Depois do Geral II
Prezados irmãos e irmãs creio que o Sr. Fábio não tenha lido bem o meu artigo. Em nenhum momento acredito que eu tenha dito que era ou não, ecumênico. Apesar de sua tentativa brilhante de se defender e justificar, continuo pensando a mesma coisa e conclamando o povo metodista e se posicionarem e tomarem sim, cuidado com os discursos apologéticos que estão sendo feitos. Também não disse que a Igreja não tenha se retirado dos órgãos ecumênicos. Acompanho de perto o que está acontecendo. Disse e continuo dizendo que estou apalermado com a forma com que estão tratando as decisões do Geral. Sei muito bem o que é democracia. Porém, sei quais sãos fóruns competentes para as discussões democráticas. No caso em pauta seria a própria plenária do 18º Concílio Geral. Entendo que uma vez aprovada uma matéria, fora de lá não cabe mais dizer que não aprova, não concorda etc. etc. Prezado Fábio o senhor sabe muito bem que não aceitaram as decisões do Concílio Geral coisa nenhuma. Inclusive o prezado irmão. Não sejamos hipócritas. Estão gritando por todos os lados que não podem ficar assim. Ameaçaram até entrar na Comissão Geral de Constituição e Justiça da Igreja. Ora meu querido, isso é submissão às decisões do Geral? Sua fala irmão Fábio é cercada de uma invejável retórica, porém contraditória e que satisfaz apenas uma parte de nossa Igreja. Seus argumentos não podem derrubar os fatos. Esses são muito mais consistentes e são: Quando os que eram contra o ecumenismo falavam os ecumenistas diziam: Temos de obedecer porque é matéria aprovada em Concílio Geral e nossa Igreja é conciliar. O que eu disse agora é o mesmo. Por que estão falando agora? Não diziam que tinham que aceitar as decisões do Geral? Acontece meus irmãos que uma faceta da Igreja sempre se julgou dona da verdade, da última palavra e agora não sabe ser contestada e, para se defender, usa como tática o ataque. Recomendo a esses irmãos e irmãs que esperem um outro Geral e derrubem a matéria, já que estar fora dela faz tanta falta assim. Ou então mudem de Igreja, pois essa agora, é a nossa Igreja. Pode ser diferente amanhã. Mas agora estamos assim. Coloco a fala do irmão Fábio no crédito de quem tem uma boa retórica, porém sem conhecimento teológico para pensar a matéria em questão. Por outro lado desafio-o a apresentar-me ainda que seja uma insinuação sobre o próximo Presidente do Colégio Episcopal, até porque o atual é meu amigo de infância e estudamos juntos em Piracicaba e na Faculdade de Teologia bem como nas classes da Faculdade de psicologia do IMS. O Bispo João Alves é meu amigo. Bispo Adriel também é meu contemporâneo de faculdade amigo. Não conheço o Bispo João Carlos para emitir opinião. Mas confio em seu trabalho. Não para dirigir com braço de ferro quem for contra isso ou aquilo. Não estamos em uma democracia secular onde quem perde vira oposição. Estamos na Igreja de Cristo meus irmãos e minhas irmãs. Gostaria que o irmão Fábio citasse o meu testemunho sobre ter de acatar uma decisão conciliar, e não ficasse na defensiva. Com isso ele se condena e se declara um dos desobedientes ao Geral, mesmo que tente negar com sua linda retórica e, também não colocasse em minha boca palavra ou conceitos que não emiti, embora para isso usando minhas frases. Gostaria sim, que continuássemos no mundo das idéias. No meu artigo não citei nenhum nome. Citei agora por que ele cita o meu, como se eu tratasse de algo pessoal. Outra vez aviso: Cuidado! As pessoas podem serem pegas na curva por se descuidarem antes dela. Sou metodista de terceira geração. Já conheci mais de quatro momentos na vida de nossa Igreja. Sou Pastor há 35 anos. E sei o que estou falando. Cuidado com discursos apaixonantes, movidos somente pelas emoções de um momento na vida da Igreja. Deixem o tempo passar. O povo pode sim, perder a confiança em nossas instituições, se após as mesmas tomarem uma decisão ficarmos debatendo essas decisões em lugares e momentos errados.
Rev. Jesué Francisco da Silva
(Pastor na cidade de Lins e Superintendente Distrital do Distrito de Ourinhos –SP)
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