Diálogo Inter-religioso em Maringá
Xeque destaca alegria do país
Por Fábio Linjardi
O xeque Mohamed Elgasim Abbaker - Al Ruheidy, da Mesquita Muçulmana de Maringá, confirmou presença no encontro inter-religioso que vai reunir várias lideranças da cidade no próximo dia 7.
Vindo do Sudão, Al Ruheidy está há 11 anos em Maringá. A cidade conta com 500 muçulmanos, segundo cálculos do xeque. O religioso explica que no Brasil a relação com outras denominações é harmônica e que por isso não perderá a oportunidade de conversar com outros líderes religiosos.
Uma das características do Brasil que chamou a atenção do xeique é o bom-humor do povo. "Até chegar ao Brasil foram 18 horas de vôo, com escalas em vários aeroportos. Só ganhei um sorriso quando cheguei aqui", conta.
Esta será a terceira vez que Al Ruheidy participa em Maringá de um encontro com outras religiões. O xeque fala pouco a língua portuguesa. Todas as orações feitas na mesquita são em árabe -- uma das bases da fé islâmica é a oração cinco vezes ao dia.
O livro dos muçulmanos é o Corão, que conta com 114 capítulos, chamados de suras. Para os islâmicos, só existe um Deus, Alá, cuja palavra está reproduzida no Corão. A tradição diz que o Corão foi ditado pelo anjo Gabriel a Maomé.
Conforme crença, Alá é onisciente, onipresente, onipotente e não possui forma nem sexo. Ainda de acordo com a religião, Alá não pode ser visto nem ouvido e a única forma do homem chegar próximo a Deus pela oração.
Uma das diferenças para as religiões cristãs é que Jesus Cristo, segundo o islã, é um dos profetas de Alá. O último deles foi Maomé, que teve a responsabilidade de mostrar a vontade de Deus ao mundo pelo Corão. Segundo o livro sagrado dos muçulmanos, o último profeta não precisou fazer milagres para conquistar os fiéis. Maomé é reverenciado pelos islâmicos, mas não é adorado.
Além da presença do xeque Mohamed Elgasim Abbaker-Al Ruheidy, estão confirmadas as participações do arcebispo de Maringá, dom Anuar Batistti, do pastor Robert Newmun, do monge Eduardo Sasaki, da representante do candomblé Maria de Lourdes Nascimento e de Oscarina Venâncio Martins, representante da umbanda. Líderes do Ba´hai também vão participar da reunião do dia 7 de março.
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