09 outubro, 2006

Heloisa Helena nunca representará as mulheres do Brasil

Por: Maria Newnum

Quase 52% do eleitorado brasileiro constituí-se de mulheres. É, ou deveria ser ultrajante o fato de que apenas duas, tenham concorrido à cadeira da presidência em 2006.

Lastimável, que a candidata de maior destaque tenha sido a raivosa Heloisa Helena; a mesma que foi expulsa do Partido dos Trabalhadores e que ao invés de demonstrar que mulheres não agem com a mesma truculência de certos homens; repetiu a fórmula avisando que quem se manifestar publicamente a favor de Lula ou Alckmin será expulso do minúsculo PSOL.

Por essas e outras, Heloisa Helena deixa evidente sua inaptidão de representar as brasileiras, as quais se quisessem, poderiam definir todos os cargos políticos do país.

Como afirmam alguns, não são os quesitos superficiais de beleza e charme que incapacitam Heloisa Helena de representar as brasileiras, mas o quesito “coerência”.

A primeira oportunidade que poderia demonstrar o contrário foi perdida antes mesmo de laçar-se candidata. Uniu-se a um dos que sempre considerou “espúria da sociedade capitalista, político carreirista e coronel da Bahia”. Isso mesmo, fez conchavo com Antônio Carlos Magalhães e passou a chamá-lo de “Paim”, (traduzindo: paizinho) na tentativa de aprovar um salário mínimo que traria rombo estratosférico ao país, simplesmente pela motivação de colocar Lula numa “saia justa” perante a classe trabalhadora.

Na ocasião que anunciou a expulsão, chegou ao ponto de conceder “liberdade” a seu eleitorado para votar em qualquer um dos candidatos e afirmou que o fato do PSOL não apoiar nenhum deles, não significa que o partido esteja “lavando as mãos” ou “em cima do muro”. Vejam! Ela deu liberdade aos libertos! Vejam! Ela não lavou as mãos!

É verdade que o estereótipo de mulher machona, deselegante e sem chame não traduz o perfil imposto mundialmente sobre as brasileiras, contudo, é a truculência, a incoerência, a arrogância e o discurso vazio, que inabilita Heloisa Helena de representá-las.

Para as próximas eleições, vale relembrar: As mulheres podem decidir “todos” os cargos políticos do Brasil. Que não elejam apenas homens. Que apontem mulheres que representem a mulher brasileira naquilo que é característica fundamental das bonitas e feias, das letradas e analfabetas, donas de casa e empresárias, pobres e ricas, charmosas e menos charmosas: A ética e a coerência.

Heloisa Helena não serve.
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Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Coordenadora da Spiritual care Consultoria.
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1 Comments:

At outubro 11, 2006, Anonymous Anônimo said...

Estou conhecendo essa igreja agora e, pelos comentários sobre política, questões de genero, realmente, me atraiu mais ainda.
Acredito que nos mulheres temos um papel fundamental na construção de um pais generoso e solidário que pratique sempre os principios legados pelo Senhor.
Estamos no 2º turno, são 2 homens, espero que em 2010 tenhamos mulheres concorrendo, não com o espirito e a postura dos homens, mas com uma visão propria de genero.

 

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