12 novembro, 2009

A Igreja edificada por Cristo tem a chave do Reino (Ronan Boechat de Amorim)

No texto bíblico de Mt 16:13-20 Jesus afirma que a sua Igreja seria edificada sobre o reconhecimento e a confissão que ele (Jesus) é o Messias, o filho de Deus, o Salvador. Temos também nesse texto Jesus dizendo que daria à Igreja as chaves do Reino dos Céus e a autoridade para ligar e desligar pessoas da própria igreja, ou seja, autoridade para incluir pessoas através do batismo e da pública profissão de fé, e a exclusão de pessoas por falta de frutos dignos do Evangelho de Cristo, de uma vida autenticamente cristã.

Não é sobre Pedro que Jesus edificará a sua igreja; Pedro inclusive é chamado de “satanás” (Mt 16:23). A igreja de Jesus não é edificada sobre homem algum, mas sobre a confissão de que Jesus é Senhor. Igreja, portanto, são aqueles que confessam a Jesus como Senhor e Salvador. Também não é Pedro que recebe as chaves do Reino e a autoridade de ligar e desligar. Esse poder e autoridade mencionados nesse capítulo 16 são mencionados e dados a todos os demais discípulos em Mt 18:18. Quem tem a autoridade, portanto, são os discípulos(as) de Jesus, ou seja, a Igreja de Jesus.

As chaves do Reino são a pregação e o testemunho que anunciam as Boas Novas de salvação e que têm o poder de gerar a conversão e a salvação das pessoas, ou seja, de “abrir as portas” do Reino às pessoas. O testemunho e a pregação do Evangelho geram a fé e a entrega da vida ao Senhor, e consequentemente a experiência da salvação. Por isso, Jesus afirma que o anúncio do Evangelho abre as portas do Reino dos Céus. A Igreja tem autoridade para chamar as pessoas para a salvação. “As chaves são símbolo da autoridade do mordomo para abrir e fechar, com provável alusão a Isaías 22:15-25”, diz a nota de rodapé da edição da Bíblia de Estudo Almeida, da Sociedade Bíblica do Brasil.

Mas há também a autoridade divina dada à Igreja para ligar e desligar. Assim como a igreja tem autoridade para incluir os novos membros que confessam Jesus, ela tem autoridade e a obrigação para excluir os crentes que deliberadamente envergonham o nome de Jesus, incluindo aqueles que recebem a graça divina em vão (2Co 6:1) e que são ramos que não dão fruto (Jo 15:2, Tt 1:16).