12 junho, 2009

Apocalipse: uma mensagem de esperança (Pr. Ronan Boechat de Amorim)




I – O assassinato de Jesus e a perseguição aos cristãos

Quando o livro do Apocalipse foi escrito entre os anos 90 e 100 o povo cristão sofria uma intensa perseguição, que começou num primeiro momento em Roma, a capital do Império Romano, mas que se espalhou por todas as terras dominadas pelo Império. Mas quem perseguia os cristãos e por quê? Quem perseguia os cristãos era o Império romano que julgava que Jesus tinha sido um revolucionário que ameaçava a tranqüilidade do império ao supostamente afirmar que ele era o rei (messias) dos judeus.

É bom lembrar que embora Jesus tenha sido acusado pela liderança judaica de ser um herege (ao afirmar que era o Filho de Deus e Deus), a autoridade que o sentenciou a morte foi o governador Pilatos que representava o Império Romano na Judéia. Pilatos entrega Jesus para os soldados romanos que executam a crucificação. A pena de morte sofrida por Jesus não foi o tradicional apedrejamento, mas a crucificação.

Como a morte de Jesus não havia colocado um fim no movimento (no cristianismo), os seguidores de Jesus eram considerados inimigos do Império e passaram a ser perseguidos por ele.

O filme “Quo Vadis”, de 1951, dirigido por Mervyn LeRoy e estrelado por Robert Taylor e Deborah Kerr em determinada cena conta que o Imperador Nero põe fogo na cidade de Roma e culpa os cristãos, supostamente porque miraculosamente os bairros onde residiam cristãos e judeus são os únicos que não são destruídos pelo fogo. Diante da revolta popular, colocar a culpa nos cristãos não foi difícil, visto que estes já eram considerados “misantropos” (inimigos da raça humana, o oposto de filantropos) por não participarem dos jogos e da vida social de Roma sempre dedicados a homenagear algum Deus. Assim, qualquer desastre, catástrofe ambiental ou mesmo a derrota do exército em alguma batalha era considerada culpa dos cristãos que não homenageavam os deuses romanos.

Aos poucos ser cristão por si só já era um crime, pois isso significava confessar a Jesus Cristo e não o Imperador Romano como Senhor e Deus. Quando denunciado e levado diante de um tribunal romano, a única forma de não ser condenado à morte era renegar a fé em Jesus.

Quando o livro do Apocalipse foi escrito o Imperador de Roma era Domiciano. Ele promoveu em todo o Império uma caça, tortura e morte dos cristãos.

As perseguições aos cristãos só terminariam por volta do ano 311 dC, quando Constantino, Licínio e Galilério, que lutavam pelo trono do Império Romano, assinaram e publicaram o Edito de Tolerância para com os cristãos, sob a condição que eles não praticassem nada com a disciplina.

II – Qual é a mensagem do livro de Apocalipse?

Apocalipse é uma palavra que quer dizer “tirar o véu”, ou seja, revelação. Quando uma coisa está escondida, invisível, é preciso tirar o véu para que ela seja vista. O que estava escondido? A esperança e a vitória do povo de Deus. “Até quando, Senhor?”, pergunta o povo. O livro do Apocalipse é a resposta de Deus (Ap 1:11 e 19), que tira o véu da desesperança: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3).

Nos capítulos 2 e 3 há as 7 cartas para as 7 igrejas da Ásia. Deus aponta a verdadeira situação de cada uma e as desafia a permanecerem fiéis diante das perseguições, pois o vencedor receberá as promessas de Deus.

A visão leva João para dentro do Céu onde ele vê o Trono de Deus (Ap 4:1-11), vê a adoração ao Todo-Poderoso (Ap 5:1-14) e vê a Jesus Ressuscitado, o Cordeiro, que abre os 7 selos do livro fechado (Ap 6:1-17). O livro contém a história do povo de Deus, inclusive o projeto de Deus – a plenitude do Reino – e cada selo revela uma etapa dessa história, desse processo.

Os 4 primeiros selos apresentam a história do homem dominada pelo mal (AP 6:1-8). É no quinto selo que aparece a grande perseguição daqueles anos 90, na qual os cristãos são mortos como Jesus. Eles clamam para que Deus faça justiça. Deus responde: “Agüentem um pouco mais. Até que se complete o número dos irmãos” (Ap 6:11). O texto diz que a perseguição tem prazo para terminar. Deus está no controle da história, mesmo quando a gente não percebe isso claramente.

O 6º selo apresenta o futuro, quando Deus realiza o grande Dia do julgamento apresentado sob a figura dos fenômenos catastróficos da natureza que alcança inclusive os poderosos e os perseguidores (Ap 6:15). Mas o povo de Deus (12 tribos) é protegido (anjos que seguram os 4 ventos). A marca na testa é o sinal da salvação (Ap 7:3, Ap 9:4). O povo de Deus é apresentado como o Israel perfeito. Um povo incontável (Ap 7:9), porque a salvação está aberta para todos. Com a abertura do 7º selo, aparecem 7 anjos com 7 trombetas (AP 8:2). São as 7 pragas que vão exterminar os que exterminaram a terra (Ap 11:8). A sétima praga marcará o fim para aqueles que não abandonaram o mal (Ap 10:7).


A visão continua, mas agora volta-se novamente para a terra, para a criação. AP 12:1 a 14:20 descreve uma série de visões (simbólicas) que representam a luta enre Deus e seus inimigos, os poderes do mal. E dentre esses o maior deles é o Império Romano. Mas retornemos ao julgamento. Podemos dizer que ele tem 3 etapas:

O passado (Ap 12:1-17) – Do ano 33 até o ano 95

O presente (Ap 13:1 a 14:5) – A época da perseguição do Imperador Domiciano.

O futuro (Ap 14:6 a 22:21 – as coisas que vão acontecer depois do ano 95 até o fim.


III - O Passado

A visão mostra o dragão (satanás) perseguindo a mulher grávida, que simboliza o povo de Deus: seja o Israel que foi fiel a Deus no AT, que sofre as “dores de parto” (cf. Mq 5:3; Ap 12:2) do qual nasce (procede) o Messias prometido, seja a Igreja do NT (o restante da descendência – Ap 12:17; Gl 4:26; 1Jo 4:15). O filho vai para Deus (Ap 12:5) e a mulher encontra refúgio em Deus (Ap 12:6) ao fugir para o deserto (referência o Êxodo) durante 1260 dias (3 anos e meio ou ainda as 42 semanas de Ap 11:2 ou o tempo, tempos e meio tempo de Ap 12: ), o mesmo tempo em que as testemunhas têm para testemunhar (cf. Ap 11:3). Essas medidas te tempo são a metade de 7 anos e indica um tempo limitado e imperfeito. Ou seja, Deus diz que perseguição será por breve tempo; ela já tem tempo certo para acabar. Essa revelação é motivo de fé e de perseverança para o povo perseguido (Ap 13:10).

O dragão é o poder do mal que opera no mundo, o satanás que é expulso dos céus (Ap 12:7-12). Na terra, encolerizado e sabendo que lhe resta pouco tempo (Ap 12:12), persegue a mulher (povo de Deus).


IV – O que acontecia na época em que o livro foi escrito

A perseguição se intensifica. Agora surge a besta que tem “dez chifres” (o poderoso império romano) que tem as características das 4 bestas de Daniel 7:1-8. Ela tem e age no poder do dragão e na sua autoridade (Ap 13:2). Mostra-se como imitação do Cordeiro (Ap 13:3) e como alternativa a ele. A besta é o falso cordeiro (salvador, messias) que leva o povo a adorar o dragão (Ap 13:4). A besta que emerge da terra e tem apenas dois chifres (pouco poder) são os falsos profetas, que operam grandes sinais (Ap 13:13) e promovem o culto idolátrico a ela (Ap 13:12). Seus seguidores recebem uma marca (Ap 13:16), que é uma imitação da marca recebida pelos que seguem a Jesus (Ap 7:3; Ap 9:4). Essa marca (o nome da besta ou o número do seu nome – Ap 13:17) é o que permite as pessoas “comprar ou vender” (viverem e interagirem, não ser morto – Ap 13:15). Esse nome ou esse número é nome de um homem: 666 (Ap 13:18). Referindo-se àquele ao imperador romano. A visão deixa claro: o império romano não presta. É obra de satanás!

Mas a visão não mostra que é fim de tudo e que a história humana terminará desse jeito. Em contraste com as bestas anteriores, Ap 14 começa por apresentar a figura do Cordeiro rodeado por todo o povo de Deus que celebra entoando um novo cântico pela salvação obtida. Os 144.000 não dobraram seus joelhos à besta (“os castos”) e trazem a marca da pertença a Deus (Ap 14:1). 144.000 é um número simbólico. É o 12 (número que representa a perfeição divina – doze tribos, 12 apóstolos, etc) multiplicado por 12.000 (que é 12 x 1000). 10 é um número que representa a totalidade (10 mandamentos, etc). Ou seja, Ap 14 mostra que o Cordeiro está de pé e é seguido pela multidão dos que resistem ao dragão, à besta e aos falsos profetas e falsos sacerdotes que servem a besta. A visão mostra que, tal como aconteceu com o Israel do profeta Elias, havia muita gente (7 mil) que não adorou ao deus Baal e nem beijou a sua imagem (1Rs 19:18). Não estamos sós, aleluia! Podemos até não ver, mas o povo de Deus está de pé, enfrentando as adversidades e vencendo as tentações e perseguições no poder do Espírito Santo. Como disse o profeta Eliseu ao seu servo ao verem-se cercados pelos exércitos da Síria: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6:16-17).


V – O futuro – As coisas para além daquele ano de 95 d.C.

a) O império e seus falsos profetas serão aniquilados por Jesus

Deus agora revela o futuro, e essa é a parte mais difícil do Apocalipse. A visão de Ap 14:6-12 mostra um primeiro anjo que anuncia que é chegada a hora do juízo divino sobre a criação (Ap 14:6-7 e a chegada do julgamento está descrito em Ap 14:20). O segundo anjo anuncia a queda da Babilônia, ou seja, de Roma e do seu diabólico império (Ap 14:8 e a queda da grande prostituta está descrita em Ap 15:1 a 19:10). O terceiro anjo anuncia a derrota final e o juízo (castigo) sobre a besta=império romano e os seus seguidores e partidários da besta (Ap 14:9-11 e a derrota final do mal está em Ap 19:11 a 20:15). Essa revelação divina dá forças para o povo sofredor e o fará resistir às perseguições e perseverar fiel na fé em Jesus.

Ap 19:11-21 descreve Jesus montado num cavalo branco derrotando os reis da terra e a besta e os seus falsos profetas. Todos eles são capturados e jogados (condenados) ao lago de enxofre cujo fogo não se apaga nunca (Ap 19:11-21), à morte eterna, ao inferno. A arma de Jesus é a espada que sai da sua boca (Ap 19:15 e 21; Ap 1:16). Ou seja, a vitória vem através do anúncio do Evangelho que desmascara e destrona o poder do mal e conduz ao Deus vivo e à vida verdadeira e eterna. A verdade e a justiça de Cristo se imporá sobre a mentira e o mal. A rocha não talhada por mãos humanas destruiu a estátua descrita na profecia de Daniel 2:34-35. Vivemos ainda no tempo em que a terrível estátua está desabando, sendo esmiuçada e a rocha se transformando numa montanha, e enchendo toda a terra (Dn 2:35).


b) A questão do milênio, o julgamento final e a destruição de satanás

Ap 20:1-6 diz que o dragão (satanás) será aprisionado por Deus por mil anos e depois será solto por breve tempo antes de ser lançado no lago de fogo. O que isso significa e quando isso vai acontecer? Essas são perguntas cruciais. Ap 20 é um texto que tem sido interpretado de muitas maneiras. Uma delas, ao meu ver muito equivocada, é a interpretação literal (exatamente como está escrito!) que no futuro o diabo será “aprisionado por mil anos” e haverá paz na terra. Depois ele será libertado, promove muita guerra, dor e perseguição sobre os cristãos, para depois disso ser derrotado definitivamente e finalmente exterminado. Mas por que Deus derrotaria e aprisionaria o diabo, para depois soltá-lo para ele promover mais destruição e morte, para só então, ele ser definitivamente derrotado? Alguns justificam: para Deus testar a fidelidade do seu povo. Mas o Deus onisciente que conhece cada um dos meus dias quando ainda não foram vividos e a minha palavra antes que ela chegue à minha boca não precisa desses expedientes para conhecer a mim, a quem quer que seja, ou ao seu povo.

O milênio é real porque está descrito na Palavra de Deus. Mas, repito, quando ele vai acontecer e o que ele significa?

Ele está acontecendo agora, no decorrer da história humana. Se tivermos que estabelecer um começo para ele, podemos colocá-lo na encarnação, morte e ressurreição de Jesus (1Jo 3:8). O apocalipse diz que a vitória de Cristo continua a acontecer e brevemente será total. “Pela morte e ressurreição, Jesus conquistou a vitória sobre o mal (dragão=satanás, que está vivo mas não tem plena liberdade para agir. Mil anos é o tempo que vai da morte de Jesus até a consumação final (equivale a três anos e meio ou a um tempo superior e bem melhor que este). (...) Entre a ressurreição de Jesus e a consumação final, o povo de Deus participa da realeza e do seu julgamento. A primeira ressurreição é a conversão e o batismo, é a passagem da morte do pecado para a vida em Cristo. Para os convertidos não acontece a morte definitiva, a segunda morte”, diz-nos a nota de rodapé referente ao texto de Ap 20:1-6 da Bíblia Edição Pastoral, Editora Paulinas, página 1610.

A nota explicativa da mesma Bíblia referente ao texto de Ap 20:7-8 diz que “durante a história, o povo de Deus (acampamento dos santos e a Cidade amada) continua em luta contra as forças do mal (satanás), mas é protegido por Deus (fogo do céu). Gog e Magog são nomes simbólicos que representam os poderes da idolatria, inimigos de Deus e do seu povo. Mas o poder do mal está completamente destruído (lago de fogo)”.

Independentemente da interpretação do significado e da cronologia do milênio, o importante é nos incluirmos nos planos do Deus e confiar que o futuro pertence ao nosso Pai, Deus de amor e eterno soberano. E que a perseguição, a morte, o prato, satanás e toda forma de mal terão fim. Pois quem disse isso não se engana e não mente. Deus é fiel e é leal. Sobre especulações Jesus nos alertou: “Não vos compete saber temos e épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade e competência”. Nossa tarefa é esperar vigilantes como as virgens prudentes e testemunhar o Evangelho até que ele volte (Mt 28:19-20; At 1:8).

A segunda vinda de Jesus (Mt 24:30; Mt 26:64) antes do julgamento final narrado em Ap 20:11-15. Tal como descrito em Mt 25:31-46, o texto nos aponta que o julgamento será individual. E os mortos também ressuscitarão para serem julgados (1Co 15:52). E o destino para todos os que não foram vitoriosos na fé e não têm o nome escrito no livro da Vida é a morte eterna; serem lançados para dentro do lago de fogo, a saber, a morte eterna. No julgamento final todos receberão aquilo que buscaram e construíram em vida. Sem querer negar a autoridade e a soberania de Deus, cada um vai para o inferno com os próprios pés, por conta própria. Mas ser salvo para o Céu, somente pela fé e aceitação da graça de Jesus (Ef 2:8-9).

Os que tiverem a marca do Cordeiro ouvirão o “vinde benditos do meu Pai, entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (cf. Mt 25:34). Eles verão e viverão face a face com o Senhor nos novos céus e na nova terra do Ap 20:1 a Ap 22:5.


c) O novo céu e a nova terra onde habitará a justiça (1Pd 3:123)

Como muito bem sinalizado pelo apóstolo Paulo em Rm 8, toda a criação será redimida do poder do pecado, da morte e do mal. Não apenas as pessoas que tiverem o nome no Livro da Vida, mas toda o universo, fauna e flora serão redimidos. Deus em sua generosidade e amor restaurará o Jardim do Éden, só que agora, descrito como uma cidade: a nova Jerusalém (Ap 21). É chegada a hora de vermos Deus face a face (Ap 22:4). E o Senhor lhes “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as coisas antigas desapareceram” (Ap 21:4). A nova Jerusalém refletirá a glória eterna de Deus, que nela está presente.

A história humana começada em Gn 3 marcada pelo pecado e pela sua conseqüência de maldição terão terminado (Ap 22:3). Através de Jesus (o caminho, a porta, etc) retornaremos à vida e a realidade espiritual e plena de Gn 2 e teremos acesso ilimitado ao rio da água da vida (símbolo do Espírito Santo) e à árvore da vida (Ap 22:1).


VI - Conclusão:

É verdade que muitas pessoas, inclusive muitos cristãos, têm medo da mensagem do livro do Apocalipse. Mas como vimos, esse medo é fruto apenas da ignorância por desconhecerem o teor do apocalipse, ou seja, a profecia de que os sofrimentos e perseguições terão fim, a promessa de salvação eterna, e a palavra de esperança que isso traz ao coração do homem e da mulher de Deus. O medo é porque só enxergam a letra (2Co 3:6).

O homem natural só consegue discernir as coisas naturais, ver as aparências... mas o homem espiritual discerne as coisas naturais e as espirituais (1Co 2:14-16). Ele confia e espera em Deus (1Tm 1:12). Pois tudo o que não provém de fé é pecado (Rm 14:23).

O Apocalipse, como qualquer outro texto bíblico e sobretudo por ser um texto profético, está aberto a interpretações e releituras, como o povo de Deus já fez muitas vezes no passado. O mais importante, porém, é sua mensagem de firme convicção da esperança de que a palavra última na história é de Deus e não dos impérios humanos ou de satanás e da morte, por mais dominadores e destruidores que se nos apresentem. O Império romano foi a besta-fera do passado, hoje a besta-fera (o anti-Cristo) e os falsos profetas são outros, e estão bem vivos ao nosso lado tentando colocar-se sobre nós, buscando tomar o lugar de Jesus como Senhor e Salvador na vida das pessoas. Mas eles, tal como o império romano, passarão. Céus e terra passarão, mas a Palavra do Senhor permanecerá (Mt 24:35). Aleluia!

O fato de conhecermos o fim das coisas, deve nos levar a experimentar a conversão ao Evangelho e a colocar a nossa fé em Jesus e viver por modo digno do Evangelho, para que recebamos a marca do Cordeiro e para que nosso nome seja escrito no Livro da Vida. Por isso devemos orar: Maranata, Senhor Jesus! Venha o teu Reino... transforma nossa história de dor e morte numa história de graça e de vida eterna. Aleluia

Violência mantém Brasil atrás de vizinhos em índice da paz: está em 85º lugar no ranking de 144 países.


A violência manteve o Brasil atrás da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, da Bolívia, do Peru e do Chile na última edição do Índice Global da Paz (IGP), um levantamento anual dos indicadores de segurança e violência no mundo.

Na América do Sul, o Brasil só fica na frente da Colômbia, país afundado em um grave conflito interno, e da Venezuela, onde a disputa política é acirrada.

O Brasil está em 85º lugar no ranking de 144 países, avançando cinco posições em relação ao IGP de 2008. A melhora mudança se deve principalmente a uma ligeira redução no volume de importação de armas, percentual do Produto Interno Bruto (PIB) destinado a investimentos militares e número de agentes armados em relação à população.

Em primeiro lugar no IGP deste ano, ficou a Nova Zelândia, destronando a Islândia que caiu para o quarto lugar como o país mais pacífico do mundo. Em segundo, está a Dinamarca, seguida por Noruega, Islândia, Áustria, Suécia e Japão. Completam os dez primeiros colocados Canadá, Finlândia e Eslovênia.

Chile em alta

O Chile é o melhor colocado da América Latina, na 20ª posição, uma atrás da obtida em 2008. Em seguida, dos vizinhos brasileiros, vem o Uruguai, em 25º.

Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos ficaram em 83º lugar, bem atrás dos vizinhos canadenses (8º). O principal motivo para a má colocação dos americanos são as ameaças de terrorismo e criminalidade no país.

Por outro lado, a Europa foi considerada a região mais pacífica do planeta, com a maioria dos seus países entre os 20 primeiros colocados do ranking. Entre as exceções estão França (30º), Grã-Bretanha e Itália, os dois últimos juntos em 35º e 36º lugar, respectivamente.

De acordo com o IGP, embora tenha subido 14 colocações desde 2008, a Grã-Bretanha continua sob ameaça de terrorismo e criminalidade, além de registrar altas exportações de armamentos.

Já a Itália caiu oito posições (de 28 para 36) e os culpados também são a percepção da criminalidade e a proporção de agentes de segurança na população.

Em último na Europa está a Grécia, que caiu três posições principalmente por causa das revoltas domésticas que explodiram no país no ano passado, depois que um menino de 15 anos foi assassinado pela polícia.

Em último lugar no ranking global está o Iraque, arrasado pela longa guerra. Conflitos também arrastaram o Afeganistão para o penúltimo lugar e Israel para o 141º.

O pé do ranking IGP é completado por outros países em conflito, como Somália (142), Sudão (140), República Democrática do Congo (139) e Chad (138).
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Notícia da BBC no site do G1.
Endereço: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1181145-5598,00-VIOLENCIA+MANTEM+BRASIL+ATRAS+DE+VIZINHOS+EM+INDICE+DA+PAZ.html