16 novembro, 2006

Encontro Nacional Ecumênico de Mulheres reflete a realidade brasileira

Por: Thelma Ferreira Guimarães do Nascimento (estudante do 8º semestre da FaTeo. Estagiária na Congregação Metodista em Jd. Santa Gertrudes, Jundiaí/SP)

Nos dias 20 a 22 de outubro passados, mais um encontro marcou a caminhada das mulheres ecumênicas no Brasil e, dessa vez, para refletir sobre “A mulher e a realidade brasileira”. Para cumprir essa tarefa, foram desafiadas as assessoras Revda. Carmem Ethel, da Igreja Episcopal Anglicana, Revda. Shirley Proença, da Igreja Presbiteriana Unida, e Dra. Magali do Nascimento Cunha, da Igreja Metodista e da FaTeo, que atuaram juntamente com as cerca de noventa participantes de diferentes igrejas de todo o Brasil, entre elas cinco estudantes da FaTeo, acompanhadas pela Revda. Margarida Ribeiro, coordenadora da Cátedra Otília Chaves.

O encontro é promovido anualmente pela Nova Década Ação Ecumênica de Mulheres, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai) e de Koinonia Presença Ecumênica e Serviço.

A primeira palestra, com Carmem Ethel e Shirley Proença, desafiou as mulheres e homens presentes a refletirem sobre o cotidiano da mulher brasileira, tendo como pano de fundo o compromisso com a Década para Superação da Violência tanto na economia, como na política, na igreja, na educação e na própria esfera doméstica; pois não podemos fechar os olhos para essa realidade e sim, transformá-la, como diz o texto bíblico de Romanos 12.2.

Depois, Magali do Nascimento Cunha convidou para uma viagem no tempo, a fim de descobrirmos o quanto as mulheres estão inseridas na caminhada do Conselho Mundial de Igrejas. Todas/os as/os participantes sentiram-se desafiadas/os a reafirmarem seu compromisso ecumênico de superar a violência que impede as mulheres de trabalharem pela unidade e pela paz tanto nas igrejas como na sociedade.

Para fechar, com chave de ouro, a agenda de sábado 21 de outubro, foi oferecida uma oficina de trabalhos manuais dirigida por homens e mulheres em situação de rua, que são atendidos pelo projeto “Sonho de Artista” (da Igreja Evangélica de Confissão Luterana). Lindos trabalhos foram realizados naquele momento e aqueles/as que estavam à margem do caminho foram trazidos ao centro através desse exercício prático de superação da violência que marginaliza e exclui.

Ao longo desses dias, várias celebrações foram realizadas e contaram com a colaboração de mulheres e homens de boa vontade. Os momentos celebrativos marcaram tanto o início quanto o final dessa caminhada e, certamente, aquelas/es que por ali passaram voltam às suas igrejas e ONGs com um desafio: superar a violência que há na realidade da vida da mulher brasileira.

Fonte: FaTeo