28 fevereiro, 2008

Mulheres ecumênicas lançam website e advogam por justiça de gênero nas Nações Unidas

Contato: Catherine Bordeau

21 February 2008Ecumenical Women

E: cab@wcc-coe.org

MULHERES ECUMÊNICAS LANÇAM WEBSITE E

ADVOGAM POR JUSTIÇA DE GÊNERO NAS NAÇÕES UNIDAS

Mulheres Ecumênicas, uma coalizão de igrejas e organizações ecumênicas em diálogo com as Nações Unidas em Nova Yorque, lançaram sua Website em preparação para a 52a. Comissão da Condição Jurídica e Social nas Nações Unidas.

A Website é baseada no mandato bíblico de libertação e justiça para mulheres. Há blog com comentários, artigos acadêmicos e recursos teológicos para mulheres e homens, teólogas/os e leigas/os, de várias partes do mundo.

“Temos esperanças que esta Website atingirá muitas pessoas, e que se tornará em um centro internacional para o trabalho dentro da nossa tradição de fé para promover a defesa da igualdade de gênero, "diz Emily Davila, coordenadora das Mulheres Ecumênicas.

A Comissão da Condição Jurídica e Social das Mulheres (CSW) começa em 25 de Fevereiro de 2008 (até 7 de março), quando mais de cem mulheres provenientes de Igrejas de tradições ecumênicas estarão reunidas em Nova Iorque para orar, preparar-se e elaborar estratégias para a reunião nas Nações Unidas. Estas mulheres, em conjunto com mais de 2000 diplomatas e representantes de Organizações Não-Governamentais de todo o mundo se reunirão para discutir o tema principal da 52a. Comissão: financiamento para a igualdade de gênero.

Para as promotoras da igualdade de gênero, o tema da reunião é extremamente oportuno, já que os países estão discutindo como a ONU deverá reestruturar-se e aumentar seus recursos para a promoção da igualdade de gênero. Enquanto isto, a comunidade internacional está preparando a última rodada de negociações sobre Desenvolvimento que acontecerá em Doha, entre Novembro e Dezembro de 2008, donde serão tomadas decisões que afetarão a vida de bilhões de pessoas.

Para participar deste debate, as organizações que integram Mulheres Ecumênicas apresentaram sua posição oficialmente às Nações Unidas, enfatizando que os acordos multilaterais e planejamento nacional devem priorizar o gasto em iniciativas promotoras da igualdade de gênero, assim como também registrar melhores dados estatísticos para entender como o financiamento para o desenvolvimento impacta a vida das mulheres.

“Nós acreditamos que o mundo foi criado para ser um mundo de abundância para todas as pessoas. No entanto, o mundo que a humanidade tem criado é um mundo no qual a maioria é muito pobre, em especial as mulheres”, afirma o documento. “As mulheres, em sua maioria, não tem se beneficiado desta abundância provida por Deus.”

O documento sugere políticas promotoras da igualdade de gênero baseada nos princípios da Plataforma de Ação, aprovada em Beijing em 1995. Ele também conecta a justiça de gênero com os seis temas do Consenso de Monterrey para Financiamento para o Desenvolvimento. A posição das Mulheres Ecumênicas está enraízada na herança teológica da justiça econômica desenvolvida pela comunidade ecumênica, que por sua vez tem participado ativamente das Conferências da ONU sobre a condição das mulheres desde a Primeira Conferência Mundial das Mulheres em 1975. Em muitas ocasiões as igrejas tem desenvolvido liderança a partir das iniciativas da ONU, como a Década Ecumênica das Igrejas em Solidariedade com as Mulheres, 1988-1998, que catalizou o trabalho por igualdade de gênero em milhares de igrejas.

A coalizão de Mulheres Ecumênicas reconhece que a defesa da igualdade de gênero deve ir muito além dos portões das Nações Unidas. Durante a reunião da Comissão, a coalizão deverá lançar um novo recurso educativo para promover orçamentos na perspectiva de gênero e estudá-lo nas igrejas.

Parece interessante? Confira: http://ecumenicalwomen.org.

A Coalizão de Mulheres Ecumênicas consiste de representantes das seguintes organizações: Comunhão Anglicana, Igreja Episcopal (EUA), Federação Luterana Mundial, Conselho Nacional de Igrejas (EUA), Igreja Presbiteriana (EUA), Igreja Metodista Unida, Igreja Unida de Cristo, Conselho Mundial de Igreja, Federação Mundial de Mulheres Metodistas e das Igrejas Unidas, Federação Mundial de Estudantes Cristãos, e Associação Mundial Cristã de Moças, em diálogo com Religiões para Paz.

Tradução: Rosângela Oliveira, Sabedoria e Testemunho

Hugo Assmann e a coragem de dizer a verdade

Jung Mo Sung (*)

Uma noite, uns 15 anos atrás, Hugo Assmann me chamou por telefone e, no meio da conversa, disse a frase que resumia o desabafo que fazia a um amigo e discípulo: "Jung, não podemos perder a parresia!" "A coragem de dizer a verdade" foi uma das marcas do Hugo Assmann. Ele falou abertamente contra as ditaduras militares e o capitalismo, por isso passou por diversos exílios. Fez da sua crítica teológica à economia capitalista a sua arma em favor das lutas dos pobres. Mas, também teve coragem para criticar problemas e equívocos da Igreja, das teologias (incluindo a Teologia da Libertação) e das teorias educacionais que se propunham estar a serviços das lutas populares. Por causa dessa postura sempre crítica (no melhor sentido da palavra), buscando sempre novas e melhores formas de entender a realidade humana e social, ele foi muitas vezes incompreendido e marginalizado.
Nos últimos anos, sofrendo com diversos problemas de saúde, ele estava meditando muito sobre o tema do "Deus interior" a partir da frase de Santo Agostinho: "Deus me é mais profundo/íntimo do que eu a mim mesmo". As nossas últimas conversas sempre giravam em torno desse tema e do "Deus peregrino", da mística do Deus que se manifesta onde quer, que é peregrino junto com os "nômades", Shekinah. Do Deus que não se deixa aprisionar por nenhuma idéia, teoria ou instituição.

No dia 22 de fevereiro de 2008, às 04:00h, Hugo Assmann faleceu no hospital onde estava internado. O coração parou de bater. O rim já não estava mais funcionando, os pulmões estavam comprometidos. Ele pediu um copo de água para enfermeira e quando ela voltou com a água, ele já não estava mais entre nós. A nossa esperança cristã nos diz que ele foi beber a sua água em uma fonte que não seca jamais, onde não é mais preciso coragem para dizer a verdade porque todas e todos já vivem na Verdade.

Muitas das pessoas das gerações mais novas da teologia ou das pastorais populares não conhecem muita coisa sobre a obra e a pessoa de Hugo Assmann. Enrique Dussel escreveu que o livro que Hugo publicou em 1970, "Teología desde la praxis de la liberación. Una evaluación prospectiva" foi a primeira clara definição epistemológica da Teologia da Libertação frente às outras teologias políticas existentes. No seu exílio em Costa Rica, após o golpe de Pinochet, ele foi um dos fundadores e o primeiro diretor do DEI, Departamento Ecuménico de Investigaciones, que viria a se um dos principais centros de produção e de formação da Teologia da Libertação. O seu livro "A idolatria do mercado" (escrito junto com o seu amigo Franz Hinkelammert), de 1989, constitui um dos marcos na crítica teológica da economia. Um livro que ainda continua atual e merece ser estudado por todas as pessoas interessadas em teologias que sejam capazes de enfrentar os grandes desafios do mundo contemporâneo, assim como pelas pessoas de outras áreas preocupadas em criticar o espírito que move o capitalismo. Aliás, o pensador marxista Michel Löwy deu recentemente uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (13/01/08) onde citava Hugo Assmann como um dos teólogos da libertação que aprofundou a tese de Marx que comparava o capitalismo a uma religião e desenvolveu "uma crítica radical do capitalismo como religião idólatra".

Das dezenas de obras que ele escreveu, há um parágrafo que para mim continua a merecer um destaque muito especial. É, provavelmente, o trecho mais citado entre a sua obra. Foi escrito em 1973, mas continua profundamente atual:

"Se a situação histórica de dependência e dominação de dois terços da humanidade, com seus 30 milhões anuais de mortos de fome e desnutrição, não se converte no ponto de partida de qualquer teologia cristã hoje, mesmo nos países ricos e dominadores, a teologia não poderá situar e concretizar historicamente seus temas fundamentais. Suas perguntas não serão perguntais reais. Passarão ao lado do homem real. Por isso, como observava um participante do encontro de Buenos Aires, 'é necessário salvar a teologia do seu cinismo'. Porque realmente frente aos problemas do mundo de hoje muitos escritos de teologia se reduzem a um cinismo".

Uma das grandes lutas do Hugo Assmann foi salvar a Igreja, a academia e a sociedade do cinismo e insensibilidade diante da realidade de injustiça e opressão. Ele se foi. Cabe às gerações mais novas assumirem essa tarefa e o desafio de unir o compromisso existencial pela causa dos mais pobres e oprimidos/as e a seriedade de um pensamento crítico que não se contenta com aplausos fáceis e nem tem medo de dizer verdades inconvenientes e perigosas.


* Professor de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e autor, dentre outros, de "Competência e sensibilidade solidária: Educar para a esperança" (com Hugo Assmann)

Teólogo e educador Hugo Assmann morre aos 75 anos

Vítima de parada cardíaca, faleceu na madrugada da sexta-feira, 22, o teólogo e educador Hugo Assmann, 75 anos, um dos precursores da Teologia da Libertação no Brasil e na América Latina. Ele estava internado no Hospital Santa Paula, nesta capital, e seu corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina, na mesma cidade.

Natural de Venâncio Aires, cidade gaúcha localizada a 120 quilômetros de Porto Alegre, Assmann publicou 41 livros, boa parte na área da Educação, como “Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente”, “Paradigmas educacionais e corporeidade” e “Metáforas para reencantar a Educação”.

Na avaliação do teólogo Jung Mo Sung, coordenador do curso de Pós Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, Assmann foi um dos primeiros e principais teólogos da libertação “que percebeu que os capitalistas e os seus ideólogos tinham uma grande capacidade de manipular a dimensão simbólica do ser humano e os mitos mais profundos da sociedade”. Junto com o colega Franz Hinkelammert, que conheceu na Costa Rica, Assmann escreveu o livro “A idolatria do mercado”.

“Na verdade, ele foi mais do que teólogo, foi um pensador que se guiou pelo seu compromisso pessoal - existencial e espiritual – com pessoas oprimidas e excluídas das condições dignas de vida e se utilizou e dialogou com as mais diversas áreas do saber para desenvolver idéias sempre profundas, crítica e provocantes”, relatou seu aluno, discípulo e amigo, com quem conviveu por mais de 20 anos, Jung Mo Sung.

O teólogo católico viveu exilado, durante anos da ditadura militar brasileira, no Uruguai, no Chile e na Costa Rica, onde fundou o Departamento Ecumênico de Investigação (DEI). Ao regressar dos exílios, em 1981, foi admitido como professor na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), na qual trabalhou durante 24 anos, até 2005. Ele orientou 41 dissertações de mestrado e dez teses de doutorado na área da Educação, com ênfase em Filosofia da Educação.

Lia, escrevia e falava fluentemente alemão, espanhol, francês, italiano e português, além de dominar as línguas latina e grega. Graduou-se em Filosofia pelo Seminário de São Leopoldo, e em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, na qual também buscou o doutorado. Cursou, ainda, Sociologia, na Universität Johann-Wolfgang Goethe, em Frankfurt am Main, Alemanha.

“Ele viveu a vida de uma forma apaixonada, com emoções fortes em todos os sentidos”, destacou Mo Sung no artigo que escreveu em homenagem ao mestre e amigo. Um texto elaborado em 1973, para o livro “Teologia desde la práxis de liberación”, Assmann mostra o seu compromisso, que permanece atual, na avaliação de Mo Sung. Escreveu Assmann:

- Se a situação histórica de dependência e dominação de dois terços da humanidade, com seus 30 milhões anuais de mortos de fome e desnutrição, não se converte no ponto de partida de qualquer teologia cristã hoje, mesmo nos países ricos e dominadores, a teologia não poderá situar e concretizar historicamente seus temas fundamentais. Suas perguntas não serão perguntas reais. Passarão ao lado do homem real.

(Notícia extraída do Site da Igreja Metodista - ver: http://www.metodista.org.br/index.jsp?conteudo=6105)

27 fevereiro, 2008

Comunicado do CLAI

Texto original del comunicado del CLAI.

Consejo Latinoamericano de Iglesias

Ciudad de Panamá, 23 de Febrero de 2008

A las Iglesias y organismos miembros del CLAI

Apreciados hermanos y hermanas

Terminando nuestra reunión de Junta Directiva en Panamá, y a un año de haber sido elegidos y elegidas para esta función en la V Asamblea General del CLAI, nos encontramos con la renuncia a sus respectivos cargos del Secretario General, el Rev. Israel Batista, los Secretarios Regionales: Jairo Barriga (Caribe), Eduardo Chinchilla (Mesoamérica), Elizabeth Salazar (Andina) y Coordinadores de Programa Ángel Luis Rivera (FES) y Carlos Tamez (Medio Ambiente), así como la de la Directora Administrativa Akacia Gualán. Esta Junta Directiva ha respetado sus decisiones y hemos aceptado las renuncias.

Confirmamos el rumbo del CLAI, manteniendo la misma organización y programas, tal como los venimos desarrollando hasta el momento. Los distintos grupos de trabajo (jóvenes, mujeres, equipos nacionales, etc…) seguirán marcando el pulso de la vida del CLAI.

Confiamos en que Dios, Creador y dador de toda buena dádiva, nos acompañará y sostendrá en esta transición que debemos atender en el caminar del CLAI, con todas las responsabilidades que ello implica. La Junta directiva ha elegido por unanimidad como secretario general interino del CLAI al Rev. Nilton Giese y un equipo de transición que está compuesto por: Obispo Julio Murray (Presidente); Obispo Mauricio Andrade (Brasil); Revda. Viviana Pinto (Río de la Plata); Obispo Isaías Ramos (Mesoamérica); Rev. Emilio Aslla Flores (Andina) y Lic. Carlos Gómez (Gran Colombia y el Caribe).

En paz y unidad, les saludamos fraternalmente en Cristo.

Obispo Julio Murray
Presidente del CLAI, Panamá

Rev. Felipe Adolf
Primer vice presidente, Ecuador

Obispo Carlos Poma
Segundo vicepresidente, Bolivia

Rosilea Maria Roldi Wille
Tesorera, Brasil

María Armenia Yi Reyna
Secretaria, Cuba

Carlos Gomez (Puerto Rico); Emanuel Jonata Oliveira de Brito (Brasil); Emilio Aslla Flores (Bolivia); Eleni Rodrigues Mender Rangel (Brasil), Revda. Geovanny Santana de Matos (Rep. Dominicana); Obispo Isaías Ramos Corona (México); Rev. Juan Aberlado Schvindt (Argentina); Obispo Mauricio José Araújo de Andrade (Brasil); Rosa Ester Guerra Quezada (Chile) y Revda. Viviana Pinto (Argentina).

Nota. Dado el interés de receptores y receptoras de PE/Ecupres reproducimos el texto original de la Junta Directiva del CLAI sobre las renuncias de directivos de ese organismo ecuménico.(PE)

08/02/28 - PreNot 7198
Agencia de Noticias Prensa Ecuménica
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Carta Pastoral da Junta Diretiva do CLAI

Texto original de la Carta Pastoral del CLAI.

CONSEJO LATINOAMERICANO DE IGLESIAS

Carta pastoral de la Junta Directiva
En los primeros 30 años del CLAI - 1978 – 2008


“la venida del reino de Dios no es algo que todo el mundo pueda ver.
No se va a decir ‘Aquí está’, o ‘Allí está’;
porque el reino de Dios ya está entre ustedes”.

Lucas 17, 20b. – 21

Ciudad de Panamá, 24 de febrero de 2008.

A las iglesias de América Latina y el Caribe

¡Queridos hermanos, queridas hermanas!

¡Paz y bien!

Del 20 al 24 de febrero nos hemos reunido en la ciudad de Panamá, a fin de celebrar nuestra sesión anual de trabajo. En este pequeño pero hermoso pais, de 3 millones de habitantes, hemos sentido la bienvenida y calidez de las iglesias miembros del CLAI. Panamá se caracteriza por una fuerte multiculturalidad y por un índice de expectativa de vida que supera los 70 años. Además posee la selva tropical más extensa fuera de la Amazonía y las leyes de libertad de prensa más avanzadas del continente. Tuvo un índice de crecimiento económico superior al 10% en el 2007 y llama orgullosamente “territorios revertidos” a las zonas militares que en el pasado estaban ocupadas por tropas militares norteamericanas. Sin embargo, también hemos sido testigos que la mitad de sus habitantes vive en la pobreza y el Sindicato de los Trabajadores de la Construcción lucha por garantias laborales y en contra del alto costo de vida. Como Junta Directiva del CLAI tuvimos la oportunidad de conversar personalmente con el Presidente de la República, Dr. Martín Torrijos Espino, respecto de la evidente contradicción existente entre crecimiento económico y distribución de la riqueza.

Hace exactamente un año esta Junta Directiva fue electa en la V Asamblea General del CLAI en Buenos Aires. Desde entonces hemos trabajado junto al secretariado y a las coordinaciones de las diversas regiones y programas de pastoral del Consejo Latinoamericano de Iglesias (CLAI), a partir de las preguntas, demandas y expectativas que se levantan desde nuestras iglesias, organismos ecuménicos y pueblos latinoamericanos y caribeños. Obviamente, un capítulo importante lo constituyó el repaso de los mandatos surgidos en la V Asamblea General: el ecumenismo, como sustento y sentido para nuestro ministerio; una pastoral orientada y articulada desde los propios jóvenes; la necesidad de elaborar programas pedagógicos para niños, especialmente indígenas junto al énfasis en el trabajo de la Pastoral de la Mujer y de los Pueblos Indígenas, Negritud y Medio Ambiente. No ha sido menor la consideración de la pastoral con personas que sufren algún tipo de discapacidad; el flagelo del VIH/SIDA y las deplorables condiciones en la salud de nuestros pueblos.

En la respuesta a la pregunta formulada en la V Asamblea: ¿Hacia adónde vá el CLAI? Hemos realizado un ejercicio permanente de reflexión bíblico-teológico programático y administrativo en un continente sujeto a constantes cambios. El resultado de este proceso nos llevó a una segunda pregunta: ¿Cuál es nuestro rol en esta búsqueda de rumbo? Desde estas dos preguntas hemos dirigido nuestro trabajo, además de representar el compromiso que tenemos con nuestras iglesias en cada una de nuestras regiones y paises en respuesta al mandato que nos diera la Asamblea recientemente realizada. En este sentido, nuestro primer año de trabajo y aprendizaje nos ha permitido avanzar en un proceso de análisis, ajuste de agendas y visiones comunes con nuestras iglesias y organismos ecuménicos.

Asimismo compartimos la tristeza que nos causó la presentación de la renuncia del Secretario General Israel Batista junto a otros secretarios regionales y de programas. Valoramos profundamente la dedicación y el trabajo realizado por estos hermanos y hermanas. La Junta directiva ha elegido por unanimidad como secretario general interino del CLAI al Rev. Nilton Giese.

En este tiempo de cuaresma y cuando nos preparamos para reafirmarnos en la salvación que nos viene por medio de la cruz, somos convocados y llamados nuevamente para trabajar con vocación y compromiso, como compañeros de camino de Aquél que nos llama a servirle en medio de tantos reinos que nos rodean y amenazan. “El Reino de Dios está en medio de ustedes” nos dice el Señor. Qué consolador es podernos reafirmar en esta certeza. Caminar sostenidos por esa esperanza. Cada una de nuestras comunidades está siendo convocada, una vez más, a ser un espacio donde Dios encuentre albergue y su reino tenga un hogar desde donde brillar y dar sentido a tanto sinsentido en nuestro tiempo. Un Reino donde la juventud sea realmente protagonista y ocupe el espacio que le corresponde; la discriminación y el racismo no sean realidades que amenacen y desconozcan el sentido de plenitud con el que Dios creó al ser humano; donde los derechos de las personas sean respetados y las comunidades constituyan espacios de humanidad en medio de tanta negación a las personas, cualquiera sea su condición. Nuestras congregaciones e iglesias están siendo desafiadas a reafirmar su compromiso y vocación en el Dios que se nos revela en la insensatez de la cruz y a formar comunidades de fe, testimonio y servicio que celebren con alegría esta certeza y vivan comprometidamente este llamado. Anunciadoras del Reino, hogares de plenitud.

Antes de despedirnos, queremos recordarles que este año el CLAI celebra sus primeros 30 años de peregrinaje ecuménico. Un aniversario que entraña nuevas posibilidades y desafíos para la realización del mandato evangélico. Desde este horizonte deseamos que el mismo pueda ser vivido como una nueva ocasión para renovar el pacto que Dios en Cristo ha sellado en la cruz; que “seamos uno”, para “que el mundo crea”[1]

En la comunión de la fe, la Junta Directiva del Consejo Latinoamericano de Iglesias.


Obispo Julio Murray
Presidente del CLAI, Panamá

Rev. Felipe Adolf
Primer vice presidente, Ecuador

Obispo Carlos Poma
Segundo vice presidente

Rosilea Maria Roldi Wille
Tesorera

María Armenia Yi Reyna
Secretaria

Carlos Gomez (Puerto Rico); Emanuel Jonata Oliveira de Brito (Brasil); Emilio Aslla Flores (Bolivia); Eleni Rodrigues Mender Rangel (Brasil), Revda. Geovanny Santana de Matos (Rep. Dominicana); Obispo Isaías Ramos Corona (México); Rev. Juan Aberlado Schvindt (Argentina); Obispo Mauricio José Araújo de Andrade (Brasil); Rosa Ester Guerra Quezada (Chile) y Revda. Viviana Pinto (Argentina)


CC. Carta a las iglesias miembros del CLAI
A los organismos ecuménicos miembros del CLAI
A los equipos nacionales
A las agencias de cooperación y miembros del consorcio

Nota. Dado el interés de receptores y receptoras de PE/Ecupres reproducimos el texto original de la Carta Pastoral de la Junta Directiva del CLAI al finalizar su reunión en Panamá.(PE)

[1] Según el Ev. San Juan 17, 21

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