20 outubro, 2006

Verso e Voz — 21 de outubro

" Eu vim para que todos/as tenham vida e a tenham em abundância..."


A vida em abundância é um icôgnita nessses dias. Por vezes retrata a ância dos/as que querem pão, por vezes retrata os/as que querem um pouco de atenção e amor. Distinguir o que cabe em cada momento é o caminho que diz e atesta se somos "sal e luz" no mundo para ao menos uma pessoa que cerca nossa vida.


Maria Newnum

Unidade cristã - em cultivo

A aprovação pelo 18º Concílio Geral da Igreja Metodista em sua primeira fase – retirando a Igreja Metodista dos órgãos ecumênicos ligados à Igreja Católica Romana e a revisão da Pastoral do Colégio Episcopal sobre Ecumenismo, surpreendeu metodistas pelas decisões tomadas na ocasião.
A partir de julho de 2006, homens e mulheres metodistas, no
Brasil e exterior, interessados em preservar a identidade e unidade metodista se reuniram procurando “entender”o que acontecera no Concílio Geral, em sua primeira fase.
No Rio de Janeiro o Rev. Ronan Boechat reuniu na Igreja Metodista de Vila Isabel, em duas ocasiões, leigos(as) e clérigos (as) com o propósito de analisar os acontecimentos.
Os participantes concluíram que o objetivo dos encontros é:
1- Unir - promover o companheirismo
2- Reencontrar
3- Não tentar reverter o que aconteceu no CGeral
4- Refletir sobre e promover as marcas que nos fazem cristãos metodistas
5- Procurar soluções: o que podemos fazer para recuperar e promover a unidade da igreja e nossas marcas?
6- Elaborar uma agenda/ registros e atas
7- Organizar uma agenda de oração
8- Promover encontros com outras igrejas
9- Incluir as datas na agenda regional
10- Compartilhar e-mails e/ou organizar blogs divulgadores das opiniões dos metodistas sobre o tema “Unidade Cristã”
11- Dar continuidade aos encontros
12- Incluir grupos societários: federações de homens,mulheres, jovens e juvenis
13- Preservar o nome “Unidade Cristã” para os encontros
14- Participar da Semana da Unidade Cristã
15- Manter e ampliar o contato com lideranças leigas
16- Convidar mais participantes
17- Próximos encontros: 28 de outubro, 9h e 2 de dezembro/06, das 9h às 17h (Um dia de reflexão e celebrações)

Local- Igreja Metodista em Vila Isabel –
Informações- Fone- (21) 2576-7832


Anotações de: Cláudia Romano de Sant´Anna – 30/9/2006

Instituto Ecumênico de Bossey: jovem aos 60

GENEBRA, 19 de outubro (CMI/ALC)- Fundado em 1946 como centro de saúde espiritual, no contexto de uma Europa afligida pela guerra, o Instituto Ecumênico de Bossey completa 60 anos de atividade dando continuidade à tarefa ecumênica e educativa.

O Instituto pelo esforço do então secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Dr. Wilhelm Visser't Hooft, os primeiros cursos do organismo Ecumênico de Bossey reuniram sobreviventes de campos de concentração, ex-combatentes e membros de movimentos de resistência.

Mais de 25 mil pessoas de praticamente todas as igrejas, confissões e culturas participaram de cursos no Instituto nos últimos 60 anos. Muitos deles deram depoimento da mudança produzida em suas vidas graças a esse “laboratório ecumênico”.

Além dos programas para graduados e pós-graduados, o Instituto organiza uma série de seminários sobre temas diversos como religião e violência, diálogo ortodoxo-evangélico, injustiça econômica e teologia feminista.

O compromisso do Instituto é formar dirigentes ecumênicos, tanto laicos como membros do clero, para que exerçam seu ministério nas paróquias, nas instituições de ensino e nos centros ecumênicos de todo o mundo. Constitui, ainda, espaço de elaboração do pensamento ecumênico gerado nos encontros interculturais e interconfessionais, local de estudos e de celebração do culto em comum e vida em comunidade.

Há planos para a implementação de uma escola inter-religiosa de verão no Instituto, que reúna jovens dos principais credos mundiais, impulsionando o diálogo e o entendimento além do tradicional contexto cristão. Em 2005, foi instituído um centro de investigação ecumênica no Instituto voltado ao fomento de relações justas, harmoniosas e sustentáveis entre culturas e religiões.

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Agencia Latinoamericana y Caribeña de Comunicación

19 outubro, 2006

Verso e Voz — 20 de outubro

Então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por Socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia. — Isaías 58.9-10

“A comunidade é primeiramente e principalmente um dom do Espírito Santo, não construída sob a compatibilidade mútua, a afeição compartilhada ou os interesses comuns, mas tendo recebido o mesmo sopro divino, tendo sido dado uma coração aceso pelo mesmo fogo divino, e tendo sido abraçado pelo mesmo amor divino”. — Henri Nouwen

www.sojo.net

Resposta à matéria do Rev. Otávio Julio Torres

Por: Dino Arí Fernandes

Peço permissão para, diante da matéria publicada da lavra do Rev. OTÁVIO JULIO TORRES entitulada "PALAVRA DE UM OUVINTE E ASSISTENTE", manifestar-me em resposta, pedindo seja a mesma publicada no "blog" - se possível for.

Há dentro das palavras do nosso irmão Rev. Otávio algumas considerações a serem vistas, pois toda história tem, pelo menos, 2 faces dintintas, senão mais. E o que parece aos olhos de algum uma mentira - ANTES DE ASSIM SER POSTA COMO TAL - ser melhor analisada.

1º - As óticas da manifestação feita na abertura da 2ª Sessão do 18º Concílio Geral não foram e não são as mesmas. Elas inclusive foram precedidas de preparação, e isso consta de alguns diálogos no ORKUT e outras - e estavam sendo agendadas - tanto é verdade, que membros de minha igreja e colegas pastores tiveram acesso.

PARA MIM ISSO É NORMAL EM UMA IGREJA DEMOCRÁTICA COMO A IGREJA METODISTA - apesar da ótica do colega ser diferenciada da minha - E EU O RESPEITO - e não o chamo de MENTIROSO por isso.

2º - A frase usada: ESTAMOS DE LUTO não é e não foi privilégio do grupo de jovens que ali a postaram, muito menos de clérigos que aderiram. Ela já vem sendo usada a algum tempo, inclusive em matérias que circulam pela internet também por e-mails. Eu mesmo já recebi cópia disso e com nome de seu emitente. Também há notícias que ela tenha sido usada em púlpitos (eu não presenciei isso).

3º - O site: www.metodistaonline.kit.net não é oficial, e vem mostrando-se, ao longo do tempo que existiu (ELE DEVE PARAR POR ESSES DIAS), que ele abriu-se às manifestações diversas, NÃO SEGUINDO UMA LINHA ÚNICA de matérias, mas esteve em postura democrática.

Se alguem quiser visitá-lo - enquanto estiver no ar ainda - verá que as matérias são variadas e de posições divergentes, inclusive.

3.1.- Parece-me que o Rev. Otávio Julio Torres não leu a 2ª matéria sobre o concílio, onde eu disse que fora procurado pelo grupo de jovens sobre o tema, e expliquei-lhes que eles tinham o espaço garantido para manifestar-se de forma contrária. Aliás, eu não apenas disse-lhes verbalmente, como fiz questão de constar na matéria (2ª) para que eles contasse a versão deles.

Eles o fizeram e foram respeitados, como ttambém o Rev. Nicanor (que, aliás, na primeirafase, antes do inicio do Concílio (ou já iniciado - não me lembro bem) foi procurado por mim para manifestar-se sobre suas expectativas, e ele o fez - e foi publicado, assim como de outros colegas e clérigos - pouco importando de que tendência fosse.

3.2.- Parece-me que, o Rev. Otávio Julio Torres, igualmente não leu a matéria sobre o término do Concílio, onde é mencionado a questão que os jovens manifestantes postaram em resposta....

É uma pena que tais leituras - ao que parece, não foram feitas.

Ele é da 4ª Região. Eu sou da 3ª, onde várias situações vem ocorrendo de forma diversa da sua região.

Ele viu e ouviu uma coisa. Eu ví e ouvi outra.

Ele interpretou os fatos de uma forma. Eu não sou obrigado a fazê-lo como ele.

Ele DEVE ter ouvido delegados e delegadas sobre os fatos. Eu também, e não necessáriamente os mesmos delegados.

Há os delegados que ficaram INDIGNADOS COM A MANIFESTAÇÃO E SENTIRAM-SE OFENDIDOS, e HÁ OS QUE A VIRAM COMO NORMAL...

Se haverá encaminhamento disciplinar ou não - deixei claro que é algo que não me diz respeito - mas... O Rev. Otávio NÃO LEU corretamente aquela matéria, e o que deixa claro é que não o fez com as demais.

Se quanto ao meu caso ele entende que devo ser passível de disciplina - que fique à vontade para os encaminhamentos que achar plausível.

Estou pronto ao que for necessário.

SOBRE A DECISÃO DA CGCJ e os votos do Rev. Carlos Walter Vieira.

Não se trata de defender ou não a postura adotada pelo presidente, mas é preciso esclarecer que a referida comissão, organizada em até 90 dias após o término do 17º Concílio Geral (art. 51, § 7º dos Cânones), formulou e aprovou o seu REGIMENTO INTERNO, e o submeteu à COGEAM nos conformes canônicos.

Sua figura jurídica difere das demais instituições, pela competência material aprovada pelo CG.

A competência para a aprovação deste regimento é interna (da comissão) e material (art. 51, ítens 1 a 5 dos Cânones) e sem ele a comissão não pode funcionar.

Neste regimento é que se tem toda a estrutura de funcionamento da comissão, distribuição de feitos, sessões, organização do contraditório, etc.

Por ser em numero "par" de membros, o presidente também participa dos julgamentos, com direito de manifestar-se em voto.

Só em caso de empate é que ele vota COMO MEMBRO e COMO PRESIDENTE.

Não houve em plenário nenhuma manifestação de impugnação, pedindo um NOVO JULGAMENTO.

Não houve, igualmente, nenhuma exceção de suspeição ou de incompetência manifestada pelo plenário.

Houve manifestações dos votos divergentes e favoráveis, e isso tudo foi lido para o plenário, que teve a oportunidade de aferí-los e decidir.

A Instância Máxima de decisão não é a COMISSÃO GERAL DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, mas o é o plenário do Concílio.

Houve votos favoráveis, contrários e abstenções.

As regras para um julgamento na CGCJ, estão esculpidas no art. 51 dos Cânones - APROVADAS pelo 17º Concílio Geral da Igreja Metodista. As próximas são as que foram aprovadas pelo 18º CG.

Se justas ou não - fomos nós, por intermédio de nossos representantes, que as aprovamos.

SOBRE AS ELEIÇÕES e seu preparo prévio

Há que se considerar outros fatores: ELEIÇÕES DE DELEGADOS AO GERAL.

Sempre ocorreram a luta pelos mais diferentes interesses na IM, desde a transferência das instituições de ensino para as Regiões, quanto a passagem delas ao Geral, quanto às eleições episcopais, de comissões, de transformação de campos missionários em regiões, etc.

Isso ocorre também no campo da visão evangelística, do ensino teológico, da educação cristã, das instituições de ação social - com os mais variados reflexos.

Não ocorre só na Igreja Metodista, mas nas demais denominações históricas também.

É luta pelo PODER ?

Depende da ótica de cada um, e como cada qual vê o que significa o PODER e finalidades de sua conquista.

Para alguns, a visão está adstrita ao seu ministério local, suas necessidades pastorais, ou a seu apego às instituições, pois delas depende para o seu sustento pessoal e familiar, suas projeções futurísticas de estudos, de conquistas pessoais.

Mesmo quando se diz que estamos "enxergando um pouco mais além" - na verdade, enxergamos muitas coisas das pessoas, igrejas locais e instituições que se perfilam com a nossa visão - mas IGREJA tem que ser muito mais que isso, pois a minha experiência na igreja local não é a mesma de um colega que está na 2ª, na 6ª, na 5ª, na 1ª, na 4ª Regiões, ou na REMNE ou CMA.

Nossa tendência - que ao que se percebe na crítica do Rev. Otávio não está sendo vista - é defender os que pensam de uma mesma forma como nós, e se alguém está no caminho oposto, logo dizemos: É POLITICAGEM....É DESONESTIDADE... É CASUÍSMO... É FUNDAMENTALISMO... É LIBERALISMO... e vai aí afora... Mas e no sentido oposto não é a mesma coisa ?

Vejam bem que há outros fatores: AS VIGILIAS, AS ORAÇÕES, OS CLAMORES levantados pelas Igrejas áo preparo do concílio Geral - onde, pelos bispos e lideranças foram estimulados para que Deus manifestasse sua vontade.

Se ficassemos com o mesmo Colégio Episcopal (anterior) - Diríamos: FOI RESPOSTA ÀS ORAÇÕES....?

Como ficou nas mudanças não foi resposta às orações ?

Se a IM tivesse optado por permanecer nos órgãos ecumênicos - diríamos É A VONTADE DE DEUS - EM RESPOSTA ÀS NOSSAS ORAÇÕES.... mas e o oposto não o é ?

Se ficamos satisfeitos ou não com as decisões - teremos um período para ajuste.

É a nossa Igreja Metodista - a Igreja que amamos.

Se exagerei nas respostas, perdoem-me, mas não posso deixar de responder.

Ao Rev. Otávio Julio Torres, encerro dizendo que mesmo que o colega tenha uma palavra de tratamento à minha pessoa como o fez, posso dizer que você continuará tendo o meu respeito e consideração - e mesmo divergindo do que escrevo ou de meus posicionamentos, isso não diminuirá meu sentimento de consideração à sua pessoa como meu irmão em Cristo e meu colega de ministério.

Dino Arí Fernandes
dinoarifernandes@hotmail.com

Verso e Voz — 19 de outubro

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelas pessoas. Vós sois a luz do mundo, Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos e todas os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que estás nos céus. — Mateus 5.13-16

“Os pregadores americanos têm uma tarefa mais difícil, talvez, que aquelas enfrentadas por nós sob o apartheid sul-africano, ou cristãos/ãs sob comunismo. Nós tivemos males óbvios para engajar; eles precisam desembrulhar sua cultura de anos do mito de vermelho, branco e azul. Eles têm que expôr, e confrontar, o grande desconexo entre a bondade, a compaixão e a preocupação da maioria do povo americano, e a maneira cruel que o poder americano é experimentado, direta e indiretamente, pelos/as pobres da terra. Os pregadores americanos têm ajudado pessoas boas a ver como deixaram suas instituições pecaram por eles. Isso não é fácil entre pessoas que realmente crêem que seu país somente faz o bem, mas é necessário, não somente para seu futuro, mas para todos e todas de nós”. — Peter Storey, ex-presidente da Igreja Metodista da África do Sul

www.sojonet.com

18 outubro, 2006

Voz e vez da mulher na política e nas sutilezas

Por Maria Newnum

Independente de serem maioria votante em seus países as mulheres são menosprezadas no âmbito da política. No Brasil, somam quase 52% do eleitorado e apesar disso, são tratadas como cidadãs de segunda classe. Não há de culpar os homens e sim, culturas que fomentam idéias que “lugar de mulher é na cozinha” e pronto. Por outro lado compete, especialmente às mulheres romper esse ciclo. A política é o lugar para a voz e vez das mulheres, sobretudo quando são majoritárias.

Nesse segundo turno das eleições presidenciais e estatuais as brasileiras têm alguns desafios. Primeiro: Constatar que a política nacional, apesar do majoritário feminino, continuará gerida pelos homens. Segundo: Decidir, particularmente entre os presidenciáveis, “um” que contemple necessidades urgentes da população: Moradia, emprego, saúde, segurança e educação. Lembrando, essa ordem compõe o imaginário do mundo ideal das mulheres. Elas, primeiramente querem um teto; depois, emprego para si e seu companheiro; saúde digna nos postos e hospitais públicos para a família ou condições financeiras para um bom plano de saúde; segurança para ir e vir do trabalho e por último, educação para os filhos e filhas, de modo que possam pular as etapas humilhantes a que são submetidas como empregadas domésticas, cortadoras de cana, pescadoras, artesãs, camelôs, diaristas e demais serviços informais, sem amparo da legislação trabalhista.

Numa democracia de fachada, onde o voto é obrigatório e os candidatos nomeados pelos partidos é preciso que homens e mulheres utilizem-se até de mínimas sutilezas para distinguir e optar pelo “menos ruim”. Aliás, essa máxima denuncia o caos e aponta a urgência de ampla reforma política.

Submetidos a toda sorte de falácias no horário eleitoral, um recurso sutil pode ser, por exemplo, a análise das esposas dos candidatos; numa lembrança do desgraçado jargão, que por ora nos serve: “Atrás de todo grande homem, há uma grande mulher”.

Dona Marisa de Lula, é verdade, parece o tipo resignado; mas não é. Chegou ao palácio com as mãos calejadas pela labuta com casa e os filhos, enquanto o marido corria atrás de um sonho. Dona Lu Alckmin, ficou conhecida pelo escândalo dos 400 vestidos de grife “ganhados” de um estilista que como ela, almejava fama e destaque na sociedade.

Dona Marisa, diz-se, dispensou parte dos empregados designados a servi-la e que ainda cozinha e acompanha o marido nos seus sonhos e certamente, nos devaneios. Lula pecou por não ver, não saber; contudo olhou e contemplou os pobres. Apesar dos pesares, surpreendeu positivamente, exceto no quesito supremo de seu partido, que igualzinho aos demais comporta indivíduos gananciosos e arrogantes.

Apontam alguns analistas políticos que Alckmin foi escolhido para perder e preservar a imagem do próximo presidenciável do partido, Aécio Neves. Em razão do inexplicável dossiê, surpreendeu o partido, o Brasil e até esposa que, talvez já imagine quantos vestidos de grife que lhe esperam. Ela pode não ser, mas pareceu fútil, num país onde para muitas mulheres “luxo” é comprar um vestidinho no bazar de usados ou na banca da feira. Detalhe, a filha de Alckmin trabalhava na luxuosa Daslú, quando a Polícia Federal descobriu tratar-se de uma quadrilha contrabandistas e sonegadora de impostos. Lá um pretinho básico não sai por menos de 4000 reais.

Num cenário político que dificulta avaliações sólidas, resta às mulheres e homens atentar para as pequenas sutilezas que cercam os presidenciáveis. Isso pode fazer toda diferença.
___________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Coordenadora da Spiritual care Consultoria.
Para comentar ou ler outros artigos acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks/ e http://www.maringa.news.com.br/newnum

Palavras de um ouvinte e assistente

Meu nome é Otávio Júlio Torres, presbítero ativo da 4ª RE. Estive presente, como visitante, nas duas sessões do 18º Concílio Geral. As palavras que passo a escrever são mais do que minhas simples impressões desse conclave; são, sim, uma forma de eu expressar os pincípios de fé que aprendi na Igreja Metodista, desde a meninice, e que me levaram a reafirmar os votos de batismo que meus pais tomaram por mim, pelo ato da profissão de fé na minha adolescência. Sempre acreditei e ainda acredito, pois os documentos da nossa igreja continuam existindo, que temos uma boa orientação para a participação de todos os membros na missão confiada por Deus à nossa igreja. Por isso mesmo, sinto-me constrangido a expressar-me diante de tudo que ouvi e a que assisti.

Primeiro, ficou evidente para mim que todas as eleições já estavam definidas, antes mesmo dos nomes serem apresentados. Os acertos estavam todos prontos antes mesmo do começo deste Concílio. Fico tranquilo ao dizer isto, pois não sou apenas uma voz que retine como um símbalo, mas que faz coro com muitas outras pelo país. Pena que, por conveniência, a decisão tomada pela Comissão de Justiça, por exemplo, diante do pedido de nulidade da eleição episcopal, por quebra da lei canônica de eleição sem discussão e sem debate, feita pelo Rev. Adhayr Cruz, presbítero da 4ª RE, foi julgada como improcedente. A igreja perdeu uma grande oportunidade, ainda que constrangedora, de rever seus atos. Ressalte-se que foi preciso o voto duplo do presidente da Comissão para dirimir a situação complicada...

Segundo, foi muito triste presenciar as mentiras que o Rev. Dino Ari Fernandes divulgou no site www.metodistaonline.kit.net diante de uma manifestação lícita que membros ecumênicos da igreja fizeram na ocasião do culto de abertura da segunda sessão do Concílio. Ali eu estive e o que presenciei foram jovens metodistas de algumas igrejas locais, acompanhados de outros jovens católicos, vestidos de camisas brancas, silcadas com a frase: “Oiukomene: estamos em luto (a)”, com faixas pedindo a justificativa dos votos dos 79 delegados que votaram pela saída dos órgãos ecumênicos, cantando o hino “Excelência do amor”, de nossos hinários. Mais triste ainda foi ouvir, diante do fato, as falas evasivas que a bispa Marisa e o bispo Paulo Lockman trouxeram ao Concílio em relação ao tema do ecumenismo, sem, sequer, fazer qualquer referência ou repreensão a esse ato repreensível praticado pelo Rev. Dino, que afirmou, ao ser confrontado quanto ao assunto, que nao estava lá e só repetiu o que ouviu de outros... Pelo menos é o que dizem os jovens que assinam o documento enviado ao mesmo site, em que contestam as informações enviadas pelo Rev. Dino. Esse ato, sim, digno, inclusive, de disciplina eclesiástica à qual ele ensejou em seu texto submeter os clerigos que apoiaram a manifestação dos jovens. A veracidade disso, como dizem os mesmos jovens, pode ser comprovada nas matérias e fotos do site oficial de nossa Igreja (www.metodista.org.br).

Terceiro, como presbítero da igreja, mesmo não sendo delegado ao Concílio Geral, penso que teria o direito de, pelo menos, pedir ao presidente e ao plenário do Concílio uma palavra de privilégio. Mas diante da tentativa que fiz, ao levantar meu braço, sequer fui mencionado. Pergunto-me até agora porquê. Uma certeza, porém, tenho. Não passei despercebido, pois o bispo Adolfo, que na ocasião assessorava o bispo-presidente na anotação dos nomes para o debate, pediu-me para abaixar o braço. É possível que isso tenha acontecido por causa de uma fala que recordo-me ter ouvido do delegado da 1ª RE, Rev. Luciano Amorim, a um visitante, o Rev. Adhayr Cruz, da 4ª RE, por volta da primeira sessão do Concílio, realizada em Aracruz, ES. Disse ele: “Por acaso, você é delegado neste Concílio?... Então... não devo satisfação a você.” Mas, de fato, sabemos que deve satisfações a todos os membros da Igreja Metodista do Brasil, pois estava ali, exatamente, em representação deste povo.

Quarto, não foi menos ultrajante presenciar que havia “candidatos” em plena campanha, fazendo promessas e alianças para que pudessem ser eleitos. Lembro-me ter pensado em uma das ocasiões em que vi tal prática, no desenrolar das sessões: “O que me parece aqui é que não somos todos do mesmo ‘partido’, mas cada Região aqui representa um partido distinto dos demais”. Ouvi falas do tipo: “Vou votar em ‘fulano de tal’, porque ele vai ser nosso representante em tal setor da igreja”. Foi muito doloroso ouvir isso e constatar que nossa igreja está dividida em partidos, como a comunidade dos coríntios.

Em quinto, e termino por aqui por conveniência e não por falta de outras situações para enumerar, é mais uma vez muito triste discernir entre delegados e delegadas pessoas que compreendiam ser “a mão e a voz de Deus” para mudar a história da nossa igreja, divinamente escolhidos. Esse foi o maior motivo que me levou a escrever essas linhas. É preciso que essas pessoas entendam que, se de fato alcançaram o alvo que pretendiam, Deus não pode estar nos meios, nos processos que elas usaram para tanto. Processos que passaram por cima de leis da Igreja Metodista, processos que excluíram a vontade e representação de delegações inteiras, processos que infringiram o príncípio da representação e serviram a interesses particulares.

Uma última palavra: não sou ingênuo para ter dito tais palavras, simplesmente, por fazer parte do grupo de pessoas que, em suas conviccções, foram vencidas neste Concílio. Decisões e eleições sempre serão decididas em favor de pessoas e idéias distintas, mesmo no contexto da Igreja de Cristo. Afinal, continuamos humanos, limitados em nosso discernimento e vivência das coisas celestiais. Como diz o apóstolo Paulo, “ainda vemos como em espelho”. Essas poucas palavras que escrevi não são fruto nem tampouco derivam do fato de eu pensar que a Igreja Metodista, até então, em suas lideranças, fosse isenta de pecados em todas as direções. De forma alguma.Mas a diferença que faço em relação ao que presenciei neste Concílio, em relação ao poder anteriormente constituído na igreja, é que os processos eram mais éticos que meramente políticos, nos moldes seculares que presenciamos em nosso país. Isto sim, me entristeceu profundamente.Minha oração é que Deus não nos permita chegar à “Babilônia” para somente depois disso virmos a nos arrepender. Minha oração é que as atuais lideranças da Igreja Metodista, eleitas neste último Concílio, possam conduzir nossa igreja com temor e tremor diante de Deus.

Otávio Júlio Torres
Presbítero Ativo da 4ª RE
otavio_torres@hotmail.com

Sínodo da IERP enfatiza ecumenismo

BUENOS AIRES, 17 de outubro (IERP/ALC) - A 37ª Conferência Sinodal da Igreja Evangélica do Rio da Prata (IERP) e a 14ª Assembléia Geral Ordinária, que renovou seus dirigentes, finalizaram no último fim de semana na cidade de Esperanza, onde pessoas de sete países confluíram na Associação Suíça Guilherme Tell.

A reunião dos representantes das 42 congregações da IERP na Argentina, no Uruguai e no Paraguai também recebeu convidados de outros quatro países, que participaram dos três dias do Sínodo e presenciaram a Assembléia Geral, realizada no domingo.

O pastor Federico Hugo Schäfer foi reeleito para a presidência da IERP para mais um mandato de quatro anos, angariando 66 dos 75 votos do colégio eleitoral. O professor Nils Erik Andersen foi eleito secretário da Junta Diretiva, o pastor Sabino Ayala como tesoureiro, e a senhora Irma Sommerfeld de Waidelich e Ricardo Krüger como vogais titulares.

Entre os convidados do Sínodo 2006 estavam o subsecretário de Culto da Nação, Osvaldo Grossman; os representantes da Igreja Evangélica da Westfália, Alemanha, Gerhard e Gudrun Duncker, e Wilhelm e Christa Arning; da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), Branko Nikolitsch e Wolfgang Kahl; e o presidente do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), bispo Julio César Holguín.

Também compareceu ao encontro da IERP o presidente da Comissão Episcopal de Ecumenismo, monsenhor Carlos Humberto Malfa. Ele destacou que "a IERP tem estado entre os únicos interlocutores de um diálogo teológico doutrinal que a Igreja Católica teve na Argentina".

O presidente da IERP qualificou como um "escândalo frente ao nosso Senhor" o fracionamento da Igreja e instou as congregações a consolidarem os laços com aquelas denominações que provêm da Reforma protestante.

Os organizadores do encontro transmitiram às congregações a satisfação pela decisão do Sínodo 2006, que aprovou, assim como o Sínodo das IRA, a intenção de trabalhar para alcançar a unidade orgânica entre ambas as igrejas.

Schäfer pediu que o diálogo seja ampliado aos "nossos semelhantes de credo judeu e muçulmano, se é que desejamos conviver num mundo que reine a paz de Deus", segundo relatório apresentado na última quinta-feira, no início da Conferência Sinodal.

Os delegados ao Sínodo trabalharam em grupos e em plenário, quando viram as diferentes situações das comunidades e da sociedade nas quais se encontram.

"Dessa maneira tomamos consciência das realidades de todos. Nesse processo deixamo-nos interpelar pela palavra de Deus mediante o estudo de vários textos bíblicos, escutando a mensagem nos cultos e devocionais diários, e meditando as reflexões teológicas apresentadas sobre o tema", diz a mensagem do Sínodo.

A mensagem agregou que "a crise, profunda e generalizada, provocou um estado que nos paralisou em muitos sentidos". "Em contraposição, a fé e a esperança dos cristãos e cristãs é uma oportunidade para determinar com sinceridade as causas profundas, reconhecê-las, aceitá-las e descobrir os efeitos das mesmas, tanto no aspecto espiritual como no econômico", enfatizou o texto.

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Movimento ecumênico precisa ouvir as vozes do Sul, diz Kobia

Por Edelberto Behs

De passagem rápida pelo Brasil, a convite da Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB), o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia, defende mudanças corajosas no movimento ecumênico, chamando para o centro da agenda atores que começam a alçar voz, como mulheres, jovens, pessoas portadoras de deficiência, indígenas.

"Eu acredito fortemente que chegou a hora para uma nova época do ecumenismo no mundo", disse Kobia em entrevista à ALC. O ecumenismo do século XXI tem que aceitar que a situação mudou, declarou. "Por isso precisamos outras maneiras de nos organizar, incluindo a configuração do movimento ecumênico, no qual a espiritualidade ocupe um lugar mais central", agregou.

O movimento ecumênico, preconizou, precisa ouvir as vozes que vêm do Sul. Kobia defendeu um ecumenismo espiritual voltado aos jovens, no qual possam encontrar sentido para a vida, e quer que o CMI possibilite a corais de crianças latino-americanas se apresentarem em outras regiões do mundo para entoarem canções de paz e trazer mensagens de superação da violência.

Kobia esteve em Panambi, cidade gaúcha a 380 km a noroeste de Porto Alegre, onde a IECLB reuniu seu Concílio, de 12 a 15 de outubro. De fala mansa e pausada, vestindo um terno escuro, apesar do calor, o secretário-geral apontou, na entrevista, pequenos avanços na relação do CMI com o Vaticano e lamentou a decisão da Igreja Metodista brasileira de desvincular-se de organismos que tenham a presença da Igreja Católica.

Leia a entrevista de Kobia na íntegra em alcnotícias.org

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Verso e Voz — 18 de outubro

Porque a loucura de Deus é mais sábia do que as pessoas; e a fraqueza de Deus é mais forte do que as pessoas. Irmãos e irmãs, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios e sábias segundo a carne, nem muitos poderosos e poderosas, nem muitos e muitas de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e sábias e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. — 1 Coríntios 1.25-27

“Há aqueles/as que ainda julgam a cruz como pedra de tropeço, e outros/as consideram que é loucura, mas estou mais convencido mais que nunca que é o poder de Deus para a salvação individual e social. (…) O sofrimento e os momentos agonizantes pelo que passei durante os últimos anos têm me aproximado a Deus. Mais que nunca estou convencido da realidade de um Deus pessoal”. — Martin Luther King Jr.

www.sojo.net

17 outubro, 2006

Pós-graduação em Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso no ITESC

O sucesso obtido em duas turmas que se formaram em Pós-graduação em diálogo ecumênico e inter-religioso, leva o ITESC a lançar, pela terceira vez, essse Curso.

Trata-se de uma experiência pioneira no Brasil, destinada a agentes de pastoral das Igrejas, representantes das religiões, professores do ensino religioso e/ou apenas simpatizantes da causa ecumênica.

Nas duas edições realizadas, já se formaram 69 pessoas. O novo Curso acontecerá sempre nos meses de férias (fevereiro e julho de 2007 e fevereiro de 2008), num total de 360 horas/aula.

As inscrições estão abertas pelo telefone (48) 3234-0400 ou secretaria@itesc.org.br
Mais informações: www.itesc.ecumenismo.com

Elias Wolff

Saldo positivo ou negativo

As polêmicas em torno das votações do 18º Concílio Geral da Igreja Metodista estão longe de chegar ao fim.

A decisão de deixar os processos que deram entrada na Comissão de Geral de Constituição e Justiça para serem julgados pelos próximos membros eleitos teve a clara intenção de afastar do ambiente conciliar as querelas que estavam ali argüidas.

O fato, entretanto, pode ser considerado uma vitória política para as partes impetrantes. Isto porque, graças à decisão, tornou-se visível a manifestação de aquiescência da Comissão presidida pelo Pastor Dr. Carlos Walter Vieira, para os argumentos colecionados nos processos. Fosse o contrário a Comissão não teria dificuldades para simplesmente indeferi-los.

Não justifica a tese de que não houve tempo para o pronunciamento dos julgados.

O processo sobre o ecumenismo deu entrada na Comissão no dia 14 de setembro de 2006, e contém um pedido liminar, que deveria, no mínimo, ter sido deferido. O seu deferimento, agora, implica em que a decisão conciliar a respeito do ecumenismo seja derrubada para vir a ser homologada somente pelo próximo Concílio.

Outras processos que contenham pedidos de liminares poderão receber o mesmo tratamento.

Pesa sobre a Comissão Geral de Constituição e Justiça, eleita na segunda fase do Concílio Geral, a responsabilidade de resolver no menor espaço de tempo possível essas pendências. Do contrário, choverão recursos que podem, eventualmente, desaguar para a Justiça comum.

Lair Gomes de Oliveira

Texto da proposta a respeito do ecumenismo, aprovada no Concílio Geral

"Somos um Só Corpo em Cristo e Membros uns dos outros em amor"

TENDO EM VISTA a repercussão e as diversas manifestações recebidas pela Igreja, oriundas dos mais variados segmentos nacionais e internacionais, devido à decisão tomada por este Concílio em sua Primeira fase referente ao relacionamento ecumênico.

Conscientes de que a decisão tem prejudicado o "testemunho de fé dessa vocação do Povo Chamado metodista", no que diz respeito ao espírito evangélico de comunhão, amor, tolerância, relacionamento e busca da paz.

PROPOSTA: O Colégio Episcopal estabelecerá um Grupo de Trabalho (4 contras e 4 a favor) coordenado pelo mesmo, visando a analisar bíblica, teológica e pastoralmente as conseqüências dessa decisão, esclarecendo à Igreja e a Sociedade a respeito das "implicações" decorrentes da decisão e estabelecendo caminhos e condições para que possamos cumprir o que Jesus pediu ao se discipulado: "E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste... para que eles sejam completamente unidos..." João 17.20-23 e o que Paulo solicita em sua palavra à comunidade localizada na cidade de Éfesos: "Preservai a Unidade do Espírito no vínculo da paz" – Ef. 4.3.

Seja o primeiro sinal do Espírito a nossa comunhão em acolhimento, amor e tolerância em nossa vivência fraterna e missionária, como Igreja Metodista,

"Que a Graça do Senhor Deus, nosso Pai, possa nos conceder uma transfusão do sangue de Cristo à Sua Igreja, oxigenando o nosso ser, de um autêntico sentimento e vivência em amor".

Fonte: Marcos Fortes (delegado leigo 2ªRE)

Verso e Voz — 17 de outubro

Mas, há pouco, se levantou o meu povo como inimigo; além da roupa, roubais a capa àqueles que passam seguros, sem pensar em guerra. Lançais fora as mulheres de meu povo do seu lar querido; os filhinhos delas tirais a minha glória, para sempre. Levantai-vos e ide-vos embora, porque não é lugar aqui de descanso; ide-vos por causa da imundícia que destrói, sim, que destrói dolorosamente. — Miquéias 2.8-10

“A estória conta que um missionário norte-americano foi um dia pregar num bairro de uma cidade brasileira. Usando João 3.16 como seu texto, ele ficou na esquina proclamando o amor de Deus para todo o povo. Uma multidão reuniu. Um homem na multidão interrompeu o missionário. ‘Você está errado, senhor, Deus não nos ama’. Mas o pregador era teimoso. ‘Sim, Deus ama você. Deus dá todas as coisas boas, incluindo o Cristo, para você’. O brasileiro, abanando seus braços para a miséria a sua volta, respondeu com raiva, ‘Então alguém mexeu com o amor de Deus!’ Se Deus deu a terra para todas as pessoas compartilhar e desfrutar, então alguém ‘mexeu’ com os planos de Deus”. — Charles Summers

www.sojo.net

16 outubro, 2006

Grupo vai analisar implicações da retirada metodista de organismos ecumênicos

SÃO PAULO, 16 de outubro (ALC) – A Igreja Metodista do Brasil (IMB) vai instituir grupo de trabalho, integrado por pessoas de diferentes tendências, que vai analisar e esclarecer a própria igreja e a sociedade a respeito das implicações decorrentes da decisão do 18. Concílio Geral reunido em julho, em Aracruz, de retirar-se dos organismos ecumênicos que tenham a presença da Igreja Católica e de grupos não-cristãos.

A medida foi anunciada pelo bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann, do Rio de Janeiro, na segunda etapa do 18. Concílio Geral da Igreja Metodista, reunido nos dias 12 a 14 de outubro na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Recurso impetrado contra a decisão da retirada da igreja de organismos ecumênicos não pôde ser apreciado nesta fase do Concílio por falta de tempo hábil, e deverá ser analisado pela nova Comissão Geral de Constituição e Justiça, recém eleita.

"A Igreja Metodista não deixou de ser ecumênica", frisou no Concílio a bispa Marisa de Freitas Ferreira Coutinho, do Recife. “Teremos tempo de amadurecer a questão do ecumenismo, discutir com mais profundidade, ajudar o povo de Deus a ter mais segurança sobre este tema. Somos povo metodista e vamos ter que trabalhar juntos para a glória do Senhor”, justificou.

Ao chegarem ao templo de Rudge Ramos para a celebração de abertura da segunda etapa do Concílio, delegados foram surpreendidos pelo protesto de um grupo de jovens metodistas e católicos. Vestindo camiseta branca com os dizeres “Estamos em luto(a)”, o grupo pedia que os 79 delegados que votaram pela saída da Igreja Metodista de organismos ecumênicos justificassem o voto.

“Não viemos aqui para pedir que os delegados reconsiderem a votação. Nem somos delegados, não temos o direito de pedir isso. Também não vamos interromper a plenária. Apenas viemos deixar nossa opinião, que acreditamos ser também a opinião de Cristo. Não ser ecumênico é não ser cristão”, declarou para o Serviço de Imprensa da Igreja Metodista um dos organizadores do protesto, o jovem Rafael de Freitas, membro da congregação de Rudge Ramos.

Ao final do culto, os jovens lamentaram que nenhum delegado os tenha procurado para justificar o voto. Na homilia da celebração de abertura do Concílio, o bispo João Carlos Lopes, de Curitiba, instou a igreja a realizar o seu trabalho de maneira excelente, para que ela receba o certificado “ISO Eternidade”. “Excelência não se alcança com competição, nem com o ser melhor do que os outros – ser excelente é ser o melhor de nós mesmos”, disse.

Por 106 votos a favor, 22 conta e duas abstenções o 18. Concílio Geral da Igreja Metodista aprovou proposição dando autonomia às oito Regiões Eclesiásticas de desenvolverem programas e projetos missionários, ouvido o Colégio Episcopal. Por medida de contenção, as quatro áreas que compõem a sede nacional da Igreja – Administrativa, Educacional, Social e Missionária – e que têm quatro secretários-executivos, passarão a ser coordenadas por apenas um secretário, informa o Serviço de Imprensa.

O Concílio de Rudge Ramos concedeu título de bispo honorário aos reverendos Stanley da Silva Moraes, Geoval Jacinto da Silva e Josué Adam Lazier. O título recebido não implica ônus financeiro, mas é uma honraria e um reconhecimento pelos serviços que prestaram na qualidade de bispos.

Também por decisão conciliar, alunos e alunas das faculdades de Teologia da Igreja Metodista que estiverem no último ano do curso poderão receber o título de pastores acadêmicos, quando em exercício no ministério pastoral.

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Agencia Latinoamericana y Caribeña de Comunicación

Juventude Metodista da Pedreira

Paz e Bem,

Convidamos nossos/as queridos/as irmãos/ãs a visitarem nosso fotolog no endereço www.jumep.gigafoto.com.br, bem como nossa comunidade no Orkut "Juventude Metodista - JUMEP".

Entre em contato, deixe um recado, a sua visita vai ser motivo de grande alegria e incentivo para nossa juventude.

Muito obrigado pela sua atenção.

Tony Vilhena
(membro da Juventude Metodista da Pedreira, JUMEP)

Verso e Voz — 16 de outubro

Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres. — Atos 22.4

“O caminho é longo, íngreme e difícil, queixava-se um discípulo a Buda. E este respondia: Amigo, o caminho é longo e difícil porque tu queres chegar logo ao fim do caminho. O verdadeiro fim do caminho não é chegar ao fim, é o caminhar”. — Leonardo Boff

Vida Segundo o Espírito

15 outubro, 2006

Dos pés à cabeça

Por Fábio Alcantâra

O Distrito Federal deveria iniciar uma campanha turística destacando suas belas paisagens e fazer com que o povo brasileiro se esqueça dos políticos e lembrem-se de que nem só de seres exóticos vive a capital brasileira. Quando a TV menciona a cidade, logo me lembro daquela casta superior que vive às nossas custas, com raríssimas exceções. Aquele exagero de ajuda de custos me deixa nervoso. Extra para comprar ternos, para funcionários (mais de 30!) por parlamentar, viagens, etc... Coisa de sultão árabe, só que não tem poços, mas im-postos!

Infelizmente no Brasil a corrupção é generalizada. Este ano, quando estive na capital paulista, tomei o ônibus com minha família e o motorista mandou entrar pela porta traseira. Quando paguei as passagens, o homem não virou a catraca. Isto se repetiu por umas cinco vezes só onde pude contar até me dispersar pela via Dutra. Fiquei chateado com a situação: ele que está acostumado à corrupção, eu que me neguei a fazer o certo por medo de represália, e assim alimentamos a cultura do “levar a melhor”.

Assim nos concentramos na esfera mais alta da sociedade política, como seres políticos. Eps! Mas os políticos não são representantes que elegemos, portanto um espelho legítimo da grande multidão? Parece que todos nós temos a herança maldita da corrupção ativa ou passiva. Ninguém se salva. Aliás, “se salvar” é o que todos querem, por isso o Brasil não vai pra frente. Os pobres estão vendendo seu voto pré-pago porque querem se salvar já! Votar em alguém que vai resolver os atuais problemas daqui a 10 anos, nem pensar. Todos queremos garantir nosso conforto hoje. Não importa se vão haver árvores ou rios para os netos. Eles que se virem. Não é isto que está embutido no nosso cotidiano?

O Lula poderá ser reeleito, mas não porque lhe conferimos isto como autoridade legítima, mas por indiferença geral da sociedade. Mas quem era o melhor? Dentre os menos piores o discurso mais correto que encontramos na campanha eleitoral do primeiro turno foi a do Cristovam Buarque. Seu jargão que torrou a paciência com o tema da Educação é uma coisa para quem tem visão de sociedade e solidariedade, que luta por uma causa maior. Educação não sentar numa escola e comer merenda, mas um fato fundante para mudar nossa sociedade. Eis aí o verdadeiro investimento para tirar o nosso povo da ignorância. Mas o pobre homem veio meio como uma voz que clama no deserto, pois quem daria ouvidos a algo tão utópico e a longo prazo quanto o desejo pelo céu?

Como ter esperança numa sociedade justa e solidária? Em relação à política, só tirando o salário de todos eles e fazendo-os trabalhar voluntariamente. Aí apareceriam aqueles e aquelas que realmente tem uma vocação sacerdotal para o ofício público. Veríamos então o fim da vagabundagem geral e aqueles que realmente são o trigo no meio da plantação permaneceriam. O joio assumiria de vez sua parte bandida.

Quanto a nós, sonhadores de uma sociedade habitável, só vemos uma saída: cada um fazendo sua parte no que lhe convém. Na política local, na boa vizinhança, no jogar o lixo no lixo, no prestar solidariedade a quantos pudermos, enfim, fazendo a pequena parte que nos cabe e passar isso adiante. E comparecermos às urnas para darmos um susto nos pilantras, como aconteceu agora. Os antigos sempre diziam que se cada um varrer sua calçada, a rua toda ficará limpa. Se olharmos para o macro, ficamos profundamente desanimados e impotentes; porém se nos fixar no micro, como uma célula na qual fazemos parte e passarmos adiante, creio que será possível permanecer animados na luta por uma sociedade melhor. Olhar para o Brasil é desanimador. Mas quanto olho para o meu bairro, minha cidade, algo pode melhorar.

A Bíblia já diagnosticou a corrupção nata do ser humano: Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, ... Isaías 1.6. Então já é hora de cada um fazer a sua parte e lutar pela sociedade próxima de nós e iniciar um movimento ético a partir de nós mesmos, não delegando isto aos outros. Mãos à obra.
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Fábio Alcântara é Pastor da
Igreja Metodista Para comentar ou ler outros artigos acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks/

Concedidos títulos de Bispos Honorários

Por solicitação das delegações da 2ª, 3ª e 4ª regiões, foi concedido título de Bispo Honorário ao Rev. Stanley da Silva Moraes, que exerceu o episcopado na 2ª RE; ao Rev Geoval Jacinto da Silva, que exerceu o episcopado na 3ª RE, e ao Bispo Josué Adam Lazier, atual bispo da 4ª Região Eclesiástica. O título de Bispo Honorário não representa ônus financeiro para a Igreja; mas uma honra e um reconhecimento pelo trabalho exercido na obra do Senhor.

Fonte - Site da sede Nacional