IGREJA METODISTA: Pequena História da Autonomia
* Por João Wesley Dornellas
Um pouco de história
Para se entender bem a Autonomia, é preciso relembrar o que houvera antes disto com o metodismo brasileiro. A terceira década no século XIX marcou o grande crescimento da Igreja Metodista nos Estados Unidos e uma grande preocupação missionária.
Em 1835, para sondar o ambiente, veio ao Brasil o Rev. Fountain Pitts, que também esteve na Argentina. Por sua recomendação, foi enviado um missionário permanente, o Rev. Justin Spaulding, aqui chegado em 29 de abril de 1836. Logo vieram outros ajudantes, especialmente Daniel P. Kidder, que teve uma atuação destacada e escreveu dois livros fundamentais para o próprio conhecimento das histórias e instituições brasileiras na época das regências, isto é, o período que vai da renúncia de Pedro I à posse do imperador Pedro II. A esposa de Kidder, Cynthia Kidder, morreu de febre amarela e ele regressou aos Estados Unidos.
Em virtude dos problemas políticos que existiam nos Estados Unidos e na própria Igreja Metodista, a missão foi interrompida. Principalmente em virtude do problema da escravatura, que os metodistas do Norte abominavam e os do Sul apoiavam, a igreja americana se dividiu em duas, a Igreja Metodista Episcopal e a Igreja Metodista Episcopal do Sul. A divisão da igreja antecipou, portanto, a grande crise institucional americana que acabou na Guerra da Secessão.
Obtida a paz, que deixou, no entanto, muitas seqüelas, só um quarto de século depois, em 1867, foi que aqui apareceram de novo os metodistas, um grupo de agricultores sulistas, partidários da escravidão, que emigraram para o Brasil e trouxeram o seu pastor Junius Newman. Atendendo aos seus pedidos insistentes, a missão foi reiniciada com a vinda do Rev. John James Ransom, que aqui chegou em 2 de fevereiro de 1876.
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(*) João Wesley Dornellas Membro da Igreja Metodista de Vila Isabel. Email wesley@alternex.com.br
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