13 janeiro, 2007

QUAL BATISMO? O "laissez-faire" doutrinário e litúrgico no metodismo brasileiro

Salvador, 10 de janeiro de 2007

Metodistas & Ecumênic@s

Causou-me tristeza a matéria da página 4 do jornal Compartilhar Nº 82 (REMNE), noticiando o 3º Concílio Distrital NE III, pelas fotografias que a ilustram.

Tendo sido criado na Igreja Metodista, e como um filho de um guerreiro pastor desta rica denominação que sempre teve os seus próprios costumes e práticas religiosas próprias, causa-me tristeza ver nossos pastores desprezando todo esse legado, atraídos pelas práticas que não são nossas e que nunca foram valorizadas pela nossa IM, ao longo de sua existência. Refiro-me à foto de um batismo realizado em um rio, bem como à foto de recepção de novos membros.

Seria mais coerente ambas as fotos estarem ilustrando uma matéria que se referisse a um evento da Igreja Assembléia de Deus ou outras igrejas pentecostais que existem por ai. Nunca um evento da Igreja Metodista.

Onde o Reverendo Dílson Soares Dias, Superintendente daquele Distrito buscou inspiração e respaldo, dentro da história e da doutrina metodista, para optar pelo batismo por imersão? Em qual Faculdade de Teologia ele foi orientado a adotar essa prática? Ele ainda batiza crianças ou também “decidiu” não mais fazê-lo?

A matéria fala em “significativo crescimento” quando se refere à recepção de cinco novos membros num povoado e de sete em outro. Esse é o grave problema do neo-metodismo, principalmente na Região do Nordeste onde a Igreja Metodista tornou-se estranha às classes sociais mais críticas e de maior nível sócio-cultural e, no entanto, não adquiriu integralmente a capacidade das outras denominações pentecostais, que passou a ter como referência, qual seja, a de arrebanhar massas para o seus templos. Em função disso vemos igrejas pobres de programações, pobres de práticas, pobres e dependentes financeiramente.

Aqueles que nunca tiveram nada a ver conosco, hoje são os ídolos de nossos pastores, que, no entanto, não têm a capacidade de imitá-los em seus resultados.

Fica o protesto de um metodista que teima em não desprezar as preciosidades que lhe foram legadas ao longo de décadas, e que ainda sonha em ter de volta a Igreja na qual foi criado e que aprendeu a amar.

Atenciosamente

Cléber de Oliveira Paradela
Igreja METODISTA em Boca do Rio

SOLIDARIEDADE

Igreja Metodista lança campanha para apoiar vítimas de Miraí e região

Em solidariedade à população das localidades atingidas pelo vazamento de lama da mineradora Rio Pomba Cataguases, situada no município de Miraí, Minas Gerais, a Igreja Metodista convida a todos(as) os(as) brasileiros e brasileiras a duas atitudes de igual importância: a oração pelas pessoas que sofrem perdas neste momento e a doação de água mineral, alimentos não perecíveis, roupas, calçados e colchões para as vítimas.

Postos de recolhimento na cidade de Muriaé, MG:

Igreja Metodista Central de Muriaé – Rua Desembargador Canedo, 158. Tel (32) 3721-2204

Igreja Metodista em Vila Valentim – Rua Valentim H. de Almeida, 3. Tel. (32) 3722-3606

Igreja Metodista na Barra – Rua Lincoln Marinho, 64

Conta bancária para depósito: Associação da Igreja Metodista
Banco Itaú – Agência: 1469
Conta corrente: 38872-0

Mais informações com pastor Maxwell Andrade Neri. Tel (32) 3711-5029.

A situação pede uma ação imediata. Os dois milhões de metros cúbicos de lama que vazaram após rompimento da barragem da mineradora na última quarta-feira, dia 10 de janeiro, invadiram o rio Muriaé, atingiram vários municípios da região e já chegam ao Rio de Janeiro. Ao menos cinco municípios ficarão sem água por uma semana e milhares de pessoas perderam suas casas. O número de desabrigados não está definido, mas a Defesa Civil de Miraí estima que esteja entre duas a três mil pessoas.

Pedimos a Deus que console seus filhos e filhas neste momento de dor e sensibilize o maior número de pessoas a participar desta campanha de solidariedade.

Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; agüentem com paciência os sofrimentos e orem sempre. Repartam com os irmãos necessitados o que vocês têm e recebam os estrangeiros nas suas casas”. Romanos 12.12-13 (Bíblia Sagrada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

Suzel Tunes
Assessoria de Comunicação
Sede Nacional da Igreja Metodista
(11) 6813-8617

Verso e Voz — 13 de janeiro

Mas tu, Senhor Deus, age por mim, por amor do teu nome; livra-me, porque é grande a tua misericórdia. Porque estou aflito e necessitado e, dentro de mim, sinto ferido o coração. ― Salmo 109.21-22

"Finalmente, nós somos renascidos para amar porque neste espaço gracioso e expansivo dentro de nós, chegamos na presença maravilhosa de Deus no núcleo de nossa vida. Nós cambaleamos no coração de Deus e encontramos nossos próprios". ― Sue Monk Kidd

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12 janeiro, 2007

Verso e Voz — 12 de janeiro

Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos e inimigas, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames. ― Lucas 6.27-30

“Necessitamos medir nosso mundo e o imperativo para fazer a paz com um olhar à justiça. O que quer que é injusto ameaça a paz. O que quer que promove a justiça é um ato de fazer a paz". ― Robert McAfee Brown, de Making Peace in the Global Village

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11 janeiro, 2007

Verso e Voz — 11 de janeiro

Quando no meio de ti houver algum pobre, dentre teus irmãos ou irmãs, em qualquer das tuas cidades na terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a mão a teu irmão ou irmã pobre; antes lhe abrirás a tua mão, e certamente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. ― Deuteronômio 15.7-8

“O que fêz o ensino de Jesus diferente e aparentemente tão difícil de aceitar tanto no passado quanto agora, era que exigiu uma reavaliação crítica das estruturas e dos valores e atitudes da sociedade humana enquanto seus ouvintes e seguidores compartilharam nela”. ― Monika K. Hellwig, de Jesus: The Compassion of God

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10 janeiro, 2007

Assembléia do CLAI reunirá 600 líderes religiosos

Por: Susana Flores Iñapanta e Nilton Giese

QUITO, 9 de janeiro (ALC/CLAI) – Mais de 600 líderes de diferentes denominações do continente estarão presentes na V Assembléia que o Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) reunirá em Buenos Aires, de 19 a 25 de fevereiro. O evento terá lugar nas instalações do Colégio Ward, das igrejas Metodista e Discípulos de Cristo, sob a temática “A graça de Deus nos justifica, seu espírito nos libera para a vida”.

O CLAI é um movimento ecumênico que reúne180 igrejas e organismos cristãos de 20 países da região. As preocupações das igrejas que constituem esse movimento ecumênico voltam-se ao agravamento das contradições sociais e desigualdades no continente, às frágeis saídas para a crise social instalada, às disputas eclesiásticas e à redefinição das tarefas do movimento ecumênico na atualidade.

A Junta Diretiva do CLAI definiu seis metas para um trabalho conjunto como igrejas e organismos ecumênicos no continente. Essas metas têem por objetivo definir o CLAI como uma comunidade eclesial com identidade continental, que enfatiza os processos nacionais, com um aprofundamento bíblico e teológico a respeito dos desafios da realidade das igrejas, procurando colaborar para a justiça social.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

Verso e Voz — 10 de janeiro

Ó Deus, dá ao rei os teus juízes, e a tua justiça ao filho do rei. Julgue ele o teu povo com justiça, e os teus pobres com eqüidade. Que os montes tragam paz ao povo, como também os outeiros, com justiça. Julgue ele os aflitos do povo, salve os filhos do necessitado, e esmague o opressor. Viva ele enquanto existir o sol, e enquanto durar a lua, por todas as gerações. Desça como a chuva sobre o prado, como os chuveiros que regam a terra. Seus dias floreça a justiça, e haja abundância de paz enquanto durar a lua. ― Salmo 72.1-7

“Nós semeamos sementes que irão florir como resultados na nossa vida, é por isso melhor remover as ervas daninhas da ira, avareza, inveja e dúvida, para que a paz e abundância se manifestem para todos”. — Dorothy Day

09 janeiro, 2007

Verso e Voz — 09 de janeiro

Antes em tudo recomendando-nos como ministros e ministras de Deus; em muita perseverança, em aflições, em necessidades, em angústias, em açoites, em prisões, em tumultos, em trabalhos, em vigílias, em jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por má fama e por boa fama; como enganadores, porém verdadeiros. ― 2 Coríntios 6.4-8

“Na maioria de pessoas existe alguma faísca do idealismo, que pode ser soprada em uma flama. Às vezes precisa de um 'detetor' para descobrir o que é; mas quando encontrada, e isso é frequente, e mostrado aos donos ou donas, os resultados são frequentemente extraordinários”. ― Louis Brandeis

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A construção continuada da paz

Por Leonardo Boff *

Inauguramos o novo ano com esperança de um recomeço do Governo Lula, mais experimentado e com sentido de responsabilidade sócio-ambiental no projeto macroeconômico. Mas também sob um cenário mundial sombrio de guerra e de ameaças ao ambiente devido ao aquecimento global. Como construir a paz num contexto tão adverso? Seguramente precisamos superar o velho paradigma ainda dominante cujas raízes se encontram na cultura patriarcal. Seu eixo estruturador é a vontade de poder-dominação.

Esse poder tem como paradigma a conquista, bem representado por Alexandre Magno. Trata-se de um projeto ambicioso e prometeico de conquistar o mundo inteiro, a sujeitar povos e submeter a natureza. Esse projeto não reconhece limites: penetrou no coração da matéria e invadiu o espaço sagrado da vida. Ele é radicalmente antropocêntrico. Só conta o ser humano em guerra contra a natureza.

Não é de se admirar que, na sua volúpia conquistadora, tenha construído o princípio da auto-destruição: montou uma máquina de morte, capaz de destruir, por dezenas de formas diferentes, a si mesmo - esse é o seu caráter suicidário - e danificar grande parte da biosfera.

Foi a vontade de poder-dominação que criou o exército, a guerra, a atual forma de Estado, a modernidade técnico-científica e a globalização. Sem freios, para onde nos levará? Seguramente não para o reino da liberdade, dos direitos, da cooperação e do respeito. Que paz podemos esperar?

A paz somente é possível como obra da justiça. Nenhuma sociedade terá futuro construída sobre uma injustiça estrutural e histórica como a nossa. O básico da idéia da justiça é esta afirmação, "verdadeira declaração de amor à humanidade": para cada um segundo suas necessidades (físicas, psicológicas, culturais e espirituais) e de cada um segundo suas capacidades (físicas, intelectuais e morais). Nesse sentido a justiça pressupõe a igual dignidade de todos e a busca do bem comum definido pelo Papa João XXIII em sua encíclica Pacem in Terris (1963) como"o conjunto das condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana".

Se não houver uma reconstrução das relações para que sejam mais justas, igualitárias e includentes seremos condenados a conviver com conflitos e guerras. Esta paz exige reparações históricas e políticas compensatórias que os dominadores históricos se recusam a introduzir.
Esta paz tem seu fundamento na própria natureza do ser humano. Se por um lado existe nele a vontade de poder, existe também a vontade de conviver.

Ao lado do paradigma Alexandre Magno, existe o paradigma Francisco de Assis e Gandhi, aquele do cuidado e do espírito de irmandade universal com todos os seres do universo. O ser humano pode ser cooperativo com seus semelhantes fazendo-os aliados, amigos e irmãos e irmãs. Há culturas ainda hoje existentes para as quais é possível um trato humano e fraterno entre as pessoas e os cidadãos. As tensões e os conflitos naturais são resolvidos pelo diálogo, pela negociação e pela capacidade de cada um de assumir compromissos que o responsabilizam e o comprometem com todos os demais.

Dar primazia ao paradigma do cuidado e manter o da conquista, sob severa vigilância, torna possível a paz e a concórdia entre as pessoas e na sociedade mundial.

* Teólogo. Membro da Comissão da Carta da Terra

Fonte: ADITAL

08 janeiro, 2007

Levantamento aponta homicídio de 40 indígenas em 2006

BRASÍLIA, 8 de janeiro (ALC) – Pelo menos 40 indígenas foram assassinados no Brasil no ano passado, a metade dos casos registrados no Mato Grosso do Sul. O levantamento, ainda preliminar, é do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Dados oficiais serão apresentados no Relatório de Violência contra Povos Indígenas no Brasil em 2006, previsto para abril.

A grande incidência de casos no Mato Grosso do Sul mostra, segundo o CIMI, a urgência de o poder público e a sociedade organizarem ações naquele Estado, a partir de estudos sérios que permitam o conhecimento da realidade daquela população e que apontem para soluções duradouras.

O levantamento do CIMI é baseado em informações recebidas de comunidades indígenas e pelo acompanhamento de jornais. Dados a respeito da autoria dos homicídios indicam que das 40 mortes registradas no ano passado, em 18 casos aparecem indígenas como acusados, em quatro casos não-índios e em outros 18 casos a origem dos autores não pôde ser identificada através das informações obtidas.

Em muitos dos registros aparecem referências ao consumo excessivo de álcool e até mesmo de drogas. Segundo o CIMI, os dados demonstram que as tensões internas vividas pelas comunidades indígenas estão causando desequilíbrios nas relações entre as pessoas, “propiciando brigas, facilitando o consumo de álcool e drogas, levando ao surgimento de assassinatos dentro da própria comunidade”.

Suicídios e homicídios registrados nas comunidades indígenas Guarani e Terena do Mato Grosso do Sul merecem um olhar mais apurado, defende o organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O histórico confinamento dessas populações, agravado pelo aumento das áreas da região com a valorização da soja e pelo baixíssimo número de demarcações, é uma causa já conhecida, aponta.

As comunidades indígenas Guarani-Kaiowá, de Amambaí e Dourados, no Mato Grosso do Sul, contam com menos de 1 hectare por habitante nas áreas em que vivem.

Dentre os outros 20 casos de homicídios de indígenas ocorridos no ano passado, quatro foram registrados na Bahia, três em Minas Gerais; Rondônia, Alagoas e Mato Grosso tiveram dois casos. Roraima, Maranhão, Espírito Santo, Ceará, Acre, Pará e Pernambuco registraram um homicídio, em cada Estado.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

E partindo dali, achou a Jonadabe, filho de Recabe, que se lhe fez encontradiço, e Jeú o saudou. E lhe disse: Porventura tens tu o coração reto, como o meu o é com o teu coração? E Jonadabe respondeu: Tenho. Se assim é, disse Jeú, dá-me a tua mão. — 2 Reis 10.15

“A pessoa de espírito católico é o que, do modo acima exposto, dá sua mão a todos aqueles cujo coração seja reto com seu coração: (...) – como amigos e amigas, como irmãos e irmãs no Senhor, como membros de Cristo e filhos de Deus, como atuais co-participantes do presente reino de Deus e co-herdeiros de seu reino eterno - a todos, de qualquer opinião, ou culto, ou congregação, que creiam no Senhor Jesus Cristo; que amem a Deus e às pessoas”. — João Wesley, O Espírito Catolico

07 janeiro, 2007

Café Teológico pretende estreitar laços de respeito religioso

Líderes mulçulmanos prestigiarão a abertura do café teológico em Maringá

Confirmaram presença na abertura do Café Teológico, os Xeiques da comunidade Mulçulmana de Maringá e Paranavai; juntamente como o Presidende Sociedade Beneficiente Muçulmana de Maringá Sr. Feres Salém.

Segundo um contribuidor, "O Café se sente honrado em acolher pessoas tão ilustres e gentis como os amigos da comunidade Mulçulmana, companheiros conhecidos nas jornadas pela promoção da paz." Os contribuintes do Café Teológico estão confiantes que os encontros mensais serão oportunidades de amizade mais estreitas com outros amigos, entre eles os budistas que já estão elegendo representantes para inauguração do Café.

"Enquanto há esforço tremendo por certos grupos em semear divisões, o Café irá acolher "os diferentes"em encontros mensais. O resultado será, sem dúvida, respeito amizade e soma se saberes entre os participantes do café. Não há como apagar essa chama, acendida pelo Deus do amor e da vida". Comenta a relações Públicas do café Teológico. Saiba no blog

http://cafeteologico.blogspot.com/

Verso e Voz — 07 de janeiro

Ao fim de cada sete anos farás remissão. E este é o modo da remissão: todo credor remitirá o que tiver emprestado ao seu próximo ou próxima; não o exigirá do seu próximo ou próxima ou do seu irmão ou irmã, pois a remissão do Senhor é apregoada. — Deuteronômio 15.1-2

“Se nosso dever moral para fornecer saúde, instrução e moradia a nossos povos nos impede de pagar o débito, não hesitaremos dois segundos”. - Rafael Correa, eleito recentemente presidente de Equador

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