18 outubro, 2006

Sínodo da IERP enfatiza ecumenismo

BUENOS AIRES, 17 de outubro (IERP/ALC) - A 37ª Conferência Sinodal da Igreja Evangélica do Rio da Prata (IERP) e a 14ª Assembléia Geral Ordinária, que renovou seus dirigentes, finalizaram no último fim de semana na cidade de Esperanza, onde pessoas de sete países confluíram na Associação Suíça Guilherme Tell.

A reunião dos representantes das 42 congregações da IERP na Argentina, no Uruguai e no Paraguai também recebeu convidados de outros quatro países, que participaram dos três dias do Sínodo e presenciaram a Assembléia Geral, realizada no domingo.

O pastor Federico Hugo Schäfer foi reeleito para a presidência da IERP para mais um mandato de quatro anos, angariando 66 dos 75 votos do colégio eleitoral. O professor Nils Erik Andersen foi eleito secretário da Junta Diretiva, o pastor Sabino Ayala como tesoureiro, e a senhora Irma Sommerfeld de Waidelich e Ricardo Krüger como vogais titulares.

Entre os convidados do Sínodo 2006 estavam o subsecretário de Culto da Nação, Osvaldo Grossman; os representantes da Igreja Evangélica da Westfália, Alemanha, Gerhard e Gudrun Duncker, e Wilhelm e Christa Arning; da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), Branko Nikolitsch e Wolfgang Kahl; e o presidente do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), bispo Julio César Holguín.

Também compareceu ao encontro da IERP o presidente da Comissão Episcopal de Ecumenismo, monsenhor Carlos Humberto Malfa. Ele destacou que "a IERP tem estado entre os únicos interlocutores de um diálogo teológico doutrinal que a Igreja Católica teve na Argentina".

O presidente da IERP qualificou como um "escândalo frente ao nosso Senhor" o fracionamento da Igreja e instou as congregações a consolidarem os laços com aquelas denominações que provêm da Reforma protestante.

Os organizadores do encontro transmitiram às congregações a satisfação pela decisão do Sínodo 2006, que aprovou, assim como o Sínodo das IRA, a intenção de trabalhar para alcançar a unidade orgânica entre ambas as igrejas.

Schäfer pediu que o diálogo seja ampliado aos "nossos semelhantes de credo judeu e muçulmano, se é que desejamos conviver num mundo que reine a paz de Deus", segundo relatório apresentado na última quinta-feira, no início da Conferência Sinodal.

Os delegados ao Sínodo trabalharam em grupos e em plenário, quando viram as diferentes situações das comunidades e da sociedade nas quais se encontram.

"Dessa maneira tomamos consciência das realidades de todos. Nesse processo deixamo-nos interpelar pela palavra de Deus mediante o estudo de vários textos bíblicos, escutando a mensagem nos cultos e devocionais diários, e meditando as reflexões teológicas apresentadas sobre o tema", diz a mensagem do Sínodo.

A mensagem agregou que "a crise, profunda e generalizada, provocou um estado que nos paralisou em muitos sentidos". "Em contraposição, a fé e a esperança dos cristãos e cristãs é uma oportunidade para determinar com sinceridade as causas profundas, reconhecê-las, aceitá-las e descobrir os efeitos das mesmas, tanto no aspecto espiritual como no econômico", enfatizou o texto.

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