Diversidade é o ponto do Fórum, analisa professor brasileiro
SÃO LEOPOLDO, 18 de janeiro (ALC) – A diversidade, também a religiosa, aparece como um grande desafio à convivência e à paz, tema que está na pauta do II Fórum Mundial de Teologia e Libertação, reunido, de 16 a 19 de janeiro, em Nairobi, Quênia, sob o tema “Espiritualidade para um outro mundo possível”.
O exercício do diálogo inter-religioso e a convivência e convergências da diversidade são expectativas levantadas no Fórum Mundial de Teologia, adiantou o frei capuchinho Luiz Carlos Susin, em entrevista para o Instituto Humanitas, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Susin, que é doutor em Teologia e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), disse que “a experiência espiritual é como energia atômica, para o bem e para o mal. Não é automática, e nossas escolhas e o cultivo humano decidem a direção que ela toma”.
Assim, a religião é “uma faca de dois gumes”, que pode dar vida, mas também, pela inércia e pelo esclerosamento das suas formas, pode matar a partir do espírito, explicou o professor da PUC-RS. “Daí a necessidade de discernimento e de gestos libertadores, inclusive na área das religiões”, acrescentou.
O professor de Teologia assinalou, na entrevista ao Instituto Humanitas, que existem sintomas de crise institucional e de relevância em todas as religiões, de todas as formas, que até agora estavam circunscritas a áreas culturais.
Mas também existe, agregou, um reflorescimento da experiência espiritual e um crescimento das buscas espirituais. Ele destacou a necessidade de se superar “a tentação de fundamentalismo em todos os níveis, e para isso uma espiritualidade dialogal, que integre a diversidade, certamente será crucial”.
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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
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