19 maio, 2007

No ensejo do dia contra a violência e exploração infantil: Meninas e mulheres num vazio de sombras

Por Claudia Florentin

BUENOS AIRES, 16 de maio (ALC) - Madeleine MacCann tem mais de sorte do que milhares de meninos e meninas em todo o mundo que desaparecem sem deixar vestígio, e dos quais só os mais próximos guardam na memória um rosto, um último olhar e um último instante em que estiveram próximos.

Madeleine é a bebê britânica que, no sábado, completou quatro anos e que foi seqüestrada no dia 3 de maio numa praia do sul de Portugal. A polícia portuguesa trabalha no caso em conjunto com a Scotland Yard. Uma das hipóteses é que o seqüestro tenha sido arquitetado por pessoas vinculadas a uma rede de pedofilia.

Seu rosto doce e inocente deu a volta ao mundo apoiado por empresários e celebridades britânicas que ofereceram mais de dois milhões de euros para quem oferecesse alguma informação que levasse ao esclarecimento do caso. Um empresário escocês ofereceu 1,5 milhão de euros e, no domingo, a autora de Harry Potter, JK Rowling, somou outros 2,2 milhões de dólares à recompensa.

Hoje já se afirma que as buscas a Madeleine foram reduzidas por causa da falta de resultados. E assim continua crescendo a enorme lista de nomes de crianças raptadas e postas numa espécie vazio nas sombras de onde parece impossível resgatá-las.

Impossível? Obviamente que não é impossível. Num mundo tomado por redes, onde tudo é conhecido em minutos, onde até e-mails pessoais são monitorados e controlados, não é lógico que crianças simplesmente "desapareçam". A enorme rede de pedofilia e tráfico está amparada por setores poderosos, governos e máfias em todo o mundo.

A Associação Mexicana de Crianças Raptadas e Desaparecidas advertiu sobre a necessidade de tipificar como delito do foro federal o roubo de crianças, procurando manter, assim, maior controle e intervenção estatal sobre esses casos.

Alguns destes seres inocentes têm rostos que circulam pelo mundo e, talvez, alguém, algum dia, os veja e os reconheça. Mas é muitíssimo maior o número daqueles que não encontram espaço nos meios, na publicidade, nas instâncias governamentais. Seus nomes apenas aparecem numa nota breve, passando depois a representar um dossiê a mais nos enormes expedientes da justiça.

Em Buenos Aires, um grupo de mulheres comprometidas com a luta pela verdade e a justiça começou uma série de encontros que se repetem a cada dia 3 de cada mês, na Praça do Congresso. "Basta de assassinatos e desaparecimentos forçados de mulheres", reivindicam. Algumas dessas mulheres e meninas têm nomes que o cidadão comum escuta quase como familiar, porque o pedido de justiça foi veiculado por meses nas mídias, sem sucesso. Outros são nomes desconhecidos para a sociedade, mas bem presentes na dor de quem os amavam.

É preciso que os delitos do tráfico, da exploração e da prostituição contra a vontade sejam considerados crimes contra os direitos humanos. Há anos afirma-se que os "direitos das mulheres são direitos humanos", uma obviedade muito grande, mas que, numa sociedade sem eqüidade, patriarcal e violenta, é necessário repetir até a conquista de resultados efetivos.

Enquanto aqueles que têm a responsabilidade de tomar decisões políticas e jurídicas continuam olhando para o outro lado, milhares de meninas e meninos, de mulheres e jovens, como Madeleine MacCann, esperam que alguém desate o nó de sombras e as devolva à vida.
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No ensejo do dia mundial contra a homofobia Pastores metodistas querem modificar política eclesial sobre uniões gays

ÁFRICA DO SUL

CAPE TOWN, 18 de maio (ALC) – Um grupo de 19 pastores metodistas dessa cidade querem modificar a política da denominação, que não permite que os clérigos oficiem celebrações de união entre pessoas do mesmo sexo, informa despacho da agência Ecumenical News International (ENI).

O repórter David Wanless informou que a legislação aprovada pelo Parlamento sul-africano em 2006 permite às pessoas gays e lésbicas manter uniões civis legalmente válidas.

Pastores metodistas do Distrito Eclesial do Cabo da Boa Esperança solicitaram à assembléia do sínodo estadual, no dia 10 de maio, que lhes seja concedido o direito de decidir, de acordo com a consciência individual, se devem ou não realizar cerimônias de união civil entre pessoas do mesmo sexo.

"Os pastores de muitas igrejas na África do Sul são designados pelo Estado como agentes matrimoniais e podem utilizar a solenidade de uma união civil", sublinham.

Diversas denominações, entre elas as igrejas Metodistas e Congregracional, proibiram seus clérigos de oficiar cerimônias de união civil entre pessoas do mesmo sexo ou qualquer cerimônia de bênção de casais do mesmo sexo que tenham sido casadas legalmente por um agente do Estado.

Um dos ministros, falando em off, disse à agência ENI que os clérigos querem ter o direito de decidir se devem presidir a união de pessoas do mesmo sexo. Ele lembrou que na África do Sul o pastor metodista pode decidir, de forma individual, se casa pessoas divorciadas.
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Verso e Voz - 19 de maio

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. - Mateus 6.33

Na luta pela justiça, a única recompensa é a oportunidade de estar na luta. Não pode esperar que vai acontecer amanhã. Precisa-se continuar trabalhando por isso. - Frederick Douglass

18 maio, 2007

Oração Pelas Crianças em Risco



Tu és, Senhor Jesus, O pão da vida (Jo 6.35) A luz do mundo (Jo 8.12) A porta (Jo 10.9) O caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6) A videira verdadeira (Jo 15.1) Ajuda-nos a torná-lo real para cada uma das 1,2 bilhão de crianças em risco no mundo de hoje. Obrigado por estar conosco e por ouvir nossas orações. Em seu nome, Amém.
Eu sou a luz do mundo. (Jo 8.12)
O mundo é escuridão para crianças que sofrem abuso sexual, violência e exploração. Mas a luz de Deus pode penetrar os lugares mais escuros, expondo todo erro cometido contra as crianças e trazendo esperança e salvação. - Ore para que as nações reconheçam o alcance total da exploração sexual infantil em seus países e tomem medidas para interrompê-la. - Ore pelos cristãos que trabalham para levar a luz de Deus até as vidas de crianças exploradas. - Agradeça a Deus pela diminuição no número de crianças que têm de trabalhar para viver.

Eles crêem em Cristo e na Bíblia e, ainda assim, apóiam o uso da camisinha

Matéria da "Folha Universal", tablóide distribuído nos templos da Igreja Universal do Reino de Deus, ressalta a importância da camisinha como o "melhor método para evitar a proliferação do HIV".
Estamos falando dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, a maior congregação de evangélicos do Brasil. A última edição da Folha Universal (nº 787), tablóide distribuído gratuitamente nos templos da instituição, traz uma matéria que ressalta a importância do preservativo como "o melhor método para evitar a proliferação do vírus HIV".

Além disso, acrescenta o texto, "somada à prevenção da Aids, o preservativo ajuda no planejamento familiar, diminuindo as chances da gravidez indesejada." De acordo com dados da própria Folha Universal, veículo de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, a edição analisada, que traz a reportagem sobre a importância do uso do preservativo, teve 2,3 milhões de exemplares. O tablóide, criado em 1992, circulou entre os dias 6 e 12 de maio.

Intitulada "Aids na Juventude" (leia abaixo), a matéria lembra que "especialistas concluíram que, a cada minuto, quatro jovens contraem o vírus [HIV] no mundo." "Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% da população jovem não usa preservativo nas relações sexuais, aumentando as chances de contrair a doença", explica reportagem assinada por Clayton Carvalho. Abaixo, o texto que pode ser lido na versão online da Folha Universal.

Aids na Juventude - Reportagem transcrita da Folha Universal
Por - Clayton Carvalho

O vírus HIV, que destrói as células de defesa do organismo e é o causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), já contaminou mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente na África. A cada dia, a sua proliferação tem se tornado maior entre jovens e crianças. Especialistas concluíram que, a cada minuto, quatro jovens contraem o vírus no mundo. As taxas de novas infecções encontram-se maiores na população entre 15 e 24 anos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% da população jovem não usa preservativo nas relações sexuais, aumentando as chances de contrair a doença. Estudiosos defendem que o uso da camisinha é o melhor método para evitar a proliferação do vírus HIV. Somada à prevenção da Aids, o preservativo ajuda no planejamento familiar, diminuindo as chances da gravidez indesejada.

Os efeitos do abuso da ingestão de álcool, cada vez mais freqüente entre a juventude, são apontados como os principais motivos que a induzem a deixar de lado a camisinha e, portanto, ficar mais vulnerável à contaminação pelo vírus. De acordo com o IBGE, 44% dos jovens utilizam a bebida alcoólica antes de uma relação sexual.

Para reforçar as estatísticas, uma pesquisa realizada durante quatro anos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 1.056 pacientes (918 homens e 138 mulheres), mostra que cerca de 70% dos homens que admitiram não usar camisinha, afirmaram que não o faziam por terem consumido bebida alcoólica, e quase 38% dos infectados relataram nunca terem usado drogas injetáveis ou recebido transfusão. "Essas informações abrem uma nova perspectiva para as campanhas de prevenção", acredita Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra que desenvolveu a pesquisa.
Kit de mobilização
Visando diminuir os números, um kit de mobilização será distribuído em 270 escolas públicas nos 27 estados brasileiros. Nele, os professores e profissionais da saúde pretendem realizar uma atividade de mobilização para a avaliação de vulnerabilidades que inclui um estimulo à realização do teste anti-HIV para os jovens, que poderão fazê-lo nos centros de testagem anônima(CTA) de seus municípios. Segundo o Ministério da Saúde (MS), 15% dos casos notificados de Aids ocorrem em jovens até 24 anos, sendo que 64% da transmissão do vírus HIV ocorre por contato sexual.
Crianças sem tratamento
Além da situação vivida pela juventude, cerca de 660 mil crianças infectadas com o vírus HIV não têm acesso ao tratamento com anti-retrovirais, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com o Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids) e o Unicef (fundo da ONU para infância e adolescência). O número de crianças recebendo tratamento aumentou em 50% em 2006, mas ainda é considerado baixo. Em dezembro do ano passado, apenas 15% das crianças soropositivas, no mundo, estavam sendo tratadas. O Brasil, no entanto, vai contra essa tendência, dando acesso garantido às drogas anti-retrovirais para 95% dos menores de 15 anos.

"As crianças continuam a ser a face perdida da pandemia da Aids, com muitas delas sem acesso a tratamentos que salvam vidas e a outros serviços essenciais", afirmou a diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman.
Redação da Agência de Notícias da Aids

FaTeo celebra unidade cristã e recebe visitantes latino-americanos


O culto comunitário alusivo à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos desta quarta, 16 de maio, tornou visível a pluralidade cristã e o desejo de unidade com a participação do pastor colombiano batista Harold Segura e da pastora presbiteriana cubana Ofélia Ortega.
Ambos teólogos, estão no Brasil como participantes observadores da Conferência do Episcopado Latino-Americano (CELAM) da Igreja Católica Romana e aproveitaram a oportunidade para visitar São Paulo e a FaTeo, acompanhados do pastor metodista responsável por Relações Eclesiásticas da Visão Mundial-Brasil Welinton Pereira.
O pastor Harold Segura, ex-reitor do Seminário Teológico de Cali e atual coordenador do Departamento de Compromisso Cristão da Visão Mundial-América Latina foi o pregador no culto e destacou, em diálogo com a FaTeo, a dimensão ecumênica assumida pela Visão Mundial em suas atividades no continente e no mundo. Na palavra de saudação à comunidade a pra. Ofélia Ortega, professora do Seminário Teológico de Matanzas e presidente do Conselho Mundial de Igrejas pela América Latina, ressaltou o valor dos vínculos históricos entre a FaTeo e o seminário em Cuba. Clique aqui para ter acesso à liturgia alusiva à Semana de Oração pela Unidade.

* Na Foto: Harold Segura (terceiro da dir. para a esq) e Ofélia Ortega (quinta da dir. para a esq.) acompanhados do pastor Welinton Pereira (segundo da dir. para a esq.) são recebidos por professores/as da FaTeo. - Foto - Demétrio Soares

Igrejas Cristãs Colocam de Lado as suas Diferenças

Estados Unidos

Cristãos americanos, historicamente divididos pelas linhas denominacionais, estão celebrando o nascimento de um grupo novo com uma proposta (mandato) para os unirem.

Igrejas Cristas Juntos -(CCT = Christian Churches Together) incluem lideres de 5 dos principais tradicões cristãs: Evangélico, Pentecostal, Protestantes históricos, Ortodoxos e Católicos Romanos, como também igrejas formados de membresia racial ou étnico. É a primeira vez que um corpo nacional tem representado a populacão crista diversificado da América.

Na reunião recente de 4 dias do CCT em Pasedena, Califórnia, a primeira desde sua inauguração em Marco de 2006, 150 membros debateram seu entendimento da pratica de evangelismo e possíveis iniciativas anti-pobreza.

"Vendo os lideres de todas as igrejas participantes e organizacões de pé orando juntos no seu compromisso a esta visão foi poderoso, e visivel sinal de esperanca," diz o Rev. Wesley Granberg-Michaelson, secretario geral da Igreja Reformada nos EUA e 'presidente' do CCT comite organizadora.

Por um Brasil sem homofobia - Pauta de instituições de ensino em todo Brasil




De 17 à 20 de maio o Dr. Thomas Hanks, professor do ISEDET – Instituto Superior Evangélico de Estudos Teológicos - de Buenos Aires - reconhecido estudioso do fenômeno da homofobia tratará sobre 0 tema da violência seletiva e dirigida contra pessoas homossexuais.
O tema está na pauta do Ministério da Educação neste ano e, por isso, as instituições de ensino colocam o tema em suas agendas.
O Dr. Tom Hanks foi convidado a abrir o assunto a comunidade acadêmica de Belo Horizonte. Entender a pertinência do tema e a urgência em tratá-lo por meio de medidas educativas é o desafio das instituições de ensino do país.

Locais - Auditório do Conselho Regional de Psicologia, na Rua Timbiras, 1532, 6º. Andar.
No sábado, Hotel Classic, na Rua da Bahia, 2727, das 9h ao meio dia. O evento do sábado será aberto à comunidade externa e por isso, exige-se confirmação.

Testemunho e Argumentos

Por Derrel H. Santee*

Estou certo de que o Deus Eterno está sempre comigo;ele está ao meu lado direito, e nada pode me abalar.Por isso o meu coração está feliz e alegre,e eu, um ser mortal, me sinto bem seguro.Ó Deus, tu não deixarás que eu fique enterrado,não abandonarás o teu dedicado servo no mundo dos mortos.Tu me mostras o caminho que leva à vida.A tua presença me enche de alegriae me traz felicidade para sempre. Salmo 16.8-11

Este trecho do Salmo 16 foi usado por Lucas em Atos 2.25-33 como argumento teológico para reforçar a ressurreição corporal de Jesus. Em contraste com Lucas, o salmista escreveu como testemunho da sua própria experiência com o Eterno. Lucas argumentava para convencer os outros que ele estava com a verdade e o salmista simplesmente testemunhava a sua fé.

Vale a pena examinar o sentido deste salmo que foi usado pelo autor de Atos. O salmista vivenciava uma experiência com Deus que transcendia as limitações da sua própria vida mortal. Como nós, ele vivia a incerteza, a insegurança, o perigo em cada esquina e a morte inevitável. Se fosse olhar somente para estes aspectos negativos, seria fácil cair no pessimismo e desespero. Sem negar estas realidades, enxergava uma outra realidade acima de tudo.

Há uma diferença entre sermos atingidos e sermos abalados. Todos somos sujeitos a sermos atingidos pelo sofrimento, seja ele físico, econômico, mental ou social. A fé em nada nos poupa de passar por tempos difíceis e morrer. Não nega aquilo que nos ameaça. Embora atingidos, as nossas bases ficam firmes. Não somos aniquilados. Sobrevivemos para continuar. O salmista fala em até alegria e felicidade diante dos aspectos negativos!...

A última palavra não está com a desgraça, mas com a graça. O caos é um passo em direção à ordem. A ordem (graça) está com a última palavra. O Salmo 16 representa a experiência do salmista e Lucas o atribuiu, também, a Jesus. Mas, esta experiência pode ser de todos nós que experimentamos o Eterno.

A fé cristã, em primeiro lugar, é uma experiência pessoal com o Eterno, não é um conjunto de argumentos, sistema de teologia ou uma série de dogmas; embora tentamos explicar esta experiência por estes meios. É um grande erro promover a nossa explicação em vez de testemunhar a nossa experiência. Acontece que, muitas vezes, uma teoria toma o lugar de uma experiência. Achamos que, na ausência de uma experiência, uma teologia pode convencer alguém, mas acabamos só convencendo a nós mesmos!

O mundo, hoje, precisa de pessoas que têm habilidade para compartilhar e não das que têm argumentos bonitos. O testemunho "brota" do coração e provoca mudanças individuais e coletivas, enquanto que o argumento "nasce" da cabeça e pode ser motivo de discórdias provocando ainda mais sofrimento e injustiça.
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* Derrel H. Santee é Missionário Aposentado

Verso e Voz - 18 de maio

Quarenta anos vocês vão sofrer por causa dos seus pecados, conforme os quarenta dias que vocês espionaram a terra, um ano para cada dia. Vocês vão saber o que é ficar contra mim. - Números 14.34 (BLH)

A recusa do povo em sair do deserto e ocupar a terra, além rio, mostrou a verdadeira raiz do problema de libertação! Foi dito que o maior obstáculo à libertação dos oprimidos é o próprio oprimido! O povo não somente estava no deserto, mas, pior ainda: - O DESERTO ESTAVA NO POVO! ... A opressão verdadeira é a auto-opressão. Para a situação externa ser convertida de verdade, é preciso que haja uma “conversão interna”. Quando as pessoas desejam a libertação, o maior obstáculo já está vencido. Muitos povos têm a tendência de escolher alguém ou algo para dominá-los. A liberdade provoca medo porque traz o peso da responsabilidade. Muitas pessoas correm atrás de seitas exigentes e se sujeitam a elas porque estas seitas apresentam “pacotes fechados”! Estas pessoas escapam da terrível responsabilidade de precisarem pensar por si mesmas e assumirem decisões próprias. Tudo já está decidido! O deserto era conveniente para aos hebreus, o maná caía do céu diariamente, sem falta: tinham pouco, mas era garantido. Esta tendência favoreceu para que o povo fosse manipulado e usado. Queriam ser escravos. - Darrel H. Santee

sementesbiblicas.blogspot.com

17 maio, 2007

“Mil vozes para celebrar”

Tricentenário do nascimento de Charles Wesley (1707-1788)

56ª. Semana Wesleyana na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, de 21 a 25 de maio de 2007.

A 56ª. Semana Wesleyana celebrará os 300 anos de nascimento de Charles Wesley, compositor sacro e um dos inspiradores do metodismo, juntamente com seu irmão John, na Inglaterra do século XVIII. A Semana pretende ser uma contribuição para o resgate de uma cultura caríssima a toda família wesleyana, em particular, e ao protestantismo, em geral, afinal Charles Wesley é considerado ainda hoje insuperável como compositor sacro. A música tem sido um dos elementos motivadores de destaque da proclamação do Evangelho, particularmente entre os metodistas.

Mais informações e programação, veja na página da Faculdade de Teologia.

Diálogo no Bennett com Paulo Ayres

Bispo Paulo Ayres fala sobre o poeta do Metodismo

Os 300 anos de nascimento do “poeta do Metodismo”, Carlos Wesley, serão comemorados intensamente pelo curso de Teologia do Centro Universitário Metodista Bennett. No dia 15 de maio o projeto “Diálogo Bennett” receberá o bispo Paulo Ayres, que abordará a temática com ênfase no momento histórico vivido pelo metodismo mundial.O evento acontecerá a partir das 18h20 no Auditório Audiovisual, quando o bispo Paulo Ayres falará ao curso de Teologia do Centro Universitário Metodista Bennett. Na semana seguinte, ele abordará o mesmo tema, em São Bernardo do Campo - SP, onde participará da Semana Wesleyana. O bispo Paulo Ayres fez todo o esforço de agenda para poder atender ao pedido do Colegiado de Teologia, através do prof. Odilon Massolar Chaves, coordenador do curso.
Ayres afirmou que estar no Bennet durante as celebrações dos 300 anos de Carlos Wesley é mais que uma atividade acadêmica. É parte de seu ministério nesta etapa de vida pastoral.

Verso e Voz - 17 de maio

Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício. - Provérbios 19.17

Para muitas pessoas, o silêncio permite que a alma cresça e desenvolva em sua dimensão espiritual. Na realidade, quanto mais uma pessoa encontra a realidade de silêncio, mais significante ele se torna. Enquanto em si mesmo isso é um perigo, o mesmo é verdadeiro para qualquer outra coisa que tem tal valor real que tocamos. - Morton T. Kelsey, The Other Side of Silence (O Outro Lado de Silêncio)

beliefnet.com/blogs/godspolitics/

16 maio, 2007

Semana de Oração em Maringá

A Semana de oração pela Unidade dos Cristãos será realizada pelo MECUM - Movimento Ecumênico de Maringá de 21 à 27 de Maio:

Programação :














21 - às 20hs - Paróquia Bom Pastor - Mandaguari
22 - às 20hs - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Nova Esperança;
23 - às 20hs - Paróquia N.S. das Graças - Sarandi
24 - às 20 horas - Paróquia N.S. de Guadalupe - Maringá - (Pe. Nelson)
25 - às 20 horas - Comunidade da Igreja Episcopal Anglicana - Maringá - Rua Antônio Carlos de Held, 137 - Jardim Alvorada
26 – às 18h30 - Paróquia Cristo Ressuscitado - Maringá - (Pe. Julinho)
27 - às 10 horas (domingo) -Enceramento - Igreja Evangélica de Confissão Luterana _ Maringá - Rua Mem de Sá, 167.
* Ponto de Encontro - Paróquia Santa Maria Gorette

Fogo destrói prédio de faculdade metodista

SANTA MARIA, 16 de maio (ALC) – Incêndio que teve início por volta das 4h da madrugada desta quarta-feira, 16, destruiu o prédio B do Instituto Metodista Centenário de Santa Maria (IMC). Ninguém ficou ferido e as aulas foram suspensas até segunda-feira, 21.

O prédio abrigava salas de aula da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES) e setores administrativos da instituição. O prédio A, onde funciona o Colégio Metodista Centenário, não sofreu danos, mas as aulas da escola também foram suspensas.

As causas do incêndio ainda são desconhecidas e o IMC já acionou o seguro para dar início logo à reconstrução do edifício. A diretora geral da Rede Metodista, professora Adriana Menelli de Oliveira, garantiu que o incidente será superado e não atingirá as ações da instituição.

“Se Deus nos deu essa missão é porque temos força para enfrentá-la. Não perdemos nenhuma vida e isso é o que importa, o patrimônio a gente reconstrói”, declarou a diretora geral. O processo seletivo de inverno da FAMES, agendado para o dia 17 de junho, foi temporariamente cancelado.

O incêndio deixou sem aula 1,3 mil universitários e 500 alunos da escola. O Colégio Centenário foi inaugurado há 86 anos e a FAMES completa nove anos de atividades. A causa provável do incêndio, contido no início da manhã, é um curto-circuito.

A direção do IMC busca parcerias com a prefeitura, empresários da cidade e a Universidade Federal de Santa Maria para retomar logo as atividades acadêmicas.

Santa Maria é uma cidade universitária localizada no centro do Estado do Rio Grande do Sul, a 300 km de Porto Alegre, e tem cerca de 245 mil habitantes.
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Fundador da Maioria Moral morre aos 73 anos

Por Manuel Quintero
SUÍÇA - GENEBRA, 15 de maio (ALC) - Jerry Falwell, um dos mais conhecidos líderes do evangelismo conservador dos Estados Unidos, morreu nesta terça-feira no Hospital Geral de Lynchburg, Virginia.

O nome de Falwell está associado à organização Maioria Moral, que ele fundou em 1979 para levar adiante uma campanha nacional contrária ao aborto e os direitos dos homossexuais, e a favor da implementação das orações nas escolas públicas e de uma visão tradicional da família.

Com milhões de membros incorporados em comitês de ação política, a Maioria Moral resultou num dos maiores grupos de pressão nos Estados Unidos e um precursor da chamada Coligação Cristã - o grupo conservador que desempenhou papel crucial na eleição de George Walker Bush à presidência.

Falwell foi um vigoroso defensor do Estado de Israel e de suas políticas sionistas. “Teologicamente, qualquer cristão tem que apoiar Israel”, defendeu. “Se não protegemos Israel, deixaremos de ser importantes para Deus”, alegou.

Em 1988, quando a Administração Clinton pressionava Israel para que se retirasse dos territórios ocupados, Falwell reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, e prometeu mobilizar o apoio de dezenas de milhares de congregações evangélicas estadunidenses para opor-se a qualquer medida que concedesse mais território aos palestinos.

Em setembro de 2001, dias depois do ataque terrorista contra o Pentágono e as torres gêmeas do World Trade Center, Falwell não duvidou em acusar, como responsáveis indiretos desse fato, aqueles que “trataram de secularizar a América” e “afastaram nossa nação de sua relação com Cristo”.

“Creio realmente que os pagãos, e os abortistas, e as feministas, e os homossexuais e as lésbicas que estão tratando ativamente de fazer o seu um estilo de vida alternativo, a União Americana pelas Liberdades Civis… todos aqueles que trataram de secularizar a América, eu lhes aponto o meu dedo na cara e lhes digo: ‘vocês ajudaram para que isto ocorresse’”. Falwell pediu desculpas publicamente por essas palavras.

Mas menos de um mês depois, em entrevista concedida ao programa “60 Minutos”, da CBS, Falwell escandalizou meio mundo ao qualificar o profeta Maomé de “terrorista”.

Em setembro de 2004, não duvidou em afirmar que a sorte do candidato Bush nas eleições de novembro estava nas mãos dos cristãos evangélicos. “O Partido Republicano não tem o apoio necessário para eleger um presidente sem o apoio dos religiosos conservadores”, disse Falwell num evento da Coligação Cristã.

Em fevereiro passado, vislumbrando as eleições presidenciais de 2008, Falwell declarou que seus objetivos políticos eram simples. “Minha meta é dar minha pequena contribuição para preservar a América para nossos filhos e netos, o tipo de América na qual cresci”, assinalou.
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Irmã Dorothy Stang

BRASIL
Júri condena fazendeiro a 30 anos de prisão

BELÉM, 15 de maio (ALC) – Por cinco votos a dois, júri popular reunido ontem e hoje em Belém condenou o fazendeiro Vitalmino Bastos de Moura, o Bida, de 36 anos, a 30 anos de prisão, considerado o mandante do assassinato da irmã Dorothy Stang, morta por seis tiros no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, Pará.

Mais de 1 mil agricultores e representantes de movimento sociais montaram acampamento, no domingo, 13, em frente ao Fórum, em Belém. Dorothy Stang, 72 anos, foi morta porque tentava implantar projeto de desenvolvimento sustentado na região, o que contrariava interesses de fazendeiros.

A condenação de Bida ganha importância na medida em que o Pará registra grande número de assassinatos em que os mandantes permanecem impunes. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, nos últimos 33 anos ocorreram 772 assassinatos no campo e em apenas seis casos os mandantes foram a julgamento.

Bida recebeu a pena máxima para esse tipo de crime. Mas como a pena é superior a 20 anos, ele terá um novo julgamento, no qual poderá, inclusive, ser inocentado.

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Verso e Voz - 16 de maio

Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. - Lucas 6.36-38

O fraco nunca pode perdoar. Perdão é o atributo do forte. - Mohandas Gandhi

15 maio, 2007

"QUE ELES SEJA UM PARA QUE O MUNDO CREIA"

João 17.21

“Para que sejam um”

A Igreja busca pela unidade para atender ao apelo de Cristo na oração sacerdotal. Nela, Jesus pede que os discípulos sejam um (João 17.21), como Ele e o Pai o são. Pedro, João, Tiago, André e outros eram pessoas diferentes, com reações diferentes, compreensão acerca das palavras de Jesus de forma diferenciada, mas experimentaram a unidade entre si porque foram transformados por Jesus Cristo. Encontramos o exemplo de Pedro. Ele que costumava atropelar as pessoas, agir de maneira rude e violenta, demonstrar certa arrogância, terminou a vida enviando saudações carinhosas e ósculo santo para seus seguidores (I Pe 4.14). Pedro aprendeu o “segredo de se esvaziar dos preconceitos e paradigmas, não ter medo do novo, não ter receio de explorar o desconhecido. Entendeu que devia se colocar como uma criança que se expõe singelamente diante do mundo que a cerca. Quem não consegue se esvaziar das suas verdades não consegue abrir as possibilidades dos pensamentos”.[1]

Outro exemplo de pessoa transformada é João. A afetividade foi uma das marcas na vida e ministério de João. Invariavelmente seus escritos mencionam esta dimensão. Ele soube captar este aspecto na vida de Jesus e desenvolvê-lo com seus discípulos. “Seus escritos exalam a mais bela afetividade. Mesmo no livro de Apocalipse é possível perceber, entre guerras e julgamentos, o perfume mais excelente da emoção. Nesse enigmático livro, Jesus é citado mais de vinte vezes, não como um general ou juiz, mas como cordeiro de Deus. João nunca se esqueceu das seis dramáticas horas da crucificação”.[2] João permaneceu aos pés da cruz, e lá soube entender a linguagem silenciosa de Jesus e foi nutrido na dimensão da oração sacerdotal. Em outras palavras, Jesus reprogramou a ambição dos discípulos. A ânsia pelo poder e pela proeminência foi substituída pelo ser servo de todos. Para ser o maior, o seguidor do mestre dos mestres deveria se transformar no menor e servir aos outros (Mc 10.43-45).

Movimento homogêneo

Pensar na unidade dos cristãos nos dias de hoje parece ser uma grande utopia. Os movimentos homogênicos que agem dentro das Igrejas preconizam uma unidade eclesial, intra-muros, nos limites da denominação ou da igreja local, entre os grupos que professam o mesmo pensamento ou manifestam a mesma experiência, e o fazem, muitas fazem, sem afetividade e sem respeito para com o sentimento alheio e, desta forma, não conseguem alcançar a amplitude da oração sacerdotal. Esta unidade, resultado de homogeneidade, não reflete a unidade apregoada por Jesus Cristo. Assim, nos diversos movimentos em busca da unidade encontramos aspectos que tendem a minimizar o tema.

O fundamentalismo

Encontramos, como primeiro exemplo, o fundamentalismo que pode ser definido como um “movimento social religioso no seio do protestantismo, que tem a sua gênese num contexto de acentuadas contradições sociais, por conseguinte, de falta de plausibilidade e de relativismo de valores; tem no líder e na rede de fiéis seus termos estruturais básicos, cujas relações são de autoritarismo e totalitarismo, predominando a ênfase carismática, e de enérgico antagonismo contra correntes divergentes – inimigo demonizado; e desempenha uma função social de compensação, mediante novos vínculos interpessoais e reforço da identidade, e, ao mesmo tempo, de legitimação de certa ordem social vigente”.[3] O fundamentalismo, como outros movimentos sociais e religiosos, tem a marca ideológica, pois está a serviço de uma crença ou de uma determinada membresia que professa seus dogmas. Neste sentido, o fundamentalismo é doutrinário e intolerante com outras crenças ou grupos religiosos. Ele promove a homogeneidade entre os membros da Igreja ou parte dos mesmos, o que, por si só, já é uma negação da diversidade e da mutualidade que caracteriza o Corpo de Cristo (I Co 12.1-11).

Outro aspecto a ser destacado é que o fundamentalismo estabelece suas doutrinas e sua teologia a partir de estruturas dicotômicas, ou seja, bem x mal, Deus x demônio, luz x trevas, etc. Promove uma ortodoxia mínima absolutamente exigente em termos de observância e de obediência, sem que haja uma reflexão mais apurada e uma amplitude no que diz respeito ao livre arbítrio das pessoas professarem sua fé, até como conseqüência da característica de cada uma. Esta tendência homogênea cria estereótipos e comportamentos paranóicos na vida ministerial e eclesial. O pensar é refutado como atividade pouco espiritual. E quando o pensamento ou a ação não segue os dogmas da “homogeneidade” a rejeição, a discriminação e a disciplina são praticadas em nome desta “unidade”, o que, na verdade, não passa de uma uniformidade.

O relativismo

Como segundo exemplo pode ser citado o relativismo. Hoje vivemos num período onde há muitos movimentos religiosos que oferecem variados tipos de produtos, serviços e ofertas diversas, para chegar até os diferentes grupos da nossa sociedade. Com o movimento da globalização e o neoliberalismo no mercado os valores sociais, éticos e cristãos são questionados e aviltados, sendo substituídos por outros conceitos advindos deste movimento. Esta tendência cria a insegurança entre as pessoas e promove o relativismo das coisas. Tudo, ou quase tudo, passa a ser relativo. Os compromissos assumidos, votos feitos, responsabilidades éticas e morais, comprometimentos com a identidade e confessionalidade da denominação, entre outros aspectos, passam a ter um valor relativo. Neste sentido, minimiza-se o que deveria ser absolutizado.

Com a relativização das coisas, sobra muito pouco espaço de reflexão e de debate. Enquanto a máxima wesleyana ensina a “pensar e deixar pensar”, este movimento relativista e hegemônico pratica apenas a primeira parte, ou seja, pensa e não deixa pensar, mas cujo pensar reproduz discursos ensaiados e que estão a serviço dos que assumem uma liderança calcada na homogeneidade e no relativismo.

Desunião

Há que se citar também o pouco interesse que pode haver num ambiente de homogeneidade de que a unidade, enquanto resultado da mutualidade e da diversidade vivida e respeitada, seja, de fato, uma vivência e um testemunho evangelizador e sinalizador da presença do Reino de Deus. Os movimentos a partir disto levam em direção contrária à unidade que se busca e promove o confronto com idéias e pessoas que pensam e são diferentes dos estereótipos hegemônicos. A tendência, num ambiente assim, é de descarte, de intolerância, de deboche e de intimidação.

“Não sabem o que fazem”

Na busca pela unidade, se os movimentos fundamentalistas da homogeneidade, da hegemonia de um grupo ou tendência e da relativização das coisas continuam imperando, a Igreja acabará amargando maiores rachaduras, machucaduras, escândalos, messianismos, falta de ética, fingimentos, dissimulações e muita pouca missão ou missão distorcida. A oração sacerdotal de Jesus Cristo pode virar apenas um capítulo no Evangelho de João e o brado de Jesus na Cruz do Calvário é dirigido a nós hoje: “Senhor, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Percorramos os caminhos da oração sacerdotal de Jesus, pois assim em algum ponto todos se encontrarão para celebrar a unidade ou para prestar contas do que foi feito em nome de Deus e do que deixou de ser feito.

“Para que o mundo creia”

Para motivar os discípulos a seguirem por este caminho Jesus “vendeu” sonhos. O principal era o Reino de Deus. Para falar dele usou a expressão Ano Aceitável do Senhor, onde haveria libertação aos cativos, visão aos cegos e liberdade aos oprimidos (Lc 4.17-19). Valorizou a vida. Focou a vida para ser plena e abundante. Despertou sentimentos, valorizou-os e ensinou os segredos do coração. Ensinou os discípulos a ser gente, a aceitarem a fragilidade da vida e a valorizarem a si mesmos e uns aos outros. “Ele queria libertar os cativos e os oprimidos. Também queria libertar os cegos, não apenas os cegos cujos olhos não vêem, mas cujos corações não enxergam. Os cegos que têm medo de confrontar-se com suas limitações, que não conseguem questionar qual é o seu real sentido de vida. Os cegos que são especialistas em julgar e condenar os outros, mas que são incapazes de olhar para as suas próprias fragilidades”.[4] Que o Senhor Jesus nos dê a verdadeira motivação para sermos seus seguidores e sejamos um como Ele e o Pai o são, para que o mundo creia que Ele nos enviou.

Bispo Josué Adam Lazier
Maio 2007


[1] Cury, Augusto. O Mestre Inesquecível. São Paulo. Academia de Inteligência. 2003. Pg. 174.
[2] Cury, Augusto. O Mestre Inesquecível. São Paulo. Academia de Inteligência. 2003. Pg. 199.
[3] Oro, Pedro Ivo. O outro é o Demônio – uma análise sociológica do fundamentalismo. São Paulo. Editora Paulus. 1996. Pg. 167.
[4] Cury, Augusto. O Mestre Inesquecível. São Paulo. Academia de Inteligência. 2003. Pg. 93.

Verso e Voz - 15 de maio

Pegue a vara que está em frente da arca do acordo, e depois você e Arão reúnam o povo. E na frente de todos eles dêem ordem à rocha, e dela sairá água. Assim vocês tirarão água da rocha e darão de beber ao povo e também aos animais. - Números 20.8 (BLH)

Mais uma vez na Bíblia se repete o tema da “providência divina”, isto é, de encontrar recursos onde não são esperados, ou em circunstâncias ‘impossíveis”. Outro tema é: aparecer uma saída inesperada, depois de achar que tudo estava perdido! Nos evangelhos a ressurreição de Jesus foi o supremo exemplo disso! A crucificação de Jesus marcou o fim de um sonho para os discípulos, mas, a ressurreição foi uma reviravolta inacreditável!... Há sempre mais possibilidades numa dada circunstância do que conseguimos enxergar... A nossa fé (visão das possibilidades) é muito limitada. O que parece ser o fim, na realidade, pode ser somente o começo. A morte parece o fim. Na realidade, nunca vimos nada além da morte... O corpo vai para o sepulcro e não sai mais. Mas, a nossa visão é limitada e não conseguimos ver além deste fato; nada concreto e comprável. Este princípio é confortante e dá esperança! Pela fé é que dizemos que a morte não tem a última palavra... A rocha pode ter água viva para nós também. - Darrel H. Santee

sementesbiblicas.blogspot.com

14 maio, 2007

Verso e Voz - 14 de maio

Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. - Levítico 19.33-34

Se nossa resposta habitual para uma situação aborrecedora for uma maldição, é provável que enfrentamos emergências com uma maldição. Nos pequenos eventos da vivência diária temos a oportunidade de condicionar nossos reflexos, que são construídos de coisas ordinárias. - Madeleine L'Engle, The Irrational Season (A Estação Irracional)

beliefnet.com/blogs/godspolitics/

13 maio, 2007

Igreja Metodista em Vila Gustavo celebra dia da Abolição


ABOLIÇÃO - Sua realidade, seu significado e sua atualidade
Esse será o foco da celebração nesse
Dia 12 de maio - às 19 horas
Local: Igreja Metodista em Vila Gustavo

Educar para a Tolerância” - Síntese XII Encontro Nacional Metodista de Educadores

São Bernardo do Campo, 20 e 21 de abril de 2007
Nós, educadores e educadoras que atuamos nas Instituições Metodistas de Educação, reunidos/as no Campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo, nas dependências da Faculdade de Teologia, no marco dos 40 anos do Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação (COGEIME), na perspectiva de:
· conhecer tendências atuais para a educação básica e superior;
· avançar no diálogo e na reflexão pela busca de caminhos alternativos para a proposta educacional metodista;
· estimular a reflexão sobre as práticas relacionadas à temática da tolerância e da inclusão, afirmamos:
1. os fundamentos bíblicos, cristãos e wesleyanos da tolerância, sua importância e lugar como orientadores da ação das instituições de educação;
2. o compromisso educacional metodista de propor utopias que alimentem a construção de um outro mundo possível, no qual prevaleçam os valores da tolerância;
3. a complexidade e a pluralidade de tendências e experiências vivenciadas pelos mais diversos segmentos que constituem o mundo em que vivemos;
4. que a tolerância, mais do que um vocábulo, é um campo semântico que inclui conceitos, vivências e práticas, demandando processos de gestão efetivos;
5. que esta noção de tolerância inclui respeito, aceitação, apreço pela riqueza e pela diversidade das culturas, cuidado, superação de medos, envolvimento, diálogo, relações de gênero, sensibilidade como atitude, tanto no nível pessoal quanto institucional;
6. a necessidade de estimular a dimensão mais coletiva, plural e includente nas práticas educacionais superando as formas individualistas e sectárias;
7. que as instituições educacionais metodistas são primordialmente espaços de aprendência permanente, capazes de auto-organizar-se conforme a identificação das demandas emergentes;
8. a relevância do conceito de inclusão, reforçando sua importância enquanto valor, além de como paradigma operacional;
9. a importância do resgate da espiritualidade, na busca de sentido para a existência, superando o pessimismo pós-moderno.
A partir desses fundamentos, é importante que sejamos “redundantes e repetitivos” em reafirmar as seguintes práticas no cotidiano da vida de nossas instituições:
1. operacionalização da tolerância, em todos os níveis de escolaridade em que as instituições atuam, como forma efetiva de inclusão;
2. desenvolvimento de uma atitude afirmativa de gestão institucional, quanto ao tema da inclusão e da tolerância, por meio da criação de condições materiais possibilitadoras de ações concretas tais como verbas, alocação de pessoas, tempo, organização do atendimento, entre outras;
3. defesa da construção de políticas públicas eficazes para equacionar questões específicas dos diversos grupos minoritários e marginalizados, bem como consideração da legislação já existente como parâmetro mínimo a ser atendido e indicativo da importância do compromisso social inerente à própria razão de ser das instituições educacionais metodistas;
4. criação de mecanismos para ouvir e valorizar o outro, como fonte de enriquecimento das próprias instituições na qualidade dos serviços que oferecem;
5. estabelecimento de canais permanentes de diálogo com e entre estudantes, funcionários/as, professores/as, familiares e outros segmentos sociais para responder demandas e construir aprendizagens.
Nesse sentido, no âmbito da radicalidade ética do Reino de Deus, não podemos confundir tolerância com permissividade e devemos estar permanentemente atentos/as para as múltiplas manifestações da intolerância.
Em síntese, lembramos as palavras de John Wesley: “Se não podemos ainda pensar o mesmo em todas as coisas, pelo menos podemos estar juntos no amor. Nisto, não podeis errar.” (Carta a um Católico Romano, julho de 1749).

Verso e Voz - 13 de maio

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. - Romanos 8.14-16

Os profetas são populares enquanto nos contem o que queremos ouvir. Mas quando eles também mudarem de direção perto de mais de casa, enquanto desafiam essas coisas que nos são queridas, então queremos voltar ao Egito e viver em nossa escravidão familiar. - Jay e Kay Voorhees, No Cenáculo