20 outubro, 2007

O DEUS DE CADA HOMEM

* Carlos Drummond de Andrade
Quando digo “meu Deus”,
afirmo propriedade.
Há mil deuses pessoais em nichos da cidade.

Quando digo “meu Deus”,
crio cumplicidade.
Mais fraco, sou mais forte
do que a desirmandade.

Quando digo “meu Deus”,
grito minha orfandade.
O rei que me ofereço rouba-me a liberdade.

Quando digo “meu Deus”,
choro minha ansiedade.
Não sei que fazer dele na microeternidade.
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Fontes: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2003, p. 742.
http://antonio-ozai.blogspot.com/2007/10/da-liberdade-religiosa.html

Da liberdade religiosa

*Thomas Paine
A constituição francesa pôs termo ou renunciou à tolerância e também à intolerância, e estabeleceu o direito universal de consciência.
A tolerância não é o oposto da intolerância; é a sua contrafação. São ambas despotismos. Uma se arroga o direito de impedir a liberdade de consciência, a outra se arroga o direito de concedê-la. Uma é o papa armado de fogo e de vara, a outra é o papa a vender ou a conceder indulgências.
A primeira é igreja e estado, a segunda é igreja e comércio.
A tolerância pode ser estudada sob luz mais intensa. O homem não adora a si, adora ao Criador; e a liberdade de consciência que ele exige não é para seu uso e sim para uso de Deus. Nesse caso, portanto, precisamos ter necessariamente a idéia associada de dois seres: o mortal que adora, e o imortal que é adorado.
Logo, a tolerância não se coloca entre homem e homem, nem entre igreja e igreja, nem tampouco entre uma religião e outra, senão entre Deus e o homem, entre o ser que adora e o ser que é adorado; e pelo mesmo ato de autoridade usurpada pelo qual tolera que o homem preste a sua adoração, usurpadora e blasfema, arroga-se o direito de tolerar que o Onipotente a receba.
Se ao Parlamento fosse apresentado um projeto intitulado “Lei para tolerar ou dar liberdade ao Todo-Poderoso de receber a adoração de um judeu ou de um turco”, ou “para proibir que o Todo-Poderoso a receba”, todos estremeceriam e diriam tratar-se de blasfêmia. Haveria tumulto. Apresentar-se-ia, então, sem máscara, a presunção da tolerância em questões religiosas; mas não é menor a presunção pelo fato de, em tais leis, aparecer o nome do homem, uma vez que não se podem separar a idéia do adorador e a idéia do adorado.
Quem és, pois, inútil pó e cinza! Quem és tu, chames-te como te chamarei, rei, bispo, estado, parlamento, ou outra coisa qualquer, que interpõe a tua insignificância entre a alma do homem e o seu Criador? Cuida do que é teu. Se alguém não acredita como tu acreditas, em compensação tu não acreditas como ele, e não há força terrena capaz de determinar entre vós.
Com respeito ao que se chama de classes de religião, se cada um se limita a julgar a sua própria religião, não existe religião errada; mas se um julga a religião do outro, não há religião que seja certa, e, portanto, todos estão certos, ou todos estão errados.
Todavia, com respeito à própria religião, sem consideração aos nomes e como coisa que vai da família universal da humanidade ao divino objeto de toda adoração, é o homem a levar ao Criador os frutos do seu coração; e se bem que tais frutos difiram um do outro como os frutos da terra, é aceito o tributo de gratidão de todos.
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* 1737-1809) O autor, filósofo político e republicano, foi um dos signatários da Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Fontes: PAINE, Thomas. Senso Comum e outros escritos políticos. São Paulo: IBRASA, 1964 (Clássicos da Democracia).

Verso e Voz - 20 de outubro

Porque eu, o SENHOR, amo o juízo e odeio a iniqüidade do roubo; dar-lhes-ei fielmente a sua recompensa e com eles farei aliança eterna. - Isaías 61.8

As crianças possuem naturalmente os elementos essenciais para ter fé. O Reino de Deus é percebido primeiro no mundo que as criança conhecem melhor. Então, crianças têm tanto a oferecer aos adultos quanto os adultos têm a oferecer às crianças – talvez mais. - John H. Westerhoff III, Criando as Crianças na Fé Cristã

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19 outubro, 2007

Verso e Voz - 19 de outubro

Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos. Pois a vossa obediência é conhecida por todos; por isso, me alegro a vosso respeito; e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal. - Romanos 16.17-19

Se você está fazendo seu trabalho manual em seu quarto e chega o momento para orar, não diga: “Eu gastarei minha provisão de palhas ou terminarei a tecer a pequena cesta, e então eu levantarei.” Mas levante imediatamente e faça a Deus a oração que é devida. Caso contrário, pouco a pouco você vai habitualmente negligenciar sua oração e seu dever, e sua alma ficará um solo improdutivo destituído de todo trabalho espiritual e corporal. Porque desde o princípio sua vontade é aparente. - Declarações dos Pais e Mães do Deserto, Citado por Hugh Feiss em Sabedoria Monástica Essencial

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18 outubro, 2007

Bispos metodistas alertam que amuletos e rezas não bastam para enfrentar satanás


SÃO PAULO, 16 de outubro (ALC) – Vigilância, oração e disciplina espiritual são as armas do cristão para resistir às tentações e enfrentar os poderes demoníacos, diz a carta pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista do Brasil que enfoca “A Igreja e a questão dos demônios”.

“Não se vence os ataques do diabo com amuletos e rezas. É muito freqüente a influência mística cristã, onde se pratica o exorcismo com objetos e rezas mágicas. Essas práticas são totalmente sem fundamento bíblico e procedem de religiões pagãs”, alertam os bispos metodistas, lembrando que o mesmo se dá com o uso de cruz e Bíblia aberta nos cômodos das casas, tão usuais em filmes de vampiros e demônios.

A carta pastoral lembra que “o diabo é espírito maligno que não pode ser vencido por nossa força carnal, mas sim pela força e poder do Espírito de Deus”, destacando que a fé em Cristo, a vida verdadeira, íntegra e santa “é algo que o diabo não pode enfrentar”. Uma das estratégias de Satanás, destaca o texto, “é trazer descrédito à autoridade da Bíblia, porque ele sabe que dela vem conselho e força de Deus”.

Os bispos reconhecem que a carta pastoral é limitada, mas ela traz orientações claras do que a Bíblia diz e como a Igreja Metodista interpreta o assunto. No Antigo Testamento, o diabo é identificado pelo termo “satã”, um anjo criado por Deus, decaído e que se rebelou contra o Criador, “arrastando, em sua loucura, outros anjos, formando as hostes infernais”.

Já o Novo Testamento informa que foi freqüente o confronto de Satanás, ou diábolos, no ministério de Jesus, com o objetivo de provocá-lo para que o Mestre atendesse aos seus apelos e abandonasse, assim, os Planos de Deus. As tentações pelas quais Jesus passou apontam as três principais áreas em que os cristãos são tentados pelo diabo.

As três áreas são: necessidade física, de subsistência (o diabo propôs que Jesus transformasse pedras em pão), necessidade de sustento para a alma e carências emocionais internas (Jesus estava só, em solidão), e a necessidade de ter coisas para a vida, advindo daí a tentação da cobiça de ter cada vez mais (o diabo prometeu todos os reinos da Terra a Jesus se ele o adorasse).

A vitória sobre as forças do diabo se dá, também, através de uma contínua confissão de pecados e compromisso com Jesus e o Evangelho do Reino de Deus, apontam os bispos metodistas. Eles alertam, contudo, que é preciso discernir se a manifestação é de fato possessão demoníaca, uma vez que há diversas enfermidades psíquicas que produzem reações que podem ser confundidas com possessão.

“Devemos ser humildes e reconhecer que algumas pessoas precisam de acompanhamento profissional de um psicólogo ou psiquiatra. Nesses casos precisamos reconhecer também que existem, paralelamente, necessidades espirituais, e estas devem ser tratadas pelo pastor ou pastora em aconselhamento pastoral”, frisam os bispos na carta pastoral.


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Verso e Voz - 18 de outubro

Foi por esse motivo que pedi para ver vocês e conversarmos. Estou preso com estas correntes de ferro por causa daquele que o povo de Israel espera. - Atos 28.20 (BLH)

A visão de Jesus que Paulo teve na estrada de Damasco tinha seu preço, e este preço servia para promover a visão. Por meio das prisões, a mensagem do evangelho foi promovida, dando oportunidades a Paulo de falar de Jesus para pessoas que nunca seriam alcançadas por outro meio. Tranqüilidade nem sempre é o produto do evangelho. Muitas vezes a mensagem do evangelho traz conflitos, ameaçando-nos pelas implicações. “Evangelho” quer dizer “boas notícias”, mas o que é boa notícia para uns, pode ser má notícia para outros! Há sempre aqueles que faturam em cima da desgraça dos outros e há sempre aqueles, cujo meio de vida causa danos aos outros, diretamente ou indiretamente. Um evangelho que traz libertação, sempre vai fazer inimigos. Um evangelho que é bem recebido por todos pode ser colocado em dúvida por não ser “evangelho legítimo”! Jesus disse, - “Ai de vocês quando todos falam bem de vocês.” A aflição pode ser sinal de bênção quando é resultado de fidelidade. - Derrel Santee

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17 outubro, 2007

Comentário: Ecumenismo não opcional para cristãos

17 de outubro de 2007

NOTA: Fotografias disponível a http://umns.umc.org.

Um Comentário de UMNS (Serviço de Notícias da Metodista Unida)
Por Bispo Timothy W. Whitaker *

É comum reconhecer que o ecumenismo não é uma alta prioridade pelas igrejas hoje.

Havia altas esperanças no ecumenismo nos anos sessenta seguindo o Concílio Vaticano Segundo da Igreja Católica Romana. Porém, essas esperanças abaixaram com o passar do tempo quando as igrejas encontraram resistência em fazer as mudanças necessárias para a unidade uma com a outra. Além disso, o declínio em membros das igrejas que se preocuparam com o ecumenismo as fez investir suas energias na sua própria renovação, em lugar de relações uma com a outra.

Esta percepção comum que o ecumenismo não é uma alta prioridade não leve em conta o trabalho importante de diálogo que ainda está acontecendo. A Igreja Metodista Unida está comprometida em algumas novas relações significantes com outras igrejas.

O diálogo contínuo mais longo entre a Igreja Metodista Unida e uma outra igreja está com a Igreja Católica Romana. Numerosos documentos foram publicados juntamente pelos bispos de ambas as igrejas desde 1966. Durante os próximos cinco anos, eu presidirei a delegação da Metodista Unida na próxima sessão do diálogo. Ao mesmo tempo, o Conselho Metodista Mundial esteve em um diálogo separado com o Vaticano e publicou em 2006 um relatório intitulado “A Graça que nos foi dada em Cristo.”

Um relatório separado no diálogo entre nossa igreja e a Igreja Episcopal (Anglicana), titulado “Faze-nos um com Cristo” também foi publicado em 2006.

Em 2004, nossa igreja entrou em um acordo interino de compartilhamento da Eucaristia com a Igreja Luterana Evangélica na América. O documento que descreve o acordo é “Confessando juntos nossa fé.”

A meta de diálogo entre as igrejas é alcançar a comunhão plena entre si. Isto envolveria os membros recebendo a Eucaristia nas igrejas da outra e reconhecendo a ordenação dos cleros ordenados da outra de forma que o clero poderiam servir em uma ou outra igreja de acordo com as leis e disciplina de cada respectiva igreja.

Consensos e divisões

Muitas das diferenças teológicas históricas entre as igrejas foram resolvidas. Há grandes consensos entre os Católicas e Protestantes e entre protestantes sobre o significado da justificação pela graça através da fé.

Diferenças que permanecem pertencem à estruturas de igreja, a ordenação e a liturgia. Um foco de discussão está no ofício de bispo como uma terceira ordem de ministério. Por exemplo, reconhecendo o episcopado como uma terceira ordem de ministério distinto de diáconos e presbíteros é o único obstáculo real à comunhão plena entre Metodistas Unidas e Anglicanas.

Parece que temos aprendido duas lições ao longo de quase 50 anos de ecumenismo. Primeiro, é irreal criar um só corpo eclesiástico neste momento na história. Segundo, é inadequado desenvolver mero respeito mútuo entre as igrejas sem sinais visíveis de unidade. Se ambas as lições foram apreendidas, então as igrejas podem se orientar a uma unidade mais visível abraçando a comunhão plena e o reconhecimento de ordens e então podem buscar a orientação do Espírito Santo para um caminhado maior no futuro.

Esforços locais

Enquanto eu enfatizei o diálogo oficial entre igrejas, percebo quão importante o ecumenism é no nível local onde as igrejas adoram juntas e compartilham ministérios de serviço.

Eu encorajaria as igrejas locais e seus líderes a estudarem os documentos oficiais emitidos por nossa igreja e outras igrejas e iniciar o diálogo com igrejas locais de outras comunhões cristãs no seu bairro. Cultos eucarísticos compartilhados entre Metodistas Unidas locais e Igrejas Anglicanas ou Luteranas são encorajados.

Ecumenismo não é uma opção para cristãos ou seus corpos eclesiásticos. Em João 17:11, o Filho de Deus orou a seu Pai que todos seus discípulos podem “ser um, como nós somos um”. Fazendo o ecumenismo um compromisso contínuo é um sinal que não reduziremos a igreja a uma forma institucional, mas buscaremos a obedecer Cristo como o Senhor da igreja através do tempo.

*Whitaker é o bispo da Conferência Anual Flórida (regional) da Igreja Metodista Unida. Este comentário se apareceu primeiro em e-review, uma publicação on-line da Conferência Anual Flórida.

Contato de notícias da mídia: Linda Bloom, Nova York, (646) 369-3759 ou newsdesk@umcom.org.

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Serviço de Notícias da Metodista Unida
Fotografias e histórias também disponível a:
http://umns.umc.org

Verso e Voz - 17 de outubro

Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la. - Salmos 34.14

A boca não é uma porta pela qual qualquer mal entra. As orelhas são tantos portas quanto são os olhos. A boca só é uma porta de saída. - James O. Hannay, A Sabedoria dos Pais de Deserto

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16 outubro, 2007

Café com Amigos/as

Queridos irmãos e irmãs,

abaixo o convite para estarmos participando do próximo Café entre amigos agora no sábado 20 de outubro das 9h às 16h na Igreja da Penha.

O próximo Café com Amigosserá especial:
1 - porque será a primeira vez que acontece fora das dependências da Igreja da Vila;
2 - Porque será promovido pelos nossos amigos João Luiz e Cerlândia, pastores da Metodista da Penha;
3 - porque será Café da manhã, e terá almoço e uma celebração ecumênica - tornando-se assim o sábado 20 um Dia de Convivência Ecumênica

Gostaria muito que vocês pudessem estar na Penha nesse dia apoiando esse trabalho.

Repassem esse email a outros amigos,


Pastor Ronan

Verso e Voz - 16 de outubro

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará. - Mateus 6.14

Você não viveu um dia perfeito, embora ganhasse seu dinheiro, ao menos que você fiz algo para alguém que não o pode reembolsar. - Ruth Smeltzer

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15 outubro, 2007

Verso e Voz - 15 de outubro

Porque Apolo, com argumentos fortes, derrotava os judeus nas discussões públicas, provando pelas Escrituras Sagradas que Jesus é o Messias. - Atos 18.24, 28 (BLH)

Apolo era um cristão “cabeça” e tinha todos os argumentos para derrotar os outros. Ele era um grande sucesso e ajuntava muitos seguidores em volta dele. Mas, parece que os seguidores eram tanto de Apolo como de Jesus, pois começou a nascer um sentimento de rivalidade entre os diversos segmentos da igreja. Numa das suas cartas, Paulo reclama desta rivalidade e das divisões que estavam aparecendo no corpo de Cristo. Um cristianismo de argumentos é um cristianismo de divisões e de contendas. Em vez de produzir o Reino de Deus, produz o anti-reino. As idéias eram lógicas e certas a respeito da pessoa de Jesus, mas, a comunidade produzida não estava de acordo com o espírito de Jesus. Esta incoerência entre a mensagem pregada e a comunidade produzida continua hoje. Muitos grupos que pregam o batismo do Espírito Santo produzem tão pouco o fruto de AMOR! Eles são conhecidos mais pelos exageros no culto, proselitismo, divisões e orgulho espiritual do que pelo amor praticado. - Derrel Santee

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14 outubro, 2007

Verso e Voz - 14 de outubro

Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos. - Deuteronômio 16.19

Cristo, ao enviar as pessoas às escrituras, as enviou, não somente para as lerem, mas para cuidadosamente as examinarem e as ponderarem. E ele não diz, “Leia as Escrituras,” mas “Examinais as Escrituras.” ... Seu significado não é expressado superficialmente ou colocado no seu sentido literal, mas, como um tesouro, fica enterrado a uma grande profundidade. E aqueles e aquelas que buscam as coisas escondidas não poderão achar o objeto da procura se eles não buscarem cuidadosamente e com cuidado. - São João Crisóstomo, Sermão 41 (João 5.39-47), 390 d.C.

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