Igreja Católica vai buscar os afastados
SÃO PAULO, 4 de junho (ALC) – A Igreja Católica vai ampliar e enfatizar as visitas domiciliares como uma das formas de ir ao encontro dos católicos afastados. A proposta está referendada no documento final da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, encerrada na quinta-feira, 31, em Aparecida do Norte, São Paulo.
O prefeito da Congregação para o Clero, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, disse, em entrevista coletiva antes do término da Conferência, que a Igreja Católica não quer, com aquela iniciativa, entrar em conflito com nenhum grupo.
“A liberdade religiosa é fundamental para nós, mas temos o direito de ir a todos”, esclareceu o bispo, segundo a assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O documento final da V Conferência, reunida em Aparecida do Norte de 13 a 31 de maio, segue o método ver-julgar-agir. Ele está dividido em três partes, dez capítulos e 570 parágrafos. Nele, os bispos reconhecem “as luzes e sombras que há na vida cristã e na vida eclesial”.
Os bispos reunidos na Conferência assumem o desejo, de acordo com o documento, de iniciar uma nova etapa pastoral, com “forte ardor apostólico e um maior compromisso missionário”. Eles se dispõem a “renovar as comunidades eclesiais e as estruturas paroquiais” no trabalho de transmissão da fé.
Temas como a opção preferencial pelos pobres, comunidades eclesiais de base, Amazônia, são contemplados no documento, que também enumera os rostos dos pobres do continente: desempregados, migrantes, abandonados, enfermos.
“Os destinatários privilegiados da missão são os pobres. A eles devemos ir em primeiro lugar”, explicou o prefeito da Congregação para o Clero. “Ir aos pobres, dar-lhes apoio, ser solidário com eles, isso é política no sentido amplo. A evangelização não pode se separar da promoção humana” ponderou.
Hummes enfatizou que a Igreja Católica quer contribuir, com todas as forças da sociedade, para que a fome, o analfabetismo e demais carências sejam eliminadas.
Na avaliação do arcebispo de Tegucigalpa e membro da Comissão de Redação da Conferência, cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, o resultado do documento final foi “estupendo”. O tema transversal que atravessa todo o documento, comentou, é a palavra do Evangelho “para que Nele todos tenham vida”.
“Queremos reafirmar nossa opção pelos pobres na prática e não na teoria. E há caminhos para isso”, afirmou o cardeal hondurenho na coletiva de imprensa. Ao todo, 267 pessoas, entre cardeais, bispos, convidados, peritos e observadores, participaram da V Conferência do CELAM.
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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
Correo-e: edelbehs@alcnoticias.org
http://www.alcnoticias.org
O prefeito da Congregação para o Clero, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, disse, em entrevista coletiva antes do término da Conferência, que a Igreja Católica não quer, com aquela iniciativa, entrar em conflito com nenhum grupo.
“A liberdade religiosa é fundamental para nós, mas temos o direito de ir a todos”, esclareceu o bispo, segundo a assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O documento final da V Conferência, reunida em Aparecida do Norte de 13 a 31 de maio, segue o método ver-julgar-agir. Ele está dividido em três partes, dez capítulos e 570 parágrafos. Nele, os bispos reconhecem “as luzes e sombras que há na vida cristã e na vida eclesial”.
Os bispos reunidos na Conferência assumem o desejo, de acordo com o documento, de iniciar uma nova etapa pastoral, com “forte ardor apostólico e um maior compromisso missionário”. Eles se dispõem a “renovar as comunidades eclesiais e as estruturas paroquiais” no trabalho de transmissão da fé.
Temas como a opção preferencial pelos pobres, comunidades eclesiais de base, Amazônia, são contemplados no documento, que também enumera os rostos dos pobres do continente: desempregados, migrantes, abandonados, enfermos.
“Os destinatários privilegiados da missão são os pobres. A eles devemos ir em primeiro lugar”, explicou o prefeito da Congregação para o Clero. “Ir aos pobres, dar-lhes apoio, ser solidário com eles, isso é política no sentido amplo. A evangelização não pode se separar da promoção humana” ponderou.
Hummes enfatizou que a Igreja Católica quer contribuir, com todas as forças da sociedade, para que a fome, o analfabetismo e demais carências sejam eliminadas.
Na avaliação do arcebispo de Tegucigalpa e membro da Comissão de Redação da Conferência, cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, o resultado do documento final foi “estupendo”. O tema transversal que atravessa todo o documento, comentou, é a palavra do Evangelho “para que Nele todos tenham vida”.
“Queremos reafirmar nossa opção pelos pobres na prática e não na teoria. E há caminhos para isso”, afirmou o cardeal hondurenho na coletiva de imprensa. Ao todo, 267 pessoas, entre cardeais, bispos, convidados, peritos e observadores, participaram da V Conferência do CELAM.
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