26 outubro, 2006

Amor e aceitação são ingredientes essenciais na superação de dificuldades

BRASIL
SÃO LEOPOLDO, 25 de outubro (ALC) - Fomentar o amor, a capacidade de aceitação e a inclusão social são ingredientes indispensáveis para o desenvolvimento da resiliência - termo ainda pouco difundido e que indica a capacidade de superação das adversidades -, sublinhou a psicóloga e pesquisadora da relação entre Resiliência e Espiritualidade, Susana Rocca.

Rocca apresentou palestra sobre o tema no V Simpósio Internacional de Aconselhamento e Psicologia Pastoral, sediado pela Escola Superior de Teologia (EST), em São Leopoldo, dias 19 a 21 de outubro.

"O modelo de resiliência não está centrado no pecado, no trauma ou na doença, mas trata-se de um olhar de esperança para a superação das dificuldades", disse a estudiosa, reportando-se à perspectiva otimista que está embutida no termo.

Especialista em Psicologia e Aconselhamento Pastoral, Rocca enfatizou cinco pilares essenciais para o desenvolvimento da resiliência: a rede de apoio social; a auto-estima sadia; as aptidões pessoais, a criatividade, e a aceitação dos limites e responsabilidades; o sentido da vida e da adversidade; e o senso de humor.

A Igreja pode fomentar o fatalismo e a passividade diante do sofrimento, alertou Rocca em entrevista à ALC, ressalvando, contudo, que a vivência da fraternidade ajuda na aceitação incondicional do outro.

Outro palestrante no V Simpósio foi o diretor do Centro Internacional de Investigação e Estudo de Resiliência da Universidade Argentina de Lanús, Elbio Néstor Suárez Ojeda.
"As instituições deveriam criar um clima apropriado favorecendo a comunicação, o humor, as lideranças autênticas, a participação de todos os membros, a capacitação permanente, a tolerância racional do erro e a correção não-punitiva", disse Ojeda, na entrevista que concedeu à Revista IHU ON-Line, da Unisinos.

Ojeda destacou que o amor incondicional está na base de todo resiliente e que para estimulá-la é importante o opoio de outro ser humano significativo, também conhecido como tutor de resiliência, que pode ser um amigo, um familiar, um sacerdote, um professor.

Na avaliação do reitor da EST, pastor Lothar Carlos Hoch, o simpósio representou não só um espaço privilegiado de estudo e reflexão, mas de vivência e convivência ecumênica. "Os participantes deixaram a nossa escola muito gratos e satisfeitos, e alguns inclusive disseram que este foi um momento de graça", frisou.

O encontro de São Leopoldo reuniu 220 profissionais dos campos da psicologia, enfermagem, assistência social, educação, além de pastores, religiosos e estudantes da graduação e pós-graduação das ciências humanas provenientes da Argentina, do Uruguai, da região Sul do país, São Paulo e Minas Gerais.
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