16 agosto, 2006

Li o que você contou e agora quem se emocionou fui eu!

Magali e meus amados irmãos metodistas,

Li teu texto, a pretexto da fala do Beozzo, dentro do contexto do Concilio da Igreja metodista no Brasil.
Queria como católico dizer que apesar da decisão eu continuo amando os metodistas que conheci, muitos metodistas que ainda vou conhecer, e na fé comum, todos os metodistas que jamais conhecerei.
Aprendi a gostar de vocês demais da conta e agora com decisão juridica ou não, eu não volto atrás nesta amizade que me tornou irmão de muitos e por tabelinha peregrino nas estradas comuns de nossas Igrejas.
Li com gosto a vida e obra de Wesley, cantei alguns de seus hinos, e às vezes (poucas) já senti meu coração arder do jeito que acho que o de voces arde. Disse a mim mesmo que quero sentir e viver isto mais vezes.
Queria de novo agradecer teu relato.
Queria de novo e publicamente agradecer de ter amigos metodistas. Voce e teu marido.
Pastores e pastoras, leigos e leigas, bispos e bispas. Daqui, da Inglaterra, do Sri Lanka e dos Estados Unidos. O Clóvis com seu sorriso e delicadeza quando esta conosco. A Nancy, a Dilene e a Elena, "trio parada dura". Fraternas e inteligentes, com a suavidade e ternura de Jesus.
Tive também professor metodista, veja só, e que era tão transparente e bom que me fazia pensar como e de onde ele tinha tamanha beleza interior: Julio de Santa Ana.
Tive e tenho companheiros de trabalho do mundo metodista.
Tive e tenho companheiros de sonhos universais.
Na Metodista de São Bernardo, de Piracicaba, das periferias de São Paulo e do Rio, e até, Deus seja louvado, embaixo do Viaduto com o povo de rua. Lá conheci o Samuel. E gostei do que vi. Amor de Deus para com gente quebrada e machucada.
Queria deixar para tua comunidade de base (tua Igreja local) este texto bonito da Palavra sagrada:
"Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas quem tem discernimento os traz à tona" (Provérbios 20,5).
Passadas as águas do redemoinho, teremos chance de discernir e mergulhar sem afogamentos ou temores. É o Espírito que convoca, apesar das Igrejas para o momento da graça. E este momento, certamente acontecerá, na comunhão.

Shalom!

Fernando Altemeyer Junior
Ouvidor da Pontificia Universidade Catolica de São Paulo