10 agosto, 2006

Meditação Diária - 11 de agosto

Amós 2.14-16

Se os ensinamentos da teologia bíblica e da tradição não são suficientes para persuadir o/a cristão/ã de que deve interessar-se profundamente pela paz e pelo progresso, considerações de grosseiro auto-interesse são suficientes. É raro acontecer que aquilo que é moralmente certo coincida tão obviamente com o que é mais proveitoso.

Numa época em que vive sob a horrenda sombra da bomba de hidrogênio, pode alguém duvidar de que a eliminação da guerra seja de interesse vital para todas as pessoas? O troar dos canhões em frente de Waterloo não impediu a alegria reinante nos salões de baile em Bruxelas, a 24 quilômetros de distância. Hoje o distante trovejar de fuzis no oriente médio repercute em cada canto do globo, enquanto lembramos as palavras do Papa Paulo VI, em sua mensagem de Páscoa de 1968: "O mundo retém a respiração numa agonia de medo ante o gigantesco conflito que há de levar tudo a uma espantosa destruição".

Talvez seja menos evidente que o egoismo imponha interesse pelo mundo subdesenvolvido. Mas é insensatez esperar que milhões de pessoas vão aceitar em silêncio, e para sempre, uma crescente pobreza e um eventual fome. Elas se revoltarão, finalmente, e sua reação será extrema.

Pode-se prever com segurança uma violenta revolução, e em larga escala, se não for ganha a batalha pelo desenvolvimento. O ilustre presidente da Conferência de Beirute, Dr. Jan Tinbergen, escreve o seguinte: "Se não levantarmos, por um esforço combinado, o índice de desenvolvimento, prevalecerá o caos em poucas décadas, se não antes". As instituições econômicas, sociais e políticas dos países ricos serão abaladas, bem como as dos pobres. Serão sentidos os efeitos em toda parte, na cidade e no campo, e ninguém ficará intato.

Meditação: Se a paz depende de mudanças nos sistemas econômicos, políticos e sociais, que atitudes podemos tomar como comunidades de fé para que o shalom de Deus seja estabelecido?

Adaptado do: Leitura Cotidiana da Bíblia - Edição Ecumênica - CMI.
Contribuição de Stephen e Maria Newnum - Maringá, PR.