16 setembro, 2011

Site da Igreja Metodista de Vila Isabel publica os 2 volumes do livro "Cristo e o Processo Revolucionário Brasileiro" como preparo da celebração dos 50 anos da Conferência do Nordeste, em julho de 2012

Abaixo alguns links do material que já está disponível no site.


A Conferência do Nordeste - Livro 1: As crônicas
Já está integralmente publicado. Veja em http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricao.asp?n=3

Pequena resenha desse volume 1:
Crônica da Conferência do Nordeste, acontecida em Recife, de 22 a 29 de julho de 1962, que reuniu expoentes das diversas igrejas e segmentos evangélicos Brasileiros, para discutir a temática "Cristo e o processo revolucionário brasileiro". O encontro, presidido pelo metodista Almir dos Santos, foi promovido pelo Setor de Responsabilidade Social da Igreja do Departamento de Estudos da Confederação Evangélica Brasileira. Alguns anos depois o Rev. Almir dos Santos, tornou-se Bispo da Igreja Metodista. Hoje está com o Senhor.

A Conferência do Nordeste - Livro 2: As reflexões e ministrações
Estamos chegando à parte final do trabalho para publicá-lo integralmente no site. Mas enquanto isso não acontece, alguns textos já podem ser lidos e conhecidos no menu "Colunas" ("ZZ Outros Colaboradores ZZ ), entre os quais:

A Igreja e a sua responsabilidade social (Pastor Ernest Schilieper)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1970

Cristo e o processo revolucionário brasileiro (Rev. Almir dos Santos)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1971

Os profetas em épocas de transformações políticas e sociais (Rev. Joaquim Beato)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1972

A revolução do Reino de Deus: Conteúdo revolucionário do ensino de Jesus sobre o Reino de Deus (Rev. João Dias de Araújo)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1974

O artista: servo dos que sofrem (Prof. Gilberto Freyre)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1975

Nesse texto, Gilberto Freyre, que participou da Conferência do Nordeste, já dizia naquele julho de 1962:
O cristianismo evangélico no Brasil já está na vez de se sentir, como cristianismo por excelência bíblica, na cultura brasileira. A influência da Bíblia sobre as gentes britânicas, em grande parte protestante, há quem atribua considerável importância entre as condições que tornaram possível a opulência da literatura em língua inglesa. É uma influência que está por se fazer sentir na arte e na literatura brasileira. A despeito do crescente número de cristãos evangélicos em nosso país, ainda não apareceu o brasileiro de gênio, que nascido evangélico, criado em meio evangélico, identificado com a interpretação evangélica da vida e da cultura brasileira, se afirmasse no Brasil grande poeta ou grande escritor em língua portuguesa, ou compusesse música brasileira, marcada por esta interpretação ou por esta inspiração, ou o arquiteto também de gênio que desenvolvesse para as igrejas evangélicas do trópico, um tipo de arquitetura que não fosse nem a imitação do tipo católico, nem reprodução do protestante anglo-saxônico ou germânico.

É curioso que até agora o cristianismo evangélico só tenha concorrido salientemente para enriquecer a cultura brasileira com insignes gramáticos: Otoniel Motta, Eduardo Carlos Pereira, Jerô-nimo Gueiros. É tempo de o cristianismo brasileiro evangélico ir além e concorrer para esse enriquecimento com um escritor do porte e da flama revolucionária, eu diria também, de Euclides da Cunha; com um poeta da grandeza de Manoel Bandeira; com um compositor que seja outro Villa-Lobos, que componha baquianas brasileiras que sejam interpretação ao mesmo tempo evangélica e brasileira de Bach. Também um caricaturista ou um teatrólogo revolucionariamente evangélico que pela caricatura ou pelo teatro denuncie abusos de ricos que para conservarem um privilégio de classe pretendem se fazer passar por defensores ou conservadores de tradições religiosas ou mesmo do que se intitula as vezes, pomposa e hipocritamente, civilização cristã.


OBS:
A Semana de Estudos Teológicos da Faculdade de Teologia Metodista em São Paulo (FATEO) dias 24 a 28 de outubro será sobre os 50 anos da Conferência do Nordeste.

Inscrições e informações:

http://www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=11143

12 setembro, 2011

O MUNDO É DOS ESPERTOS... MAS O REINO DE DEUS É DOS BOBOS... (Antônio Carlos S. dos Santos)

Quando Jesus diz que é necessário ser como uma criança para entrar no Reino de Deus, ela está falando de características que julgamos bobas neste mundo... Ora, só um bobo apanha em uma face e oferece a outra para bater... só um bobo caminha dois quilômetros quando se pede para caminhar apenas um... somente um bobo se pedirem a carteira dá também o tênis, sapato ou a camisa... Somente um bobo confia que seus amigos não o abandonarão no pior momento da sua vida...

O que Jesus pede aos seus discípulos é isso: Não seja esperto, seja bobo...seja ingênuo...não leve a vida na esperteza... não faça os outros de bobos... seja você um bobo... não acumule dinheiro no “mundo dos espertos”, acumule graça e misericórdia diante de Deus.

Bobo é aquele que ainda acredita que o mal pode ser vencido com o bem. Bobo é aquele que mantêm suas convicções mesmo quando dizem: “Deixa de ser bobo! Todo mundo faz”! Isso é o que mais motiva o bobo a deixar de ser bobo e passar a ser esperto, todo mundo faz, todo mundo está se dando “bem”, por que eu não posso?

Só que isso fecha as portas do Reino de Deus para ele e o lança na rotina da "esperteza". O bobo é justamente aquele que não negocia sua consciência, porque sabe que caráter, não tem preço. Bobo não é burro, nem alienado... Mas é ser o reverso desse mundo “esperto”.

O que traz sofrimento ao bobo é excesso de confiança, o que traz felicidade ao bobo é o excesso de confiança.

Como diria o escritor Caio Fernando Abreu: “Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de a-creditar outra vez”. Por isso e por outras mais que prefiro ser bobo e continuar no fim da fila...