22 novembro, 2008

Da compartilha da mesa à compartilha do pão

*Por Helmut Renders

A compartilha de um prédio de igreja por mais do queuma denominação ou confissão é mais comum do que se imagina. Às vezes, estes projetos nascem da base, às vezes, da da estratégia institucional.

Isso é o caso de algumas localidades na antiga Alemanha oriental onde entre 1945 e 198 bairros inteiros de cidades ou por causa da reconstrução pós-guerra ou por causa da expansão urbana foram planejados sem espaços para igrejas.

Em Potsdam - a Petrópolis dos antigos Prussos - no planejamento de um novo bairro depois de 1995, aIgreja Metodista Unida e a Igreja Luterana, construiram um prédio com igreja, loja de negócio justo e sala social em conjunto e usam até o prédio em conjunto.

Pouco conhecido: a convivência católico-luterana acontece, em um ou dois lugares na Alemanha, até desde a época da reforma (!). A partilha de igrejas por católicos e protestantes, entretanto, é relativamente raro. O maior problema do lado católico é a posição ofical em relação a eucaristía como símbolo da unidade institucional (da Igreja Católica).

Na Alemanha tinha muitos padres até bispos "rebeldes" que quebraram este tabú e que celebraram Ceias Eucumênicas junto com os seus colegas protestantes, às vezes, de forma menos espectacular, durante casamentos ecumênicos, às vezes, de forma bem mais pública, em cultos ecumenicos. Nos campus das universidades, nas chamadas comunidades estudantis, isso é muito comum. É uma rebeldia da base.

Não podemos esquecer que na questão dos doiss acramentos principais cuja administração verdadeira marca a igreja verdadeira junto com a proclamação do evangelho, temos hoje dois problemas:

Mesa do Senhor: do lado católico a Eucaristia fechada, do lado de muitos evangélicos e alguns protestantes, a mesa do Senhor fechada;

O Batismo: o rebatismo; diferente da época da reforma, onde o reconhecimentodo batismo do outro dependia do seu caráter trinitário (batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo) surgiu nos EUA [no fim do século XIX durante ofortalecimento dos católicos nos EUA pelo númeroelevado de migrantes de países católicos] a novidadeda rejeição do batismo católico pelos presbiterianos.

Esta compreensão marcou os presbiterianos no Brasil e parece ter antingido os metodistas (apesar de que isso nunca entrou nos Cânones da IM ou da IM do Brasil).

Assim temos no campo católico-evangélico como desafioda divisão uma mútua exclusão no nível sacramental queno sentido mais profundo impossbilita que acompartilhade prédios é levada para uma comunhão num nível aindamais essencial

No caso dos luteranos o reconhecmento do batismo católico não é o problema, mas a impossiblidade "oficial" de celebrar a ceia/eucaristia em conjunto

Em tudo isso a beleza da proclamação da graça universal e do amor incondicional pela doutrina metodista na Mesa do Senhor merece destaque: A nossa mesa é do Senhor e não da igreja ou do pastor e o nosso batismo é trinitário como ênfase naquilo queDeus provindencia por meio desse sinal visível dagraça invisível: as alicerces da sua aliança conosco

Em nossa teologia batismal, entrentanto, somos dividos e perde se a ênfase na graça universal, na primazia da graça e no amor incondicional

É consequente que pessoas que rebatizam mantém a celebração da mesa do Senhor fechada (e aqui encotramos variações: sem crianças, somente crente, de preferência, somente confessante, somente da denominação, somente protestante, somente da igreja local).

A compreensão original da Ceia aberta e do reconhecimento batismo do outro, entrentanto, somentef unciona quando se mantem uma compreensão mais sacramental, ou seja, teocêntrica. Aquela teologia batismal zuingliana que somente enfatiza o aspecto antropocêntrico (o que EU sinto durante o batismo, o batismo como ato da MINHA obediencia, etc.) exclue plenamente Deus do batismo! O argumento principal contra qualquer interpretação antropocêntrica unilatral do batismo: na Bíblia o batismo sempre é ação divina !!!!! [Este meu argumento não necessariamente define a questão do batismo de crianças ou depois da confissão da fé: Karl Barth, por exemplo, defende o segundo mas como sacramento, e por causa disso rejeita aquilo que ele considera um rebatismo: o que Deus fez não deve ser refeito (mas pode ser renovado: = culto de renovação batismal; culto de renovação da aliança com Deus, culto dal embrança da membresia; abre se um amplo campo litúrigco)].

Na teologia metodista entre o ser humano comor esponsável e colaboradorn nós precisamos sempre relacioinar bem o ato da graça com a resposta humana. Acrediamtos na responsabildiade do ser humano como parte da sua dignidade; ele é sujeito, mas sempre sujeito à graça.

Voltando para o assunto inicial: a compartilha deprédios ainda não supera os problemas da comunião sacramental, mas possibilita uma convivência que talvez leve um dia à desconstrução dos impedimentos dessa comunhão

*Helmut Renders é Pastor da Igreja Metodista Unida da Alemanha

17 novembro, 2008

Notícias da Rede Ecumênica de Juventude - Sudeste

Unidade, Liberdade e Amor

“No essencial, unidade,
No não essencial, liberdade,
Em tudo, o amor”
Santo Agostinho

A citação de Santo Agostinho se fez real na II Jornada Ecumênica de Juventude da Região Sudeste, que aconteceu entre os dias 07 e 09 de novembro em Paulo de Frontin, interior do estado do Rio de Janeiro. Lá estiveram presentes jovens de diversas confissões de fé e movimentos sociais da Região Sudeste do país com o intuito de dialogar sobre Educação, Ecumenismo e Direitos Humanos.
Num espaço privilegiado pelo clima e beleza da Mata Atlântica, onde fica localizado o Acampamento Clay, foi possível aliar a reflexão e discussão do temas propostos com a integração e diversão. Nas duas noites do encontro houve espaço para conhecer a cultura e música locais
No essencial
Mesmo com tantas expressões de fé diferenciadas, a juventude pôde perceber a necessidade de unir forças naquilo que é essencial a nossa realidade hoje. A Educação continuada e a luta pelo Direito a Educação foram ênfases bastante discutidas.
No não essencial
Ficou claro a todos e todas que não é necessário abandonar as bases de nossa fé pessoal. O ecumenismo não se apresenta como opção de religião, mas como um caminho a mais para prática daquilo que é fundamental a todas as religiões: fazer o bem.
Em tudo o amor
O amor [pela causa ecumênica e pelo ideal de construção de um mundo mais justo e melhor para se viver] com certeza é a força motriz que faz esta grande engrenagem da Rede Ecumênica de Juventude girar na Região Sudeste. A reflexão acompanhada da ação motiva e integra ao grupo aqueles e aquelas que se achegam. Muitos e muitas buscam um lugar ou uma forma para agir baseado nestes ideais e conseguem vislumbrar através da “Rede” vários espaços, com enfoques diversos e em lugares que fomentam novos sonhos e convertem em realidade aqueles que já existem.

Os desejos ao final da Jornada eram muitos e, com certeza cada participante saiu de lá com o coração transbordando de alegria, a mente fervilhando de idéias e as mãos coçando de tanta vontade de trabalhar. Na Juventude desta Rede depositamos esperanças e expectativas e acreditamos na concretude de uma nova realidade a quem nos cerca e a quem ainda virá.

Lucas Lima Bueno
Rede Ecumênica de Juventude - Sudeste
FE Brasil - Fórum Ecumênico Brasil
55-11-4254-1141 Residencial
55-11-8190.6228 Tim 55-11-7658.9557 Claro

GDI promove a 5a Noite de Oração Pela Paz

A 5ª Noite de Oração pela Paz promovida pelo GDI – Grupo de Diálogo Inter-religioso de Maringá e Região é uma porta aberta para o amor, para a tolerância e para petições em prol das crianças, mulheres e homens latinos e mundiais que sofrem exclusões políticas e sociais. Uma hora e meia de orações pode parecer pouco, mas tem um significado grandioso, pois afirma que junt@s, independentes dos credos que confessamos; unimo-nos em busca da justiça comum a tod@s seres viventes dessa terra latina e mundial sofrida e carente da luz do “ser supremo” que nos une em amor e solidariedade.
A 5ª Noite de Oração pela Paz será realizada no dia 26 de novembro de 2008, às 20 horas, no salão social do Templo Budista de Maringá, na Av. Londrina, 477 – Jardim Aeroporto – CEP 87050-730 – Maringá (PR) - Fone: 3223-1195.
A solenidade será aberta a todas as confissões e crenças religiosas. Dentre os membros do GDI estão:
BAHÁ- Í - Dra. Mahasti Macedo
BUDISMO - Monge Eduardo Ryoho Sasaki
CANDOMBLÉ - Sra. Maria de Lourdes Nascimento [Yalorixá Sandiá]
CRISTIANISMO - Dom Anuar Battisti [Arcebispo de Maringá] e Rev. Robert Stephen Newnum [metodista]
ESPIRITISMO - Sr. Lannes Boljevac Csucsuly
ISLAMISMO - Xeique Mohmed Elgasim Abbaker-Al Ruheidy
UMBANDA - Sra. Marilza Martins de Paiva
Dia 19 de novembro de 2008, às 9 horas da manhã na sede da Arquidiocese Metropolitana de Maringá na Avenida Tiradentes - 740, o GDI fará uma coletiva a imprensa local com fins de destacar os objetivos dessa 5ª, Noite de oração pela Paz. – Informes de Maria Newnum, relações públicas do GDI.
Foto da porta com coração é de propriedade de: http://new.gbgm-umc.org/umw/work/national-ministries/

BATISMO PÓSTUMO DE JUDEUS

Sobreviventes do Holocausto disseram que não mais tentarão negociar com a igreja Mórmon sobre os batismos póstumos de judeus mortos nos campos de concentração nazistas, afirmando que a igreja repetidamente transgrediu um acordo de 13 anos proibindo esta prática.Ernest Michel, que é o presidente honorário da Reunião Americana dos Sobreviventes do Holocausto, disse que as conversas com os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias que foram mantidas na semana passada estão encerradas. "Nós não pedimos nem queremos o seu amor". Michel, cujos pais foram mortos em Auschwitz, disse numa declaração divulgada antes de uma apresentação à imprensa referente ao 70º aniversário da Kristallnacht cujos distúrbios nazistas incitavam contra os judeus: "Pedimos que nos respeitassem e ao nosso

judaísmo assim como respeitamos a sua religião", ele disse. "Pedimos que deixem em paz os nossos seis milhões de judeus, todos vítimas do Holocausto, eles sofreram o bastante". A igreja negou a acusação. O acordo de 1995 diz que a igreja não realizará batismos nem outros ritos para as vítimas do Holocausto, exceto nos casos muito raros dos que tem descendentes vivos e que são mórmons.O porta-voz da igreja, Mike Otterson, disse que a decisão de Michel de denunciar publicamente a igreja parece que ser um término unilateral das discussões. "Estas medidas pelo Sr. Michel em nome da Reunião Americana eram tão desnecessárias quanto infelizes e desmentem o respeito mútuo e valioso que temos tido nos últimos anos", Otterson afirmou num e-mail. Batismo póstumo por procuração é um rito sagrado que foi uma prática mórmon comum por mais de um século. A prática permite que mórmons fieis tenham os seus antepassados batizados, na igreja construída há 178 anos, e que eles acreditam que reúnem as famílias numa vida futura. Utilizando registros genealógicos, a igreja também batiza pessoas que morreram em qualquer parte do mundo e de religiões diferentes. Os mórmons agem como procuradores da pessoa que está sendo batizada e se imergem numa piscina batismal. Somente os judeus têm um acordo com a igreja limitando os que podem ser batizados, embora o acordo cubra somente as vítimas do Holocausto e não todas as pessoas judias. Os judeus se sentem particularmente ofendidos por batismos das vítimas do Holocausto porque foram assassinadas especificamente devido a sua religião. Em maio, o Vaticano mandou que as dioceses católicas do mundo inteiro não divulgassem os registros dos seus membros para os mórmons, a fim que os católicos não pudessem ser batizados.
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Silvio Ruiz Paradiso
44 8825.4596

Católicos, evangélicos e luteranos usam templo comum

O pequeno templo com três cruzes na torre chama a atenção de peregrinos que trilham o caminho das Missões, em São João Tujá, no município de Garruchos, a 650 quilômetros de Porto Alegre. Três famílias religiosas, representadas nas três cruzes, têm na Igreja Ecumênica da Trindade o seu local de culto.

Por Edelberto Behs
Porto Alegre, terça-feira, 11 de novembro de 2008

“Sozinhos não teríamos condições de construir a igreja”, disse o pastor Wolter Becher, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), há oito anos radicado em São Luiz Gonzaga, de onde presta atendimento pastoral às 20 famílias da denominação que vivem em São João Tujá.

A cada início de novembro, as três famílias religiosas – católica, evangélica de confissão luterana e luterana – unem-se para o culto ecumênico, que lembra a inauguração do templo, há seis anos. O templo é administrado por uma diretoria, que observa o sistema de rodízio na presidência, que é eleita a cada dois anos.

A igreja é muito simples, apropriada para abrigar as 80 famílias de São João Tujá, nem todas seguidoras de uma das três denominações históricas. “Quando cheguei aqui, havia quatro igrejas pentecostais, hoje são oito, nascidas de cismas internos”, relatou o pastor Becher.

A construção de um templo ecumênico nasceu da persistência da professora Neide Kochenborger Klein. Ela fizera promessa de que se passasse no concurso ao magistério, se empenharia na construção de um templo para São João Tujá. Até então, cultos e missas eram celebrados em salão comunitário ou na escola.

“Todo esse trabalho só foi possível porque pude contar com o apoio das pessoas, da comunidade”, disse Neide, que chegou a Garruchos em 1988 e hoje é diretora da escola local. Envolvida em projetos sociais, a professora busca a integração e união da comunidade.

O terreno onde foi erigida a Igreja da Trindade foi doado por paroquiano local. O templo foi construído em dez meses, em regime de mutirão, e custou 29 mil reais (cerca de 13,2 mil dólares), com recursos angariados no município. “Nós só contratamos um mestre de obras”, informou Neide.

O que rege as relações entre as três famílias confessionais é o respeito mútuo. O horário das celebrações é observado, assim que cada denominação tenha o seu espaço de culto.

“Cada denominação enfeita o altar a seu modo. Quando católicos celebram, eles colocam no altar a santa que, terminada a missa, é recolhida. As paredes não têm qualquer imagem”, descreveu a pastor Alice Griebeler, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que conta com apenas duas famílias na localidade. Alice também reside em São Luiz Gonzaga.

São João Tujá fica a 45 quilômetros da sede de Garruchos, município que tem uma população de 3,6 mil habitantes, com tendência a decrescer por causa do acentuado êxodo rural. Na região, agricultores cultivam soja e investem na produção de leite. Jovens preferem, contudo, a vida da cidade.

“O que nos une é a pregação da Palavra de Deus num lugar de culto”, frisou o pastor da IELB. Neide relatou que o bispo diocesano, dom José Clemente Weber, visitou São João Tujá e ficou admirado com a alternativa encontrada pelas famílias do local. Embora usem o mesmo espaço, cada uma das três denominações mantém a sua identidade, comentou.

Fonte: http://alcnoticias.com/interior.php?codigo=12806&lang=689

Xuxa processa Folha Universal

A apresentadora de programas infantis da Rede Globo de Televisão, Maria das Graças Xuxa Meneghel, ingressou na Justiça com pedido de indenização de 3 milhões de reais (cerca de 1,36 milhão de dólares), reparação moral e retratação da Folha Universal. O jornal da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) publicou matéria informando que a comunicadora fez pacto com o diabo para ficar rica.

ALC
Rio de Janeiro, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A edição número 855, de 24 a 30 de agosto de 2008, traz a apresentadora na capa. A matéria reporta-se ao reverendo brasileiro Josué Yrion, radicado na Califórnia, que afirmou em pregação, em espanhol, que “Xuxa é satanista, ela vendeu a alma para o demônio”.

Disse ainda que num filme postado no Youtube, site de vídeos na internet, Xuxa aparece cantando um de seus antigos sucessos “Cãozinho Xuxo” que, apresentada a canção de forma invertida seria uma invocação ao diabo, “embora nada seja explícito”. Nela, Xuxa falaria coisas do tipo “meu anjo é o diabo”.

Yrion é professor da Universidade William Carey, do Centro Mundial de Missões da Califórnia. Ele disse ainda, na pregação, que Xuxa “doa sangue” duas vezes por ano para uma igreja satânica em São Francisco, Estados Unidos.

A Folha Universal tira 2,35 milhões de cópias por semana e recebeu, recentemente, o prêmio Diploma de Mérito da Imprensa Brasileira por ser o jornal de maior tiragem da América Latina. O processo contra o jornal tramita na 6ª. Vara Cível do Foro Regional da Barra da Tijuca, no Rio, foro domicílio da apresentadora.

Fonte: http://alcnoticias.com/interior.php?codigo=12836&lang=689