17 agosto, 2006

Meditação Diária - 17 de agosto

Sopa de Espinhos

Texto: 2 Cor 12.7

Vemos aqui o lamento de Paulo, o apóstolo, afirmando: “... foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás...” - uma limitação, um incômodo, um atrapalho!

Várias especulações são feitas sobre o que seja este espinho de Paulo, mas, o certo é que, ele admitia ter um entrave que o entristecia, quem sabe, até o envergonhava.

O cristianismo nos aponta para uma lógica inversa... diante da Graça, ficamos bem não porque somos livres de nossas limitações mas, porque, mesmo no meio delas, temos a presença de Deus, completando em nós o nível de merecimento para obtermos Suas bênçãos! Não é o fato de não termos os espinhos que nos faz melhores, mas de termos a ação compensadora da Graça de Deus em nós!

Muita gente equivoca a fé porque não admite os “espinhos na carne” de seus/suas irmãos/ãs, exigindo uma carne sem espinhos – humanidade sem pecado.

Cada um de nós traz consigo espinhos também! Não há quem esteja livre deles! Somos um amontoado de espinhudos/as, carentes do Deus que não nos deixa de abençoar, apesar deles!

Há quem os tenha em sua personalidade, ou no caráter, na saúde, na conduta, na moral, na sua tolerância, outros/as no oposto dela... existem os que são profundos e graves, outros superficiais, os que machucam os outros, mas, também, os que só machucam quem os têm... os que estão à vista, e os que estão ocultos, os que envergonham muito, outros que, nem tanto.

É necessário admitir os espinhos... sobretudo, porque não existe maneira de separar carne de espinho, espinho de carne, é tudo, uma coisa só!

Precisamos aprender a gostar de todos/as, com espinho e tudo!

Que possamos voltar nossos olhos para a Graça... esta que nos faz conviver em meio a espinhos... que nos leva a trabalhar contra eles, pela sua remoção, mesmo que esta seja uma tarefa demorada, dolorida, trabalhosa.

* será que dou mais ênfase aos espinhos de meus/minhas irmãos ou a Graça de Deus que age neles/as?

Oração: Pai querido, dá-me a humildade de reconhecer também os meus espinhos... que incomodam e agridem meus irmãos/ãs. Assim, permita-me amar, conviver, com os olhos em Tua Graça. Amém!

Colaboração:
Rev. Nilson da Silva Júnior