31 outubro, 2008

A Igreja Caminha De Joelhos Diante De Seu Senhor (Pr. Ronan Boechat de Amorim)



Em toda extensão do altar de nossa igreja Metodista de Vila Iswabel há genuflexório, aquele degrauzinho acolchoado, o local criado especial e especificamente para as pessoas se ajoelharem. Quando nos ajoelhamos no altar para receber uma oração ou para participar da Ceia do Senhor é no genuflexório que genufletimos (ajoelhamos), que ficamos genuflexos (ajoelhados). Genuflexo é um adjetivo que significa ajoelhado. Genuflexório é o local onde se ajoelha.

Mas se prestarmos atenção veremos que todos os bancos do nosso templo também têm genuflexório; aquele estrado (uma espécie de degrau) móvel ligado ao banco da frente. É muito comum vermos as crianças abrindo e deitando o genuflexório para brincar, andar ou simplesmente apoiar os pés sobre ele. Aliás, três usos errados para o genuflexório. Pois o genuflexório foi colocado nos bancos do templo justamente para que o povo de Deus pudesse se ajoelhar, orar e adorar.

Aqueles que construíram o nosso templo para que ele fosse uma casa de oração também optaram conscientemente para que os bancos pudessem ter genuflexório. Ou seja, planejaram intencionalmente que pudéssemos ser uma igreja que ora e que também ora ajoelhada, tanto no altar, ou no banco onde a pessoa esteja participando do culto ao Senhor.

Há um hino de Luiz Carvalho cuja letra diz: “Certa vez um pastor num caminho passou tão tristonho a pensar, pois sua igreja era fria, sua alma vazia sem ter o que dar. Encontrou um guri trabalhando a sorrir, ajoelhado no pó. Um banco lhe ofereceu e o guri respondeu: “De joelho é melhor!” E o coro afirma: “Na alegria ou na dor pra orar ao Senhor de joelho é melhor”.

Se o culto é onde trazemos nossa vida para colocá-la no altar, confiando-a nas mãos e cuidados de Deus, deve ser também o lugar onde aprendemos coisas novas e nos lembramos de práticas benéficas à nossa vida e à nossa fé. Orar de joelhos deve ser uma dessas práticas que devemos trazer do culto para o nosso quotidiano, para a vida familiar, o mundo do trabalho, o mundo acadêmico. Ler Dn 6:10; 1Pe 5:6; Ef 3:16; 1Co 8:6; Sl 99:5 e 9; Tg 4:10.

Como a “carne é fraca” (Mt 26:41) e o “cair é do homem” (Sl 37:24), é fundamental andarmos de joelhos (em oração, no temor) diante do Senhor que nos coloca de pé. É como testificam os verdadeiros crentes em Jesus: “Para quem caminha de joelhos diante do Senhor não há descaminhos, desânimo, engano, confusão. O Senhor nosso Deus é nossa força e nossa luz!" (cf. 2Co 3:5).

ALELUIA!