20 agosto, 2006

Meditação Dária - 21 de agosto

Uma leitura do Salmo 55 em tempos pós-conciliares

O Salmo 55 retrata a situação de uma pessoa orante num contexto de profundas decepções, em busca de motivos que proporcionem o reencontro do sentido da vida.

Inicia sua oração rogando a Deus que o ouça: “Ouve a minha oração, ó Deus! Não deixe de atender o meu pedido. Escuta-me e responde”(v.1-2). Passa, então, a enumerar os motivos de sua angústia: “ameaças dos inimigos(...)perseguição(...)desgraças(...)ódio(...)coração cheio de medo(...)pavor da morte” (v.2-4).
Confessa a Deus sua vontade de abandonar tudo: “Ah! Se eu tivesse asas como a pomba, voaria para um lugar de descanso! Fugiria para bem longe e moraria no deserto. Bem depressa procuraria achar um lugar seguro para me esconder da ventania e da tempestade”(v 6-8). Justifica: (vejo)conchavos(...)violência e pancadaria na cidade(...)crimes(...)maldade(...)destruição(...)ruas cheias de exploração e desonestidade” (v.9-11).
Embora as alegações anteriores sejam suficientes para justificar o quadro depressivo apresentado pelo salmista, algo ainda mais grave estava por vir. Disse o (a) orante a Deus: “Não era um inimigo que estava zombando de mim; se fosse, eu poderia suportar; nem era um adversário que me tratava com desprezo, pois eu poderia me esconder dele. Porém foi você mesmo, meu companheiro, meu colega e amigo íntimo! Conversávamos com toda a liberdade e íamos juntos adorar com o povo no Templo (...)O meu antigo companheiro atacou os seus próprios amigos e quebrou as promessas que havia feito a eles. As palavras dele eram mais macias do que a manteiga, mas no seu coração havia ódio. As palavras dele eram mais suaves do que o azeite, mas cortavam como espadas afiadas” (v. 12-14; 20-21).
Tem o salmo 55 algo a nos dizer, como cristãos e cristãs metodistas, nesses tempos de interregno entre as duas etapas do Concílio Geral?
Contribuição: Rev. Messias Valverde