IMC normaliza atividades um mês após incêndio
Mobilização da comunidade de Santa Maria foi considerada fundamental para a retomada das aulas no Centenário e na FAMES
Um mês após o incêndio que destruiu metade da estrutura física do Instituto Metodista Centenário de Santa Maria (RS), a instituição já mostra sinais de recuperação e normalização das atividades. Ao contrário do que muitos imaginavam nos dias que se seguiram ao ocorrido na madrugada do dia 16 de maio, hoje todos os estudantes estão reacomodados dentro do próprio IMC. Nem mesmo o convênio estudado com a Universidade Federal de Santa Maria para uso de laboratórios de informática precisou ser concretizado, já que 60 computadores foram adquiridos para reestruturar a parte tecnológica perdida no incidente.
Para o diretor de unidade do IMC, Sander Neves, a rápida recuperação só foi possível graças ao trabalho em rede desenvolvido pelas instituições metodistas do Rio Grande do Sul. “Não ficamos desassistidos em nenhum momento. Este apoio nos possibilitou tomar decisões e estabelecer ações rapidamente, de forma a não prejudicar nem o alunado e nem a comunidade”, esclarece.
Fátima Martins, representante da Pastoral Escolar e Universitária do IMC, também destaca a mobilização da comunidade de Santa Maria, que considerou fundamental para o processo de retomada. “O IMC tem uma história bem marcante na vida da comunidade e percebemos isso através dos meios de comunicação e do retorno que recebemos dos pais, mães, alunos(as) e ex-alunos(as).”, enfatiza.
Dentre as pessoas que tiveram sua história de vida ligada ao IMC está Sônia Tolfo, que estudou no Centenário de 1957 a 1964. Hoje ela faz parte da Associação de Ex-alunas, que conseguiu reunir mais de 2 mil pessoas num abraço simbólico à instituição. “No Centenário, valores como respeito ao próximo, disciplina e conhecimento são muito fortes, o que contribui para a construção de pessoas e a valorização humana. Por isto, quem estuda lá não consegue se desligar, ainda mais num momento como este”, justifica.
Enquanto os estudantes voltam à normalidade no IMC, a direção da Rede Metodista de Educação do Sul aguarda os laudos das perícias realizadas no complexo atingido pelas chamas. A previsão é de que as causas do incidente e a avaliação do comprometimento da estrutura sejam divulgadas pelo Corpo de Bombeiros entre julho e agosto. Segundo a diretora geral da rede, Adriana Menelli de Oliveira, qualquer decisão referente ao destino do prédio só será tomada após o conhecimento dos laudos. “A idéia é reconstruir a estrutura mantendo sua identidade histórica. Vamos esperar o término das avaliações e torcer para que isto seja possível”, planeja.
Dentre os espaços consumidos pelo fogo estava o museu histórico do IMC, que preservava documentos, fotos e objetos alusivos aos mais de 85 anos da educação metodista em Santa Maria. Como quase tudo foi perdido, a instituição inicia agora uma campanha de recuperação de sua própria história junto à comunidade. O relógio do Centenário, presente na vida da escola desde sua fundação em 1922, foi um dos poucos objetos intocados pelas chamas. Agora ele é usado como símbolo da campanha.
A comunidade pode ajudar realizando doações de fotos, uniformes, louças da época, cartas, convites de formatura e todo tipo de material que de alguma forma remeta aos 85 anos de atuação do Centenário em Santa Maria. Quem quiser colaborar pode entregar os pertences na Rua Dr. Turi 2003, de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Os contatos disponíveis para mais informações são o telefone (55) 3028.7003 e o e-mail museu.imc@metodistadosul.edu.br.
Histórico do IMC
Criado em 27 de março de 1922, o Colégio Metodista Centenário é fruto do trabalho da Igreja Metodista dos Estados Unidos. No ano de sua fundação, o colégio contava com apenas sete alunas que assistiam às aulas em um chalé.
Criado em 27 de março de 1922, o Colégio Metodista Centenário é fruto do trabalho da Igreja Metodista dos Estados Unidos. No ano de sua fundação, o colégio contava com apenas sete alunas que assistiam às aulas em um chalé.
Coordenado pelas missionárias norte-americanas Miss Eunice Andrew e Miss Louise Best, o pequeno estabelecimento deu lugar a um prédio que começou a ser construído em setembro de 1922. As educadoras americanas deram início à filosofia da educação metodista que hoje é reconhecida pela comunidade centenarista e de Santa Maria.
Após 76 anos de funcionamento, em abril de 1998, agregou-se ao colégio a Faculdade Metodista de Santa Maria – FAMES, que juntos formam o Instituto Metodista Centenário e atendem cerca de 1800 alunos desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.
Apesar da fundação recente, a FAMES, com uma história de 10 anos, passa por um crescimento significativo. A Faculdade, que iniciou com dois cursos, atualmente conta com cinco graduações em diferentes áreas do conhecimento, que englobam Administração, Direito, Educação Física, Letras e Sistemas de Informação.
Em 2006, o Instituto Metodista Centenário se uniu a outras instituições metodistas de ensino do Rio Grande do Sul para compor a Rede Metodista de Educação do Sul, que hoje tem como principais projetos fortalecer a educação metodista no Estado e criar a primeira Universidade Metodista do Sul do Brasil.
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Informações para a Imprensa com Fernando Antunes
(51) 3316.1135 e (51) 9994.0095
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