18 outubro, 2006

Movimento ecumênico precisa ouvir as vozes do Sul, diz Kobia

Por Edelberto Behs

De passagem rápida pelo Brasil, a convite da Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB), o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia, defende mudanças corajosas no movimento ecumênico, chamando para o centro da agenda atores que começam a alçar voz, como mulheres, jovens, pessoas portadoras de deficiência, indígenas.

"Eu acredito fortemente que chegou a hora para uma nova época do ecumenismo no mundo", disse Kobia em entrevista à ALC. O ecumenismo do século XXI tem que aceitar que a situação mudou, declarou. "Por isso precisamos outras maneiras de nos organizar, incluindo a configuração do movimento ecumênico, no qual a espiritualidade ocupe um lugar mais central", agregou.

O movimento ecumênico, preconizou, precisa ouvir as vozes que vêm do Sul. Kobia defendeu um ecumenismo espiritual voltado aos jovens, no qual possam encontrar sentido para a vida, e quer que o CMI possibilite a corais de crianças latino-americanas se apresentarem em outras regiões do mundo para entoarem canções de paz e trazer mensagens de superação da violência.

Kobia esteve em Panambi, cidade gaúcha a 380 km a noroeste de Porto Alegre, onde a IECLB reuniu seu Concílio, de 12 a 15 de outubro. De fala mansa e pausada, vestindo um terno escuro, apesar do calor, o secretário-geral apontou, na entrevista, pequenos avanços na relação do CMI com o Vaticano e lamentou a decisão da Igreja Metodista brasileira de desvincular-se de organismos que tenham a presença da Igreja Católica.

Leia a entrevista de Kobia na íntegra em alcnotícias.org

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