16 dezembro, 2006

Verso e Voz — 16 de dezembro

Nós amamos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão ou irmã, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão ou irmã, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama a Deus ame também a seu irmão e irmã. — 1 João 4.19-21

“Qual é a revolução de que precisamos? Precisamos dissolver a mentira de que algumas pessoas possuem o direito de pensar as outras pessoas como sua propriedade. Precisamos de formar um círculo que incluí todos nós, no qual todos nós somos vistos como iguais... Nós não pertencemos aos outros, mas, as nossas vidas estão ligadas; nós pertencemos a um círculo de outros”. — Barbara Deming

15 dezembro, 2006

Oração Ecumênica Silenciosa

Por Fred Morris
Nosso Deus, quem criou este mundo tão belo e tão grande, com bilhões de galaxies e mais estrelas e sistemas solares, ajude-nos a compreender nossa pequenez e fraqueza na Sua presença. De-nos a humildade de entender que realmente não temos nenhuma possibilidade de compreender Sua grandeza.

Por isto, queremos dar-Te graças pelo fato que O Senhor, na tua infinita bondade e amor para conosco, veio ao nosso meio para se revelar na pessoa de Jesus de Nazare. Te agradecemos está revelação, que nos mostra que Seu principal atributo é o Amor. Agradecemos a mensagem que Jesus nos trouxe de que Tua vontade para nós é que sejamos um, unidos no amor de Cristo, que é o amor da Sua própria Pessoa.

Ajude-nos aqui neste lugar para que apreciemos uns aos outros em nossos esforços individuais e coletivos para realizar e atualizar este amor aqui em nossa comunidade. Ajude-nos a perdoar todos aqueles que não nos compreendam e até nos queram mal, para que, como Jesus na Cruz, tenhamos a capacidade de amar mesmo na face de ódio e raiva. Encha nossos coraçoes com o amor de Jesus para com todos/as.

Guie-nos nestes dias para que sejamos luzes na trevas para todos/as e que a Luz do Seu Reino brilhe por meio de nós.

Tudo pedimos em nome de nosso amado Senhor Jesus.

Fred Morris é missionário Metodista Aposentado da General Board of Ministers e vive atualmente no Panamá - FCED@aol.com

Verso e Voz — 15 de dezembro

Assim diz o Senhor: Desce à casa do rei de Judá, e anuncia ali esta palavra. E dize: Ouve a palavra do Senhor, ó rei de Judá, que te assentas no trono de Davi; ouvi, tu, e os teus servos e servas, e o teu povo, que entrais por estas portas. Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor e opressora. Não façais nenhum mal ou violência ao estrangeiro e estrangeira, nem ao órfão ou órfã, nem a viúva; não derrameis sangue inocente neste lugar. Pois se deveras cumprirdes esta palavra, entrarão pelas portas desta casa reis que se assentem sobre o trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles, e os seus servos e servas, e o seu povo. Mas se não derdes ouvidos a estas palavras, por mim mesmo tenho jurado, diz o Senhor, que esta casa se tornará em assolação. — Jeremias 22.1-5

“Não existe derrota na não-violência”. — Cesar Chavez

14 dezembro, 2006

Verso e Voz — 14 de dezembro

Aos anciãos e anciãs, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e elas e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores ou dominadoras sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. — 1 Pedro 5.1-3

“Nada é tão forte como a gentileza; nada é tão gentil como a verdadeira força”. — São Francisco de Assis

13 dezembro, 2006

Verso e Voz — 13 de dezembro

Tu, Senhor, ouvirás os desejos dos mansos e mansas; confortarás o seu coração; inclinarás o teu ouvido, para fazeres justiça ao órfão e órfã, ao oprimido e oprimida, a fim de que a pessoa, que é da terra, não mais inspire terror.Salmo 10.17-18

“Jesus não necessita de livros ou pessoas instruídas para instruir almas. Ele, o doutor dos doutores, ensina sem o ruído das palavras. Eu nunca ouvi-o falar, mas eu sei que está dentro de mim”. — Santa Tereza de Lisieux

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12 dezembro, 2006

Intrometendo-me em um diálogo entre amigos

Prezado Rev Jesué,

Sua posição divulgada pelo sitio da Igreja, merece uma resposta. Como o conheço resolvi argumentar, aproveitando da oferta de seu correio eletrônico.Fui um dos metodistas que acionaram a Comissão Geral de Constituição e Justiça arguindo a inconstitucionalidade da decisão Conciliar.E o fiz com a certeza de que o colegiado maior de nossa amada Igreja Metodista equivocou-se exacerbando o seu poder. Uma das grandes contribuições dos constitucionalistas dos séculos XVII e XVIII foi o de questionar um ponto de vista bastante comum, que dizia que o indivíduo precisava se sacrificar para que a sociedade pudesse ser beneficiada. Com o advento das constituições o poder dos reis absolutistas passou a ser questionado. A revolução francesa tornou-se um marco na defesa dos direitos individuais e a Declaração Universal dos Direitos Humanos a expressão da defesa destes direitos. É neste contexto que as constituições (inclusive a canônica) ganhou importância. Elas estabelecem os limites do poder da maioria para que não ultrapasse o direito dos indivíduos.

Escrevi tudo isto para lhe dizer que valendo-me do direito de ação e questionando a inconstitucionalidade da decisão exerci um direito pessoal. Antes de querer contrariar o "conclave" máximo de nossa Igreja, pretendi e ainda pretendo demonstrar que a reunião conciliar tem poder, mas não pode exceder este poder ao ilimitado. Para isto a Igreja metodista possui "Cânones" e uma "Constituição". Também estes dois documentos foram aprovados em Concílio e possuem o "munus" de coibir possíveis desmandos do Concílio. O que é mais importante? A norma Canônica e a Constituição ou as decisões oriundas do Concílio? A resposta não é simples. Os dois fundamentos de nossa Igreja não podem se chocar. O concílio pode alterar a norma canônica mas existem caminhos para fazê-lo. Já a Constituição também é passível de mudança mas é mais rígida, avessa aos sobressaltos das decisões conciliares.

Eis aonde me apoio para julgar a decisão que versou sobre a questão do ecumenismo inconstitucional. Fosse a decisão tomada para simplesmente retirar a Igreja metodista do movimento ecumênico, não veria nenhum problema. O erro foi tomar a decisão e querer incluir a referência à Igreja Católica Apostólica Romana e outras Igrejas não-cristãs. Este é o ponto de conflito que cria problemas não apenas de ordem teológica, mas de ordem juridica. Provavelmente terei dificuldades para convencê-lo através deste correio, mas patenteou-se a discriminação religiosa, já que a decisão foi tomada para evitar o contato com determinada fé religiosa. É crime! A ofensa alcança não somente a constituição canônica mas também a Constituição máxima de nosso país. Aqui sim temos um problema dirigido ao respeito às autoridades. Como uma decisão Conciliar da Igreja metodista pode desrespeitar a lei máxima do país?

Veja que não estou movido por um conflito ideológico, mas por uma questão jurídica. Não se trata de política da Igreja Metodista simplesmente. Espero que o amado pastor considere isso e refaça seu discurso de obediência às autoridades. Constituições não podem ser alvos de discussão miúda. Consituições são feitas para serem cumpridas. Dentro e fora da Igreja. O concílio tem poder, mas seu poder deve ser balizado pela Constituição, da Igreja e a do País.

Grande abraço, em Cristo

Lair Gomes de Oliveira

PS: Escrevo no afogadilho do trabalho. Perdoe os erros do português desprevenido e sem revisão.

Verso e Voz — 12 de dezembro

Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros e as outras, compassivos, perdoando-vos uns aos outros e outras, como também Deus vos perdoou em Cristo. — Efésios 4.31-32

"A escuridão não pode expulsar a escuridão; somente a luz pode o fazer. O ódio não pode expulsar o ódio; somente o amor pode o fazer. O ódio multiplica o ódio, a violência multiplica a violência, e o dureza multiplica a dureza em uma espiral descendente da destruição (....) A reação em cadeia do mal – ódio gerando ódio, guerras produzindo mais guerras - deve ser quebrado, ou nós seremos mergulhados no abismo escuro do anilação". — Martin Luther King Jr.

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11 dezembro, 2006

Amor? Reconciliação? Nunca!

Prezado rev. Jesué, a paz.

Primeiramenta agradeço-lhe a gentileza por ter respondido minha mensagem. Porém lamento a descortesia de não te-lo feito diretamente a mim, pois vim a conhecer a resposta que recebi através do blog Metodistas & Ecumênicos. Eu enviei minha mensagem diretamente à sua caixa postal.

Como não tenho intenção em prolongar um debate via internet, não irei alongar sobre assuntos que eu já havia discorrido antes. Eu apenas me concentrarei em comentar aspectos que não correspondem à verdade enunciados pelo rev.Jesué em sua mensagem dirigida pessoalmente a mim publicada no blog.

Prezado rev.Jesué. Vemos claramente que a questão do "ecumenismo" não está bem resolvida na Igreja. Por quê? Ora, eu sequer mencionei o assunto em minha mensagem e você aludiu a ele logo em suas primeiras linhas! Se você se lembrar da minha mensagem, verá que a utilizei toda para defender o direito de opinião, o direito de expressão, condenar o discurso autoritário e autocrático e condenar a "guerra santa" fratricida que vem sendo travada no seio de nossa igreja. Eu não defendi em nenhuma das linhas por mim escritas o ecumenismo. Mas defendi ardentemente o direito de manter minha opinião sobre esse assunto e poder expressá-lo.

Você afirma que o fórum adequado para tratar dos temas de forma democrática na Igreja Metodista é o Concílio Geral. Então porque foram feitas reuniões para escolher nomes de candidatos a bispo anteriores ao Concílio Geral? Porque debateu-se à exaustão o tema do ecumenismo, questões administrativas, questões missionárias em fóruns que não eram o Concílio Geral (no caso, sites da internet e listas de e-mails) sem que o irmão tivesse se dado o trabalho de escrever uma única linha para condenar quem assim fazia?

Você diz que uma vez aprovada a matéria não cabe debatê-la. Porque ao aprovar a matéria do ecumenismo no Concílio Geral de Maringá em 1984 insistiu-se tanto em debater essa matéria nos dois últimos concílios gerais, até conseguir reverter a decisão? Porque você não levantou sua voz profética para denunciar de forma tão agressiva e rude esse desrespeito ao Concílio Geral de 1984 como o fez de forma agressiva e rude a respeito do Concílio Geral de 2006?

Ao chamar a mim e a todos os que não concordaram com o Concílio Geral de 2006 de hipócritas, você está estendendo essa qualificação a todos os que não concordaram com os Concílios Gerais anteriores, inclusive o de 1984? Ou essa qualificação de hipócrita vale apenas àqueles que não concordaram com a opinião que é a sua?

Ao sugerir que aqueles que não concordaram com a decisão do Concílio Geral de 2006 devem mudar de igreja, não acha que você está sendo negligente com seu carisma pastoral, que deve zelar pela unidade da Igreja? Ao dizer que não tenho preparo teológico para discutir essa matéria, não está agindo precipitadamente ao julgar-me sem ao menos me conhecer e ainda por cima assumindo uma postura de elitismo clerical?

Infelizmente rev.Jesué, eu afirmei no final da minha mensagem que esperava que os temores de que a igreja entrava em uma fase de "caça às bruxas", "guerra santa" entre os santos e os perversos (mesmo todos sendo membros do mesmo corpo), ameaças autoritárias e denuncismos fossem infundados. Como afirmei e repito que são absolutamente infundados os seus temores de desrespeito ao Concílio Geral (o recurso à CGCJ não é desrespeito, pois consta dos Cânones esta possibilidade, Cânones estes aprovados em Concílio Geral, portanto, recurso absolutamente em ordem).

Mas sua mensagem que tanto me ofende ao chamar-me de retórico, despreparado teologicamente, hipócrita, apenas confirmam meu temor. Estou a muito tempo esperando uma mão estendida que busca a reconciliação, a superação das diferenças, a unidade da Igreja apesar da diversidade de opiniões. Porém, sua reafirmada postura que busca o silenciamento dos que pensam diferente de ti, suas palavras duras e agressivas e seu nada velado convite a que nos retiremos da Igreja Metodista me mostraram que o amor incondicional e a reconciliação entre os irmãos, nunca! Nunca serão buscados. Apenas subjugar, dominar, expulsar e calar os rebeldes, feiticeiros, desobedientes, murmuradores, hipócritas... Palavras essas usadas pelo rev.Jesué para qualificar todos os que tem opinião diferente da dele sobre a matéria aprovada no 18º CG. E palavras que nunca foram proferidas sobre os que tinham opiniões diferentes aos outros Concílios Gerais. Novamente pergunto: porque a diferença de critério?

Abraços.

Fabio Martelozzo Mendes

Intrometendo-me em um diálogo entre amigos

Prezado irmão, desculpe usar esse termo, tão depreciado entre nós nesses tempos, gostei muitissimo de sua carta. Respeito quem não se cala diante dos absurdos... Cá entre nós, não sei onde vai parar nossa igreja, mas folgo em saber que os que estão no bom caminho, permanecerão nele, "dentro ou fora da IM".

A arrogância dos extremistas não permite perceber que as pessoas têm opções, que são livres para seguirem seus caminhos e suas convicções, fruto de uma caminhada de vida. Nos querem apagar a experiência, como uma lavagem cerebral ou pelo terrorismo. Isso apenas mostra como ao longo dos anos nossa igreja esteve mal assistida, mal construida e mal informada.

Mas temos opções. Uma delas é ignorá-los, outra é usar o Código Civil para brecar perseguições, insanidades e autoritarismos. Alguns acham que são senhores, coronéis do povo e são mesmo; na medida que não adiantará, penso eu, tentar valer os canones. Me parece que a IM hoje, nada se distingue do senado, onde o conchavo entre seus pares ignora as normas e as leis da igreja. Já vi muita pizza na IM. Veja o que foi esse CG , senão uma imensa e vergonhosa pizza! Ali burlaram-se várias leis da IM, e ficou por isso mesmo.

Cá entre nós, enquanto não houver uma ação cívil pública os coroneis continuarão mandando, aterrorizando... Resta saber de onde virá esse freio, quem tomará a inciativa. Temo que o cansaço, o nojo e a descrença faça muitos/as simplesmente cairem fora, é muito mais fácil,quando não se tem fé no sistema; eu não tenho nesse momento. Vamos conversando,

Abraços,

Maria Newnum

Intrometendo-me em um diálogo entre amigos

Caro Fabio,

Vale lembrar que os bispos na última fase do Concílio declararam claramente que a igreja metodista é ecumênica. Esse é o ponto de onde devemos partir. Posições beligerantes como as descritas não fazem parte de nossa mais preciosa herança.

Fraternalmente,

José Carlos

Intrometendo-me em um diálogo entre amigos

Caros irmãos,

Envaidecido pela lembrança dos irmãos de me enviar algo desses assuntos que vêm sendo discutidos, a respeito da decisão do Concílio Geral, felicito Reverendo José Carlos pela sabedoria de encontrar valor em algum ponto de todo o trabalho conciliar, que nos permita encontrar um ponto de partida ou um raio de luz que possa resgatar a Igreja Metodista brasileira do retrocesso à Idade das Trevas, a meio tempo entre Santo Agostinho e São Thomas de Aquino, isto é, uma posição que ainda demorará séculos para ser restaurada.

Não estive no Concílio, mas, quando li que a discussão desse ponto sobre ecumenismo consumiu um dia inteiro e entrou pela madrugada, quase sonhei com metodistas ilustres, desses que realmente fizeram algo pela construção do que temos hoje, levantar de suas tumbas em sinal de protesto, vergonha e desejo de alertar o Concílio sobre decisão totalmente equivocada, por insustentável intelectualmente no tempo e no espaço.

Fosse essa uma posição dirigida a um futuro promissor,já a teríamos identificado em países mais adiantados do que o nosso em todos os campos, harmonicamente, mas não é o que ocorreu nem o que ocorre. O exacerbamento de posições religiosas sectárias, fundamentalistas, separatistas, segregacionistas e preconceituosas, pecaminosas, portanto, é mais comum em terras onde militam religiosos mais atrasados, desses que misturam religião com estado, ou, muito pior, com a ideologia de grupos que manifestam conceitos exigentes de obediência cega, na visão mais obscura da ideologia. Infelizmente observo que a militância pentecostal não sobrevive fora desse esquema retrocedente. Já faz mais de vinte anos que tenho observado dentro de nossa Igreja o crescimento desse jeito de ser crente para o qual o irmão não engajado nesses arremedos de autoritarismo baseado em manias de pessoas ou grupos passa a ser irmão de segunda classe, sendo que eu mesmo, com 57 anos de metodismo e, mais importante, de Escola Dominical, já fui vítima desses infelizes. Por causa dessa tendência já tive de encontrar meios alternativos para manter conversa com pessoas de meu relacionamento na Igreja, o que me proporcionou grande desconforto.

A infelicidade dessa tendência, que está na raiz dos últimos acontecimentos do Concílio, reside na própria característica bélica e destrutiva, bem distante da harmonia que muitos anos de Escola Dominical nos ensinam. Vale a pensa dar uma olhada em "O Medo à Liberdade", de Erik Fromm, para que entendamos o que ocorre com os participantes dessa tendência de retrocesso. Ali, o grande autor, estudando principalmente o povo alemão, procura resposta para a tendência eventual de pessoas que, sendo livres, acabam por abraçar quistos sociais ideologicamente comprometidos numa caminhada errática e suicida em direção ao atraso. É o que observo nesse grupo de sessenta por cento que fez o Concílio Geral oficializer essa insensatez. O Evangelho é sal e luz, em liberdade, como a que Cristo garantiu para os judeus arcaicos de seu tempo, justamente os religiosos, que não se converteram. O Evangelho nada tem a ver com veneno a ser aplicado a quem pensa de forma diferente de nós nem com a espada restritiva de liberdade, mormente para utilização exatamente contra os que mais prezam e mais defendem essa liberdade, inclusive para os grupos preconceituosos, que não se vexam nem de conspurcar a identidade e a unidade da Igreja que os abriga.

Quanto aos detalhes (e provavelmente muita coisa inútil) que foram discutidos no Concílio e que redundaram nesse arremedo de cartilha de John Smith ou do Califa Omar, não podemos perder nosso tempo a examiná-los. O tempo que passa e a cultura secular que chega certamente farão com que tudo caia no esquecimento e seja reduzido a pó. Alguns anos de Escola Dominical poderiam fazer bem a essa militância feroz dos sessenta por cento. Se são maioria num Concílio Geral da Igreja Metodista, o que podemos fazer além de recomendar visão de abrangência para examinar o que ocorreu em outros lugares, ao mesmo tempo que enfatizar o estudo da nossa literatura, reconhecidamente de alta qualidade? Se nossos irmãos estão, além disto, falhando exatamente no item "amor ao próximo", precisamos mesmo, como bem lembrou Reverendo José Carlos, encontrar um ponto de partida e reiniciar o processo de educação religiosa, social e secular de nosso povo.

Do meu ponto de vista pessoal, na minha prática de leigo, continuo da mesma forma. Amanhã trabalharei com vários católicos e não preciso ser hipócrita. Eu me divertiria muito ouvindo uma conversa entre um dos "sessenta por cento" e alguns dos meus amigos católicos. Só que, espertamente, jamais direi a eles o que foi decidido em nosso Concílio, pois é algo que me deixa envergonhado. Como católicos práticos, não dariam nenhum valor a isto. Tenho uma filha e uma sobrinha. Minha sobrinha casou numa cerimônia ecumênica este ano, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Minha filha está noiva de um católico. Se ele não quiser casar na Igreja Metodista, minha decisão está tomada: o casamento será realizado na Igreja Católica, sem problema algum. Afinal, no Brasil, o Estado é separado da Igreja e o que vale mesmo é o casamento civil. E vamos em frente pois o "show" tem de continuar.

Um abraço a todos!

Isaias Laval
Metodista em Água Fria - São Paulo - SP

Verso e Voz — 11 de dezembro

Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo, e aos seus santos e santas, contanto que não voltem à insensatez. Certamente que a sua salvação está perto aqueles e aquelas que o temem, para que a glória habite em nossa terra. — Salmo 85.8-9

“A oração tem vida própria. Se nós pudéssemos defini-la hoje, essa definição mover-se-ia e mudar-se-ia até amanhã. A oração é um relacionamento vivo que nunca pode ser fixado e analisado; a oração é uma respiração da alma que passou antes que nós pudéssemos apreendê-la e prendê-la; a oração é a tentativa das profundeza maior dentro de nós de alcançar tudo que está infinitamente além e em torno de nós”. — Margaret Silf

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10 dezembro, 2006

Café Teológico - Uma novidade para Maringá em 2007

A inspiração veio dos Cafés Filosóficos que reúnem pessoas em diversas cidades do mundo, interessadas em assuntos que tratam da filosofia no cotidiano. Logicamente sempre acompanhados de xícaras de café ou uma boa taça de vinho. O Café Teológico de Maringá pretende seguir esse modelo de espaço informal e aberto para discutir temas que superam questões religiosas.

Segundo os organizadores, ao contrário do que se pensa, a Teologia é inclusiva por natureza, ela abrange: Arte, música, ciência, fé, descrença, razão, emoção, política, sociologia, antropologia, biologia, meio ambiente, ética e sexualidade. Por isso no princípio era considerada a "Mãe de todas as Ciências". Por força de muitas circunstâncias a Teologia foi colocada num "gueto", mas especificamente no gueto religioso. Ver a Teologia e experimentá-la fora desse "quadrado", será a proposta do Café Teológico, aberto para todas as pessoas e não apenas teólogos e religiosos.

Certamente uma novidade e opção para se experimentar a arte, a música, a amizade e entendimentos novos sobre a Teologia.

Os encontros com 1 hora de duração, acontecerão toda primeira sexta-feira de cada mês na Livraria Aspen Mega Store.

Para saber mais visitem o blog Café Teológico

Maria Newnum

Depois do Geral II

Prezados irmãos e irmãs creio que o Sr. Fábio não tenha lido bem o meu artigo. Em nenhum momento acredito que eu tenha dito que era ou não, ecumênico. Apesar de sua tentativa brilhante de se defender e justificar, continuo pensando a mesma coisa e conclamando o povo metodista e se posicionarem e tomarem sim, cuidado com os discursos apologéticos que estão sendo feitos. Também não disse que a Igreja não tenha se retirado dos órgãos ecumênicos. Acompanho de perto o que está acontecendo. Disse e continuo dizendo que estou apalermado com a forma com que estão tratando as decisões do Geral. Sei muito bem o que é democracia. Porém, sei quais sãos fóruns competentes para as discussões democráticas. No caso em pauta seria a própria plenária do 18º Concílio Geral. Entendo que uma vez aprovada uma matéria, fora de lá não cabe mais dizer que não aprova, não concorda etc. etc. Prezado Fábio o senhor sabe muito bem que não aceitaram as decisões do Concílio Geral coisa nenhuma. Inclusive o prezado irmão. Não sejamos hipócritas. Estão gritando por todos os lados que não podem ficar assim. Ameaçaram até entrar na Comissão Geral de Constituição e Justiça da Igreja. Ora meu querido, isso é submissão às decisões do Geral? Sua fala irmão Fábio é cercada de uma invejável retórica, porém contraditória e que satisfaz apenas uma parte de nossa Igreja. Seus argumentos não podem derrubar os fatos. Esses são muito mais consistentes e são: Quando os que eram contra o ecumenismo falavam os ecumenistas diziam: Temos de obedecer porque é matéria aprovada em Concílio Geral e nossa Igreja é conciliar. O que eu disse agora é o mesmo. Por que estão falando agora? Não diziam que tinham que aceitar as decisões do Geral? Acontece meus irmãos que uma faceta da Igreja sempre se julgou dona da verdade, da última palavra e agora não sabe ser contestada e, para se defender, usa como tática o ataque. Recomendo a esses irmãos e irmãs que esperem um outro Geral e derrubem a matéria, já que estar fora dela faz tanta falta assim. Ou então mudem de Igreja, pois essa agora, é a nossa Igreja. Pode ser diferente amanhã. Mas agora estamos assim. Coloco a fala do irmão Fábio no crédito de quem tem uma boa retórica, porém sem conhecimento teológico para pensar a matéria em questão. Por outro lado desafio-o a apresentar-me ainda que seja uma insinuação sobre o próximo Presidente do Colégio Episcopal, até porque o atual é meu amigo de infância e estudamos juntos em Piracicaba e na Faculdade de Teologia bem como nas classes da Faculdade de psicologia do IMS. O Bispo João Alves é meu amigo. Bispo Adriel também é meu contemporâneo de faculdade amigo. Não conheço o Bispo João Carlos para emitir opinião. Mas confio em seu trabalho. Não para dirigir com braço de ferro quem for contra isso ou aquilo. Não estamos em uma democracia secular onde quem perde vira oposição. Estamos na Igreja de Cristo meus irmãos e minhas irmãs. Gostaria que o irmão Fábio citasse o meu testemunho sobre ter de acatar uma decisão conciliar, e não ficasse na defensiva. Com isso ele se condena e se declara um dos desobedientes ao Geral, mesmo que tente negar com sua linda retórica e, também não colocasse em minha boca palavra ou conceitos que não emiti, embora para isso usando minhas frases. Gostaria sim, que continuássemos no mundo das idéias. No meu artigo não citei nenhum nome. Citei agora por que ele cita o meu, como se eu tratasse de algo pessoal. Outra vez aviso: Cuidado! As pessoas podem serem pegas na curva por se descuidarem antes dela. Sou metodista de terceira geração. Já conheci mais de quatro momentos na vida de nossa Igreja. Sou Pastor há 35 anos. E sei o que estou falando. Cuidado com discursos apaixonantes, movidos somente pelas emoções de um momento na vida da Igreja. Deixem o tempo passar. O povo pode sim, perder a confiança em nossas instituições, se após as mesmas tomarem uma decisão ficarmos debatendo essas decisões em lugares e momentos errados.

Rev. Jesué Francisco da Silva
(Pastor na cidade de Lins e Superintendente Distrital do Distrito de Ourinhos –SP)

Uma vida sem violência é um direito das mulheres

Igreja Metodista em Guarapari - ES

Por: Pastora Maria de Fátima de Oliveira Souza David

No dia 25 de novembro é comemorado o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres. A data foi escolhida em homenagem às irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – ativistas políticas assassinadas no dia 25 de novembro de 1960 pela polícia secreta do ditador Rafael Trujillo, na República Dominicana.A Igreja Metodista em Guarapari, no dia 25 de novembro de 2006, realizou dois eventos com objetivo de conscientizar a população e provocar uma reflexão acerca da nova lei "Maria da Penha", sancionada no dia 07 de agosto pelo Presidente Lula.

O Brasil triplicou a pena para agressões domésticas contra mulheres e aumentou os mecanismos de proteção das vítimas.

A Lei Maria da Penha aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão – o mínimo foi reduzido de seis meses para três meses. A nova lei altera o Código Penal e permite que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também acaba com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.

A lei também traz uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor. A violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica.A mulher poderá também ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica.

Na sexta-feira, tivemos um debate cujo tema foi "Combatendo a Violência contra a Mulher e Construindo Direitos". A Dra. Magnólia Aguiar foi a palestrante, além da presença da presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher, Tetê Brandolini.No sábado pela manhã, membros da Igreja com camisas feitas especialmente para o dia, distribuíram 3.000 panfletos, no centro da cidade e feira livre. Os carros, que passaram pela ponte, viram as faixas com o slogan: "Uma vida sem violência é um direito das mulheres" e também receberam os panfletos. Estas ações tiveram ampla cobertura pela mídia local.

A Igreja precisa despertar para o seu papel na sociedade. Essa é a hora de erguermos a nossa voz e manifestarmos ao mundo a vontade de Deus!

Veja fotos - http://www.expositorcristao.org.br/

Fonte: Site Oficial da Igreja Metodista

Verso e Voz — 10 de dezembro

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros e outras, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos e amigas. Vós sois meus amigos e amigas, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos e servas, porque o servo e serva não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos e amigas, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. — João 15.12-15

“Eu tenho a necessidade de estar em chamas. Eu tenho icebergs a derreter”. — William Lloyd Garrison

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