02 setembro, 2006

A beleza de renascer a cada dia

Por Maria Newnum

Da vez primeira que me assassinaram, perdi um jeito de sorrir que eu tinha... Depois, de cada vez que me mataram, foram levando qualquer coisa minha... (Mário Quintana - Soneto XVII, em Rua dos Cataventos)

Ah! Quantos assassinatos sofremos nessa vida. Sim, a cada um, nos levam qualquer coisa nossa; não nos enganemos; a cada um somos dilapidados como pessoa. Levam nossa crença, esperança, paciência, tolerância e até nosso tesão. Somando os assassinatos que sofremos por essa sociedade hipócrita e egocêntrica, pelos políticos ineficientes que elegemos por pura falta de opção, pelas decepções com as pessoas que elegemos como amigas, pelos heróis e heroínas que morreram de overdose; exaure-se o nosso tesão.

Tesão. Gosto dessa palavra, para mim exprime não somente o relativo ao sexo; é mais... É o prazer gostoso das coisas da vida. Dias desses senti esse tesão na livraria Bom Livro aqui de Maringá. Estava lá, de mãos dadas com meu marido, lendo com a cabeça no seu ombro, tomando um café gostoso com creme de chantilly, enquanto, ao fundo, um artista tocava solitário, seu violão ao vivo para nós. Que delícia! Um momento de perfeito gozo com a vida. Absolutamente nada poderia se equiparar àquele prazer; nem poder, nem dinheiro, nem sexo... (pode ser que meu marido discorde disso...) Passamos três horas perfeitas; desligados do mundo. Ocasiões como essas, experimento um renascimento como mulher e como pessoa.

Prestes a chegar aos 40, não perco de vista as contas dos assassinatos que sofri. Não me considero o tipo vingativo; mas não os perco de vista de propósito. Parece-me um erro a idéia de esquecer, de passar a borracha em tudo. Nada disso, se puder, quero reaver cada centavo que me tiraram; não em moeda - embora tenham me levado alguns níqueis, mas tenho o suficiente para viver bem - falo das sacanagens, das falsidades, da confiança roubada; das traições, do menosprezo à minha inteligência. Ah! Isso se puder, pego tudo de volta.

Se invisto tempo nesse resgate? Não. Acredito numa idéia: Ninguém saí dessa vida sem recibo. Espero e assisto de camarote. Pois quando agimos de alma limpa, desprovidos da mesquinhez dos nossos assassinos, as coisas chegam aos nossos pés e mãos. Agarrar ou chutar é uma opção.

Há uma regra da grande mãe natureza que nos lançou nesse mundo. Como filhos e filhas herdamos dela, a força tremenda que nos impele a renascer a cada dia como se ele fosse único. Temos em nós essa força de superar até uma doença terminal. Quantos casos já ouvimos... Quantos adiaram a morte iminente?

Não! É preciso dizer não, aos assassinos que cercam a minha, a sua, a nossa vida. Digamos chô ! Coisa ruim... Seja nas relações profissionais, afetivas religiosas... Ah! A religião, quantos assassinatos sofremos, não pela religião. Mas quantos religiosos matam nosso vigor?...

Apesar de a cada assassinato roubarem qualquer coisa sua, minha, nossa, não nos esqueçamos: Ninguém, nada pode nos roubar essa força maravilhosa, esse vigor que nos impulsiona a renascer a cada dia, com mais beleza, mais sabedoria, grandeza e força.

O renascimento começa agora... No ombro da pessoa amada, numa chícara de café, no som de um artista solitário; no colo de nossa grande mãe natureza...

Morrer é certeza, renascer é magia...
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Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Coordenadora da Spiritual care Consultoria.
Para comentar ou ler outros artigos acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks/
Outros artigos de Maria em http://www.maringanews.com.br/; www.alcnoticias.org/

Bispo Paulo Ayres Mattos fala sobre o atual momento do metodismo brasileiro

Por: Odilon Massolar Chaves

O Portal Metodista On Line fez uma entrevista com o Bispo Emérito Paulo Ayres Mattos, atualmente terminando o seu Doutorado na Drew University, nos Estados Unidos da América, onde ele fala de discipulado, ecumenismo, neopentecostais e itinerância Veja na íntegra a entrevista:

(Portal Metodista) Você acredita que o discipulado no metodismo brasileiro é o caminho apropriado para o momento em que vivemos?

(Bispo Paulo Ayres) Não conheço de perto o processo de implantação do programa de discipulado que está sendo implantado nas diferentes regiões de nossa Igreja. Creio, pelo pouco que sei, que é um equívoco se deixar a implantação do programa a cargo das regiões. É claro que qualquer programa metodista nacional tem que levar em consideração as diferenças regionais próprias a um país tão diversificado culturalmente como o Brasil. Entretanto me parece que no atual campo religioso brasileiro, em que o mercado dos bens religiosos se caracteriza por uma competição cada vez mais virulenta (em alguns casos beirando à violência física), quando temos projetos religiosos monolíticos antagônicos procurando impor-se hegemonicamente no país, com indisfarçados interesses monopolistas e sectários, especialmente através da mídia radiofônica e televisiva, tanto entre o público católico como entre o evangélico-pentecostal, creio que a regionalização do programa de discipulado acarreta a perda de sua força para aglutinação, organização e mobilização do povo metodista no Brasil. Parece-me que acaba por reforçar o regionalismo reinante entre nós, além de permitir a penetração insidiosa e sutil de idéias e práticas de "grupos pequenos", que nada têm a ver com a teologia e a prática próprias ao movimento wesleyano metodista (práticas estranhas como igrejas em células, G-12, e outras experiências dissimuladas de "pequenos grupos", em voga em muitas igrejas metodistas).


(Portal Metodista) E aqui, em minha opinião, reside o maior problema do programa de discipulado proposto para nossa Igreja.

(Bispo Paulo Ayres) Também, devido a invasão de idéias e práticas não-metodistas sobre crescimento da Igreja, como, por exemplo, a de "church-growth", patrocinada tradicionalmente no Brasil por SEPAL, me parece que o programa de discipulado se afasta de nossas teologia e prática, pois, em última análise, o seu alvo é o crescimento numérico de nossa membresia. Ora não existe nada mais tão distante do metodismo wesleyano do que a obsessão quase que neurótica por crescimento numérico a qualquer custo. Por que afirmo isto? Por que tais idéias e práticas sobre grupos pequenos que buscam ser hegemônicas entre nós no Brasil (mas também em outras parte do mundo!) raramente tem alguma coisa a ver com a prática das classes metodistas desenvolvidas por Wesley no avivamento metodista do século dezoito na Inglaterra. O problema é que muita gente com tais práticas querem fazer crer que buscam sua inspiração nas classes de Wesley. Ledo engano! As classes metodistas não foram formadas como instrumento para o crescimento numérico das sociedades metodistas. Seu alvo era o crescimento em santidade de coração e vida dos(as) primeiros(as) metodistas. A incorporação de pessoas às classes se dava na medida que convencidas de seus pecados demonstravam interesse de "fugirem da ira vindoura e serem salvas de seus pecados". Sua adesão era em resposta à mensagem da graça de Deus "em todos e para todos" proclamada pelos pregadores leigos de Wesley nas capelas metodistas, mas muito mais ao ar-livre nas praças, ruas e campos da Inglaterra. O objetivo das classes metodistas era através da co-responsabildade entre todos os seus membros promover a mútua busca de santidade de coração e vida através da prática contínua e disciplinada das obras de misericórdia e obras de piedade. Santidade de coração e vida para Wesley era algo interior e exterior na vida de uma pessoa metodista, cujo elemento comum era o amor na intrínseca e inseparável manifestação de amor a Deus e ao próximo. Para o fundador da metodista a busca de santidade de coração e vida, como conseqüência direta do ser nova criatura em Cristo (novo-nascimento), não nascia de uma boa intenção religiosa humana, mas do fato de que Deus é quem opera tanto o querer como o fazer (Filipenses 2:13). Somente o Senhor através do seu Espírito é quem nos leva a discernir os sinais do tempo e responder em santidade de vida dentro das realidades do cotidiano de nosso povo os desafios e oportunidades para a manifestação mais plena dos sinais do Reino de Deus aqui e agora. Para Wesley e os metodistas primitivos, salvação é uma experiência que se dá no hic et nunc (aqui e agora).


(Portal Metodista) O crescimento no metodismo primitivo não foi resultado de implantação de estratégias, métodos, programas, ou lá o que seja, em termos de organização e métodos de marketing empresarial, mas sim o resultado da ação de Deus através do seu Espírito na vida de mulheres e homens que aceitaram pela fé o desafio bíblico de "sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mateus 5:48), da perfeição cristã, do perfeito amor, da salvação plena aqui e agora.

(Bispo Paulo Ayres) Nossas igrejas e corpo pastoral não têm feito da prática de santidade de coração e vida no exercício das obras de piedade e misericórdia, conforme o ensino de Wesley, o centro da nossa espiritualidade cotidiana. E aí me parece que mais uma vez erramos o alvo. Creio que é chegado o tempo para em nosso contexto social e cultural atualizarmos o ensino e a experiência wesleyana da santidade de coração e vida.

(Portal Metodista) Nas pesquisas que o Metodismo On Line fez a grande maioria pede mudança no processo de Avaliação Pastoral e na Itinerância. O que você atribui essa tendência?

(Bispo Paulo Ayres) Esse processo na minha opinião é decorrente de um exacerbado e infeliz "congregacionalismo" (que nada tem a ver com o sistema congregacional) que tem gradualmente tomado conta da Igreja Metodista no Brasil desde o final da década de sessenta. Para tanto tem contribuído o relaxamento de muitas práticas do metodismo wesleyano.
O metodismo é conexivo ou não é metodismo. Somos uma conexão. Com o medo de perdermos membros, ou com a intenção de crescermos a qualquer custo, temos feito crescentemente uma série de concessões "congregacionalistas" ao mercado dos bens religiosos.
Isto nos tem custado a perda da conexão na proclamação da mensagem específica do metodismo primitivo: a santidade de coração e vida na prática incessante das obras de piedade e das obras de misericórdia em nosso cotidiano. Temos deixado de, na tensão criativa entre ciência e piedade, buscar uma vida de verdadeira santidade pessoal e social, cuja manifestação do poder de Deus se dá no serviço a Deus através das obras de piedade e através das obras de misericórdia no serviço às pessoas à volta, especialmente aos pobres, doentes, presos, estrangeiros, marginalizados, em suma aos grupos humanos que sofrem, espiritual e materialmente, toda sorte de opressão, discriminação e exclusão. Assim sendo, muitas igrejas, não raramente sob suas lideranças pastorais, têm abandonado, às vezes por razões teológicas, às vezes por puro oportunismo, práticas como o batismo de crianças, batismo por aspersão, santa-ceia com o povo ajoelhado no altar (muitas igrejas nem mais genuflexório já que não têm altar e sim um palco, e a santa-ceia ministrada sem liturgia apropriada, muitas vezes ministrada às corridas como um ("fast-food" qualquer da vida!), confissão comunitária durante o culto, escola dominical e suas revistas, etc. Outro elemento que seguramente indica o aviltamento de nossa conexidade é a relutância crescente das igrejas locais em participarem do sustento da obra sob a responsabilidade da área regional e nacional. Daí a séria crise financeira enfrentadas por diversas regiões e pela área geral, e, numa tentativa de se conseguir recursos de outras fontes, as decisões dos últimos concílios gerais em taxar o aluguel dos prédios das instituições de ensino da Igreja. (E é verdade que o fortalecimento institucional que anima a programação de certas regiões em nada desafia as igrejas locais a se envolverem no sustento da obra regional.) É nesse contexto "congregacionalista" exacerbado que entendo a contestação ao sistema metodista de nomeações dos pregadores e pregadoras metodistas itinerantes, contestação essa vinda tanto da parte do pastorado como do laicato metodistas. É interessante que quando se trata de defender o sistema congregacional o critério do crescimento numérico então não vale mais; pois, já que entre nós metodistas hoje se fala tanto em crescimento numérico, seria bom lembrar que em certas igrejas que têm crescido muito mais que a nossa ninguém contesta o sistema praticamente conexivo-episcopal que nelas prevalece (por exemplo, históricas como a Adventista do Sétimo Dias [que alguns consideram "seita"; eu não! É tão histórica como o Exército de Salvação!], pentecostais como as Assembléias de Deus, ou neopentecostais como a Universal). Em suma, entendo que tal contestação é de fato mais um dado na luta política pelo controle dos mecanismos de poder institucional dentro de nossa denominação. Uma luta que considero bastante carnal. E pelo que temos visto em muitas igrejas locais é o reforço do clericalismo tanto do corpo pastoral como do laicato, especialmente dos ministérios de louvor (tais ministérios de "levitas" (sic) muitas vezes inconscientemente obedecem a ditames das famigeradas FMs "evangélicas" com os últimos sucessos "gospelizados" impostos pelos "jabás" extorsivos pagos por cantores "evangélicos" a DJ's "evangélicos" das rádios de políticos "evangélicos"; é muito evangélico entre aspas para o meu gosto!). Em nome da democracia "congregacionalista" temos criados verdadeiros caciques pastorais que nas igrejas locais já não mais respondem a qualquer governo metodista. E quando o bispo resolve tomar uma atitude dando um paradeiro a tais desmandos o que vemos é o brado do velho jargão: "sai dela povo meu!" E aí quase sempre é tarde demais.

(Portal Metodista) A liderança da Igreja sofre pressão por causa do ecumenismo com a Igreja Católica (Veja decisão do Colégio Episcopal de não participar da Campanha da Fraternidade) e sofre (como as Igrejas históricas) com as influências dos neopentecostais. Que caminho seguir?

(Bispo Paulo Ayres) O fechamento que a Igreja Metodista tem sofrido nos últimos anos é em grande parte decorrente da concorrência praticada pelo mercado dos bens religiosos e imposta pelo avanço do neopentecostalismo e do "gospel" das FMs marqueteiras, tanto sobre o campo católico como sobre o evangélico e pentecostal. É sabidamente reconhecido que tal fechamento tem a ver com a chamada crise de identidade confessional. E em termos de crise de identidade confessional não estamos sozinhos. Esta é uma tensão que as demais igrejas não estão sabendo como responder, inclusive a católico-romana (vide "Canção Nova" do Vale do Paraíba em São Paulo - nunca imaginei em minha vida ver ostensório ser carregado em meio a uma multidão de católicos falando em línguas estranhas! E é verdade!). O ataque das novas igrejas que, apesar do seu alegado pan-evangelismo, consideram as igrejas evangélicas e pentecostais mais antigas no país como "igrejas fracas" e, portanto, também campo de potenciais prosélitos, tem angustiado as lideranças de nossas denominações diante da ameaça da evasão dos seus setores mais fundamentalistas ou entusiastas para tais igrejas ou para outras novas igrejas que eles próprios fundam. Diante da concorrência agressiva, querendo-se salvar a instituição igreja, muitos se deixam pragmaticamente levar pelo que parece estar dando certo. Daí a guinada conservadora de crescentes setores de nossas igrejas evangélicas e pentecostais com uma história bem mais longa na vida do país (defendo a legitimidade das igrejas pentecostais baseada nos próprios fundamentos da experiência pentecostal sem apelação a outros referenciais como, por exemplo, o metodismo - de fato o pentecostalismo é o ápice de um sutil processo ao longo de cem anos que levou a wesleyana santidade de amor a se transformar na pentecostal santidade de poder). Creio que isto explica, apesar de em minha opinião não justificar, a tomada de decisões mais cerradas como a do Colégio Episcopal de não endossar a Campanha Ecumênica da Fraternidade no ano de 2005. De certa maneira, foi uma decisão para o público interno da Igreja, pesando mais os entrechoques entre diferentes correntes internas de nossa política eclesiástica que já não podem mais ser identificadas pelos velhos e surrados rótulos de conservadores, progressistas ou carismáticos. O quê se impõe agora é a defesa dos interesses institucionais e aí rótulos tais não dizem mais nada e antigos opositores agora se aliam na defesa do mesmo projeto institucional. O fechamento em curso creio que é uma tentativa de evitar maiores danos institucionais ao metodismo brasileiro. Digo institucional porque, como já mencionei, considero que nossa prática metodista de forma gradual ao longo de nossa história tem sido comprometida seriamente. Historicamente este não foi um problema criado por nós, pois de ato foi importado junto com os missionários. Na Grã-Bretanha o metodismo primitivo foi uma resposta religiosa aos primórdios da revolução industrial, ao surgimento e crescimento dos centros urbanos, à formação do proletariado. Nas colônias da América do Norte se viveu uma conjuntura completamente diferente, pois a colonização redundou na formação de uma sociedade praticamente rural e agrária formada por sitiantes pequenos e independentes. Em conseqüência os metodistas norte-americanos abandonaram num curto período de tempo o ensino e a pratica da santidade de coração e vida promovida pelo movimento wesleyano no interior de uma igreja estabelecida que não era uma denominação - a Igreja da Inglaterra (Church of England). Nos Estados Unidos ao invés de um movimento de renovação houve a formação de uma instituição denominacional - a Igreja Metodista Episcopal (The Methodist Episcopal Church). Houve também ao mesmo tempo a substituição progressiva da co-responsabilidade no crescimento gradual em santidade promovida nas classes metodistas pela introversão intimista e exacerbada das conversões instantâneas promovidas pelos "camp-meetings", o carro-chefe dos avivamentos metodistas. O metodismo que recebemos no Brasil na última quadra do século dezenove foi o resultado desse processo de acomodação do metodismo americano à sociedade de classe-média consumista consolidada vitoriosamente ao longo de todo aquele século. A experiência americana e a nossa própria parece nos indicar que os caminhos do Espírito de Deus seguem uma outra rota.

(Portal Metodista) Estou cada vez convencido que para superar tal obsessão institucional e mercadológica e exorcizar a tentação de nos fecharmos temos de atualizar no interior da Igreja Metodista a estratégia de John Wesley de formar uma comunidade espiritual de resistência comprometida profundamente com a busca de santidade de coração e vida.

(Bispo Paulo Ayres) Temos o compromisso histórico de reinterpretar para nossos tempos pósmodernos do capitalismo tardio a doutrina wesleyana da santificação não como prática religiosa introvertida e/ou entusiasta, mas de radical crescimento em amor a Deus e ao próximo inseridos nas experiências do duro cotidiano. Santidade como caminho de salvação, pois "se não somos salvos pelas obras, não somos salvos sem as obras", pois temos como Wesley afirmava ao citar do texto de Filipenses 2:12, "de desenvolver a nossa salvação". Santidade interior em termos das motivações mais profundas de nossa existência e santidade exterior no compromisso fiel no uso disciplinado, contínuo e constante dos meios de graça e no exercício contínuo das obras de amor na solidariedade irrestrita com os pobres, amor incondicional a Deus e ao próximo. Ao afirmamos o caráter soteriológico da santidade de coração e vida, afirmamos também que a santidade que buscamos é uma santidade ética e a ética que defendemos é uma ética de santidade - santidade da vida como expressão da vida de santidade e da santidade de vida! Nossas motivações antes de serem ideologicamente políticas e sociais, são soteriológicas e penumatológicas, pois motivadas pela graça de Deus em Cristo sob a ação e direção do Espírito Santo.
Com este compromisso de fé sustentados e revestidos pela graça divina no poder do Espírito resgatamos a força da proposta do Plano de Vida e Missão em seu engajamento na luta em favor da vida e contra todas as forças que produzem a morte. Creio que devemos como Wesley não dar prioridade ao modelo institucional inserido no mercado dos bens religiosos, mas sim à re-atualização do modelo wesleyano contra-cultura de "ecclesiola in ecclesia", assumindo uma prática eclesial de forte disciplina devocional comunitária e pessoal. Assumirmos agenda de santidade de coração e vida - de intensa espiritualidade wesleyana acaboclada - no exercício da santidade de coração e vida na prática cotidiana e dinâmica da tensão entre obras de misericórdia e obras da piedade. Para tal teremos de enfrentar pessoal e comunitariamente duas duras questões enfrentadas pelos irmãos Wesley e os(as) primeiros(as) metodistas: (1) como reinterpretar a vida de disciplina espiritual comunitária nos termos wesleyanos de co-responsabilidade na caminhada mútua de santidade no exercício das obras de piedade, na convivência das classes metodistas?; (2) como submeter as aspirações econômicas pequeno-burguesas ao compromisso espiritual de despojamento na caminhada mútua de santidade no exercício das obras de misericórdia - "ganhar" o máximo que puder, "poupar" o máximo que puder, e "dar aos pobres" tudo que tiver, na afirmação do mote wesleyano "o cristianismo é antes de tudo uma religião social"? Daí afirmarmos com o Wesley o espírito católico do metodismo e desenvolvermos um tipo de ecumenismo que não passa necessariamente pelas instituições eclesiásticas. Mantendo a postura eclesial em nosso compromisso ecumênico, não nos oporemos nem apoiaremos incondicionalmente organizações ecumênicas e para-eclesiásticas, mas terão nosso apoio sempre que suas práticas e iniciativas estiverem em consonância com nossa prática eclesial disciplinada de santidade de coração e vida promovendo a santidade da vida. Das respostas que com temor e tremor encontrarmos para estas questões poderemos reinterpretar e cumprir o mandato histórico do metodismo de "Reformar a nação, de maneira particular a igreja, e espalhar a santidade bíblica sobre a terra" e, com John Wesley, missionariamente declarar o mundo, e não a igreja, como nossa paróquia.

(Portal Metodista) Os teus estudos têm lhe mudado ou apenas ampliou sua visão sobre a Missão da Igreja?

(Bispo Paulo Ayres) “Tenho mudado minha compreensão sobre o movimento metodista e também ampliado minha visão da Missão da Igreja." Gostaria que os leitores tirassem suas próprias conclusões sobre meu atual estágio espiritual resultante de meus estudos sobre história e teologia do metodista pelo conteúdo das respostas acima, especialmente na ênfase à retomada do ensino e experiência wesleyanas da santidade de coração (santidade interior - pessoal) e vida (santidade exterior - social). Entretanto, pessoalmente creio que ambas as coisas estão se dando simultaneamente comigo, pois tenho mudado minha compreensão sobre o movimento metodista e também ampliado minha visão da Missão da Igreja. O processo, contudo, é mais em termos de compreender a igreja mais como comunidade espiritual do que de organização institucional. Sem deixar de considerar que não há como se escapar a processos institucionais, creio que no momento atual de nossa igreja temos de priorizar o carisma profético da Igreja sobre a burocracia eclesiástica que procura fortalecer a dimensão institucional do metodismo brasileiro. Aliás o movimento metodista bem como o movimento pentecostal são dois bons exemplos de algo que nos seus primórdios não tinha preocupações institucionais e sem muita tardança acabou por se institucionalizar como os demais movimentos. Neste sentido Max Weber tem mais do que razão quando elucida o processo de racionalização e rotina do carisma profético e sua transformação em burocracia sacerdotal, com a monopolização dos bens religiosos por parte dos clérigos e de leigos clericalizados, no caso metodista brasileiro de seu corpo pastoral e da burocracia leiga, e a marginalização e, pior, a manipulação do laicato da Igreja.

Minha esperança hoje resta sobre a certeza de que Deus não está longe de nós, e, pelo seu Espírito, pode das pedras suscitar filhos e filhas a Abraão e Sara, e, surpreendentemente, também a Agar! Como na revelação de João, o Cristo Glorioso está a clamar: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas!" Maranatha! Vem, Senhor Jesus!

Paulo Ayres Mattos - Bispo Emérito da Igreja Metodista
Fonte: Sítio da Igreja Metodista de Vila Isabel

Líder metodista vislumbra panorama desafiador para o movimento ecumênico

GENEBRA, 2 de setembro (ALC) – A professora brasileira Magali do Nascimento Cunha vislumbra um panorama desafiador para o movimento ecumênico latino-americano nos próximos anos por causa do avanço registrados pelos setores que têm restrições ao diálogo e à cooperação entre as igrejas.

“Os brasileiros e setores cristãos latino-americanos sofreram um impacto com a decisão do último Concílio Geral da Igreja Metodista de retirar-se dos organismos ecumênicos com presença católica-romana e de grupos não-cristãos”, afirma Cunha, integrante do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que está reunido em Genebra, de 30 de agosto a 6 de setembro.

Mas também preocupa o que acontece em outras partes do continente, afirma. Casos como o distanciamento de igrejas latino-americanas tradicionalmente vinculadas ao movimento ecumênico, e da carismatização de igrejas históricas, numa perspectiva sectária.

O crescimento numérico de igrejas com postura crítica ao ecumenismo é uma realidade “que deve chamar seriamente a nossa atenção e motivar uma reflexão profunda”, assinala a professora Cunha, da Igreja Metodista do Brasil.

Estima-se uma população evangélica de 60 milhões de pessoas (15% da população, em média) na América Latina. As igrejas que mostram maiores índices de crescimento são as pentecostais, neopentecostais e as independentes, tradicionalmente anticatólicas e críticas aos protestantes.

Nos últimos anos, de modo especial desde fins dos anos 80 do século passado, líderes dessas igrejas irromperam na cena pública, incursionando na política e nos meios de comunicação, promovendo uma indústria cultural evangélica que mobiliza milhares de recursos financeiros.

Um dos rostos novos do ecumenismo latino-americano, Magali Cunha aposta decididamente na capacitação de jovens, na produção de material informativo sobre o ecumenismo e numa política mais agressiva de informação e comunicação.

“Precisamos explicar o que é o ecumenismo e combater versões que caricaturizam o movimento ecumênico, como as ventiladas pela revista evangélica brasileira Ultimato. Essa publicação disse que a Assembléia do CMI, realizada em Porto Alegre, em fevereiro último, foi uma reunião de propagação do movimento gay e que não houve reflexão bíblica”, arrola.

Cunha propõe a construção de alianças com igrejas e movimentos vinculados ao mundo evangelical, que se revelam mais abertas ao diálogo, como Visão Mundial, Fraternidade Teológica, entre outros, para reforçar a proposta ecumênica no continente.

A professora assinala que é um desafio buscar a cooperação com os pentecostais, e acredita que é possível dialogar e buscar pontos afins com líderes e igrejas, como o pastor Ricardo Gondim, da Assembléia de Deus Betesda. Uma aproximação e um programa com denominadores comuns reforçarão o movimento ecumênico na região, aponta.

Magali Cunha destaca, ainda, a importância de uma maior aproximação do CMI à realidade da região e às novas igrejas. Preocupa-a, no entanto, que apenas 27 das 348 igrejas membros do CMI sejam da América Latina, enquanto a África tem 93 e a Ásia 74 igrejas membros.

Entre as igrejas latino-americanas filiadas ao CMI aparecem as metodistas, luteranas, anglicanas de vários países; a igreja morava, da Nicarágua, as batistas de El Salvador e da Nicarágua, e cinco pentecostais, do Chile e da Argentina.

Fernando Oshige
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

Meditação Diária - 02 de setembro

Mesmo duvidando

Lucas 9.12-17

E, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo. Lucas 9.16

Na passagem de hoje, os discípulos parecem duvidar de que a pequena oferta de cinco pães e dois peixes possa alimentar a multidão. Eles sugerem que se despeça a multidão para que ela vá comprar comida. Mas, com a bênção de Jesus, a pequena quantidade torna-se mais que suficiente; torna-se uma abundância de comida.

Também eu tenho duvidado da efetividade da minha doação. Às vezes, as ofertas parecem pequenas em relação às necessidades. A Igreja e a comunidade exigem apoio regular. Além das caridades já estabelecidas, há outras, novas, que pedem donativos quase diariamente por correio e outros meios. A maioria propõe auxílio aos pobres, às vítimas ou aos traumatizados. Decidir o quê e a quem dar é, muitas vezes, opressivo. E, ao contrário dos discípulos que testemunharam o milagre, nós nem sempre vemos o resultado de nossa generosidade.

Esta história do milagre tornou-se um grande exemplo para mim. Tal como Jesus levantou os olhos para o céu, assim deveria eu orar ainda mais antes de dar. Então, dando com a bênção e a orientação de Deus, posso confiar que Ele multiplicará minhas ofertas, junto com as de outras pessoas, para que sejam mais que suficientes.

Oração: Pai celestial, aumenta nossa fé e liberta-nos da dúvida. Faz de nós distribuidores dispostos e confiantes nos dons que nos deste. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o Dia: Nas mãos de Deus, nosso pouco se torna muito.

Lois M. Baker (Kansas, EUA)
Oremos pelas organizações humanitárias.

Extraído: No Cenáculo, Setembro/Outubro de 2006, Igreja Metodista.

A pobreza da mente e de coração

Uma pessoa cheia de idéias, conceitos, opiniões e convicções não pode ser um bom anfitrião. Não possui espaço interior para ouvir, abertura para descobrir o dom do outro. É fácil ver como "aqueles que sabem tudo" matam uma conversa e evitam o intercâmbio de idéias. Como atitude espiritual, a pobreza da mente é disposição crescente para reconhecer a incompreensibilidade do mistério da vida. Quanto mais maduros, tornamo-nos mais capazes de deixar de lado nossa inclinação de pegar, agarrar e compreender a totalidade da vida e de deixar que a vida entre em nós.

A preparação para o sacerdócio pode oferecer um bom exemplo disso. Para nos prepararmos para o sacerdócio, devemos prepararmo-nos para o não saber articulado, uma docta ignorantia, uma ignorância ilustrada. Para pessoas que pensam em termos de dominar e controlar o mundo, isso é muito difícil de aceitar. Queremos ser educados para que possamos controlar a situação e fazer com que as coisas aconteçam de acordo com nossas necessidades. Mas a educação para o sacerdócio não é uma educação para dominar Deus, mas para ser dominado por ele. (...)

[A] ignorância ilustrada torna possível receber as palavras dos outros e do Outro com muita atenção. Isso é a pobreza da mente. Exige uma recusa contínua de identificar Deus com qualquer conceito, teoria, documento ou evento, evitando dessa forma que homens e mulheres tornem-se sectários fanáticos ou entusiastas e permitindo um constante crescimento em gentileza e receptividade. (...)

Um bom anfitrão não deve ser apenas pobre na mente, mas deve ser também pobre de coração. Com o coração cheio de preconceitos, preocupações, inveja, há pouco espaço para um estranho. Em um ambiente de medo, não é fácil manter o coração aberto para a grande variedade da experiência humana. No entanto, a verdadeira hospitalidade não é exclusiva: é inclusiva e dá espaço para uma grande variedade de experiências humanas. Também nesse caso, o sacerdócio pode servir de exemplo do valor dessa forma de pobreza. Há muitas pessoas que afirmam terem uma experiência religiosa que lhes mostrou o caminho para Deus. Muitas vezes, a experiência tem tal intensidade que a pessoa não consegue compreender que seu caminho não é necessariamente o caminho. Assim como Deus não pode ser "captado" ou "compreendido" por qualquer idéia, conceito, opinião ou convicção específica, também não pode ser identificado com um sentimento específico. (...)

Um coração inchado pode tornar-nos intolerantes. Mas quando nos dispomos a deixar de usar nossa experiência limitada como critério de nossa relaçao com os outros, podemos ver que a vida é maior do que a nossa vida, que a história é maior que a nossa história, que a experiência é maior que a nossa experiência, e que Deus é maior que o nosso Deus. Essa é a pobreza de coração que faz o bom anfitrião. Com ela, podemos receber a experiência dos outros como um presente. Suas histórias podem conectar-se criativamente às nossas, suas vidas podem dar novo significado para a nossa e seu Deus pode falar ao nosso em um revelação mútua. (...)

A pobreza de coração cria a comunidade, pois não é através da auto-suficiência, mas da interdependência criativa, que o mistério da vida se revela a nós.

Henri J. M. Nouwen, Crescer: Os três movimentos da vida espiritual, Paulinas, p. 99-103.

Você está do lado de Jesus?

Por: Maria Newnum

Temas como Fraternidade e Paz trazem sempre para mim um misto de desafio e náusea. Desafio, porque coloca em xeque o meu compromisso humanitário e ético. Minha ética me impulsiona a ver além do meu próprio umbigo. A náusea advém das brigas religiosas, dos ataques, dos discursos contra o ajuntamento de pessoas; mesmo que em favor de grandes causas.

O auge da minha náusea ocorre ao constatar que pouco se faz de concreto; as energias são gastas em defesas de idéias entre os grupos e indivíduos.

Olhemos a nossa volta, há algo relevante que se pode creditar aos movimentos religiosos organizados no Brasil? Claro, há realizações de indivíduos e pequenos grupos isolados. Mas não se vê um “destaque”, fruto da organização religiosa em torno de causas comuns. E não faltam desafios: Crianças e adolescentes em situação de risco, mulheres vítimas de violência, corrupção na política, falta de saneamento básico, saúde, educação; a fome e a miséria alarmante do nosso povo sofrido do Brasil.

Todos os anos se vê no Brasil o projeto Criança Esperança mobilizado por uma empresa de TV e seus artistas; há ainda o projeto Ação Global que reúne profissionais e ongs. No meio religioso vem a lembrança, a Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, que quando propôs uma parceria ecumênica, ficou quase sozinha; muitos cristãos não concebem a hipótese de juntar as mãos; preferem fazer “nada” sozinhos.

O interessante é que a Bíblia, o livro sagrado para os cristãos, mostra que Jesus trilhou um caminho marcado pela negação de si, em favor do outro. Os Evangelhos o mostram ao lado dos doentes, das prostitutas, dos pobres e dos pecadores; os excluídos sócio-econômicos dos seus dias.

Nessas cenas diárias os religiosos, seus ferozes opositores, aparecem repetidas vezes do outro lado, dizendo: “Vejam bem! Vejam o tipo de gente com os quais ele se junta!” (Marcos 2:15-16).
Na ocasião em que cura o homem da mão ressequida, (Marcos 3:1-6) lá estavam, acusando-o de ter curado num sábado. A libertação trazida àquele sofredor pouco importava. Zelavam pela Lei da qual, diga-se de passagem, eram profundos conhecedores. Eram os “santinhos do pau oco” dos dias de Jesus; que perpetuaram até hoje.

O desafio aos que desejam seguir uma religião ou o cristianismo é manter-se do lado oposto deles. Para os cristãos isso é mais simples que se pensa: É só olhar para Jesus, para Bíblia e para eles. Até uma criança pode fazer isso.

Por exemplo: Se eles apóiam o uso da força contra as prostitutas e homossexuais, faça a seguinte reflexão: “Será que essa seria uma atitude que Jesus tomaria”? Logo você saberá se eles estão do lado de Jesus ou do outro lado. Outro teste simplesinho: Se eles disseminam a divisão entre pessoas de diferentes religiões dizendo que esses ou aqueles irão para o inferno; que somente alguns possuem linha direta com o céu... Pergunte-se: Esse discurso condiz com o exemplo de amor e tolerância deixado por Jesus (Marcos 9:38) em seus últimos instantes na cruz? E aí analise: Eles estão do lado de Jesus ou do outro lado?

E se você desconfia que alguns líderes religiosos se comportem como senhores da Igreja colocando sobre os féis regras que eles mesmos não cumprem; pegue a Bíblia e estude o episódio descrito em Mateus 23:1-12 e veja as orientações deixadas por Jesus.

Se observa um ensimesmamento desses líderes, manipulando os fiéis para que vivam presos às quatro paredes dos templos, alisando seus grandes “egos pastorais”, enquanto os excluídos da sociedade clamam por justiça; analise onde esteve Jesus durante toda sua trajetória missionária. E mais uma vez questione: Eles estão do lado de Jesus ou do outro lado?

E por último, mais importante que constatar de que lado eles estão; descubra de que lado você está.
___________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Conselheira no Conselho Municipal da Mulher de Maringá.
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01 setembro, 2006

Pastor defende mutirão global transcultural e plurireligioso para atacar injustiças

SÃO LEOPOLDO, 1o de setembro (ALC) – O mundo de hoje clama por justiça, por um meio ambiente conservado e pelo respeito à dignidade humana, objetivos que exigem um mutirão global, transcultural e plurireligioso, enfatizou o pastor emérito da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Dr. Gottfried Brakemeier, na palestra de abertura do Simpósio Internacional de Missão, promovido pelo Seminário Concórdia, nesta cidade, dias 28, 29 e 30 de agosto.

“Dispomos de um só espaço de vida, vivemos num só planeta, numa só casa, cuja preservação e manutenção carregamos responsabilidade conjunta”, enfatizou Brakemeier, que considerou o pluralismo religioso uma realidade “que veio para ficar” e o diálogo inter-religioso como necessidade de “singular urgência”.

Em palestra intitulada “Missão cristã num contexto de diálogo inter-religioso”, o ex-presidente da Federação Luterana Mundial (FLM) mencionou posições assumidas pelo protestantismo no relacionamento com o mundo não-cristão.

Segundo o pastor, o “exclusivismo” defende a tese de que não há salvação à parte de Jesus Cristo, ou seja, fora da Igreja. Sob tal perspectiva, todos estão perdidos, exceto os cristãos, afirmou. Por outro lado, esse modelo atribui insuportável responsabilidade à missão cristã, que faz depender a sorte dos povos não-cristãos ao sucesso e insucesso missionário das Igrejas.

Um segundo modelo de interação entre cristãos e não-cristãos, segundo o palestrante, condiciona a salvação não à pertença a uma igreja, mas à fé em Cristo, ainda que latente. Haveria, portanto, no modelo inclusivista, um cristianismo inconsciente e “anônimo” presente entre os pagãos, que acreditariam, à semelhança dos cristãos, em Jesus Cristo, mesmo desconhecendo-o.

Numa terceira perspectiva, Brakemeier citou o pluralismo religioso, caracterizado por enfatizar que todas as religiões, de uma ou outra maneira, são caminhos para a salvação. Mas se esses caminhos são muitos, pouco importa qual será trilhado, questionou.

Como solução aos impasses apresentados, o palestrante enfatizou a importância de um “exclusivismo aberto”, considerando a hipótese de que não é possível estabelecer diálogo entre pessoas de convicções indefinidas ou confusas. “Se como cristãos somos exclusivistas, devemos conceder este mesmo direito aos parceiros não-cristãos, pois o diálogo com posições fechadas não faz o menor sentido”, disse.

Ao expressar a impossibilidade de manter aquele que é diferente à distância, Brakemeier assinalou que um processo de aproximação entre os diferentes credos exige a justificação do modo de ser, crer e viver do cristão. “Devemos explicar por que nos orientamos pela Bíblia e por que pertencemos a uma Igreja luterana”, anotou.

Sob o lema “Testemunho cristão num contexto de diálogo inter-religioso”, o Simpósio Internacional de Missão foi organizado pelo Instituto Concórdia, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). O evento reuniu mais de cem pessoas entre conferencistas, convidados e participantes procedentes do Uruguai, Bolívia, Panamá, Estados Unidos e Brasil.

Ministraram palestra no encontro de São Leopoldo o pastor da IELB e Secretário de Comunicação e Ação Social da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Erni Walter Seibert, que debateu a temática “A educação teológica missionária na América Latina”; Allen Jensen e Cheryl Jensen, ambos da Sociedade Internacional de Lingüística, que falaram sobre “A preparação pessoal para o trabalho missionário/transcultural”; e o professor de Teologia Sistemática e Prática no Concordia Theological Seminary, de Fort Wayne, Indiana, Estados Unidos, Klaus Detlev Schultz, que abordou o tema “O testemunho cristão num contexto do diálogo inter-religioso do ponto de vista confessional”.

Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

Religiosos pela paz engajam-se por uma “segurança compartilhada”

EL SALVADOR

SAN SALVADOR , 1 de setembro (ALC) – O bispo Martín Barahona, da Igreja Episcopal Anglicana de El Salvador, e a bispa Victoria Cortez, da Igreja Luterana da Nicarágua, participaram da 8. Assembléia Mundial de Religiões pela Paz, reunida em Kyoto, no Japão, de 26 a 30 de agosto, encontro que definiu ações contra a violência.

Líderes religiosos de mais de 100 paises assinaram documento final do evento comprometendo-se a confrontar a violência nas regiões onde atuam e a lutar por uma “segurança compartilhada”, em que as religiões têm papel importante.

“Nesse tempo em que as religiões foram seqüestradas por extremistas, os líderes aqui em Kyoto demonstraram que são as comunidades religiosas unidas as únicas que têm o poder para iluminar o caminho para a paz”, disse o secretário-geral de Religiões pela Paz, William F. Vendley.

A declaração final do encontro conclama à ação urgente contra as diferentes formas de violência, incluindo a que utiliza sacramentos e elementos religiosos. A Assembléia apresentou 20 recomendações para os líderes religiosos, governos, organizações internacionais e empresas. As recomendações principais pedem um sistema de segurança compartilhado, apoio à educação e às igrejas.

Demonstrando o que parece impossível na vida real, líderes religiosos do Iraque, Coréia do Sul, Sri Lanka e Sudão, mostraram capacidade de “brilhar juntos em zonas de conflito”. Com a intervenção das Nações Unidas, também compartilharam esse espaço religiosos xiitas, sunitas e curdos, tradicionalmente adversários no Iraque.

A presença de 400 mulheres, de 65 países, foi notável na Assembléia. Elas proclamaram: “Nós elegemos a esperança porque esse é o único caminho para seguir adiante”.

Os religiosos centro-americanos compartilharão, no retorno, experiências e recomendações com os diferentes setores da sociedade. El Salvador é considerado o segundo país mais violento da América Latina, depois da Colômbia.

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Nueva vida para el movimiento ecuménico

"Infundir nueva vida al movimiento ecuménico" fue la apelación del pastor Dr. Walter Altmann, Moderador del Comité Central del Consejo Mundial de Iglesias (CMI), en su primer informe a ese organismo directivo del CMI entre Asamblea y Asamblea.

Altmann se refirió al "hermoso, aunque difícil, compromiso ecuménico” sosteniendo que "El movimiento ecuménico no debe entenderse como basado en el mínimo denominador común" sino en el impulso de “una visión mucho más elevada y desafiante" que es "la unidad completa y visible entre las iglesias" por lo que "el ecumenismo no es opcional, sino ineludible".

Para el pastor brasileño el diálogo y la cooperación ecuménica “no consisten tanto en una suerte de planificación estratégica” sino en "una pasión por la unidad" sin que ello signifique perder de vista "las divisiones entre nosotros" ni ignorar que el movimiento ecuménico "se mueve más lentamente de lo que deseamos" y que "nuestras iglesias probablemente se muevan más lentamente de lo que podrían hacerlo"

En su perspectiva, las "tensiones internas" tienen como referentes "los temas candentes que nos distancian, tanto doctrinales como éticos" sobre los cuales muchas iglesias experimentan la tentación de “defenderse a sí mismas” contra las fuerzas centrífugas de la fragmentación, “atrincherándose dentro de sus muros teológicos o institucionales" y considerar "su compromiso ecuménico como una prioridad menor"

Para Altmann el CMI es "una comunidad de esperanza" por lo que desafió a los miembros del Comité Central a considerar que su "tarea primaria y fundamental" es "experimentar" esa comunidad entre ellos mismos.+ (PE)

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31/08/06 - PreNot 6194

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O descartável

Sou do tempo em que existiam poucas coisas descartáveis. Lembro-me das canecas plásticas desmontáveis (sanfonadas) que levávamos para a escola para bebermos água... naquele tempo não existiam os bebedouros de hoje com copos à disposição.

Também é muito clara a memória das garrafas de refrigerante... mantínhamos vários engradados com inúmeras delas na despensa. Além daquilo, o trabalho que as mães tinham com as fraudas dos bebes... os varais logo denunciavam a presença de mais um/a membro na família.

A qualidade dos bens de consumo eram outros. Não se adquiria na expectativa de substituição... tudo era avaliado pela durabilidade e o pensamento de obter sempre estava associado a alguma coisa que nos levava a um “pra sempre”.

As coisas mudaram! Em nossos dias o descartável tomou um lugar inquestionável... os valores são inversos... agora o melhor é, quase sempre, o descartável... até por uma questão de segurança e saúde, já que o fator “contaminação” nos aflige cada vez mais.

Mas é preocupante esta nova perspectiva social porque o descarte tem se alastrado para ambientes nunca imaginados! De forma notória e trágica, pessoas, vidas, amizades, pensamentos, preceitos, foram incluídos na lei do “usa e joga fora”! Assim como as seringas, os copos e as fraudas, os bens da alma e da razão têm sido igualmente banalizados!

Não só o relacionamento entre casais – namoros, noivados, casamentos – se tornou alvo de um prazo de vencimento cada vez mais curto, agora, isto atinge valores nunca concebidos. Há pouco tempo a mídia reportou o caso da condenação de uma jovem rica que, com a ajuda do namorado, tramou e executou o assassinato dos próprios pais!

É assim que a sociedade reinventa seus valores... com um absurdo padrão de frieza... dando ao “novo” toda importância e ao “usado”, uma condenação impiedosa!

Falo como o salmista... sinto abatida a minh’alma, especialmente em ver gente ser tratada como papel velho, como copo usado... valores serem trocados de hora pra outra como se nunca tivessem significado nada... e se ainda significam alguma coisa pra alguém, não importa, importa a mudança a qualquer custo, mesmo que seja pra pior!

Imagino como é complicado para os/as jovens acreditar em frases tão expressivas como: “... na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença...”, porque pra mim tem sido cada vez mais difícil saber em quem acreditar, e confesso, os dedos da minha mão têm sido muitos para contabilizar os/as verdadeiros e fiéis amigos/as que tenho!

Credos, crenças, verdades, lemas, sonhos, isto agora é balela! Foram trocados por modismos, por popularidade, “ibope”! Infelizmente as pessoas se compram e se vendem numa velocidade astronômica! O descartável atingiu até mesmo a moral e a ética, que são moeda de troca para obter status, aplauso e louvor!

Espero a hora de ser descartado também... este parece ser o fim de cada um de nós... parece que nesta dinâmica a gente vai sendo condenando, pouco a pouco, se pensa por muito tempo a mesma coisa, ou se não consegue disfarçar aquilo que nos dá sentido, especialmente se isto não provoca o “frisson” popular!

Existe porém um certo acalanto... houveram outros/as que também foram descartados/as... Jesus Cristo, porque não conseguiu a maioria na votação que o condenou à morte... e por motivos diversos, Pedro, Paulo, Lutero, Wesley!

Quem dera pudéssemos voltar o tempo em que as coisas, pessoas, verdades, conceitos, sobreviviam com maior facilidade... tempo em que existia um valor maior nas palavras e atitudes, por isso, eram melhor pensadas e mais comportadas... mais respeitosas!

Um tempo onde existia lugar pra todos/as, pra toda gente de todo tempo, mesmo que seu tempo já tivesse passado... onde nos assentávamos em nossas diferenças e formas pais, mães, avós, avôs, netos e netas... passava o tempo, mas permanecia o respeito, a honra, o tributo e a admiração!

Não podemos, como cristãos/ãs admitir este novo modelo de vida... aceitar que sejamos descartáveis uns/umas para os/as outros/as... somos gente, carne e sangue, alma e espírito... somos a magnífica criação que Deus fez, por isso mesmo, dignos/as de consideração, aceitação e espaço!

Caso admitamos este processo social, correremos o risco de nos transformarmos numa sociedade excludente, que lança fora tudo o que não pareça ser padrão, ou que exija algum grau de esforço, humildade e flexibilidade!

Os assassinatos trazem dentro de si o mesmo princípio do descarte. Os assassinatos que freqüentemente vemos são nada mais que resultados radicais de uma sociedade que entende que o “que não agrada”, ou não concorda, deve ser posto fora!

Que o Deus Eterno, que não descartou nenhum de nós, a despeito de nossa pobreza, nos ajude a livrar nossa vida e sociedade desse equivoco absurdo que vivemos!

Na graça e na paz,

Rev. Nilson da Silva Júnior
Pastor Metodista em Cândido Mota - São Paulo.
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CREDO

Creio num Deus único, onipotente, onisciente, onipresente, justo, verdadeiro e amoroso, criador do universo, céus, terra, astros, e tudo o que neles há; Sua essência é sem corpo, infinito, ocupando mais do que toda a sua criação e da qual é pai (Gn. 1 - 2).

Creio num Deus que não faz acepção de pessoas (Dt. 10: 17; Rm. 2: 11); Todos são seus filhos e o seu desejo é que todos aceitem o seu chamado para viverem em fé, cooperação em amor, suportando uns aos outros, como o próprio Deus o faz conosco (Lc. 15: 11 - 32).

Creio num Deus que chamou um homem, Abrão e lhe disse que nele seriam abençoadas todas as famílias da terra (Gn. 12: 1 - 3); Por meio de todas essas famílias abençoadas, a terra e o universo também seriam abençoados e restaurados à condição de “muito bons” (Mt. 28: 18 - 20; Ez. 18: 30 - 32; I Tm. 2: 1 - 6).

Creio em Deus que, em Jesus Cristo, se fez palavra, criou todas as coisas e como Deus Salvador, se encarnou para viver, como humano, o grande amor de Deus, dando a sua própria vida imaculada por todo o mundo, para a redenção de toda a humanidade (Jo. 1: 1 - 5; 10 - 14).

Deus é Espírito Santo, edificador, sustentador e consolador da sua obra em Cristo (Jo. 14: 16 - 28).

O Deus trino vive eternamente, sem princípio nem fim; A ele tudo é sujeito, até o próprio tempo, pois ele o criou (Gn. 21: 33; Is. 9: 6; 26: 4; Mq. 5: 2; Sl. 90: 4; II Pd. 3: 8).

Creio que a Igreja, o novo Israel, não salva, mas é a comunidade que aceita o chamado de Deus para proclamar e viver a sua mensagem de amor e salvação; Comunidade que é santa e pecadora, pois constituída de pecadores arrependidos, que é sempre perdoada e santificada por Deus em Cristo (Mt. 11: 27 - 30; 16: 18; Mc. 16: 14 - 18; Jo. 6: 66 - 69; Gl. 3: 13 - 14; 5: 1 - 6).

Creio que os descendentes de Abraão, segundo a carne, esqueceram-se dessa bênção para a qual foram chamados e que eles não só se esqueceram, mas atolaram-se na desobediência, no pecado e aceitaram deuses falsos durante toda a sua caminhada, com raríssimas exceções. Mas Deus não desistiu do seu intuito de ter filhos à sua imagem e semelhança; Deus é capaz de converter a maldição em bênção; Creio que Deus pode salvar quem quiser, independente de qualquer julgamento humano. (Gn. 50: 20; Ex. 33: 19; Ed. 13: 2; Is. 45: 6 - 7; Lm. 3: 38; Am. 3: 6).

Creio que Deus, na sua pré-ciência, por incapacidade total da humanidade, havia planejado que ele mesmo seria o autor e consumador da fé salvadora do ser humano (I Co. 12: 4 - 7, 11, 18; Cl. 1: 13 - 20; Hb. 2: 5 - 11; 4:14 - 16).

Creio que o homem e a mulher sempre foram, são e serão pecadores e incapacitados de produzir salvação. São seres dependentes, por natureza e, no máximo, podem, como imagem e semelhança de Deus, raciocinar e aceitar, de graça, a salvação. A aceitação da salvação é uma escolha que não faz dele um deus, ser perfeito, nem o capacita a andar como Deus quer que ele viva (II Cr. 6: 36; Ec. 7: 20; Sl. 143: 2; Rm. 3: 10, 23).

Creio que todos os homens e mulheres pecaram e estão destituídos da graça de Deus; Que é necessário, para a salvação, que o ser humano aceite e confesse a sua situação diante de si mesmo, diante de Deus e diante do seu semelhante, na sinceridade do seu coração, para que a graça de Deus se torne eficaz e haja transformação real em sua vida (Lv. 26: 40 - 45; Dn. 9: 4 - 19).

Creio que só a graça de Deus pode capacitar o ser humano para que ele viva a vida completa; Só a graça de Deus pode trabalhar, com a vontade do homem e da mulher, para que eles ajam como seres criados à imagem e semelhança do Criador. Ele quer que todos sejam salvos, mas não impõe seu querer à vontade do homem ou da mulher (Ef. 2: 1 - 16; 4 - 5: 1).

Creio que homens e mulheres não são justificados por obra, pois tudo de mal que fazem só serve para sua condenação e tudo de bem que fazem não passa de sua obrigação, pois para isso foram formados (Lc. 17: 10); Foram criados para a glória de Deus, para serem embaixadores e cooperadores com Deus e com seu semelhante, com a natureza e com todo o universo; Agindo corretamente trabalham a sua felicidade e a do seu próximo; Agindo erradamente trabalham a sua infelicidade e a do seu próximo.

Creio que a Bíblia é inspirada por Deus e foi escrita por homens que receberam a sua revelação, mesmo sem entenderem bem o que Deus lhes estava transmitindo. Por essa razão a Bíblia é sempre nova, dizendo aquilo que é necessário para o viver de cada um e para o viver em comunidade. Ela descreve a vida de povos e em especial a vida do povo de Israel, demonstrando as falhas e as possibilidades humanas. Descreve a história da salvação programada pelo próprio Deus (II Tm. 3: 14 - 17; 4: 1 - 5); I Pd. 4: 11; II Pd. 1: 19 - 21).

Creio que a Bíblia evidencia a forma como a humanidade não deve andar e a forma como deve viver; Ela mostra o amor, a justiça, o poder e a misericórdia de Deus e toda a imperfeição daqueles e daquelas que nunca serão Deus, mas que receberam o direito de serem imagem e semelhança de Deus.

Creio que a Bíblia não pode fazer a humanidade se tornar santa, mas ela sinaliza o caminho, a verdade e a vida; As leis, os exemplos e a história que ela apresenta não modificam a vida da humanidade, mas oferecem a maneira pela qual o ser humano pode aceitar a vida plena em Cristo.

Jesus não condenou as pessoas nem os relacionamentos entre as pessoas por elas serem diferentes ou pensarem de forma diferente. Ele denunciou o erro e mostrou a única forma de se ter vida plena. Procurou estar com todos para possibilitar o viver comum.

A fé que Jesus pregou é includente, pois Deus quer que vivamos como seus filhos, como irmãos. Quer que seja vivida a cooperação e a comunhão e não a concorrência, a massificação ou o individualismo.

Creio que o Deus Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, não faz acepção de pessoas, nem de associação de pessoas, nem de órgãos, nem de instituições, nem de povos, nem de raças, nem de governos. Ele quer a redenção de toda a humanidade e de toda a terra; Ele nunca perguntou para saber e, mesmo, sabendo nunca deixou de se relacionar com as diversas seitas, denominações, magistrados, levitas, sacerdotes, saduceus, fariseus, publicanos e reis (Ed. 6: 1 - 12; 7: 11 - 26; Is. 44: 28; 45: 1; Jr. 27: 5 - 7, 19 - 22; 29:7; 43:10) e povos; Seus apóstolos relacionaram-se com reis, governadores, procônsules de quaisquer religiões; Deus não muda.

Jesus não tornou mal por mal, mas ensinou a amar os inimigos (Lc. 6: 27 - 36). Ele teve inimigos, mas não se tornou inimigo de ninguém. Foi capaz de dizer: “Pois quem não é contra nós é por nós” (Mc. 9: 40).

O evangelho de Jesus, que é o meu evangelho, é de paz (Jo. 14: 27; 16: 33). Paz Shalom, capaz de transformar vidas, órgãos, instituições, governos, mesmo dos “incrédulos” e “idólatras. Ele é poder, que vem do Espírito Santo sobre todos, todas e todas as coisas.

No passado ele foi capaz de agir no império egípcio, assírio-babilônico, grego e romano e, contra tudo e contra todos, transpassando as barreiras da impiedade dos césares, fez a Bíblia e a Igreja vir por toda a terra e chegar até nós.

Deus, em Wesley, foi capaz de se sobrepor à Igreja da Inglaterra e aos responsáveis pelo Estado Anglicano e fazer uma nova Inglaterra. Não por força e nem por violência (Zc. 4: 6), mas simplesmente proclamando e vivendo as boas novas de salvação, tanto humanas como eternas.

Creio que sou Israel, povo escolhido de Deus, Igreja, comunidade daqueles e daquelas que foram chamados e aceitaram viver para testemunharem a boa nova de salvação de todo ser humano e, com este, proclamar a redenção de toda a terra (Rm. 2: 1 - 16; Gl. 3: 6 - 29).

Creio que na Igreja de Cristo não há lugar para descompassos humanos resolverem problemas espirituais. O viver comum submisso a Cristo, mesmo com os erros que toda a humanidade tem, conduz à salvação eterna; Não fomos chamados para julgar os outros, muito menos para cercearmos a liberdade de ninguém. Isto é problema da má política e da injustiça humana.

Creio que o Espírito Santo, que é o Espírito de Deus presente em nós e ao redor de nós, é quem nos conduz, quando deixamos, a toda verdade, quer estejamos ou não associados a instituições humanas de caráter religioso, filosófico, político, científico, educacional, social ou tecnológico.

Creio que no Reino de Deus, que começa com a Igreja de Cristo, os valores têm de ser os de Deus, que sempre deu liberdade aos homens e mulheres para escolherem o seu próprio caminho (Mt. 15: 17 - 18).

Creio que a Igreja zela por um caminho ético, segundo os mandamentos de Deus, mas deixa aos seres humanos escolherem seus caminhos. Não impõe a sua ética, nem aos humanos e nem às suas instituições. Zela pela apresentação da vontade de Deus, mas não cerceia a liberdade de escolha de cada um, nem do todo (Tt. 2: 11 - 15).

Creio que o cristão está aberto ao diálogo com toda a humanidade, quer individualmente, quer comunitariamente, pronto a dar a razão de ser da sua fé, sem tolher a liberdade de escolha de quem quer que seja. Ele está pronto a testemunhar a sua fé e a conseqüente felicidade que Deus lhe concede de entender, aceitar e viver o evangelho de Cristo Jesus. Ele confia que o Espírito Santo age na sua vida e na vida daqueles que estão ao seu redor, inclusive nas instituições, para conversão e salvação; Ele sabe que sozinho nada pode, mas que o Espírito de Deus pode todas as coisas. Por isso ele se coloca humildemente nas mãos do Espírito para que este realize a obra de Deus (Lc. 12: 1 - 12; Tt. 3: 1 - 11).

Por isso sou cristão, metodista e ecumênico.

Juiz de Fora, 31 de agosto de 2006.

Rev. Sergio Arantes Pinto

31 agosto, 2006

Clay Peixoto deixa cargo no CONIC

BRASÍLIA, 31 de agosto (ALC) – O pastor Western Clay Peixoto, 54 anos, entregou hoje o cargo de secretário executivo do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), depois de sete meses na função. Seu desligamento é uma decorrência da decisão do Concílio Geral da Igreja Metodista do Brasil (IMB) de se desvincular de organismos ecumênicos que tenham a presença da Igreja Católica e de grupos não-cristãos.

A Igreja Metodista isolou-se das comunidades irmãs e ainda vai ter que se defrontar com muitos desdobramentos da decisão conciliar de sair de organismos ecumênicos, avaliou Clay Peixto em entrevista para o repórter Paulo Hebmüller. Ele retorna ao pastorado, assumindo a congregação de Lima Duarte, no Espírito Santo.

Na análise do ex-secretário do CONIC, “as reações ao ecumenismo são bastante antigas dentro da Igreja Metodista e tiveram um processo de crescimento até desembocar na decisão do Concílio Geral”. Em sua avaliação, o resultado da assembléia baseou-se “numa articulação política do grupo carismático dentro da igreja”.

O pastor chama a atenção, no entanto, para o fato de que o movimento carismático não é uma particularidade da Igreja Metodista, “mas está presente também em outras denominações e com os mesmos resultados: cismas, conflitos e dificuldades de relacionamento”.

No momento, a decisão conciliar provoca um isolamento da Igreja Metodista, que sempre foi vista pelas demais como “uma igreja querida, respeitada e companheira”. “Isso traz conseqüências sérias porque ela se afasta da sua doutrina, da sua pastoral e da sua história”, acredita.

Na sua avaliação, a igreja se defrontará com desdobramentos, uma vez que as divergências vão persistir. “Internamente, o problema não está sanado, porque, tendo sido uma decisão política e grupal e não tendo solucionado a questão, esse quadro perdurará por algum tempo dentro da igreja de maneira muito tensa, afetando as relações internas e inclusive as conversas dentro dos concílios”, analisa.

Western Clay Peixoto é pessimista quanto à possibilidade de reversão da decisão na continuidade do Concílio Geral, marcada para os dias 12 a 14 de outubro. “Os caminhos que algumas pessoas têm tentado, pela via jurídica dentro da igreja e inclusive pelo caminho do questionamento disciplinar, também não oferecem muitas perspectivas, de forma que a superação disso deve ser uma coisa que só o tempo pode ensinar”, diz.

Clay Peixoto nasceu em Dores do Rio Preto (ES) e trabalhou em instituições de ensino e congregações da Igreja Metodista em Minas Gerais e no Espírito Santo, além de ter intensa participação no movimento ecumênico. O secretário adjunto, padre Gabrieli Cipriani, assume interinamente o cargo deixado por Clay Peixoto, até a nomeação de outro titular, que deve acontecer depois de novembro, quando o CONIC elegerá nova diretoria.

Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

Meditação Diária - 1º de setembro

Solte os problemas

Salmo 146.3-9

Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Salmo 34.17

Minha filha de quatro anos estava atrapalhada com o zíper de seu casaco e me pediu que a ajudasse. Quando tentei, ela manteve as mãos no zíper, e, portanto, eu não conseguia tocar nele. Talvez ela tivesse medo de que eu pensasse que ela estragara o zíper e que estaria em apuros.

"Se você quiser que eu a ajude", disse-lhe, "você tem de largá-lo." Mal as palavras me saíram da boca, compreendi que, muitas vezes, trato Deus da mesma maneira com que minha filha me tratava. Peço ajuda, mas me recuso a largar a situação. Talvez eu tenha medo de que Deus me culpe e fique irado, principalmente por decisões fracas, que me geraram dificuldades.

Muitas vezes, sinto-me ansioso por manter o controle, mesmo não tendo conseguido conduzir bem a minha vida. Preciso aprender com meus erros e estar mais disposto a confiar que Deus me ajudará a resolver meus problemas.

Oração: Deus amado, ajuda-nos a confiar a Ti os nossos problemas. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o Dia: Aprenda a largar e deixe que Deus aja.

Norman Styers (Oklahoma, EUA)

Oremos para que depositemos nossa confiança em Deus.
Um Tempo com Deus: Salmo 21

Extraído: No Cenáculo: Setembro/Outubro de 2006, Igreja Metodista

Moderador do CMI destaca crescente pluralismo religioso na América Latina

GENEBRA, 30 de agosto (ALC) - O crescimento evangélico e o redescobrimento de religiões aborígenes estão modificando surpreendentemente o panorama religioso latino-americano e tudo indica que a região apresentará, nos próximos anos, um espectro ainda mais colorido de pluralidade religiosa, admitiu, hoje, o moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Walter Altmann.

"A América Latina foi considerada, no último século, um continente homogêneo em nível religioso, por ser majoritariamente católico. Mas hoje a região caracteriza-se por sua intensa mobilidade e crescente pluralismo no campo religioso", disse Altmann perante os 150 membros do Comitê Central, que se reúne nessa cidade, de 30 de agosto a 6 de setembro.

Citando o caso do Brasil, o líder ecumênico disse que uma comparação entre os censos de 1991 e 2000 revelam que em apenas nove anos a porcentagem de católicos caiu de 83% para 73,5%, enquanto os "evangélicos", principalmente pentecostais e de igrejas independentes, aumentaram sua membresia de 9% para15% da população do país.

Por isso não é estranho, agregou Altmann, primeiro latino-americano a ocupar o cargo de moderador do CMI, que “se registre uma competição hostil no campo religioso, freqüentemente com agressivas formas de missão e evangelização".

Entre os evangélicos latino-americanos existe um forte sentimento e um discurso anti-católico, e esse clima estendeu-se a varias igrejas "tradicionais e históricas", disse Altmann referindo-se ao caso da Igreja Metodista do Brasil, que em seu último concílio geral decidiu retirar-se de organismos ecumênicos que tenham a participação da Igreja Católica e de grupos não-cristãos.

Como parte do pluralismo religioso, o moderador do CMI destacou o redescobrimento das religiões indígenas e da espiritualidade afro-descendente, expressões religiosas que foram praticadas clandestinamente no passado, sem conhecimento da sociedade em geral, para evitar perseguições ou discriminação por motivos religiosos.

Esse processo de redescobrimento vem ocorrendo de maneira silenciosa, mas tem profundas implicações para o diálogo ecumênico, apontou Altmann.

A porcentagem de pessoas "sem religião" também aumentou no Brasil entre 1991 e 2000, passando de 4,8% para 7,3% da população, principalmente nas cidades e entre pessoas de nível elevado de educação, e entre os jovens. Segundo o teólogo brasileiro, esses dados devem desafiar as igrejas em sua reflexão e ação pastoral.

Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e ex-presidente do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), Altmann afirmou que não há sinais que indiquem que a tendência ao pluralismo religioso possa ser revertida nos próximos anos. Tudo indica, antes, que a América Latina terá um rosto mais plural do que hoje, assinalou.

Esse pluralismo anda paralelo a tendências similares que se refletem na fragmentação pós-moderna da sociedade, de um lado, e o "mercado religioso" de uma economia globalizada, de outro.

No contexto do pluralismo religioso, Altmann defendeu o fortalecimento e a busca de novas formas de diálogo ecumênico, a cooperação entre as igrejas, assim como entre as diferentes expressões religiosas.

Em diálogo com a imprensa, Altmann expressou seu desacordo com aqueles que sustentam que atualmente se registra um esfriamento, um "inverno", no movimento ecumênico, embora admitiu que possa existir a tentação de algumas igrejas de levantar muros que impeçam o diálogo e a cooperação entre elas.

O líder religioso desafiou as igrejas a assumirem o trabalho ecumênico com paixão. "O ecumenismo não é algo opcional, mas um imperativo bíblico e faz parte da essência da fé cristã”, concluiu.

Fernando Oshige
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

CMI propõe fórum ecumênico para a paz no Oriente Médio

SUÍÇA
Secretário-geral do CMI propõe fórum ecumênico para a paz no Oriente Médio

Por Fernando Oshige

GENEBRA, 31 de agosto (ALC) – O secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Samuel Kobia, propôs, hoje, a criação de um fórum ecumênico sobre Israel e Palestina que mobilize as igrejas em prol de uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, com base no respeito às normas internacionais.

“Como comunidade de igrejas cristãs não podemos escapar desse desafio de conseguir a paz na região, que ponha fim à ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, e que garanta a segurança de Israel”, afirmou Kobia, ao apresentar a proposta ao Comitê Central do CMI, que está reunido em Genebra, de 30 de agosto a 6 de setembro.

Para o líder de 400 milhões de cristãos protestantes, anglicanos e ortodoxos em mais de 100 países, a questão da paz no Oriente Médio não é um problema regional, mas mundial. A comunidade internacional, entende, tem que assumir com responsabilidade sua tarefa de ajudar a pôr um ponto final no conflito.

“Não é justo que o povo palestino sofra humilhação permanente, que milhares de refugiados palestinos vivam em campos de refugiados desde 1947, e não é justo que se imponham sanções – o bloqueio internacional de fundos para a Autoridade Palestina – como castigo pelo triunfo do movimento Hamas nas últimas eleições. Mas tampouco serve que o povo de Israel viva com temor de seus vizinhos, e que sejam obrigados a recorrer à sua supremacia militar e a seus poderosos aliados do Ocidente”, assinalou Kobia.

A proposta do secretário geral do CMI procura passar do estágio das declarações sobre situações conjunturais a uma intensa mobilização das igrejas em nível mundial às ações que influenciem o processo político na convulsionada região. Nas décadas de 70 e 80 do século passado, mobilização similar das igrejas aconteceu com êxito para acabar com o “apartheid” na África do Sul.

“Não se trata de uma tarefa fácil, dado o desequilíbrio de poder na região”, ademitiu Kobia, “mas temos que buscar alternativas para superar os aspectos difíceis que estancaram as negociações políticas”.

Para o secretário geral, é preciso analisar, exaustivamente, os assuntos complexos, como o direito do retorno dos palestinos aos seus territórios, as legítimas preocupações de Israel a respeito de sua segurança, assuntos que impediram, antes, outros processos de paz.
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Metodistas reafirmam compromisso de ser igreja inclusiva

URUGUAI

MONTEVIDEO, 30 de agosto (ALC) - A Igreja Metodista do Uruguai (IMU) reafirmou, em assembléia geral, seu compromisso de ser uma igreja diversa e inclusiva e destacou que os desafios no país englobam a própria vida comunitária em sua dimensão confessional e ecumênica, bem como sua ação na sociedade, frente aos problemas mais urgentes.

A assembléia, realizada no Instituto Crandon desta cidade, de 25 a 27 de agosto, enfatizou a luta pela defesa da vida e da comunidade humana, e o compromisso com os familiares dos desaparecidos até conseguir uma justiça reparadora.

O documento da assembléia apóia os esforços de diversos atores no combate à pobreza. Manifesta, contudo, preocupação com os problemas éticos que apresentam os limites da vida, quando algumas pessoas ou grupos pretendem decidir sobre a vida de outros. O texto indaga como promover, a partir do Estado, uma maternidade e paternidade responsáveis.

A IMU também expressou tristeza e dor pela situação dos adultos maiores "apenas atendidos"; o exílio dos jovens por razões de sobrevivência e a destruição de vidas pelas drogas.

"Estamos buscando constantemente no Evangelho os caminhos para a ação que permitam continuar transitando em solidariedade e esperança, para crescer como comunidade no discernimento de nosso compromisso social, seguindo os passos de Jesus Cristo", anota o comunicado.

O pastor Oscar Bolioli foi reeleito para um terceiro período na presidência da IMU. O leigo José Luis Mochetti, da congregação “Del Camino”, do bairro Malvin, de Montevidéu, foi reeleito para um segundo período consecutivo na vice-presidência.

A pastora Ana María Barolín obteve a maior votação entre os representantes pastorais da Junta Nacional de Vida e Missão (JNVM), instância máxima da IMU, com 80% dos sufrágios na primeira rodada.
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30 agosto, 2006

Meditação Diária - 31 de agosto

Coração de Pastor

João 10.1-10

Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim. (João 10.14)

A ovelinha estava em dificuldade. Estava parindo pela primeira vez e não fazia progresso. Além disso, já fizera força por muito tempo quando a encontrei. confusa e exausta, ela se levantou e fugiu quando me aproximei.

"Venha, ovelinha", chamei suavemente. Mas ela não veio.

Peguei-a com meu cajado. Ela se debateu. Virei sua cabeça para trás, na direção de seu ombro, fazendo-a perder o equilíbrio. Então, me ajoelhei, lancei uma perna sobre suas costas lanosa para contê-la. Ela gemeu quando desemaranhei seus doi filhotes ainda não nascidos e puxei-os para cima da palha.

Pensei nas atitudes da ovelha. Ela terias morrido sem ajuda, mas correu de alguém que a ama e que faria qualquer coisa para salvá-la. Como nos assemelhamos àquela ovlha assutada! Olhamos para nossas circunstâncias e trememos de medo. Pedimos ajuda a Deus, mas parece que as coisas só pioram. Nossos mecanismos de enfretamento falham; perdemos o equilíbrio e caímos. Ficamos imaginando quem nos ajudará, mesmo quando o Salvador nos segura firme, agindo, naquele momento, para o nosso bem.

Fiquei brava com minha ovelinha quando ela resistiu a mim? Não. Preocupação e amor eram tudo o que eu sentia. Jesus, o Bom Pastor, quer que confiemos nEle. Podemos estar sempre certo do Seu amor.

ORAÇÃO: Pai celestial, Bom Pastor, ajuda-nos a confiar em Ti e no modo como ages em nossas vidas. Obrigada por seres "auxílio sem presente na adversidade". Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Deus nos ama mesmo quando nos esforçamos para escapar.

Suanne Davenport Tietjen (Illinois, EUA)
Oremos pelas pessoas que trabalham no campo.
Medite: João 17

Extraído do No Cenáculo, Igreja Metodista

GRAÇA PERTURBADORA

Por Derrel Santee

Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então mudou de idéia e não castigou a cidade como tinha dito que faria. Por causa disso Jonas, ficou com raiva e muito aborrecido. Então orou assim: -Ó Deus Eterno, eu não disse, antes de deixar a minha terra, que era isso mesmo que ias fazer? Foi por isso que fiz tudo para fugir para a Espanha! Eu sabia que és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de idéia e não castigar. Agora, ó Deus Eterno, acaba com a minha vida porque para mim é melhor morrer do que viver.(Jonas 3.10-4.3) Bíblia na Linguagem de Hoje.

Jonas avisou o povo de Nínive que Deus ia destruir a cidade dentro de quarenta dias por causa de seus pecados. Ele ficou na expectativa de ver o espetáculo de uma grande destruição. Para a grande decepção de Jonas, o povo se arrependeu e a cidade foi poupada. Jonas ficou com raiva e se sentiu traído por Deus.

No seu íntimo, Jonas odiava os Ninivitas e queria ver a sua destruição. A salvação da cidade lhe deu grande desgosto. Seu ódio e raiva eram tantos que queria morrer. Morrer seria melhor do que ver os inimigos poupados. Para ele, a graça divina era perturbadora.

Rimos de Jonas por causa de sua reação infantil. Pode ser que os nossos risos sirvam para disfarçar atitudes semelhantes que existem dentro de nós. Somos herdeiros de Jonas em muitos aspectos. Semelhantes a Jonas, os cristãos, judeus e muçulmanos acham que o Deus único e verdadeiro está exclusivamente ao seu lado e contra os demais. Têm dificuldade em admitir a atuação da graça divina em outras expressões da fé. Até brigam entre si em nome de Deus, Javé ou Alá. O discurso pode ser de compaixão e misericórdia, mas o sentimento é de ódio e intolerância.

Formamos as nossas comunidades exclusivistas e separadas. Os templos, sinagogas e mesquitas são redutos de grupos separados, cada um reivindicando ser seguidor do único Deus verdadeiro.

Em meados do século passado foi declarado a morte de Deus. Diante da força de ideologias políticas/econômicas e dos avanços tecnológicos, muitos acharam que a religião não teria mais lugar na história. Na virada deste século as ideologias perderam sua força e a tecnologia é tanto ameaça como esperança. Agora, ironicamente, os grandes conflitos são em nome de religião.

Deus está de volta, não para perdoar, mas para destruir. Preconceito e violência se transformaram em forma de santidade, morrer e matar, em ato de fé...

O pano de fundo da perturbação global é o egoísmo humano em relação ao espaço e distribuição de recursos disponíveis. A atitude de Jonas agrava mais a situação. O fundamentalismo religioso reforça a atitude de Jonas. O inimigo deve ser ou vencido ou destruído, não pode ser abençoado. A disputa toma o lugar de cooperação e esforço em comum para encontrar soluções.

Como Jonas, muitos cristãos têm dificuldade em reconhecer o outro como amado e aceito por Deus. Ele seria aceito somente se convertendo e se igualando a nós. Queremos “destruí-lo” pela “conversão”. Condicionamos a nossa aceitação.

A graça divina é incondicional! Por isso, é perturbadora! A atitude de Jonas cria barreiras. Não foi possível Jonas dançar com o povo no seu “carnaval de salvação”. Enquanto o povo celebrava, Jonas estava de “birra”, brigando com Deus. A alegria do povo foi para Jonas, tristeza.

Uma vez que a graça não seja para nós perturbadora, poderemos nos aproximar daqueles que, também, precisam da graça.

Eis o desafio do espírito ecumênico.

Derrel Homer Santee - Campinas, 30 de agosto de 2006

SER ECUMÊNICO É...

Folder sobre Ecumenismo do CONIC - Conselho Nacional das Igrejas Cristãs

SER ECUMÊNICO É...

Para começo de conversa
Chamamos de ecumenismo a busca da unidade entre as Igrejas cristãs. Quando estão envolvidas outras religiões o processo de entendimento mútuo se chama diálogo inter religioso. Cristãos de diferentes Igrejas são praticantes da mesma religião. Têm uma base comum. Pertencem à mesma grande família de fé

O ecumenismo que queremos não é:

- mistura de tudo num novo cristianismo- disfarce para uma Igreja dominar a outra

- algo que afaste a pessoa da sua própria Igreja- fazer todos concordarem em tudo

- fingir que as diferenças não existem

- desvalorizar as normas de cada Igreja- deixar de lado o espírito crítico diante de qualquer grupo cristão

Então o que é?

- diálogo que reconhece e respeita a diversidade

- valorização de tudo que já une as Igrejas- trabalho conjunto na construção de um mundo melhor- criação de laços de afeto fraterno entre as Igrejas

- oração em comum a partir da fé básica

- busca sincera de caminhos para curar as feridas da separação

- valorização leal de tudo de bom que as diferentes denominações cristãs realizam- um aprendizado mútuo de boas maneiras de servir ao evangelho

Temos boas razões para sermos ecumênicos:
- Jesus pediu a unidade de seus discípulos e discípulas (Jo 17,21)- Igrejas que se agridem mutuamente prejudicam a pregação do evangelho aos que não crêem

- O mundo precisa dessa demonstração concreta de que a paz é sempre possível

- Igrejas unidas têm mais força para defender a justiça e realizar obras importantes na caridade

- ter amigos é melhor e mais bonito de que ter competidores
Quatro campos complementares de ecumenismo:
- na vida: são as boas relações de amizade entre pessoas de Igrejas diferentes

- na ação social: são os trabalhos em conjunto para socorrer os necessitados e lutar pela justiça

- na oração: são as celebrações e preces feitas em conjunto ou orações pessoais pela causa da unidade

- no diálogo teológico: são os estudos sobre doutrina realizados por teólogos de várias Igrejas, trabalhando juntos na busca de melhores modos de tratar as divergências.
Espiritualidade ecumênica
O ecumenismo exige um coração voltado para a paz e a valorização do outro. Não basta realizar ações ecumênicas, é preciso ter de fato a espiritualidade do diálogo. Essa espiritualidade exige o cultivo de muitas qualidades, como por exemplo:

● esperança ● amor à paz● humildade ● capacidade de ouvir● paciência ● discernimento● lealdade ● alegria ao ver o bem ● respeito ao outro

Se tivermos essas qualidadesnão seremos só ecumênicos.Seremos pessoas melhores!
Uma orientação que pode ajudar: No essencial: a unidadeNo que é próprio de cada Igreja: a liberdadeEm tudo: a caridade e a fidelidade a Jesus

Como você pode colaborar:
- tratando as outras Igrejas como você gosta que tratem a sua

- divulgando o material, os progressos e as alegrias do movimento ecumênico- orando também pelas outras Igrejas quando pedir a Deus pela sua

- aprendendo a ouvir o que as Igrejas têm a dizer sobre o seu jeito de viver o seguimento de Jesus

- conhecendo bem a sua Igreja para apresentá-la correta e serenamente aos outros irmãos cristãos

- participando das ações ecumênicas que estiverem a seu alcance- cultivando uma atitude de boa vontade, capaz de reconhecer o que há de bom em cada Igreja

- aprendendo a falar do assunto numa linguagem tranqüila, não agressiva, que informe mas não ofenda ninguém

- perdoando e compreendendo se houver falhas no diálogo: é natural, depois de tantos séculos de rejeição mútua
Igrejas que são membros plenos do CONIC

Igreja Católica Apostólica Romana- Igreja Cristã Reformada- Igreja Episcopal Anglicana- Igreja Evangélica de Confissão Luterana- Igreja Metodista- Igreja Presbiteriana Unida- Igreja Ortodoxa Siriana
Membros fraternos do Conic
- Coordenadoria Ecumênica de Serviço-CESE- Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço- Igreja Ortodoxa Bielorrussa Eslava- Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo - CENACORA
Para maiores informações:
Leia: Unidade na Diversidade - de CONIC/CLAI - Editoras Sinodal e Paulinas
O Conic não é o único organismo ecumênico entre nós. Procure conhecer outras entidades que trabalham dentro desse mesmo espírito.

E-mail: conic.brasil@terra.com.br Site: www.conic.org.br

Próxima sessão do Concílio será na UMESP

O Bispo Presidente João Alves de Oliveira Fº , depois de ouvir o ColégioEpiscopal e a Cogeam, e realizar um estudo sobre o local para a segundaparte do 18º Concílio Geral, de 12 a 14 de outubro de 2006, definiu o Campus de Rudge Ramos da UniversidadeMetodista de São Paulo, localizado à rua do Sacramento, 230, como o local. Osmembros do Concílio receberão toda orientação sobre o local e a hospedagem.No orçamento da 2ª parte do Concílio aprovado pela Cogeam, com parecerfavorável do Colégio Episcopal, está prevista a presença tão somente do 1º suplente de cada delegação.

Fonte: www.metodista.org.br

Amigos ou empregados?

Por Derrel Santee

Assim como o meu Pai me ama, eu amo vocês; portanto, continuem unidos comigo por meio do meu amor por vocês. Se obedecerem aos meus andamentos, eu continuarei amandovocês, assim como eu obedeço aos mandamentos do meu Pai e ele continua a me amar. Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês sejacompleta. O meu mandamento é este: Amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: Amem uns aos outros. (João 15.9-17) Bíblia na Linguagem de Hoje

Espantoso! Jesus nos chama de amigos!

É difícil ser amigo de Jesus. Seria muito mais fácil ser empregado dele.

Como empregado, eu teria horários fixos com dias de folga, feriados e férias. No meu tempo livre eu poderia esquecer o patrão, seu empreendimento e cuidar dos meus interesses. Outra vantagem: ter minhas funções bem definidas. A empresa de Jesus apresentaria suas regras e normas de procedimento. Haveria um manual para ser estudado e consultado para tirar dúvidas. A minha responsabilidade seria ser bom funcionário e fazer tudo de acordo com os padrões estabelecidos pelo Patrão.

A conformidade com o sistema e o aperfeiçoamento no exercício das funções poderia trazer promoções! Eu poderia chegar a ser chefe de departamento e ter outros sob a minha autoridade. Eu poderia transmitir as ordens do Patrão aos meus subordinados e treinar os novos empregados. Seria legal ser empregado de Jesus! Eu não precisaria ter criatividade, nem pensar. Bastaria obedecer as suas ordens.

Ser amigo de Jesus é outra coisa. Amizade não tem regras e horário. É coisa espontânea, baseada no amor. Amar Jesus é fácil! Ele é muito amável. Sei que sou muito amado por Ele. Por isso, é fácil amá- lo de volta.

Mas há outra coisa que entra no meio e dificulta tudo. São as palavras, “Amem uns aos outros”.

Os outros estragam tudo. Muitos não são amáveis. Outros dizem que amam a Jesus, mas são antipáticos e não gostam de mim. Há aqueles que não aprovo. Existem muitos que não são amigos de Jesus e nem fingem que sejam. Multidões usam outros rótulos: espírita, judeu, muçulmano, hindu, budista, etc. Como posso amar aquela gente?

Acho bom Jesus me aceitar e me amar, apesar das minhas falhas. Sei que não sou perfeito. No fundo, não sou ruim. Mas ter amizade com Jesus e incluir todos que Ele ama é difícil demais. Mais fácil seria ficar como empregado da Empresa de Jesus e cumprir ordens. Assim, posso deixar de lado essa gente que só atrapalha os outros. Posso zelosamente cuidar da Empresa e deixar o mundo para Jesus amar.

Obediência exige menos do que amor. É mais fácil substituir amor com um conjunto de regras. Um sistema fechado, com normas bem definidas, dá mais segurança. Cada religião tem muitos mandamentos para orientar seus adeptos no caminho da salvação.

Jesus tem um único mandamento, o amor: amar a Deus com toda a nossa força e o próximo como a nós mesmos. Não deixa ninguém fora e é criativo. Derruba barreiras e abre caminhos. A falta de amor criou um mundo cheio de barreiras erguidas em nome de Deus. Leis criam obstáculos, o amor os vence. Talvez criamos obstáculos porque temos medo daqueles que são diferentes de nós.

Ser amigo de Jesus e viver o amor dEle é perigoso e exige coragem. Deixa-nos vulneráveis, sujeitos a sofrer agressões. Em compensação, esta amizade transforma a vida em uma aventura de fé.

Vale à pena correr os riscos e andar com Jesus no mundo!...



Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks/files/

29 agosto, 2006

Meditação Diária - 30 de agosto

Vejam como sou santo!
João 6.9-13

Tem gente que acha que o segredo da felicidade é causar inveja e admiração nos outros. Para esses, “não basta ter; é preciso que o outro tenha inveja de mim porque eu tenho e, mais que isso, que ele/a queira ter também. Mais prazeroso será se o invejoso quiser mas não puder se igualar a mim”...

O “rapaz” de que fala o versículo 9 poderia ter guardado os pães e peixes para si. Causaria, talvez, uma grande inveja em muita gente. Afinal, era o único, entre mais de cinco mil pessoas, que tinha alguma coisa para comer. Perdeu a chance de fazer como muitos hoje em dia: sair desfilando por entre a multidão faminta a exibir o seu dom exclamando: “Olhem como sou santo! Eu tenho um dom que vocês não têm! Vejam como Deus me abençoa!”

Por outro lado, ao invés de exibir o seu dom, poderia ter guardado para si pensando que “Se eu der, vou ficar sem”.

A Bíblia diz que não foi isso o que aconteceu. Ao contrário, “estando todos saciados, recolheram 12 cestos do que sobrou” (verso 13).

Nas mãos de Jesus, nossos dons se multiplicam! Não para nosso deleite pessoal mas para satisfazer a necessidade daqueles que estão ao nosso redor.

Fonte: Revista Em Marcha – 2º semestre de 2006.

Dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006)

Caro Luis Cardoso,

com a morte de Dom Luciano, perdemos um amigo das crianças e dos metodistas. Na causa das crianças em situação de risco social, Dom Luciano conheceu, trabalhou junto e passou a testemunhar pelo país afora sua admiração por pessoas como a pastora Zeni Soares e o bispo Nelson Leite. Como arcebispo em Minas nomeou como primeiro coordenador da Pastoral do Menor um metodista, o leigo Flavio Fróes, de Governador Valadares.

Quem conviveu com Dom Luciano fica com a lembrança do despojamento, da simplicidade, do compromisso com os grupos sociais mais vulneráveis e do modo fraterno como lidava conosco, metodistas.

No blog metodistas&ecumênic@s registro o meu luto.

Jaider Batista da Silva
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Menos um bom padre, crente que Deus nos enviou a libertar seus filhos e filhas... os conservadores e obtusos devem estar mais felizes.... e os não-ecumênicos perdem um formidável oponente...

James William Goodwin Jr.
jamesg@uai.com.br
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Este é o pastor que vai fazer falta! as ovelhas - nós! - já andamos tão ameaçadas e correndo riscos e perdemos um dos nossos melhores pastores.

Conhecia o povo por seus nomes e lutas; fazia do episcopado serviço. Também para quem está nas lidas da terra Dom Luciano vai fazer falta.

Tributo a Dom Luciano Mendes!

“A morte não é verdade, quando se cumpre bem a obra da vida.” (Jose Marti)

Dom Luciano Mendes, Arcebispo de Mariana, filósofo e teólogo, homem comprometido com os pobres, com a justiça e a dignidade humana. Pastor e profeta da Teologia da Libertação, encarnou pra valer a Opção pelos Pobres. Defendia como legítima a organização e mobilização dos trabalhadores. Na ocasião em que recebeu o título de cidadão honoris causa do Estado de Minas Gerais na Assembléia legislativa disse:

“Tenho acompanhado a luta incansável dos movimentos sociais em Minas Gerais, estes são, movimentos ordeiros, legítimos e necessários para a sociedade... Minas Gerais tem as condições concretas de ser a pioneira na realização da tão sonhada Reforma Agrária. Nós deveríamos começar para que outros Estados nos seguissem como exemplo”.

Belo Horizonte, 28 de Agosto de 2006

Nancy Cardoso Pereira
Pastora Metodista
Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra
www.cptnac.com.br
51 9865 6055 Porto Alegre
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LINKS PARA REPORTAGENS:

O Estadão - 27/08/2006 - 19h18

Folha Online - 27/08/2006 - 19h42

O Globo Online - 28/08/2006 - 05h21

Dados biográficos 1

Dados biográficos 2

Textos de Dom Luciano Mendes de Almeida

Pós-Graduação em Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso no ITESC

O sucesso obtido em duas turmas que se formaram em Pós-graduação em diálogo ecumênico e inter-religioso, leva o ITESC a lançar, pela terceira vez, essse Curso. Trata-se de uma experiência pioneira no Brasil, destinada a agentes de pastoral das Igrejas, representantes das religiões, professores do ensino religioso e/ou apenas simpatizantes da causa ecumênica. Nas duas edições realizadas, já se formaram 69 pessoas.

O novo Curso acontecerá sempre nos meses de férias (fevereiro e julho de 2007 e fevereiro de 2008), num total de 360 horas/aula. O certificado é obtido por um convênio estabelecido entre o ITESC e a Faculdade de Teologia da Companhia de Jesus (ISI-CES), de Belo Horizonte.

As inscrições já iniciaram, e podem ser feitas pelo telefone (48) 3234 0400 ou pelo e.mail secretaria@itesc.org.br

Grato pela DIVULGAÇÃO desse evento.

Há somente 50 vagas, portanto, se apresse....

Mais informações: www.itesc.ecumenismo.com

Elias Wolff