30 julho, 2006

Meditação Diária - 1º de agosto

Amós 1.12

A Cegueira da Injustiça

Amós tem sido chamado "o primeiro dos grandes profetas de Israel". Sobretudo, ele foi o primeiro a fazer da justiça social o tema principal de suas advertências proféticas.

Israel que Amós censurava, durante o reinado de Jeroboão II (782-743 a.C.), assemelhava-se em muitos aspectos ao opulento mundo de hoje. Acumulavam-se então grandes fortunas. Os ricos gananciosos viviam num luxo fabuloso, ao passo que uma quantidade crescente de pobres se afundava cada vez mais na miséria. Grandes proprietários de terras expropriavam os pequenos agricultores e camponeses, que eram reduzidos a uma escravidão virtual. Em referência àqueles que participavam da prosperidade que brotava - os negociantes ricos, os donos de terra - pairava no ar um espírito de otimismo. Superficialmente, o otimismo parecia justificado pelo bom estado da economia nacional. O final vitorioso de uma longa luta para liberar a terra do odioso domínio da Síria trouxe otomismo. Isso também deixou um resíduo de cinismo e egoísmo, que era ávido e indiferente para com a angústia do próximo.

As classes superiores eram também cegas em relação aos perigos que ameaçavam de fora. Embora a Síria tivesse sido derrotada, o crescente poder da Assíria constituía ameaça maior do que havia sido a Síria. A cegueira das classes reinantes era uma cegueira moral, produzida pela ganância e pelo egoísmo.

Este é o mundo que Amós denunciou. Ele não era israelita, mas da Judéia. Era preciso muita coragem para esse homem de Tecoa, ao sul de Jerusalém, postar-se em plena praça, provavelmente em Betel, capital de Israel, e denunciar os complacentes israelitas por seus pecados contra a justiça.

Meditação: Oramos por aquelas vozes que se levantam contra a injustiça que existe em nosso mundo hoje, e em favor do shalom que inclui ao invés de excluir.

Extraído: Leitura Cotidiana da Bíblia - Edição Ecumênica - Conselho Mundial de Igrejas.
Contribuição de Maria e Stephen Newnum - Maringá – Paraná.