Dom Anuar defende proteção à vida
A defesa da vida vai ser a principal bandeira a ser levantada pelo arcebispo da Arquidiocese de Maringá, dom Anuar Batistti, no grupo de diálogo inter-religioso que está sendo formado em Maringá.
Para o arcebispo, as lideranças religiosas não podem ficar à margem dos problemas da sociedade e o grupo é uma oportunidade para apoiar causas em defesa da dignidade humana.a primeira reunião do grupo será realizada dia 7 de março. Além do representante da Igreja Católica, vão participar líderanças evangélicas, budistas, muçulmanas, baha´is e representantes de religiões afro-brasileiras.
Dom Anuar destacou que está entusiasmado com a formação do grupo que, segundo ele, não vai se limitar a debater assuntos religiosos. "É preciso ficar claro que estamos dialogando para interferir na sociedade. Somos um grupo de apoio que tem em comum a religiosidade, mas que quer trabalhar em prol de uma sociedade mais humana e digna", dissse.
De acordo com o arcebispo, mesmo com tantas diferenças de culto e crença religiosa é possível chegar a um objetivo comum. "Independente das religiões, o que conta é a pessoa, a defesa da vida. Acredito que é para isso que vamos nos unir. As nossas diferenças vão se cruzar, se respeitar e buscar o que existe de comum que é a vida", ressaltou.
A aceitação das várias denominações religiosas em se unir para debater os problemas sociais e encontrar alternativas é vista pelo arcebispo como o primeiro ponto positivo em favor do grupo. "A plena aceitação de todos os líderes nos entusiasma muito. É o primeiro sinal de que todos almejam o diáologo em favor da vida", disse.
Dom Anuar destaca que o grupo de diálogo inter-religioso de Maringá vai precisar da união de toda a sociedade. "Todos precisamos nos unir das mais variadas formas na luta por causa justas. A vida está sendo constantemente ameaçada e precisamos nos manifestar para mudar essa realidade", ressalta.
A paz é o foco das atenções do grupo de diálogo inter-religioso. As estratégias e ações serão definidas no primeiro encontro. O coordenador do grupo, Irivaldo Joaquim de Souza, disse que todos os líderes religiosos serão ouvidos e, só depois, serão definidos os projetos, a metodologia de trabalho e a forma como a sociedade será mobilizada.
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