Cantares ganha o palco
Por José Aurelio Paz
CURAÇAO - ANTILHAS HOLANDESAS
WILLEMSTAD, 19 de junho (ALC) - Uma versão teatral de Cantares, “Kanto di tur Kanto” em papiamento, a língua crioula de Curaçao, começou a temporada no teatro Luna Blou desta cidade do Caribe Holandês.
Curiosamente, a apresentação acontece na sala desse complexo cultural que responde ao nome de “Tentashon” (Tentação), sob a direção do dramaturgo colombiano Freddy Montoya, auxiliado por grupo de atores locais não-profissionais que dão corpo ao enigmático texto bíblico de inúmeras e controvertidas interpretações.
A peça não muda o texto original, mas pretende criar texturas dramáticas trocando e sobrepondo os versos desse grande poema. A peça tem uma dinâmica baseada no jogo de elementos cênicos que permitem assumir a vitalidade milenar de seu substrato literário, a qual, para mais de um exegeta bíblico, levou por caminhos tortuosos na difícil tarefa de oferecer uma interpretação linear a essa metáfora de inspiração divina.
“Kanto di tur Kanto” ou “O Cantar dos Cantares”, teve uma apresentação exclusiva, como explicou seu diretor à imprensa local, para os representantes das diferentes religiões presentes na ilha: católicos, evangélicos, judeus, indianos e árabes.
Segundo Montoya, essa foi uma experiência muito emotiva. Alguns convidados disseram que o principal valor da obra consistia em reunir, numa expressão de ecumenismo, pessoas de credos diferentes, o que não é comum ocorrer na região.
Com duração de uma hora e trinta minutos e a integração de sete atores e a mesma quantidade de atrizes, expressão do chamado "teatro experimental ou alternativo", a obra assume, além da declamação dos textos, o canto, a dança e as artes visuais, inclusive do cinema.
O mistério que Deus esconde no suposto amor entre o esposo e a esposa, cheio de um lirismo que não aparece em outro livro sagrado, decorre na cena, segundo o seu próprio criador “como beber vinho desfrutando da profundidade dos mistérios da Bíblia”.
Após seis representações, O Kanto di tur Kanto lotou a sala do Luna Blou, certamente por causa da avidez de um público muito diverso. Confluem a Curaçao imigrantes de vários países, integrados em múltiplas congregações das mais diversas tendências religiosas.
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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
Correo-e: edelbehs@alcnoticias.org
http://www.alcnoticias.org
WILLEMSTAD, 19 de junho (ALC) - Uma versão teatral de Cantares, “Kanto di tur Kanto” em papiamento, a língua crioula de Curaçao, começou a temporada no teatro Luna Blou desta cidade do Caribe Holandês.
Curiosamente, a apresentação acontece na sala desse complexo cultural que responde ao nome de “Tentashon” (Tentação), sob a direção do dramaturgo colombiano Freddy Montoya, auxiliado por grupo de atores locais não-profissionais que dão corpo ao enigmático texto bíblico de inúmeras e controvertidas interpretações.
A peça não muda o texto original, mas pretende criar texturas dramáticas trocando e sobrepondo os versos desse grande poema. A peça tem uma dinâmica baseada no jogo de elementos cênicos que permitem assumir a vitalidade milenar de seu substrato literário, a qual, para mais de um exegeta bíblico, levou por caminhos tortuosos na difícil tarefa de oferecer uma interpretação linear a essa metáfora de inspiração divina.
“Kanto di tur Kanto” ou “O Cantar dos Cantares”, teve uma apresentação exclusiva, como explicou seu diretor à imprensa local, para os representantes das diferentes religiões presentes na ilha: católicos, evangélicos, judeus, indianos e árabes.
Segundo Montoya, essa foi uma experiência muito emotiva. Alguns convidados disseram que o principal valor da obra consistia em reunir, numa expressão de ecumenismo, pessoas de credos diferentes, o que não é comum ocorrer na região.
Com duração de uma hora e trinta minutos e a integração de sete atores e a mesma quantidade de atrizes, expressão do chamado "teatro experimental ou alternativo", a obra assume, além da declamação dos textos, o canto, a dança e as artes visuais, inclusive do cinema.
O mistério que Deus esconde no suposto amor entre o esposo e a esposa, cheio de um lirismo que não aparece em outro livro sagrado, decorre na cena, segundo o seu próprio criador “como beber vinho desfrutando da profundidade dos mistérios da Bíblia”.
Após seis representações, O Kanto di tur Kanto lotou a sala do Luna Blou, certamente por causa da avidez de um público muito diverso. Confluem a Curaçao imigrantes de vários países, integrados em múltiplas congregações das mais diversas tendências religiosas.
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