05 maio, 2009

Semelhante ao sândalo que perfuma até mesmo o machado que o fere (Ronan Boechat de Amorim)



O texto bíblico de 2 Reis 5:1-19 narra a cura da lepra e a conversão de Naamã, o comandante dos exércitos da Síria, o processo como isso se deu e os personagens envolvidos nessa história maravilhosa. E chama a atenção a menina mencionada em 2 Rs 5:2 que foi levada como prisioneira para a Síria e que foi usada como escrava na casa de Naamã. A menina era uma pessoa tão sem importância que o texto nem menciona seu nome. Mas ela sabia de algo que nem o rei de Israel sabia (cf. 2Rs 5:7): havia um homem de Deus em Israel que poderia curar a lepra de Naamã.

A menina não tinha nenhuma razão para tanto, mas agiu com bondade para com aqueles que a seqüestraram, a reduziram a uma escrava e que exploravam o seu trabalho infantil. Ela não tinha a maturidade e a espiritualidade de um adulto, mas agiu com bondade. Ela não a credibilidade e as oportunidades de alguém do sexo masculino, mas agiu com bondade. Ela não tinha a liberdade de uma pessoa livre (era escrava), mas agiu com bondade.

Ela não tinha funções, cargos, encargos na igreja, no templo, na sinagoga, mas testemunhou o que sabia: em Israel há um homem de Deus que pode curar a lepra do general Naamã. Ela testemunhou algo que nunca acontecera antes e nem depois em todo o Antigo Testamento: a cura da lepra. A menina nunca havia visto e nunca havia ouvido alguém falar que a lepra podia ser curada, mas ela foi uma crente no poder de Deus e seu testemunho levou algo novo a acontecer em todo o Antigo Testamento: um homem foi curado de lepra.

Ainda que consideremos que a menina falou impensadamente, ainda assim seus comentários, sua conversa informal, suas palavras infantis, suas palavras impensadas apontavam para Deus e para a esperança que alguém que sofria poderia encontrar em Deus. Suas palavras deram início a um processo que envolveu dois reis (Síria e Israel) e culminou com a cura e a conversão do grande comandante sírio. Mesmo na adversidade, aquela menina espalhou esperança e bondade: foi como o sândalo (a árvore que dá nome a um perfume de mesmo nome) que perfuma até mesmo o machado que a feria. Ela foi como Jesus que mesmo ao morrer injustamente na cruz, estava de braços abertos, oferecendo perdão e salvação até mesmo àqueles que o traíram e o crucificaram.

1 Comments:

At junho 23, 2010, Blogger Rev. Welfany Nolasco Rodrigues said...

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