbiteriano Gerson Urban entregaram ao bispo Adriel uma placa. Emocionado, o bispo Adriel não quis comentar a homenagem, mas fez questão de agradecer a dignidade dos colegas que deixaram a agenda do I Congresso Ecumênico, na capital, para testemunhar aos metodistas o carinho que lhe dispensam. O Concílio aplaudiu o seu bispo e o gesto de carinho do Conic.
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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
Rua Ernesto Silva, 83/301
93042-740 São Leopoldo - RS
Telefone (51) 3592.0416
Correo-e: edelbehs@alcnoticias.org
http://www.alcnoticias.org
Com o documento, as igrejas-membro do CONIC - Anglicana, Católica Romana, Cristã Reformada, Evangélica de Confissão Luterana, Presbiteriana Unida e Ortodoxa Siriana - reconhecem mutuamente a validade do batismo, no caso da passagem de membros de uma igreja para a outra.
“Cristãos sinalizam os pontos comuns da sua fé, o que contribui para o diálogo e a paz entre os povos”, declarou o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, ao destacar a importância do acordo para o movimento ecumênico. A cerimônia reuniu cerca de 400 pessoas no Mosteiro São Bento, na capital paulista.
A assinatura do documento integrou a programação do I Congresso Missionário Ecumênico do Conic, reunido em São Paulo, de 14 a 17 de novembro. Líderes de 14 dos 18 núcleos regionais do organismo tiveram a oportunidade de pela primeira vez se reunirem, quando refletiram a respeito da atuação ecumênica nas diversas regiões do país.
No evento, foi amplamente discutida a necessidade de revitalização das atividades dos núcleos regionais, a partir de propostas como a ampliação da relação com outras denominações e maior envolvimento de leigos e leigas em atividades pastorais. As propostas devem vir condicionadas a um planejamento estratégico e às diretrizes do Conic.
Na quinta-feira, 15, pela manhã, a diretoria do Conic promoveu um café inter-religioso, quando líderes do judaísmo, do islamismo e da religiosidade de matriz africana foram recepcionados pelo presidente do organismo ecumênico, pastor Carlos Moeller.
A ialorixá Carmen de Oxum, dirigente do Ileolá-Oniaxé, destacou o tom histórico do evento, ao afirmar que “somente com o entendimento e a constante participação comum de diferentes segmentos religiosos é que será possível construir a paz sonhada pelas religiões”.
As religiões, além de servirem a Deus, devem se esforçar “pela paz e pelo entendimento mútuo”, declarou o xeique Armando Hussein Saleh, da comunidade muçulmana de São Paulo. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lírio Rocha, lembrou a infelicidade de religiosos que se prestam mais a conflitos e atitudes intolerantes, como tem sido boa parte da história das religiões.
Para o diretor do Colégio I. L. Peretz, professor Nelson Rozenchan, o diálogo inter-religioso “é um momento para aprender, ensinar e agir”. Dom Lírio Rocha destacou o privilégio que significa para as religiões se colocarem a favor do diálogo, da comunhão e dos esforços em favor da paz.
Na sexta-feira, 17, foram homenageadas pessoas que ajudaram o organismo a construir sua história de testemunho e de serviço pela unidade cristã. Carlos Moeller lembrou os que trilharam a caminhada do movimento, sobretudo na organização e consolidação do Conic.
Representados por parentes próximos, o Conic reconheceu o engajamento do bispo católico dom Ivo Lorscheiter, dos bispos anglicanos Sumiu Takatsu e Arthur Kratz, do bispo metodista Isaac Rodrigues Aço, dos pastores luteranos Bertholdo Weber e Godofredo Boll, e do pastor presbiteriano Jaime Wright, todos já falecidos.
O exemplo dos que militam pela causa ecumênica no presente também foi lembrada, dentre eles os pastores luteranos Gottfried Brakemeier e Ervino Schmidt, o bispo católico Aloísio Sinésio Bohn, o padre Jesus Hortal e a leiga Therezinha Motta Lima da Cruz. Foram destacados, ainda, o pastor presbiteriano Joaquim Beato, os bispos anglicanos Orlando dos Santos e Glauco Soares de Lima, o bispo Adriel de Souza Maia e a reverenda Margarida Ribeiro, metodistas.
Por decisão da Igreja Metodista de se distanciar de organismos que tenham a presença de católicos romanos, o bispo Adriel de Souza Maia não pôde receber pessoalmente a homenagem. Membros da diretoria do Conic foram, então, até a Igreja Metodista de Rudge Ramos, São Paulo, onde o bispo Adriel presidia a celebração da Santa Ceia do Concílio Regional da igreja, reunido nesses dias.
O presidente do Conic e o presbiteriano Gerson Urban entregaram ao bispo Adriel uma placa. Emocionado, o bispo Adriel não quis comentar a homenagem, mas fez questão de agradecer a dignidade dos colegas que deixaram a agenda do I Congresso Ecumênico, na capital, para testemunhar aos metodistas o carinho que lhe dispensam. O Concílio aplaudiu o seu bispo e o gesto de carinho do Conic.
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