13 outubro, 2007

Verso e Voz - 13 de outubro

O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco. - Filipenses 4.9

Humildade é paciência atenta. - Simone Weil, Simone Weil: Uma Antologia por Siân Miles 2000

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12 outubro, 2007

Verso e Voz - 12 de outubro

Venha então, minha querida; venha comigo, meu amor. O inverno já foi, a chuva passou, e as flores aparecem nos campos. É tempo de cantar! Venha comigo, minha querida. - Ct 10b-12a, 13b (BLH)

O amor erótico faz parte da vida. O Livro dos Cânticos está entre as literaturas mais eróticas do mundo! Na cultura hebraica, as imagens transmitem os prazeres do cheiro, sabor, tato e orgasmo. É paixão pura, sem falar em noivado, casamento, família ou filhos. É êxtase só, sem amarras culturais ou religiosas. É o delírio da libertação, sem neuroses e preconceitos. Representa uma expressão da contracultura, protestando contra a opressão da mulher e do corpo, de uma religião controladora. A religião institucional tratava a mulher como ser inferior. As igrejas não conseguem aceitá-lo sem disfarçá-lo ou colocar controles e restrições. Os homens impõem restrições sobre ela. Ela tem que ser mais “modesta” do que o homem. Exercem um duplo padrão de moral a favor do sexo masculino. Mas nos Cânticos, ambos os sexos são livres para curtir a sua sensualidade. É tempo da paixão! Paixões sexuais são passageiras, mas podem nos levar à paixão pela vida inteira e a fé que a vida vale a pena! A vida pode se tornar encantadora, mesmo com frustrações e obstáculos. A fé pode abrir novos mundos encantadores, cada momento uma surpresa, cada dia, uma aventura. O tédio é sinal da morte, a paixão da vida!. A paixão leva a pessoa a ficar fora de si. Supera os limites da lógica. Enfrenta obstáculos e ultrapassa barreiras. Fé e paixão são irmãs. Vêem a beleza e se doam ao amado. Desejo a fé que me apaixone pela vida e toda a criação, sendo a terra minha querida e o universo meu amor. - Derrel Santee

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11 outubro, 2007

Verso e Voz - 11 de outubro

Há fraude no coração dos que maquinam mal, mas alegria têm os que aconselham a paz. - Provérbios 12.20

Há muitas pessoas diferentes que dizem muitas coisas diferentes, e alguns delas nos perturbem com sua loucura e há muitos pontos para discutir com elas, mas no seu melhor, elas parecem estar reagindo de um único impulso profundo que é descrito melhor com palavras como tolerância, compaixão, sanidade, esperança, justiça. É um impulso que sempre fez parte do coração humano, mas parece estar crescendo agora no mundo com novo poder em nossa época até enquanto as forças de escuridão também estão crescendo com novo poder em nossa época. Isso é o lado agradável, penso, o lado alegre e esperançoso, do que Jesus quer dizer por “O tempo está cumprido.” Ele quer dizer que o tempo está maduro. - Frederick Beuchner, Segredos na Escuridão: Uma Vida em Sermões

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10 outubro, 2007

A mensagem atual de velhos heróis






Por Marcelo Barros *
Neste outubro, quando faz 40 anos da morte de Ernesto Che Guevara, a revista Veja (edição 2028, de 03/10/2007) publica um artigo rancoroso que tenta denegrir a imagem de um dos homens mais admirados pela juventude. Mas, do mundo inteiro, homens e mulheres ligados aos movimentos sociais e à busca de uma sociedade nova se reúnem no lugar em que o Che foi assassinado (Valle Grande, Bolívia) para avaliar honestamente sua trajetória e atualizar sua proposta para um mundo mais justo.

A maioria dos estudiosos e pesquisadores, como os diversos biógrafos do Che, confirma a motivação ética que o movia e a generosidade com a qual quis conquistar para todos os seres humanos um mundo mais igualitário. Um mínimo de honestidade histórica e de lucidez política exige que não julguemos ações da década de 60 como se a conjuntura internacional e latino-americana fossem as mesmas de hoje. Uma encíclica do papa Paulo VI, em 1967, retomava a antiga convicção teológica cristã de que "em casos de tirania prolongada e evidente que ofenda gravemente os direitos fundamentais da pessoa humana e prejudique o bem comum do país, as pessoas têm o direito moral da insurreição revolucionária para derrubá-la" (Populorum Progressio 31). Foi o que, na década de 60, muitos jovens fizeram. Na América Latina, muitas pessoas de profunda vida espiritual, e mesmo pastores evangélicos e padres católicos como Camilo Torres, na Colômbia, se engajaram em grupos que lutavam contra as ditaduras políticas e o modelo econômico assassino de tantos pobres. Ernesto Guevara renunciou ao conforto de sua vida ambientada na classe média argentina e a promissora profissão de médico para se consagrar de corpo e alma à libertação social e política dos povos do mundo. Atualmente, a maioria dos que trabalham para transformar o mundo não aceita mais a luta armada como método justo nem válido para alcançar a libertação. Entretanto, quase ninguém põe em dúvida a grande humanidade do Che e a mensagem moral que ele nos deixa para prosseguirmos o caminho da transformação.

Há poucos anos, no filme "Diários de motocicleta", Walter Salles emocionava as platéias com o relato cinematográfico da viagem que, aos 23 anos, Ernesto Guevara fez de moto, com Alberto Gramado, por grande parte da América do Sul. Naquele tempo, já aparecia clara a sua sensibilidade de justiça e sua opção por estar do lado dos mais fracos e marginalizados. Na época, ele ainda não tinha recebido o apelido carinhoso de "Che". Até hoje, na Argentina e em regiões do Rio Grande do Sul, os homens intercalam no diálogo a expressão "che", como forma de envolver o outro na conversa. "O dia hoje está bonito, che!" ou "Ninguém ganha do meu time, che!". Como em outras regiões se diz "cara", "rapaz" "homem" ou "meu" como conotação de amizade e confidência. No México, quando se engajou na luta contra a ditadura cubana, ao falar com os companheiros, Ernesto Guevara usava muito esta expressão. Por isso, os mexicanos e cubanos o apelidaram "Che". É um nome que lhe cabe muito porque é como se alguém tivesse como apelido "o companheiro".

De fato, Ernesto Guevara se tornou companheiro dos lavradores e indígenas de toda a América Latina. O que o levou a estudar o socialismo e a unir-se a grupos engajados na revolução social e política do continente foi o sonho de uma ordem mais justa com os empobrecidos do mundo. Che trabalhou muito para educar lavradores e índios. Por onde andava, parava nas aldeias e compartilhava noções de saneamento básico e saúde preventiva. Foi através deste trabalho humanitário com os mais pobres que ele acabou conhecendo e se inserindo na guerrilha dos jovens cubanos para derrubar o regime sanguinário que dominava a ilha. Quando os revolucionários tomaram o poder em Cuba, ele se tornou a segunda autoridade do país, logo a seguir de Fidel Castro. Tornou-se comandante da fortaleza de Havana, onde eram julgados e condenados os criminosos de guerra. Muitos testemunhos desmentem as lendas criadas pela imprensa ligada ao governo dos Estados Unidos, dando conta que Che chegou a desagradar a companheiros por nunca permitir vingança e por protelar, enquanto podia, sentenças de morte. Em todos os casos, exigiu novas averiguações e deu mais prazo à defesa dos prisioneiros que os próprios organismos internacionais consideraram criminosos de guerra e não apenas opositores políticos.

Poucos anos depois (1965), Che novamente renuncia ao poder conquistado e decide se juntar a grupos de libertação, primeiro no ex- Congo Belga, na África e depois na Bolívia. Ali no dia 08 de outubro de 1967, ele foi traído e preso por um comando antiguerrilha do exército boliviano e norte-americano. É levado a uma escola do lugar - La Higuera, na província de Valle Grande, estado de Santa Cruz. Ali é assassinado e seu cadáver, depois de exposto ao público, é enterrado em local secreto, só descoberto após trinta anos.

Neste aniversário de 40 anos de martírio (testemunho), homens e mulheres de todo o mundo, representando diversas raças e credos, se reúnem em Valle Grande, o local onde o Che assinou com o seu sangue a convicção de que a solidariedade e a justiça são valores dos quais não podemos abrir mão. Este encontro tem como objetivo compartilhar preocupações, refletir sobre os destinos da humanidade e proclamar as esperanças que, neste começo de milênio podemos ainda nutrir. Ele nos atesta que grande parte dos seres humanos continua a busca por uma sociedade nova. Também nos estimula a assumir a capacidade de ir à raiz das questões- a radicalidade- do Che em um caminho espiritual novo: percurso não-violento e solidário em comunhão com todos os seres vivos. O Che reavivou as brasas da esperança de uma pátria grande latino-americana que um século e meio antes Simon Bolívar tinha lançado. Neste início do século XXI, o processo democrático e não-violento da chamada revolução bolivariana está ainda no início, mas é uma realidade na Venezuela, Bolívia, Equador e em outros lugares da América Latina. É um convite paro o esforço de tornar real o sonho e a esperança da justiça.
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* Monge beneditino, teólogo e escritor. Tem 30 livros publicados.

Verso e Voz - 10 de outubro

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. - Romanos 14.17

Mas a vida que não mais confia em outro ser humano e não mais forma ligações à comunidade política não é mais uma vida humana. - Martha Nussbaum, O Magazine, novembro de 2003

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09 outubro, 2007

Verso e Voz - 09 de outubro

Certa noite Paulo teve uma visão e nela o Senhor disse: --Não tenha medo, continue falando e não desista, porque eu estou com você. Ninguém poderá lhe fazer nenhum mal, pois tenho muitas pessoas nesta cidade. - Atos 18.9-10 (BLH)

O medo é um dos nossos piores inimigos, fator da nossa desistência em fazer algo mais significante na vida! Coisas significantes geralmente envolvem risco de fracasso, e fracasso dá medo. Achamos que é melhor não fazer nada do que tentar algo e fracassar. O importante não é ser bem sucedido em tudo que fazemos, mas termos a consciência da presença de Deus! Na realidade, o “não tentar” é pior que “tentar e fracassar”. Ao cedermos ao medo, estamos roubando a nós a possibilidade de vencermos. O sucesso pode ser bem diferente do que imaginamos, pode até parecer como fracasso nos primeiros momentos. O “fracasso” pode ser um sucesso disfarçado. A nossa grande opção de vida é uma escolha entre: seguir uma visão, correndo todos os riscos, ou ceder ao medo e recuar na vida. Enfrentar, mesmo fracassando, é viver. Recuar, mesmo conservando o que temos, é morrer. - Derrel Santee

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08 outubro, 2007

Presença brasileira no Conselho Mundial Metodista

O Conselho Mundial Metodista, cujo vice-presidente é o Bispo Paulo Lockmann, da 1ª Região Eclesiástica, tem mais um integrante brasileiro: o Bispo Emérito Paulo Ayres. Ele foi convidado pelo Dr. George Freeman, Secretário Geral do Conselho Mundial Metodista, a participar da Comissão Mista Metodista-Católica em nível mundial para o qüinqüênio 2007-2011. "Sinto-me profundamente honrado pelo convite recebido e não o considero somente como uma deferência à minha pessoa, mas, indiretamente, ao metodismo brasileiro", afirmou o Bispo Paulo. Contudo, ele ressalta que o convite foi-lhe endereçado individualmente e não em representação oficial da Igreja Metodista no Brasil.

http://www.metodista.org.br/index.jsp?conteudo=5411

Verso e Voz - 08 de outubro

Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. - Isaías 56.1

O grande mistério do amor de Deus é que não somos pedidos a viver como se não estivéssemos doendo, como se não estivéssemos imperfeitos. Na realidade, somos convidados a reconhecer nossa imperfeição como uma imperfeição no qual podemos entrar em contato com o modo único em que Deus nos ama. O grande convite é viver sua imperfeição debaixo da bênção. Não posso tomar a imperfeição de pessoas e as pessoas não podem tomar minha imperfeição. Mas como você vive sua imperfeição? Você vive sua imperfeição debaixo da bênção ou debaixo da maldição? A grande chamada de Jesus é pôr sua imperfeição debaixo da bênção. - Henri J. M. Nouwen, Palestra no Centro de Scarritt-Bennett

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07 outubro, 2007

Verso e Voz - 07 de outubro

Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. - 2 Pedro 1.2

Em memórias modernas escritas por pessoas reais sobre outra pessoa real esperaríamos exatamente aquele tipo de diversidade que achamos nos Evangelhos. Se isso nos pega de surpresa, é talvez porque perdemos o hábito de olhar Jesus e seus discípulos como pessoas verdadeiramente reais. - Dorothy Sayers, Introdução ao Homem Nascido para Ser Rei

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