Meditação Diária - 13 de agosto
O Direito da Crítica Positiva
Amós 3.3-8
Há pessoas que reprovam a Igreja por intrometer-se em áreas que estão fora de sua competência, quando fala de questões sociais e econômicas. O/A clérigo/a que se aventura a externar suas idéias sobre tais matérias, dele/a se diz que deveria "permanecer no púlpito". Daí se conclui que assuntos sociais e econômicos não devem ser discutidos do púlpito.
Pode-se admitir com sinceridade que a Igreja, como tal, não está qualificada a pronunciar qualquer juízo em referência a problemas técnicos, econômicos e sociais. Nem é da competência dos/as clérigos/as como tais interessar-se por esses problemas (há, naturalmente, muitos/as pastores/as que são também experimentados/as economistas, sociólogos/as etc., e não menos competentes que seus/suas colegas leigos/as para emitir opiniões acerca dessas matérias; mas não falam então como pastores/as.
Entretanto, a Igreja é competente, e o são igualmente seus/suas ministros/as, sensibilizados/as como deveriam ser por seus compromissos teológicos, para reconhecer uma injustiça. Quem percorre as lamentacentas vielas de um mocambo do Recife, uma favela do Rio, ou um apinhado cortiço de Lima, não precisa ser um/a experimentado/a economista ou um/a cientista da sociedade para reconhecer a injustiça social que pesa em cima de tal miséria. Um sistema que, produzindo para alguns muita riqueza, povoa os cortiços do mundo com milhões de necssitados/as, é evidentemente injusto, e a Igreja está agindo corretamente ao condená-lo, como fez no caso do capitalismo do laissez-faire. Cabe aos técnicos dizer que fatores no sistema são responsáveis por tais conseqüências injustas e que mudanças devem ser feitas no sentido de suprimi-los.
Meditação: Quais são as injustiças que existem em nossa vizinhança? Como podemos ser agentes proféticas nessas situações?
Adaptado do: Leitura Cotidiana da Bíblia - Edição Ecumênica - CMI.
Contribuição de Stephen e Maria Newnum - Maringá, PR.
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