01 maio, 2009

Bispos Católicos do Brasil lançam campanha para combater tráfico de pessoas


A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vai lançar uma campanha para ajudar no combate ao tráfico de pessoas. A entidade estima em pelo menos 300 mil o número de vítimas deste crime por ano no Brasil. O tema foi apresentado na 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Indaiatuba (SP).

Pela primeira vez o assunto está sendo debatido na assembleia. A intenção do bispos é fazer com que padres, comunidades eclesiais de base e pastorais intensifiquem as denúncias de tráfico de pessoas em suas regiões de atuação.

O setor da CNBB que trata do tema já começou a preparar um documento específico sobre o assunto, que deve ser apresentado em setembro deste ano durante o 3º Encontro Nacional das Pastorais da Mobilidade Humana, em Brasília.

"Nós estamos procurando alertar os padres para tratarem desse assunto nas paróquias. Quase todo padre tem, por exemplo, acesso a rádios, rádios comunitárias, folhetos, jornais e boletins", disse hoje o responsável pelo setor de mobilidade humana da CNBB e arcebispo de Botucatu (SP), d. Maurício Grotto de Camargo.

Segundo o arcebispo, as principais rotas de tráfico de pessoas estão localizadas nas regiões Nordeste e Norte do país. "O bispo do Marajó [PA], [d. José Luis Azcona Hermoso], por exemplo, está ameaçado de morte por ter denunciado o tráfico de mulheres."

O arcebispo disse que o tráfico de pessoas ocorre motivado pela extração de órgãos, prostituição e trabalho análogo à escravidão. "O trabalho da igreja se dará em três frentes: alertar as pessoas sobre esses traficantes, ajudar as vítimas, denunciar, sobretudo ao Ministério Público, e trabalhar junto ao governo para providenciar políticas públicas", disse.

A Polícia Federal informou hoje que, de 2000 até 2008, foram abertos 674 inquéritos sobre esse tipo de crime, e que de 2004 até este ano ocorreram 23 operações com a prisão de 210 pessoas.

De acordo com o arcebispo de Botucatu, o tráfico de pessoas hoje é o terceiro negócio ilícito no mundo em termos financeiros e que o Brasil possui rotas nacionais e internacionais desse crime.

Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) indicam que esse tipo de crime chega a movimentar US$ 31,6 bilhões anualmente no mundo. Estimativas da organização também mostram que, em 2005, o tráfico de pessoas fez cerca de 2,4 milhões de vítimas.
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Notícia de MAURÍCIO SIMIONATO da Agência Folha, em Indaiatuba, no site do Jornal A Folha de São Paulo. Endereço: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u558219.shtml

29 abril, 2009

Sendas de justicia desde el metodismo patagónico

En Argentina, la Iglesia Metodista está organizada por regiones geográficas. Una de ellas es la Patagónica que cubre el amplísimo espacio desde Bahía Blanca al sur. Reproducimos el mensaje emitido por su Asamblea Regional efectuada el último fin de semana.

“Los representantes laicos de las congregaciones de la Iglesia Evangélica Metodista Argentina, pertenecientes a la Región Patagónica, junto al Cuerpo ministerial y a nuestra Obispo,(*) reunidos en la ciudad de Bahía Blanca los días 25 y 26 de abril en Asamblea regional, queremos compartir con nuestras congregaciones y la sociedad patagónica en su conjunto este mensaje, inspirado en las palabras del Salmista cuando dice: “El Señor me guiará por sendas de Justicia por amor de su nombre” (Salmo 23:3):

Hacemos un llamado a la evangelización permanente, a través de la cual mostremos el Evangelio como novedad de vida. Nuestro desafío es presentar a Jesucristo como Señor y Salvador.

Admitimos que, como Iglesia, vivimos en esta tensión entre ser una institución y ser un movimiento, pero siempre tenemos presente que lo importante es proclamar el Reino de Dios.

Reconocemos que estamos en una sociedad en la cual es difícil construir relaciones sinceras tanto desde lo personal como desde lo social; una sociedad en la cual frecuentemente es más fácil echar culpas sobre los demás. Pero anunciamos que es tiempo de sanar nuestras relaciones en la familia, en las iglesias y en la sociedad.

Señalamos que los medios de comunicación trasmiten la realidad con una alta cuota de sensacionalismo, convenciéndonos muchas veces de que no hay salida. Como cristianos debemos aprender a discernir críticamente la información que recibimos, sin renunciar a la esperanza de que otro mundo es posible.

Manifestamos que la desigualdad social nos duele, y es por eso que somos llamados a caminar por sendas de justicia, de la cual nacerá la paz.

Somos llamados a ser testigos de la verdad, que nos libera como personas y como sociedad”.

Por la Asamblea Regional Patagónica, el mensaje está firmado por el pastor Frank de Nully Brown, Superintendente Regional.+ (PE)

(*) Se refiere a la pastora Nelly Ritchie, Obispa de la Iglesia Metodista en Argentina.

09/04/29 - PreNot 8103
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27 abril, 2009

O sândalo perfuma até mesmo o machado que o fere (Ronan Boechat de Amorim)


O texto bíblico de 2 Reis 5:1-19 narra a cura da lepra e a conversão de Naamã, o comandante dos exércitos da Síria, e o processo como isso se deu e os personagens envolvidos nessa história maravilhosa.

Chama a atenção a menina mencionada em 2 Rs 5:2 que foi levada co-mo prisioneira para a Síria e que tornou-se escrava na casa de Naamã. A menina era uma pessoa tão sem importância que o texto nem menciona seu nome. Mas ela sabia de algo que nem o rei de Israel sabia (cf. 2Rs 5:7): havia um homem de Deus em Israel que poderia curar a lepra de Naamã.

A menina não tinha nenhuma razão para tanto, mas agiu com bon-dade para com aqueles que a seqüestraram, a reduziram a uma escra-va e que exploravam o seu trabalho infantil. Ela não tinha a maturidade e a espiritualidade de um adulto, mas agiu com bondade. Ela não a credibilidade e as oportunidades de alguém do sexo masculino, mas agiu com bondade. Ela não tinha a liberdade de uma pessoa livre (era escrava), mas agiu com bondade.

Ela não tinha funções, cargos, encargos na igreja, no templo, na si-nagoga, mas testemunhou o que sabia: em Israel há um homem de Deus que pode curar a lepra do general Naamã. Ela testemunhou algo que nunca acontecera antes e nem depois em todo o Antigo Testamen-to: a cura da lepra. A menina nunca havia visto e nunca havia ouvido alguém falar que a lepra podia ser curada, mas ela foi uma crente no poder de Deus e seu testemunho levou algo novo a acontecer em todo o Antigo Testamento: um homem foi curado de lepra.

Ainda que consideremos que a menina falou impensadamente, ain-da assim seus comentários, sua conversa informal, suas palavras in-fantis, suas palavras impensadas apontavam para Deus e para a espe-rança que alguém que sofria poderia encontrar em Deus. Suas pala-vras deram início a um processo que envolveu dois reis e que culminou com a cura e a conversão do grande comandante sírio. Mesmo na ad-versidade, aquela menina espalhou esperança e bondade: foi como o sândalo que perfumou até mesmo o machado que a feria. Ela foi como Jesus que morria de braços abertos naquela cruz, oferecendo perdão e salvação até mesmo àqueles que o traíram e o crucificaram.