26 julho, 2006

Simplesmente uma história

Minha história com a Igreja Metodista e com o Ecumenismo começa com o batismo de meu pai.

Filho de um Presbiteriano com uma católica, foi abrigado, ainda na infância, na Igreja Metodista, aberta a estender a Graça de Deus a todos quantos se achegassem a ela.

A família, grata, tornou-se metodista em São Carlos-SP. Meu avô, pregador leigo da Palavra de Deus, andou por várias igrejas metodistas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, por conta de mudanças.

Na igreja de Poços de Caldas-MG, casaram-se meu pai e minha mãe, ela de família espírita, que ainda antes do casamento já freqüentava e apreciava os “Metodistas” pela maneira alegre e sincera com que praticavam o cristianismo (na época a sociedade de senhoras confeccionava enxovais de bebês e entregava para as freiras da Santa Casa, para que doassem para mães carentes).

Fui criada assim, feliz com a igreja de meus pais e avós, ensinada de perto, principalmente por meu pai, modesto professor de História e Geografia, que me ensinou que a multiforme Graça de Deus alcança a todos/as. Isso era tão comum e natural em nossas vidas que circulávamos tranquilamente por várias igrejas e eventos onde meu pai era convidado para pregar a Palavra.

Há alguns anos, venho temendo por nossa igreja, pois meu pai, fundador de várias igrejas do Paraná, de repente, veladamente, foi sendo colocado de lado, um pouco por sua muita idade que já não é respeitada dentro de louvores e cultos quilométricos e por ser Maçom jubilado, coisa que nunca falou mais alto que sua vida cristã, nem dentro nem fora de casa.

Há alguns anos ele, com toda naturalidade do mundo, não congrega mais na Igreja Metodista, onde nos criou e ensinou a servir a Deus (cinco filhos!). O que me impressiona é que ele, agora aos 80 anos, e quase não saindo de casa, não está triste e diz: “Meu espírito é metodista!”

Que Deus ajude nossa Igreja!

Márcia Regina de Moraes Silva
Leiga da Igreja Metodista, casada com um ministro Metodista