Religiões oram pela paz e derrubam preconceitos
Por: Marlene Portes - Especial para Jornal o Diário 30/11/07
Foto: Douglas Marçal
Os líderes de sete diferentes comunidades religiosas de Maringá anunciaram ontem a realização da Noite de Oração pela Paz no próximo dia 10. Com o objetivo de cultivar atitudes de respeito e manter um debate entre as lideranças religiosas, será realizada no próximo dia 10, em Maringá, a IV Noite de Oração pela Paz. O encontro será no Salão Social do Templo Budista e é organizado pelo Grupo de Diálogo Inter-Religioso, que reúne religiões evangélicas, católicas, muçulmanas, budistas, baha'is e afro-brasileira.
Os representantes das várias comunidades religiosas dizem estar satisfeitos por participar do grupo. “Sofremos muito com o preconceito, pois isso nos deixa anulados. Muita gente pensa que o candomblé não é uma religião. Alguns acham que fazemos bruxaria, nos chamam de 'filhos do demônio', de macumbeiros. Isso porque não sabem o que significa isso. Já me perguntaram até se não mato criancinhas”, desabafa Maria de Lourdes Nascimento, conhecida como Mãe Maria, representante da comunidade afro-descendente.
Ela conta que quando foi convidada a participar do grupo ficou surpresa, mas feliz. “Acredito que o que vai acabar com isso (o preconceito) se chama amor. Mas não um amor só para si, é um amor para a humanidade.”
Embora muitas pessoas resistam quanto a essa aproximação, o pastor Robert Stephen Newnum, representante da comunidade evangélica, entende que ela “é fundamental para o mundo de hoje.” Segundo o pastor, “infelizmente nem todos pensam do mesmo jeito e não percebem a importância desse espírito de aceitação do 'outro'. Temos que continuar buscando o respeito e entender que cada pessoa tem sua maneira de chegar a Deus.”
Para dom Anuar Battisti, arcebispo da Arquidiocese de Maringá, a paz depende de cada um e de pequenos gestos. “O ativismo exagerado é hoje a principal causa da violência. Vamos conseguir a paz no mundo começando pela paz entre nós, pelo relacionamento, pelos pequenos gestos como um aperto de mão, um 'olá como vai'. Substituir a cara triste pela cara de Páscoa, de Natal”, aconselha.
Unidos pela paz, os líderes das comunidades religiosas acreditam que, mesmo com as diferenças de culto e crença religiosa, é preciso apoiar as causas em defesa da dignidade humana e unir-se em pról da resolução dos problemas da sociedade.
Para o xeique Mohmed Elgasim Abbaker-Al Ruheidy, da comunidade muçulmana, o caminho para a paz se inicia pelo trabalho conjunto “ter conhecimentos das religiões é uma satisfação e uma prova de paz”, ressalta.
O encontro entre as religiões, em Maringá, começou com um diálogo ecumênico, em 2001. Nesse tempo, o grupo ganhou força e, em março de 2007, formou o Grupo de Diálogo Inter-Religioso, que atualmente conta com sete religiões. Os representantes se encontram a cada dois meses e, segundo o coordenador Irivaldo Joaquim de Souza, em breve um representante do judaísmo fará parte do grupo.
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/165095, aceso em 2007-12-1
Os representantes das várias comunidades religiosas dizem estar satisfeitos por participar do grupo. “Sofremos muito com o preconceito, pois isso nos deixa anulados. Muita gente pensa que o candomblé não é uma religião. Alguns acham que fazemos bruxaria, nos chamam de 'filhos do demônio', de macumbeiros. Isso porque não sabem o que significa isso. Já me perguntaram até se não mato criancinhas”, desabafa Maria de Lourdes Nascimento, conhecida como Mãe Maria, representante da comunidade afro-descendente.
Ela conta que quando foi convidada a participar do grupo ficou surpresa, mas feliz. “Acredito que o que vai acabar com isso (o preconceito) se chama amor. Mas não um amor só para si, é um amor para a humanidade.”
Embora muitas pessoas resistam quanto a essa aproximação, o pastor Robert Stephen Newnum, representante da comunidade evangélica, entende que ela “é fundamental para o mundo de hoje.” Segundo o pastor, “infelizmente nem todos pensam do mesmo jeito e não percebem a importância desse espírito de aceitação do 'outro'. Temos que continuar buscando o respeito e entender que cada pessoa tem sua maneira de chegar a Deus.”
Para dom Anuar Battisti, arcebispo da Arquidiocese de Maringá, a paz depende de cada um e de pequenos gestos. “O ativismo exagerado é hoje a principal causa da violência. Vamos conseguir a paz no mundo começando pela paz entre nós, pelo relacionamento, pelos pequenos gestos como um aperto de mão, um 'olá como vai'. Substituir a cara triste pela cara de Páscoa, de Natal”, aconselha.
Unidos pela paz, os líderes das comunidades religiosas acreditam que, mesmo com as diferenças de culto e crença religiosa, é preciso apoiar as causas em defesa da dignidade humana e unir-se em pról da resolução dos problemas da sociedade.
Para o xeique Mohmed Elgasim Abbaker-Al Ruheidy, da comunidade muçulmana, o caminho para a paz se inicia pelo trabalho conjunto “ter conhecimentos das religiões é uma satisfação e uma prova de paz”, ressalta.
O encontro entre as religiões, em Maringá, começou com um diálogo ecumênico, em 2001. Nesse tempo, o grupo ganhou força e, em março de 2007, formou o Grupo de Diálogo Inter-Religioso, que atualmente conta com sete religiões. Os representantes se encontram a cada dois meses e, segundo o coordenador Irivaldo Joaquim de Souza, em breve um representante do judaísmo fará parte do grupo.
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/165095, aceso em 2007-12-1
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