16 junho, 2007

Ações Ecumênicas em Maringá

“Todo dia é dia de Índio”, explicou um funcionário do Super Muffato de Maringá ao ser perguntado por um cliente sobre a 1ª Feira de arte Kaingang e Guarani, mesmo sem ser dia do índio. “Aprovei a idéia, por favor diga ao Gerente que é uma iniciativa brilhante”, encarregou outro cliente a outro funcionário do Muffato.
Foi nesse clima que aconteceu no dia 09 de junho de 2007, a 1ª Feira de arte Kaingang e Guarani, idealizada pelo gerente do Super Muffato e pela presidente da ASSINDI - Associação Indigenista Maringá Dona Darcy Dias de Souza e os voluntários Maria e Robert Stephen Newnum do Movimento Ecumênico de Maringá que é parceiro da Assindi.

O sorriso alegre e generoso do Gerente Genes Junior Martins acolheu os Kaingangs e Guaranis, que foram tratados com honra. Na parte da manhã o Super Muffato ofereceu almoço de cortesia aos 20 índios e voluntários, e a tarde um delicioso lanche, cuidadosamente servido pela equipe da padaria. “Estamos recebendo tratamento de artistas famosos, nunca vimos isso”, relatou um Kaingang.

Orgulho pelo artesanato, pela apreciação das danças e músicas espirituais foi o ponto máximo atingido pelos Kaingangs e Guaranis. “Mostrar nossa cultura ancestral, que é na verdade o elo de nossa ligação com os brancos, não tem preço”, disse um Guarani.

Clientes e funcionários do Super Muffato de Maringá foram ensinados pelo Cacique Enrique da Assindi a usar o instrumento mbaracá, instrumento presente nas canções sagradas indígenas. Maria e Steve Newnum puxaram o cordão e logo funcionários e clientes se revezaram no uso do instrumento.

O Gerente do Super Muffato disse que espera que esse seja a primeira de muitas atividades que pretendemos realizar aqui junto com a Dona Darcy e os voluntários. “Não estamos fazendo favor, nós como empresas temos responsabilidade social e como indivíduos e sociedade temos uma dívida com os povos indígenas”, completou o Sr. Genes Genes Junior Martins.

Informou: Maria Newnum – Voluntária e organizadora da Feira.

Por uma igreja que faça seu próprio caminho à luz do Evangelho e da Tradição viva do Metodismo

* Por Ronan Boechat de Amorim

Nossa Igreja Metodista de Vila Isabel completa no próximo dia 15 de junho seus 105 anos como igreja local organizada. É uma data significativa onde podemos aprender muito em termos de resistência, perseverança, trabalho, ação missionária. Realmente olhando para trás, para esses 105 anos de igreja organizada, e mais aqueles anos em que a nossa comunidade existiu como congregação e ponto missionário, e temos muito para aprender.

Ricardo Stopatto e eu estamos fazendo a digitalização dos nossos livros de rol de membros. Nosso desejo era termos hoje um quadro de informações sobre os membros de nossa igreja nesses 105 anos de história: quantos foram recebidos e o modo pelo qual foram recebidos; quantos tiveram seus nomes cancelados do rol de membros e o modo pelo qual esses cancelamentos aconteceram; quantos desse total geral (e não apenas do rol atual!) eram do sexo masculino e quantos eram do sexo feminino; etc...

Mas um problema no computador do Gabinete Pastoral acontecido na semana passada nos atrapalhou. O computador onde o programa especialmente feito pelo Ricardo para a digitalização do rol histórico da igreja e onde estão lançadas as informações pertinentes.

Depois de 105 anos de trabalho, cultos, celebração da Ceia, Escola Dominical, Concílios Locais, Planos de Ação, trabalhos missionários, etc... chegamos aqui, estamos aqui, somos quem somos, seja pela ambigüidade de nossos pecados, seja pela maravilhosa graça e bondade infinita de nosso Deus.

Nos aproximadamente 39.690 dias desses 105 anos muitos cultos de adoração e ação de graças foram celebrados, muitas orações e intercessões foram elevadas ao Senhor, muitas bênçãos foram derramadas. No altar de nossa Igreja muitas pessoas renderam-se a Jesus, aceitando-o como Senhor e Salvador de suas vidas. Muitos de nós, dos atuais membros de nossa Igreja hoje, aceitamos a Jesus pela proclamação do Evangelho do púlpito aqui em Vila Isabel. Quantas pessoas, porque em algum momento tiveram um encontro com nossa Igreja, acabaram por ter um encontro com o Salvador Jesus e já partiram, e acentuadamente por causa desses encontros, foram para o gozo do seu Senhor, após ouvirem dele: “Vinde benditos de meu, Pai!”.

Nos aproximadamente 5.670 semanas desses 105 anos foram aproximadamente 5.670 manhãs abençoadas e edificantes manhãs de Escola Dominical. Quantas pessoas em nossa Escola Dominical deram os seus primeiros passos na fé cristã evangélica protestante metodista! Quantas crianças foram ensinadas sobre o amor de Deus e a Palavra de Deus! Quantas pessoas foram orientadas, edificadas e discipuladas sobre a vida cristã e o Reino de Deus!

Mas por outro lado, quantas pessoas também tiveram a fé abalada e permitimos que ficassem pelo caminho, sem ser amparadas, apoiadas... como falhamos na nossa tarefa de ser Igreja. Não sei se algum dia teremos condições de confirmar (olhando nos livros antigos e recentes de nossa igreja!) uma coisa que eu desconfio e vejo: que nossa igreja sempre se manteve, se sustentou e avançou unicamente porque sempre pode contar com um pequeno grupo de cristãos ativos, dedicados e que sentiam a alegria e a responsabilidade de servir a Deus e à sua Igreja, tanto nos tempos bons, quanto nos dias difíceis.

Chovesse ou fizesse sol, houvesse um pastor que amassem profundamente ou um pastor com o qual não se sentiam inteiramente satisfeitos, eles oravam, trabalhavam, sustentavam a igreja e suas programações. Ao longo dos nossos 105 anos sempre houve em Vila Isabel um “resto de Israel”, aqueles cujos joelhos não se curvaram diante dos modernos Baal, cujos lábios nunca deixaram de interceder e cujas mãos jamais se cruzaram. Mesmo quando tudo parecia complicado, essas pessoas, mesmo sem ocupar cargos ou posições de liderança, estavam sempre presentes, orando, visitando, ensinando, testemunhando e contribuindo com seus dízimos para o sustento da Igreja e o avanço missionário da obra de Deus. Se todos tivéssemos sido fiéis certamente hoje nossa Igreja fosse uma igreja bem melhor do que é! Com mais frentes missionárias. Com mais grupos de discipulados. Com maior vitalidade. Com mais senso e característica de comunidade e identidade cristã protestante metodista brasileira.

Celebramos nesse mês os 105 anos de nossa Igreja. Ainda dá tempo da gente se colocar nas mãos de Deus e servi-lo, com oração, reflexão, trabalho nos ministérios e grupos de discipulado, evangelização e testemunho... de modo que nossa Igreja possa ser uma comunidade original, que possa ser e ser reconhecida pelas demais igrejas e pastores(as) metodistas uma igreja que caminha na graça e poder de Deus, missionária a não poder mais, que caminha à frente de seu tempo.

Ás vezes não concordamos com algumas experiências de avivamentos, pentecostalismo e neo-pentecostalismo que vemos ao nosso redor... e nossa reação é simplesmente cruzar os braços e não aceitar nem fazer nada, como se uma atitude reacionária fosse mágica ou naturalmente mudar toda essa situação.

Há alguns anos, quando ainda não era pastor de Vila Isabel, li um texto de nosso irmão João Wesley, chamando Vila Isabel para criar aqui com nosso trabalho e orações um novo modelo de Igreja. Ainda há tempo... e tudo podemos fazer no nome daquele que nos fortalece.

Como diz o hino Metodismo Centenário, “o trabalho já feito não basta, Deus conclama o seu povo à ação”. Podemos ser no Metodismo Brasileiro, e isso sem qualquer tipo de orgulho ou arrogância, um exemplo de igreja viva e missionária, sem abrir mão dos valores e conteúdos de nossa fé e de nossa tradição metodista.

Há 12 anos estou trabalhando nessa visão. Posso não fazer o que quero e posso não acertar no que faço. Mas há 12 anos tenho conversado, discutido, interagido com essa visão de uma igreja metodista que busca um caminho próprio e original... uma igreja original e conexional, uma igreja missionária e ecumênica, uma igreja local e com visão mundial, uma igreja que come e respira o Evangelho e que se incultura na cultura para se fazer brasileira, uma igreja que faz parte e tem uma tradição vinda daquela estranha estirpe de audazes e ao mesmo tempo consegue comunicar sua mensagem ao homem moderno, uma igreja que caminha de joelhos em oração e uma igreja com forte ação social, comprometida (como diz uma outra canção) em “não só a alma do mal salvar, também o corpo ressuscitar”.

Dia 16 de junho, será o primeiro dia de nossos 106 anos. Podemos fazer diferença? Com certeza! Temos visto que ao longo da história, uma única pessoa pode fazer a diferença. Podemos fazer diferente? Eu sinceramente acredito que sim. Basta começarmos... Ações diferentes geram resultados diferentes. Temos de ter clareza dos resultados que queremos e das ações necessárias para que isso aconteça. Como temos visto, o ser humano é capaz de transformar o ambiente, de interferir negativa ou positivamente no meio ambiente, na história, no futuro.
Feliz 105 anos! E um 106 mais feliz ainda!
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* Ronan Boechat de Amorim é Pastor Titular da Igreja Metodista Vila Isabel - Rio de Janeiro

Verso e Voz - 16 de junho

Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. - Lucas 11.4

Aquele que é destituído do poder de perdoar é destituído do poder de amar. - Martin Luther King, Jr.

15 junho, 2007

Igreja Metodista desliga-se da CESE

Na assembléia da CESE, realizada nesta data, em Salvador, a Igreja Metodista, formalmente desligou- se da entidade. Metodistas presentes também formalizaram o sentimento de revolta com tal decisão, fazendo a entrega de uma carta ao Presidente daquela Coordenadoria Ecumênica. Veja carta:
Salvador, 14 de Junho de 2007

À Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) - Nesta

Caros(as) Irmãos(ãs):

Ao ensejo da comunicação oficial à CESE do desligamento dela de um de seus mais ilustres membros, a Associação da Igreja Metodista, vimos, como metodistas, e em nome de tantos quantos professam os valores a seguir alinhados, manifestar nosso profundo desapontamento com a ocorrência.

O desenlace resultou de decisão do 18º Concílio Geral da Igreja Metodista que impede a participação desta em instituições sociais ecumênicas que tenham como um dos seus integrantes a Igreja Católica Apostólica Romana.
A determinação é anticristã e desumana. É fácil demonstrá-lo.

A igreja Católica Apostólica Romana é cristã.

Caracteriza-se assim por ter Cristo Jesus como Deus, Senhor e Salvador. Por isso mesmo, Dele confessa: a) Sua encarnação, quando se torna totalmente homem e plenamente Deus; b) Seu ministério terreno, no qual se revela a expressão exata de Deus; c) Sua morte ensejadora da reconciliação do homem com o Pai; d) Sua ressurreição garantidora de vida eterna a seus discípulos; e) Sua volta gloriosa para estabelecimento de seu reino de amor, justiça e paz eternos; f) a submissão de Seus seguidores à fé e ética por Ele ensinadas e vividas.

Mesmo após os cismas do cristianismo, ocorridos em 1054, quando surge, juntamente com a Igreja Ortodoxa, e com o advento da Reforma Religiosa do século XVI, ocasião em que nasce a Igreja Protestante, mesmo após eles, a Igreja Católica Apostólica Romana não excluiu de seu credo os princípios do senhorio e da salvação em Cristo, identificadores das três grandes igrejas cristãs.

Natural, pois, que, em função desses postulados, fundamento maior de todas elas e sem os quais não existiriam, protestantes e católicos romanos possam, em comum, cultuar a Jesus Cristo e, comunitariamente, em atos de boas obras, testemunhar-LHE o nome. Caso contrário, incide-se no absurdo de o essencial – Cristo é o Senhor e o Salvador! – não prevalecer sobre o secundário: as divergências outras que possuem. Descumpre-se o mandamento da união ecumênica rogada por Cristo ao Pai, na oração sacerdotal (São João 17:20 – 26). Pratica-se, portanto, ato anticristão.

Ora, a CESE, como instituição ecumênica cristã dedicada à realização de obras sociais para atendimento aos carentes, consagra em seus atos constitutivos normas que refletem esse mesmo senhorio, essa mesma salvação na área em que atua. Daí ter como seus dirigentes representantes protestantes e católicos.

Não devemos ser sal da terra e luz do mundo, como Jesus nos ordena em seu evangelho (São Mateus 5:14 – 16)? Nesse sentido, não podemos abster-nos de fazer parte de empreendimentos beneficiadores do ser humano, mesmo que deles participem pessoas sem credo religioso, como os ateus, ou de credos diversos, como os espíritas, respeitados nossos valores cristãos.

Se assim é, razão há, por mais razoável que aparente ser, para privar-se a Igreja Metodista de integrar, por seus membros, organismos sociais cujas regras deles formadoras visam à prática de atos de misericórdia centrados em Cristo, simplesmente porque dessas instituições é partícipe a Igreja Católica Apostólica Romana, que é cristã, como visto? Não, não e não!
Que Deus nos perdoe o pecado cometido, e que a instituição Igreja Metodista, sem demora, revogue a resolução impeditiva de nós, com nossos irmãos católicos romanos, fazermos o bem ao povo. Assim, o anseio da comunidade metodista que acalenta tal espírito será concretizado. Assim, a memória do Bispo metodista Sady Machado da Silva, um dos fundadores da CESE, será perpetuada.

Que a CESE nos perdoe.

Fraternalmente, em Cristo Jesus.

Agenor Cefas Cavalcante Jatobá
Cleber de Oliveira Paradela
Heloisa Helena F. Gonçalves da Costa
Representantes da Igreja Metodista em Boca do Rio - Salvador

Verso e Voz - 15 de junho

Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. - Leviticus 19.13-14

Por que as pessoas pensam que a vida espiritual exige uma retirada da vida comum? Porque foram ensinadas, pelo menos implicitamente, que o físico é um bloqueio ao espiritual. Quando assumimos que o espiritual, distinto do físico, é incorruptível, então assumimos que todas as coisas materiais não devem ser honradas. Mas o fato é que o material é o veículo do espiritual. - Joan Chittister, Alive Now! (Vivo Agora!), julho/agosto de 1994

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14 junho, 2007

Keila Magalhães saiu do Hospital

Irmãos e Irmãs,
Uma boa noticia: acabo de falar com a Da. Edna - a Keila está no Hotel Tecla Residence, saiu do hospital - a previsão é ficar 15 dias neste hotel - e quem sabe, depois, ir para o Rio. O médico disse que ela levará uns dois meses para voltar às suas atividades normais. Temos motivos para estarmos alegres com ela, não é??? - em breve tudo será apenas lembrança de tempos dificeis, mais passados.
Pra - Genilma

Falecimento de Palmerinho Tavares, pai do prof. Sérgio Marcus - da Unimep

Faleceu no dia 2/06/07, em Belo Horizonte, aos 81 anos de idade, o Sr Palmerinho Tavares, membro leigo da Igreja Metodista de Ribeirão das Neves na 4ª Região Eclesiástica. Deixou a esposa Iracema Nogueira Tavares, 80 anos, e os filhos Sérgio Marcus (atual Pró Reitor Administrativo da UNIMEP e ex- Presidente do Conselho Diretor da Rede Metodista IPA) e Mauro Lúcio.
Palmerinho foi o primeiro de toda a sua família a fazer sua profissão de fé na Igreja Metodista de Conselheiro Lafaiete na década de 40, conduzindo ao metodismo irmãos, sobrinhos e demais familiares. Nas décadas de 60 a 80 foi membro da Igreja Metodista Central de Juiz de Fora e também em São Mateus, Juiz de Fora. Ao mudar-se para Ribeirão das Neves na década de 90, voltou à Igreja onde se casou com Iracema em 1955. O oficio fúnebre foi realizado na Igreja Metodista de Ribeirão das Neves às 8h30 do dia 3, em cujo municipio foi sepultado.
Pedimos a Deus que console sua família e amigos com a paz de Cristo e agradecemos pela vida e pelo exemplo de fé deste servo de Deus que está sendo recebido pelo Pai.

Verso e Voz - 14 de junho

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. - Provérbios 22.6

Ilumine as pessoas em geral, e a tirania e as opressões de corpo e mente desaparecerão como espíritos maus ao amanhecer do dia. - Thomas Jefferson

13 junho, 2007

População ficou mais parda, velha e evangélica de 1940 a 2000

BRASÍLIA, 13 de junho (ALC) – Em 60 anos, de 1940 a 2000, o Brasil quadruplicou sua população, que ficou mais parda e velha. O país deixou de ser rural, ficou mais evangélico, e reduziu em cinco vezes a taxa de analfabetismo.

Os dados constam no estudo “Tendências demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos Censos Demográficos de 1940 e 2000”, documento divulgado no final de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população do Brasil passou de 41,2 milhões de habitantes, em 1940, para 169,8 milhões em 2000. Influenciadas pelo processo de miscigenação racial, mais pessoas se declararam pardas no último Censo – 38,5% -, quando não passavam de 21,2% nos anos 40 do século passado.

Os evangélicos cresceram, no período, de 2,6% do total da população para 15,4%. O estudo mostrou uma expressiva redução de católicos romanos, de 95% para 73,6% da população. Os evangélicos se expandiram em todas as regiões do país, mas foi no Norte onde mais cresceram, sobrepujando a região Sul, que concentrava o maior rebanho, segundo o Censo de 1940.

No comparativo dos Censos de 1940 com o de 2000 o estudo do IBGE verificou que a taxa de analfabetismo entre pessoas acima de dez anos foi reduzida em cinco vezes, caindo de 56,8% para 12,1%. Mas em números absolutos os analfabetos somavam em 1940 o mesmo que foi levantado em 2000: 16,4 milhões de pessoas.

Em 1940, menos de um terço das pessoas entre 7 e 14 anos freqüentava a escola, taxa de escolarização que passou para quase 95% das crianças nessa faixa etária em 2000. O Estado do Rio Grande do Sul apresentou, no início do século XXI, a melhor taxa de escolarização de suas crianças: 97,3%.

No período analisado, o Brasil ficou mais urbano. Nos anos 40 do século passado, apenas 31,3% da sua população moravam em cidades. Em 2000, já eram 81,2%, passando de 12,8 milhões de habitantes para 137,9 milhões.

Também aumentou a faixa etária das pessoas idosas e a conseqüente redução do percentual de jovens. Na faixa etária dos 15 aos 59 anos, o estudo verificou o aumento de 53% para 61,8%, e a redução da faixa de zero aos 14 anos, que passou de 42,9% para 29,6% da população entre os Censos de 1940 e de 2000.

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MENSAGEM DA FAMÍLIA DE KEILA GUIMARÃES

Querida familia de oração,

“Esperei confiantemente no Senhor. Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por Socorro.” Salmos 40.1

Depois da tempestade e desafios, a alegria vem pela manhã. Keila está muito bem. Louvado seja Deus! Após ter sofrido um aneurisma cerebral e ter se submetido a duas cirurgias em 24 horas, nos primeiros 14 dias ela ainda sofria risco de morte. Então muitos de vocês se juntaram de várias partes do mundo em uma grande corrente internacional de oração pela vida da Keila e nossa família. No 14º dia o dreno foi retirado e finalmente Keila estava fora de risco de um sangramento. Deus é fiel.
Keila está se recuperando muito bem. Foi transferida da UTI para o quarto na quarta-feira, 6 de junho, à tarde. Não sofreu nenhuma seqüela da cirurgia, está andando e falando normalmente.
Nossa família, Edna, Keila, Kelmer e eu agradecemos a grande manifestação de amor cristão através de muitos telefonemas, e-mails e cartões. Ela deve sair do hospital daqui a uma semana.
Muitos de vocês perguntaram pelo número de telefone, e graças a Deus Keila já está recebendo ligações. O número do quarto do hospital é 51-3214-8907 (Keila deve estar neste número por mais alguns dias); o celular é 51-9932-9915.

Muito obrigada novamente e que Deus abençoe,

Kenia da Silva Guimaraes
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Faculdade de Teologia - Assessoria de ComunicaçãoProfessora responsável: Magali do Nascimento Cunha (MTb 011-233)Tel. (11) 4366-5978E-mail: comfateo@metodista.br

Universidade outorga título a líder metodista

LIMA, 12 de junho (ALC) - O médico e advogado metodista Chedorlaomer Rubén Gonzales Espinoza recebeu das mãos do reitor da Universidade Nacional Maior de San Marcos (UNMSM), Luis Esquerdo Vásquez, o título de "pesquisador mais destacado da Faculdade de Direito e Ciências Políticas em 2006".

O pesquisador recebeu diploma e medalha de honra em reconhecimento ao seu trabalho,
informou a assessoria de imprensa da Igreja Metodista do Peru. "Recebi com humildade e como um desafio profissional o título que a Universidade me outorgou em maio último", disse Gonzales Espinoza, 51 anos.

Gonzales Espinoza é membro da Igreja Metodista de Miramar. Graduou-se em Medicina e Direito na UNMSM. É magister em Saúde Pública e em Ciências pelas universidades Federico Villarreal e Nacional de Callao. Doutorou-se em Medicina, na área da Saúde Pública e Medicina Legal, pela Universidade Federico Villarreal. Ele também tem doutorado em Direito, conferido pela UNMSM.

Atualmente, Gonzales Espinoza é diretor da Escola Acadêmica Profissional da Faculdade de Direito da Universidade de San Marcos, professor universitário e autor de livros.
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Verso e Voz - 13 de junho

O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa. Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? -- diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos. - Isaías 3.14-15

Deus não age misericordiosamente contradizendo a sua justiça fazendo o que está acima dela .... Misericórdia não desloca justiça; mas é a abundância de justiça. - Thomas de Aquina

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12 junho, 2007

WACC premiará ativistas de comunicação para a paz

TORONTO, 12 de junho (ALC) - A Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, a sigla em inglês) lançou o prêmio Comunicação pela Paz, voltado a ativista que demonstre de forma constante, dinâmica e criativa o valor da comunicação para a paz num contexto particular.

O prêmio será entregue no Congresso Mundial da WACC, agendado para 2008, na África do Sul, e que terá por lema "A Comunicação é paz: Construindo comunidades viáveis".

Qualquer pessoa ou organização pode indicar alguém que atenda os critérios estabelecidos
para concorrer ao prêmio. Os critérios são: ser profissional de comunicação, demonstrar dedicação e compromisso com a promoção de uma cultura de paz, justiça social, e ter encontrado solução a um conflito.

As inscrições podem ser enviadas até o dia 1. de setembro de 2007 próximo para AWARD@waccglobal.org. Os formulários de inscrição estão disponíveis em
http://www.alcnoticias.org/articulo.asp?artCode=6149&lanCode=2.
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Verso e Voz - 12 de junho

Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. - Mateus 7.28-29

A paixão pela aprendizagem, e pelo saber além do saber, é uma herança direta do próprio Jesus, que o abriu ao longo das costas de Galiléia, a primeira Faculdade de Todas as Almas. Jesus praticou a aprendizagem como uma forma e função de espiritualidade. - Leonard Sweet, Soul Salsa (Salsa da Alma)

11 junho, 2007

Fórum convoca juventude para a missão integral

Por Thiago Machado

SÃO PAULO, 6 de junho (ALC) – Cerca de 300 jovens de todo o Brasil e países da América Latina vão se reunir, de 7 a 10 de junho, em Itu, São Paulo, para o Fórum Jovem de Missão Integral. O evento é resultado do Congresso Brasileiro de Evangelização 2 (CBE 2), que aconteceu em Belo Horizonte, em 2004.

A base teológica do Fórum está presente no Pacto de Lausanne, que se realizou em 1974, na Suíça, e congregou milhares de líderes de 150 países. Este movimento tem por meta conectar e articular ações de evangelização em todo o mundo. A Conferência Missionária de Edinburgo, de 1910, também está neste rol e inspirou todo o trabalho de tradução de Bíblias, mobilização e apoio às igrejas, e promoveu treinamento de líderes.

A proposta do Fórum surge na última noite do CBE 2,quando os jovens presentes atenderam o chamado e se comprometeram a organizar uma proposta, que enfatizava a troca de experiências e a renovação do compromisso e testemunho do evangelho de Jesus Cristo.

Entre os palestrantes para o Fórum de Itu estão confirmados o teólogo equatoriano René Padilla; o representante da Visão Mundial, Carlos Queiroz; o sociólogo Alexandre Brasil; a representante da Jocum, Braulia Ribeiro; o representante do Comitê de Lausanne, Doug Birdsall, entre outros. A programação foi construída dentro da tríade - ver, sentir e agir -, incluindo momentos devocionais, oficinas, pequenos grupos, mesas e debates.

O caráter ecumênico abarca uma pluralidade de tradições evangélicas, que está expresso na diversidade de organizações que estão envolvidas no processo, como Mocidade Para Cristo, Comunidade Internacional dos Estudantes Evangélicos da América Latina, Visão Mundial, Aliança Bíblica Universitária do Brasil, e a Pastoral de Juventude Evangélica do Conselho Latino- Americano de Igrejas (CLAI), entre dezenas de igrejas e organizações.

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Verso e Voz - 11 de junho

Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. - Lucas 6.41-42

Continuar a lutar contra o ódio e a praticar o perdão não quer dizer abdicar o direito pessoal ou renunciar a justiça. Isto deveria ser enfatizado inúmeras vezes. Faz parte do amar seu inimigo que os cristãos têm que lembrar o “inimigo” de justiça e direito. Faz parte do amar, falar a verdade. - Naim Ateek, Justice and Only Justice: A Palestinian Theology of Liberation (Justiça e Só Justiça: Uma Teologia Palestina de Liberação)

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10 junho, 2007

REVITALIZAR A VOCAÇÃO - II Tm 1.6

*Por Bispo Josué Adam Lazier

Dois conceitos
Em II Timóteo 1.6 encontramos uma recomendação que podemos chamar de universal e abrangente. Universal porque é dirigida a todos os servos e servas de Deus que exercem algum tipo de liderança, seja no ministério pastoral ou no exercício dos dons e ministérios. Assim se expressa o autor bíblico: “Reaviva o dom que há em ti”. [1]

Esta frase apresenta dois conceitos bíblico-teológicos de fundamental importância para a vida de todos nós: Reavivar o Dom. Estas duas palavras contêm grandes verdades e transmitem a mensagem de Deus de uma forma muito clara e objetiva.

Reavivar
A palavra grega traduzida para reavivar tem o sentido de “soprar as brasas quase apagadas”, numa referência ao despertamento e ao reavivamento vocacional e ministerial que deve ser uma constante na vida das pessoas vocacionadas por Deus.

Soprar é uma atitude que parte da pessoa. É uma ação no sentido de buscar renovação e força para o cumprimento da vocação. É o ato de pegar o fole e soprar as brasas quase apagadas. Paulo indica várias destas ações utilizando a expressão “Tu, porém...”.

O dom
A palavra grega utilizada tem o sentido de “favor imerecido” ou “dom supremo”. Trata-se de carismas que Deus concede. São carismas pastorais e laicos através dos quais o Espírito Santo age na vida do cristão e da Igreja na medida em que o cristão se oferece a Deus em resposta ao Seu amor. O carisma se evidencia de forma comunitária e não individualizada, pois ele se expressa por meio da dedicação da pessoa ao serviço de Deus e por meio da Sua Graça.

Dom indica uma função, ordinária ou extraordinária destinada à edificação do Corpo de Cristo. Esta palavra aparece 17 vezes no Novo Testamento. Em seis delas o sentido é de dom gratuito. Nas outras vezes o sentido é de edificação da Igreja (Rm 12.6; I Co 1.7; 7.7; 12.4; 12.9; 12.2; 12.30; 12.31; I Tm 4.14 e I Pe 4.10).

Tu, porém
Com esta expressão o apóstolo introduz várias ações que o discípulo deve exercitar como um fole sendo utilizado para produzir vento e ativar uma combustão. Porém é uma conjunção que indica uma ação contrária, uma ação tensional e provocativa de algo novo. Indica também uma reação positiva e crescente em busca de uma vivência renovadora.

1. Tu, porém, fortifica-te na graça de Deus – II Tm 2.1
O que faria de Timóteo um discípulo preparado para enfrentar as situações da vida e do ministério era o fortalecimento na Graça de Deus. O propósito do apóstolo era torná-lo um adulto na fé, um cristão maduro e um discípulo na medida e estatura de Cristo. Como é um ministério exercido sob a graça de Deus?

a) Envolve outras pessoas – II Tm 2.2. O ministério não é isolado, centralizado, personalista, autoritário ou ascético. Ele é envolvente e integrador.
b) Transmite princípios de vida – II Tm 2.2. A transmissão das verdades divinas se dá através do discipulado e da convivência entre liderança e liderados.
c) Desenvolve empatia – II Tm 2.3. O ministério sob a graça de Deus tem empatia com a dor e sofrimento dos outros.
d) É perseverante – II Tm 2.6. Assim como o lavrador acredita na semeadura e trabalha arduamente para ver o fruto do seu labor, assim é o líder que vive sob a graça de Deus, também acredita na semente do Evangelho e no trabalho da educação e formação de seus liderados.
e) Pondera na Palavra de Deus – II Tm 2.7. Ponderar não é uma obrigação, tampouco ordem do apóstolo. Ponderar significa considerar, avaliar, meditar, levar em conta, pois as implicações da obediência a Deus são fortalecidas pela Graça de Deus.
f) Para João Wesley, o “homem debaixo da graça tem os olhos que se abrem para ver o amável e grandioso amor de Deus estampado na face de Jesus Cristo”.[2]
2. Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina - Tt 2.1
A carta endereçada a Tito apresenta um tu, porém que também é dirigido à liderança da igreja. A orientação é para que os líderes ensinem em todo tempo a sã doutrina aos diversos grupos presentes na igreja. Em destaque, os idosos (Tt 2.2), as idosas (Tt 2.3-5), os jovens (Tt 2.6) e os servos (Tt 2.9-10). A sã doutrina apresenta as características que acompanham a vida de quem foi alcançado pela graça de Deus. Este ensino tem as seguintes características: integridade, reverência, linguagem sadia, irrepreensível e vivência da Palavra de Deus para envergonhar os falsos mestres.

3. Tu, porém, segue o meu ensino – II Tm 4.5
O conhecimento da Palavra de Deus seria um estimulo para a realização do ministério de Timóteo num contexto de oposição e de lutas. Para tanto, o apóstolo orienta seu discípulo a seguir o seu ensino.

a) Exercitar a piedade – I Tm 4.7b-8. Trata-se de uma referência a espiritualidade. Espiritualidade não é o isolamento do mundo ou fuga dos problemas da vida. Não se trata de estereótipos ou modismos que vão sendo criados e colocados como padrão. Espiritualidade tem a ver com a vida integral, com o todo da vida humana. Ela acontece em meio ao cotidiano. Ela é a vivência do conhecimento de Deus e das experiências advindas deste conhecimento. Espiritualidade é compromisso e vivência dos mais altos valores da Vida e do Evangelho de Jesus Cristo.
b) Não negligenciar o dom – I Tm 4.14. É o carisma dado por Deus e reconhecido pela Igreja. No caso, o dom de ensino e o ministério ordenado de Timóteo. “Aprendemos que um carisma não é algo que seja outorgado por Deus de forma permanente e estática; seu vaso humano tem de usá-lo e desenvolvê-lo. É verdade que Timóteo era jovem e inexperiente. Mas convinha que ele se lembrasse (e também lembrasse os outros) de que Deus o havia chamado (através da palavra profética), o havia capacitado (através do dom espiritual) e o havia comissionado (por meio das mãos dos presbíteros), pois assim ele não seria desprezado em face de sua juventude, nem o seu ensino seria rejeitado”.[3]
c) Ter cuidado da doutrina – I Tm 4.16. Trata-se de uma orientação insistente do apóstolo para com o seu discípulo. Cuidar da doutrina é um imperativo e zelo pelo fundamento da Igreja.
d) Ter cuidado de si mesmo – I Tm 4.16. Timóteo já conhece a fragilidade da vida humana e recebe a orientação para desenvolver o cuidado consigo mesmo. Que cuidado é este? Cuidado com a saúde (I Tm 5.23); cuidado com o dom (II Tm 1.1); cuidado com a tradição do conhecimento obtido (II Tm 3.14, 1.14); cuidado com os relacionamentos (I Tm 5.1-3); cuidado com a família (Hb 13.1-6).

4. Combate o bom combate da fé – I Tm 6.12
O combate da fé valia a pena ser combatido, pois tinha o apelo de promover as virtudes que devem acompanhar a vida do cristão e líder servo. Paulo dá o seu testemunho de ter combatido o bom combate, completado a carreira e guardado a fé (II Tm 4.7). Em outras palavras, combater o bom combate tem a ver com o carisma recebido de Deus. Desta forma, o ministério é o exercício cabal da vontade do Senhor. De que forma combater o bom combate? O texto de Romanos 12.9-21 nos responde: com amor, com zelo, com alegria e choro e fazendo o bem. Em outras palavras,

“A liderança não se ganha mediante a promoção, mas através de muita oração e lágrimas. É obtida pela confissão de pecados, pela sondagem cuidadosa do coração, pela humildade diante de Deus, pela auto-entrega, pelo corajoso sacrifício de cada ídolo, pela tomada audaciosa, decidida, incondicional, sem reclamações, da cruz, e pela contemplação incessante, eterna, de Jesus crucificado. A liderança não é ganha mediante a procura de grandes coisas para nós mesmos, mas, antes, como Paulo, mediante o considerar daquilo que é ganho, para nós, como perda, por causa de Cristo. Eis o grande preço a ser pago sem qualquer hesitação, por todo aquele que não deseja ser apenas um líder, mas um verdadeiro líder espiritual de homens, líder cujo poder é reconhecido e sentido no céu, na terra, e até mesmo no inferno”.[4]


“Que o Senhor seja com o teu espírito” (II Tm 4.22).
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* Josué Adam Lazier é Bispo Emérito da Igreja Metodista - Ministério Tu, porém.

Quem não sabe perder, perde sempre

Por Adriano Zandoná*
As pessoas não são obrigadas a ser e a fazer o que queremos

Nem sempre as coisas são como queremos e idealizamos, e, é bom que isso seja assim, pois, nem sempre o que queremos é o melhor para nós. Toda existência humana é marcada pela “condição de contradição”, ou seja, pela fraqueza, pecado e, conseqüentemente, pela queda. Perder faz parte da vida e aceitar a própria condição limitada é sinal de sabedoria.
É horrível conviver com alguém que crê ser absoluto, e que acredita que todos têm o dever de satisfazer suas vontades. Há muitos pais que estragam seus filhos porque não lhes ensinam que o “não” também faz crescer, e que a queda pode também ensinar. E há filhos que não aprendem – em casa – que na vida a gente também perde, e que precisamos aprender a lidar com nossos fracassos. Há muitos que não suportam os fracassos próprios da vida porque foram educados somente para ganhar.
Para superarmos as quedas impostas pela vida, precisamos ter a humildade de saber perder. As pessoas não são obrigadas a ser e a fazer o que queremos. Elas não são obrigadas a corresponder às nossas expectativas. A maturidade se expressa quando o coração consegue deixar livre um outro coração que não quis lhe pertencer, nem corresponder aos seus desejos.
O ser “contrariado” é uma experiência que nos faz mais fortes, pois, assim compreendemos que nossa maneira de pensar não é a única nem a melhor, e que não estamos sempre certos. Precisamos saber perder e sair de cena quando erramos e não estamos com a razão.
Perfeição cristã não significa ausência de erro, mas sim, capacidade de perdoar e recomeçar sempre.
Não temos a obrigação de acertar sempre, mas temos sim o dever de aprender com nossos erros. Quem não sabe perder, perde sempre, pois, acaba sendo humilhado pelo fato de não aceitar a própria fraqueza; querendo, assim, ser o que não é, e fazer o que ainda não é capaz...
Quem não sabe perder, busca sempre levar vantagem sobre tudo e todos, tornando-se alguém insuportável e arrogante. A humildade é escola da virtude, e grandeza é aceitar com ternura aquilo que se é.
A vida não diz sempre "sim", e a alma se torna grande quando é capaz de sorrir também no "não". Aceitar que nem todos nos amam, que não somos bons em tudo e que nem sempre somos os melhores são expressões de um coração que compreendeu verdadeiramente o que significa “viver bem”.
A derrota é sempre uma possibilidade de recomeço e crescimento para quem sabe bem aproveitá-la. Que esta não seja para nós motivo de paralisia, mas, que seja um trampolim a nos lançar nos braços da vitória. Deus abençoe!
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*Adriano Zandoná é da Canção Nova
Fonte: http://sandrogerio.zip.net/

Verso e Voz - 10 de junho

Ai de vós que desejais o Dia do SENHOR! Para que desejais vós o Dia do SENHOR? É dia de trevas e não de luz. Como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se, entrando em casa, encostando a mão à parede, fosse mordido de uma cobra. Não será, pois, o Dia do SENHOR trevas e não luz? Não será completa escuridão, sem nenhuma claridade? - Amós 5.18-20

Um profeta é um místico em ação. O profeta, como ensina Heschel, é um que interfere contra a injustiça. Assim, o místico é invariavelmente perigoso e sempre em dificuldade; o místico é profético. - Matthew Fox, The Cosmic Christ (O Cristo Cósmico)