26 julho, 2006

Um fictício encontro com Wesley

Metodistas se preparam para o grande Encontro com John Wesley, fundador da igreja metodista. Serão seis dias voltados para o estudo dos fundamentos da teologia Wesleyana e para vivências de espiritualidade, ao modo metodista.

O primeiro dia de abertura será iniciado com uma devocional baseada no sermão número 106 de Wesley (que trata da fé), seguido de uma amostra de culinária, música e arte que irá traduzir as diversidades étnicas e culturais peculiares às oito regiões do Brasil as quais a Igreja Metodista está presente. Um dos Bispos diz que a idéia da amostra é perceber a cor, o som e o sabor do nosso Brasil, especial por esse grande mosaico humano formado por índios/as, afro-descendentes, enfim dessa riqueza de povos acolhidos em nossas igrejas Brasil afora.

Segundo a equipe organizadora, formada por clérigo/as leigos/as(incluindo os adolescentes e jovens) e teólogos/as representantes das oito regiões, o primeiro e o último dia do Encontro com Wesley terá um teor festivo em função do significado desse reviver da história de Wesley e sua contribuição para o Metodismo mundial e brasileiro.

Os outros quatro dias serão exclusivamente dedicados às oficinas de estudo sobre o metodismo e segundo informa a organização, os coordenadores/as das oficinas repetirão a mesma dinâmica, criatividade e eficiência do modelo de ensino adotado nas Escolas dominicais e instituições da Igreja Metodista.

Para um renomado presbítero de São Paulo da equipe de apoio, a Igreja Metodista no Brasil é conhecida e reconhecida pelo padrão invejável do ensino que não está restrito somente às instituições, mas atinge e atrai crianças, jovens, adolescentes e adultos, aos milhares, para os momentos de estudo nas pequenas e grandes igrejas metodistas do Brasil. Uma presbítera do Paraná, completa afirmando que isso reflete a visão ampla e wesleyana da igreja e ao mesmo tempo depõe a favor do estilo de liderança e compromisso dos principais líderes da igreja.

Paras as noites do Encontro com Wesley está previsto o relato dos projetos sociais desenvolvidos por cada região com destaque para o Projeto Nacional Dedica voltado ao atendimento de jovens infratores que ao invés de ficarem confinados nas Febens são encaminhados para as unidades do Dedica com sede em todas as cidades onde existe uma igreja metodista.

Para uma jovem leiga, que coordena o projeto Dedica nacionalmente, esse é um dos mais significativos projetos que traduz o compromisso da igreja com os jovens e adolescentes. “Através desse trabalho a Igreja Metodista vem sinalizando aos governantes do país que a solução não está na construção de presídios, fábricas de marginalização e desumanização, e sim, no investimento para a capacitação do jovem para o mercado do trabalho e ao mesmo nas alternativas que impeçam que os jovens que cometem pequenas infrações, sejam levados para as ‘escolas do crime’ que são as prisões brasileiras. É por isso que o projeto Dedica já recebeu, junto com a Igreja Metodista vários prêmios da ONU e UNESCO,” destaca a jovem. E completa, “são iniciativas como essas que atrai tantos jovens para a nossa igreja e que a fez relevante e tão respeitada na sociedade brasileira, vem daí o lema: Orgulho de ser metodista, entre os jovens.”

No último dia do Encontro com Wesley acontecerá a Festa de Suzana. Um dia, segundo os organizadores, dedicado à celebração da unidade cristã e ecumênica com nossos parceiros/as e irmãos/ãs de caminhada, “pois não seriamos essa igreja grande que hoje somos, se não uníssemos nossa mãos”, enfatizou mais um bispo que informou, “a festa de Susana será fechada com um culto ecumênico onde juntos/as com imãos/ãs de várias religiões pediremos a Deus pelo fim dos conflitos no Oriente médio”.

Segundo os organizadores, o local e data do Encontro com Wesley ainda será definido, mas a idéia é que aconteça próximo a conclusão do 18°. Concílio Geral da Igreja Metodista marcado para outubro, outro memorável evento metodista no Brasil.

Se você ficou interessado em participar do Encontro com Wesley, releia o título desse ensaio.
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Maria Newnum - pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Conselheira no Conselho Municipal da Mulher de Maringá.