07 julho, 2007

Verso e Voz - 07 de julho

Não oprimirás o jornaleiro pobre e necessitado, seja ele teu irmão ou estrangeiro que está na tua terra e na tua cidade. No seu dia, lhe darás o seu salário, antes do pôr-do-sol, porquanto é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado. - Deuteronômio 24.14-15

De vez em quando, separe para você mesmo um dia em que, sem distrações, você possa, sem pressa, louvar a Deus e corrigir todo o louvor e ação de graças que você negligenciou todos os dias de sua vida em retribuir a Deus para todo o bem que ele fez. Este será um dia de louvor e ação de graças e um dia de júbilo, e você celebrará a memória daquele louvor radiante com que você será jubiloso a Deus para a eternidade, quando você será satisfeito completamente pela presença de Deus, e a glória de Deus encherá sua alma. - Gertrude o Grande, Espiritual Excercises, Citado por Hugh Feiss em Essential Monastic Wisdom (Sabedoria Monástica Essencial)

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Café com amigos/as em Vila Isabel

No último dia 30 de junho aconteceu na Igreja Metodista de Vila Isabel, Rio, um encontro promovido pela Koinonia, onde 37 pastores e leigos se encontraram para tomar um café, trocar experiências, orar e avaliar sobre a caminhada do movimento ecumênico em nosso país e cidade.

Depois de 1h de um delícioso café oferecido pela Igreja Metodista de Vila Isabel o grupo se reuniu na capela para orações e reflexão. Darly Chaves, da Igreja Presbiteriana Independente, relatou resumidamente pesquisa que fez para o Conselho Latino Amaricano de Igrejas (CLAI) sobre a caminhada do movimento ecumênico no Brasil e na América Latina a partir de 1930. Um ponto que se destacou na fala de Darly foi a percepção da falta de renovação de novas lideranças à frente do movimento ecumênico no Brasil. "Quem lidera as práticas ecumênicas hoje são os mesmos da década de 60", embora hoje o espaço para ações ecumênicas esteja se abrindo novamente.

Zwinglio Dias, pastor da Igreja Presbiteriana Unida, fez uma análise teológico-pastoral do ecumenismo.

Houve então um momento de participação dos presentes, onde se destacam, entre outras, as seguintes frases:
- O que envergonha a igreja no Brasil não são as suas diferenças, mas a divisão, a falta de uma unidade mínima, a falta de respeito a quem é diferente de nós e o entendimento de que somos diferentes como riqueza da multiforme graça de Deus;

- A juventude intelegente (pensante) não está mais na igreja, mas ela se "encontra" noutros espaços. E mesmo a juventude que está dentro da igreja não tem mais a igreja como o lugar privilegiado para orientar sua formação, seus valores éticos.

- A Igreja Católica é uma instituição anti-ecumênica. Basta ver os discursos do papa por ocasião da sua visita ao Brasil. Ele recuperou o discurso de que fora da Igreja (a Católica) não existe salvação. O que existe na Igreja católica são pessoas que têm o coração ecumênico.

- O mesmo preconceito que a Igreja Católica tem com os evangélicos, nós evangélicos temos para com os neo-pentecostais. Nossas mãos ecumênicas estão estendidas para esses irmãos e irmãs? Será que do meio neo-pentecostal não pode vir coisa boa?

- A palavra ecumenismo hoje tem um sentido muito, muito, muito negativo. Devemois abondanar o uso dessa expressão. Devemos trabalhar para a unidade. Unidade Cristã, inclusive, é uma expressão muito mais significativa para nós evangélicos brasileiros.

- Os diversos grupos evangélicos ao não se reconhecerem como parte do corpo de Cristo, não se respeitando uns aos outros, caem na tentação de se comportarem como um corpo doente onde a mão fala mal do olho, o olho fala mal do pé, o pé fala mal da mão, etc... Quem não faz parte do mundo evangélico, tudo o que consegue ver, é a competição entre grupos, pessoas, liderenças, etc... O evangelho parece coisa fragmentada. E a casa fragmentada e dividida não subsiste.

- Não podemos falar, pensar, refletir, orar, etc... tudo que é importante num único encontro. Precisamos passar mais tempos juntos. Quanto mais nos conhecermos, mais seremos capazes de estabelecer amizade e unidade. A gente tem como característica defender, proteger, tomar partido, etc, das pessoas que estão mais próximas de nós. Precisamos construir caminhos que nos conduzam a estar próximos um dos outros, que nos levem ao companheirismo cristão, à amizade, à unidade cristã.

A Koinonia marcou um segundo encontro, um segundo Café, para o sábado dia 11 de agosto (a confirmar). Será na Igreja Metodista de Vila Isabel que tão carinhosamente tem acolhido o grupo. A idéia, a princípio, é passarmos um tempo maior juntos, de modo que, além do café, muito possivelmente teremos nesse próximo encontro um almoço.

Arcebispa episcopal dos EUA chega hoje para visita de cinco dias. E no Brasil?


BRASÍLIA, 6 de julho (ALC) – A arcebispa da Igreja Episcopal dos Estados Unidos (ECUSA), Katharine Jefferts Schori, desembarca hoje, em Brasília, para uma visita de cinco dias ao Brasil. No final da tarde, ela será recebida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A visita da líder religiosa estadunidense “prende-se ao interesse da EUCSA pelo crescimento constante do anglicanismo no país”, frisou o primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), arcebispo Maurício Andrade.

Em Brasília, Jeffets Schori visitará no sábado, acompanhada de colegas brasileiros, projetos sociais da Igreja no Novo Gama, voltados ao amparo de crianças, idosos, sem-terra e sem-teto.
Ainda no sábado, a arcebispa participará de celebração de ação de graças na Catedral Anglicana da Ressurreição, em Brasília.

No domingo, a presidenta da ECUSA viaja a Porto Alegre, onde participará de celebração eucarística, no mesmo dia, e terá encontro, na segunda-feira, com reverendas, seminaristas e lideranças da União de Mulheres Episcopais Anglicanas.

A próxima capital a ser visitada será o Rio de Janeiro, aonde chegará na segunda-feira para, na terça-feira, retornar aos Estados Unidos.

Katharine Jefferts Schori é a primeira mulher a alcançar o posto de arcebispa. Ela é bióloga, piloto, doutora em Oceanografia pela Universidade de Oregon, e mestre em Teologia.

Uma das prioridades do seu ministério é a luta pelo restabelecimento da paz no mundo. A presidenta da ECUSA defende o acolhimento na Igreja de todas as minorias, inclusive no campo sexual.

A ECUSA conta com 2,4 milhões de fiéis, espalhados em 110 dioceses, em 16 países. O anglicanismo chegou aos Estados Unidos através de missionários que acompanharam os colonizadores ingleses. Hoje, os anglicanos estão presentes em 165 nações, do Ocidente ao Oriente.

A primeira igreja anglicano instalada no Brasil foi no Recife, em 1838, como capelania dos ingleses. Como igreja de missão, ela está no país há 117 anos. A IEAB tem dez dioceses, de Norte a Sul.
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Live Earth

Vamos participar...?

Você concorda com a carta de compromisso do Live Earth?
Ao disseminar essa carta vamos fazer dos shows de sábado um verdadeiro momento contra o aquecimento global!
Veja a CartaPrezad@ amig@, Os shows do Live Earth esse sábado serão assistidos por 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro. Porém eles são mais do que shows. Eles são um chamado de mobilização. Durante o evento, os organizadores do Live Earth estarão desafiando as pessoas ao redor do mundo a assinarem a carta de compromisso do Live Earth. Essa carta contém 7 principios para se combater a crise climática. (O texto completo está abaixo). Os membros da Avaaz superaram as espectativas e organizaram festas do Live Earth em 125 paíeses, sendo eles um total de 2500 anfitriões. Se nós usarmos essa energia e comprometimento para chamar atenção para a carta de compromisso, podemos fazer do Live Earth um terremoto político. Você pode assinar a carta e envia-la para cinco amigos? http://www.avaaz.org/po/climate_pledge/?cl=13352532 O texto completo da carta está abaixo. Ela é mais do que uma petição – é um manifesto de propósito pessoal e político. Ao ler a carta, imagine o que é possível se milhões de pessoas lerem e cumprirem as ações da carta.
EU ME COMPROMETO: 1.A exigir que meu país participe de um tratado internacional nos próximos 2 anos, que reduza em 90% a poluição responsável pelo aquecimento global nos países desenvolvidos e em mais de 50% em todo o mundo, para que a próxima geração herde um planeta saudável; 2.A assumir atitudes individuais para solucionar a crise climática, reduzindo ao máximo as minhas emissões de CO2 e neutralizando o restante para me tornar uma pessoa "carbono neutra"; 3. A lutar pela suspensão da construção de qualquer gerador de energia movido a carvão, que não tenha a capacidade de reter e armazenar o CO2 com segurança; 4.A trabalhar por um aumento significativo na eficiência do uso de energia da minha casa, trabalho, escola, espaço religioso e nos meios de transporte que utilizo; 5.A lutar por leis e políticas públicas que ampliem o uso de fontes de energia renováveis para reduzir a dependência do petróleo e carvão; 6.A plantar novas árvores e me unir a outras pessoas na preservação e proteção das florestas; 7.A comprar produtos de empresas e apoiar líderes que compartilham do meu compromisso em solucionar a crise climática e construir um mundo próspero, justo e sustentável para o século 21.Essa carta de compromisso é o que dá propósito ao Live Earth. Ela é o sentido das festas. Ela contém os compromissos que precisamos para criar verdadeiras mudanças. Assine a carta agora e enviee para seus amigos para que possamos conseguir 250.000 assinaturas antes dos shows do Live Earth no sábado: http://www.avaaz.org/po/climate_pledge/?cl=13352532 Vamos fazer do Live Earth o começo de um movimento imbatível. A crise climática merce nada mais do que isso. Com esperança, Ben, Graziela, Ricken, Paul, Hannah, Iain, Galit e toda a equipe da Avaaz PS: Você ainda pode se inscrever para organizer uma festa:http://www.avaaz.org/po/live_earth/?cl=13352532ou participar de uma festa:http://www.avaaz.org/po/live_earth_parties/?cl=13352532 ________________________________________________________ Você está recebendo essa mensagem porque você assinou G8: Ação Climática Agora no 2007-06-13 usando o email vera.nakata@gmail.com Por favor adicione avaaz@avaaz.org para sua lista de endereços para garantir que você continue recebendo os nossos alertas. Ou se você prefeir deixar de receber nossos alertas clique aquiAvaaz.org está localizada na 260 Fifth Avenue, Nova York - NY 10001 EUA. Avaaz.org está presente também em Washington, Londres, Rio de Janeiro e ao redor do mundo

06 julho, 2007

Teólogo Ecumênico, muito prazer!

Por: Cleber Lizardo de Assis [1]

Foi assim me apresentei num fórum estadual de direitos humanos ocorrido em Belo Horizonte. Os motivos: sentia-me incomodado, de consciência pesada mesmo, perante a audiência.

Meus motivos:

Primeiro, senti que um teólogo no meio de movimentos sociais, lutando por justiça e direitos humanos parecia meio incoerente quando se percebe algumas igrejas e religiões adotarem um discurso de intolerância;

Segundo, por que estava tão envergonhado de minha denominação ter tido um surto anti-ecumênico e se retirado de todos os órgãos onde tinha assento a Igreja Católica Romana;

Terceiro (mas ligado ao anterior), me referi como teólogo ecumênico, pois se referisse à denominação implicaria em vergonha e risco de punição explícita ou velada;

Quarto, descobri que existem aquelas vozes teológicas que falam pela instituição, tem seus vínculos empregatícios, sua dependência institucional e há outros que precisam demarcar sua própria fala profética, desviante e rebelde, mas talvez mais comprometida com o evangelho e com a transformação do mundo de forma integradora;

Quinto, notei que minha formação teológica, para além da academia, gestou-se na caminhada, e no caminho é que faz o próprio caminho, de mãos dadas com o que pensa e crê diferente, daí a teologia torna-se outra, encarnada e dialeticamente sofrida e bela.

Sexto, por que nesses meios ricos de diversidades, a teologia precisa construir pontes epistêmicas e metodológicas que não meramente a leitura literalista da Bíblia ou qualquer outro texto sagrado, sem se ensimesmar-se no próprio umbigo;

Sétimo, pelo imperativo de que o evangelho do Cristo precisava ser anunciado e repartido de alguma forma e alimentar alguma fome que desconhecia: ao final, pessoas tocadas, agradeceram o alimento.

Belo Horizonte, inverno de 2007

[1] Educador, Teólogo e Psicólogo. Email: kebelassis@yahoo.com.br

Por uma Espiritualidade Cidadã e Geradora de Paz

Por: Cleber Lizardo de Assis [1]

“Felizes os/as pacificadores/as porque serão chamados e chamadas filhos e filhas de Deus” (Jesus Cristo, em Mateus 5.19)

“Não há caminho para a paz; a paz é o caminho” (Mahatma Gandhi)

Ficamos assustados com os atentados e crimes cometidos em nome de Deus e baseados em credos fundamentalistas em terras distantes e nos desculpamos em relação às nossas práticas religiosas segregacionais: a única diferença é que nós realizamos atentados contra a vida de forma latente, velada e cínica.

O Brasil é marcado por uma rica diversidade cultural, étnica e religiosa, mas não podemos negar usos e abusos de poder de segmentos majoritários e produção de contra-ataques reacionários por minorias, mais uma vez de forma velada e ‘pacífica’.

Assim como na questão de gênero e racial, também no religioso institucionalizamos um pacifismo mítico e hipócrita que esconde o quão ardilosas são nossas práticas e relações.

Como exemplo disso podemos citar a dificuldade de órgãos e segmentos religiosos se assentarem para o diálogo e a articulação de projetos sociais em favor do bem comum.

Se por um lado temos organismos ecumênicos que se esforçam para essa articulação, temos retrocessos institucionais de intolerância, inclusive levando a denominações religiosas históricas a se evitarem, fazendo predominar no meio religioso a mesma lógica da concorrência capitalista desleal.

Outro dilema por que passam alguns segmentos religiosos é o contra-senso de, ao invés de refletir e provocar a criação e a defesa de direitos humanos, se opõe às diversas manifestações sociais e jurídicas de defesa da dignidade humana: as religiões e espiritualidades podem haver formulações teológicas periféricas conflitantes, mas nenhuma destoa do princípio do amor e da dignidade humana.

Acabamos por assistir um fenômeno interessante, marcado pela emergência de grupos minoritários e excluídos que batalham literalmente por identidade e respeito, fundamentados numa ética da solidariedade na diversidade, enquanto instituições históricas que deveriam fazê-lo colocam-se na contramão da história: esses grupos minoritários seriam, portanto, mais religiosos e espirituais que os últimos.

O Estado brasileiro laico, por sua vez, mantém mesmo inconsciente um pé no aparato jurídico-religioso tradicional e outro nas inovações que fundamentam os direitos humanos à cidadania plena.

Graças à beleza da novel democracia brasileira, temos a efervescência de movimentos, fóruns e conselhos de direitos e reivindicação, participativos e organizados pela sociedade civil, cumprindo um papel fundamental na formulação e fiscalização de políticas públicas para segmentos diversos em situação de vulnerabilidade social.

Sobre a fala do Cristo, poderíamos resumir no seguinte aporte às nossas reflexões e ações em prol de um mundo melhor:

“Felizes”, remete à categoria de Felicidade procurada em nosso tempo pós-moderno em aquisições de coisas meramente materiais; felicidade aqui é definida pelo agir/atitude/valores ou condição de existir, de Ser e não meramente ter, como será complementado na seqüência.

“Pacificadores/as”, a partir do termo original grego podemos dizer que se refere-aqueles e aquelas que geram ou criam a paz, mas que paz é essa? Ao pensar sobre o processo lindo e dramático de geração da vida, devemos obrigatoriamente refletir sobre a necessária dimensão dialógica e relacional dessa construção, o que implica em sedução/valorização do outro com sua diferença e numa relação integral que envolve respeito, solidariedade, justiça e ética comunitária;

“Considerados/as filhos e filhas de Deus”, referindo-se à construção de identidade mediante o projeto comum de paz, que leva à filiação ao Divino, ao Sagrado, não importando se invocamos Deus, Javé ou Alá; nessa afiliação ao Divino não importa ainda o sexo, a cor, a condição social e principalmente o credo religioso.

As instituições religiosas, mediadoras históricas do Sagrado deveriam repensar suas teologias e práticas, não a partir de uma divindade fria e distante, mas pela sensibilidade ao humano em suas aspirações de transcender; deveriam basear-se numa ética de cuidado por todo o mundo habitado (ecumenicidade) e não meramente por interesses pequeno-institucionais.

Esses espaços sim, conselhos, fóruns e movimentos sociais, mesmo sem rituais possuem mística própria e se constituem em verdadeiras religiões e espiritualidades incluidoras, ecumênicas e efetivamente religadas ao Sagrado, pois são elas que conseguem o milagre da sinergia das diferenças dos credos, cores, idades, classes e formações para a produção de novos saberes e práticas libertadoras e emancipadoras do ser humano.

Assim, as religiões têm muito que aprender sobre a verdadeira espiritualidade com esses segmentos e principalmente com os gritos e gemidos das pessoas que sofrem.

Belo Horizonte, inverno de 2007

* Reflexão elaborada por ocasião do IV Encontro Estadual de Direitos Humanos, Belo Horizonte, 21/06/2007 e da V Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte, dias 22 e 23/06/2007

[1] Educador, Teólogo e Psicólogo. Assessor da Fundação Metodista de Ação Social e Cultural e do Projeto Sombra e Água Fresca. Email: kebelassis@yahoo.com.br

Verso e Voz - 06 de julho

Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta. - Tiago 2.26

Entender a verdade é fazer a verdade. - Jon Sobrino, Citado por Charles Ringman em Cry Freedom (Grita Liberdade)

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05 julho, 2007

Verso e Voz - 05 de julho

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. - Gálatas 5.13-14

Mas, quando uma sucessão longa de abusos e usurpações, invariavelmente procurando o mesmo objeto, evidencia um desígnio para os reduzir debaixo do despotismo absoluto, é seu direito, é seu dever, se livrar de tal governo, e prover guardiães novos para sua segurança futura. - Declaração de Independência (dos Estados Unidos), 04 de julho de 1776

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04 julho, 2007

Pastor Metodista José de Luca será nome de praça na capital

BUENOS AIRES, 3 de julho (ALC) - O pastor metodista José de Luca será homenageado na próxima segunda-feira, 9, Dia da Independência Nacional, quando será reinaugurada a Praça da Memória que levará o seu nome.A nota-convite para a cerimônia de reinauguração menciona que esta será uma homenagem a "um vizinho de Parque Patrícios". É que de Luca, com sua incansável luta pelos direitos humanos, pela dignidade e o evangelho comprometido, deixou profundas marcas em Buenos Aires, onde trabalhou por anos.

A paróquia O Carpinteiro de Nazaré, situada no bairro portenho de Parque Patrícios, foi um dos emblemas de seu compromisso até a morte pelos mais necessitados.Na homenagem também serão entregues os trabalhos realizados pela Comissão de DDHH a familiares e ex-detidos desaparecidos do bairro."Recordamos este grande homem e todos aqueles que lutaram e lutam pela verdadeira independência da nossa pátria", enfatizam os organizadores do evento no convite, que leva a assinatura do Parque Patrícios, Instituto de Relações Ecumênicas e Paróquia O Carpinteiro de Nazaré.De Luca faleceu no dia 10 de novembro do ano passado, aos 68 anos de idade. Reconhecido militante social e fundador do Movimento Ecumênico pelos Direitos Humanos (MEDH), o pastor metodista exerceu ativa participação na luta contra os efeitos da ditadura e, já em períodos de democracia, contra toda forma de exclusão social.

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Verso e Voz - 04 de julho

O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido. - Provérbios 21.13

Deveríamos perceber que não somos ouvidos multiplicando palavras, mas por causa da pureza de coração e das lágrimas de compunção. - Regra de São Bento

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03 julho, 2007

Recentes desdobramentos da minha participação no Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas

Por: Magali do Nascimento Cunha

Este texto simples é uma partilha dos recentes desdobramentos da minha participação no Comitê Central (CC) do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), onde sou representante da Igreja Metodista no Brasil e das Igrejas da Região América Latina.

Como membro do Comitê de Programa, que é um dos subcomitês do CC, fui convidada para participar da WCC Round Table 2007 [Mesa Redonda do CMI 2007]. A Mesa Redonda (MR) é um espaço criado desde 1995 como um órgão assessor composto de representantes do CMI e seus principais parceiros financiadores: ministérios especializados engajados em alívio e desenvolvimento, agências de missão e desenvolvimento relacionadas a igrejas de outras organizações ecumênicas com propósitos semelhantes. A MR tem como objetivo o diálogo ecumênico em torno das questões e ações que se destacam nas organizações envolvidas, a cooperação ecumênica e as oportunidades para parcerias mais profundas. A MR também permite que as agências estejam informadas dos encaminhamentos mais recentes e identifiquem pontos de interesse e prioridade comuns.

Além dos participantes mencionados, a MR inclui representantes de órgãos governantes do CMI (foi nesta categoria que fui convidada junto com outras quatro pessoas), de organizações ecumênicas e staff do CMI. As pessoas envolvidas têm atuações na coordenação de departamentos internacionais, na administração e na área de finanças.

Em 2007, a Mesa Redonda aconteceu de 9 a 10 de maio, nas dependências do CMI em Genebra. Previamente à MR, nos dias 7 e 8 de maio, aconteceu o fórum Working Together [Trabalhando Juntos] – uma reunião específica para os parceiros financiadores e o staff do CMI para tratar de assuntos operacionais relativos ao relacionamento agências-CMI.

Participaram da MR, como parceiros financiadores, representantes da NCC Austrália/Christian World Servie, da Igreja Unida do Canadá, da DanChurchAid (Dinamarca), da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia, FinnChurchAida (Finlândia), da Diaconia da Igreja Evangélica da Alemanha, da EMW (Alemanha), da EED (Alemanha), da ICCO (Holanda), da Stichting Rotterdan (Holanda), da Norwegian Church Aid (Noruega), da Igreja da Suécia, da Mission Covenant Church da Suécia, da Pão para Todos (Suíça), da HEKS (Suíça), da Missão 21 (Suíça), da Christian Aind (Grã Bretanha e Irlanda), da Igreja Presbiteriana dos EUA, da Igreja Unida de Cristo (EUA), da Igreja Metodista Unida (EUA), de Church World Service (EUA).

Participaram, como organizações relacionadas ao CMI, representantes da ACT Development, ACT Internacional, da Ecumenical Advocacy Alliance, da Ecumenical News International, do Ecumenical Church Loan Fund, da Federação Luterana Mundial. Como staff, estiveram presentes, além do secretário-geral Samuel Kobia, outras 20 pessoas, assessoras da secretaria-geral e integrantes dos seis novos programas e das áreas de comunicação e finanças. Como representantes de órgãos governantes do CMI, participaram cinco pessoas, membros do CC integrantes dos comitês de Programa e Finanças.

A abertura da MR aconteceu com um jantar no Instituto Ecumênico de Bossey na noite de 8 de maio.

Reflexão: Advocacy (Defesa da Vida)

O tema das duas sessões da MR dedicadas à reflexão foi “Advocacy”. Este é uma expressão do inglês de tradução variada tanto no português quanto no espanhol. Há quem traduza por defesa, ou por reivindicação, ou por promoção da vida, ou por ação social. Prefiro o termo “defesa” pois me parece o que mais se aproxima da tarefa de advogar uma questão – tomar a defesa de uma causa ou grupo – neste caso a “defesa da vida”.

Um painel, com três exposições sobre o tema, estimulou a reflexão em grupos e depois em plenário. Primeiramente, o secretário-geral do CMI Samuel Kobia apresentou a reflexão Advocacy – praying, witnessing and acting together [Defesa da vida – orando, testemunhando e agindo juntos]. Kobia apresentou o tema da Defesa da Vida como uma questão de fé e expôs o papel singular que o CMI tem na questão. A primeira dimensão é ser voz que represente a ampla comunidade do CMI (igrejas e organizações ecumênicas e afins), especialmente com aqueles que sofrem. Um exemplo dado foi o do Fórum Ecumênico do Sudão, que com sua abordagem holística, se tornou um mecanismo efetivo para parceiros ecumênicos, fortalecendo a dinâmica pela paz no Sudão. A mudança torna-se, então, resultado do testemunho público.

A segunda dimensão do papel do CMI na defesa da vida é manter a coerência do movimento ecumênico, que precisa ser visto em ação. Um exemplo dado foi a formação de ACT Development. A terceira dimensão apresentada por Kobia foi a do CMI ser a voz comum das igrejas-membros, cristalizando o que é dito, por exemplo, por meio dos pronunciamentos públicos sobre as mais diversas questões e por meio de defesa de direitos na ONU. Isto significa abrir portas para que os grupos de base sejam ouvidos por organismos como o Conselho de Segurança.

Outra dimensão do papel representado pelo CMI, no que diz respeito à defesa da vida, é ser pioneiro em áreas críticas. Um exemplo pode ser tomado principalmente na questão da saúde, trabalhando com a Organização Mundial de Saúde. O CMI facilitou, em amio de 2007, a participação de 120 pessoas de movimentos de base, organizações civis e organizações de saúde cristãs e ecumênicas na 60ª Assembléia Mundial de Saúde.

O CMI sente-se desafiado a partir de uma questão ética: “por que fazemos isto?” Afinal, o CMI não é uma ONG que se dedica a questão social específica, mas tem a capacidade de trabalhar de forma interativa e integrada com diferentes segmentos com um fundamento ético: o CMI é uma organização baseada na fé e no desafio de alcançar justiça e paz. Por isso atua, por exemplo, na África, com a Rede Ecumênica da Água e com ações em torno do HIV/AIDS, e ajuda também as igrejas a desenvolverem sua própria capacidade de advogar causas, como com a Década de Superação da Violência. Por isso é que o CMI afirma que a defesa da vida é uma questão de fé. A defesa da vida torna nossa fé explícita.

Kobia pontuou que a questão “quais são as ameaças à vida neste mundo?” é a fundamental para tornar a nossa fé explícita. Defender a vida das ameaças que se lhe colocam. Com isso, colocarmo-nos diante de Deus e do mundo para nos posicionarmos ao lado dos que sofrem, pois “o Cristo crucificado e ressurreto se identifica com os que estão sofrendo e fala por meio deles”. Esta dimensão espiritual da defesa da vida tem raízes na Bíblia, contido especialmente no Evangelho e nas Cartas de João. Nestes textos, Jesus é apresentado como aquele que advoga, que toma as causas das pessoas, assim como o Espírito Santo é apresentado como aquele que intercede por nós e pelos gemidos da criação. Por isso, nossas orações de intercessão juntamente com nossas ações de defesa são dimensões essenciais da nossa fé.

De acordo com esta reflexão, se entendida dessa forma, a defesa da vida não pode ser delegada a uma organização específica ou outros atores institucionais porque é uma característica básica de nosso testemunho comum ao mundo.

Após a intervenção de Samuel Kobia, duas organizações trouxeram testemunhos de suas práticas de defesa e as questões que delas emergem: a Association of World Council of Churches related Development Organizations in Europe /APRODEV [Associação de Organizações de Desenvolvimento na Europa relacionadas ao CMI] e o Church World Sservice/EUA.

A reflexão em grupos e o plenário aprofundaram essas reflexões, com destaque para a distinção entre fazer campanhas (como uma ação mais simples) e ações de defesa da vida (um nível mais profundo). Destacou-se ainda a capacidade do CMI de criar e facilitar novas redes em resposta às muitas demandas decorrentes das ameaças à vida.

Como contribuição ao debate, expressei minha apreciação à “teologia da defesa da vida” apresentada por Samuel Kobia, e indiquei a necessidade de aprofundarmos o tema entre nós, países empobrecidos. Países que têm uma história de colonização, construíram a cultura do apadrinhamento, que foi bem pontuada por Paulo Freire no tema da “domesticação”. Nessa cultura, entende-se que precisamos de pessoas que façam coisas por nós. Daí a criação de dependência (paternalismo) nas ações promovidas pelos países ricos e a pouca expressão de defesa de direitos em nossas igrejas. Claro que temos os movimentos de libertação e resistência, tantos exemplos! Mas, a presença de nossas igrejas nesses movimentos não é expressiva e esta cultura do apadrinhamento é muito forte. Além disso, também há a cultura cristã construída pela forma em que muitos dos nossos países foram missionados. Há a formação cristã baseada no pietismo e no fundamentalismo que resultaram numa postura de isolamento da sociedade e de desprezo às causas sociais e ao sofrimento, que seria compensado com o Reino dos Céus preparado num porvir que aguarda os fiéis aqui na terra. Por isso, torna-se necessário trabalhar o tema da promoção de defesa da vida nos países empobrecidos, especialmente com as igrejas, enfatizando sua vocação.

Na noite posterior a estas sessões de reflexão, participamos de um jantar com a Ecumenical Advocacy Alliance (sem tradução oficial para o português e no espanhol “Alianza Ecumenica de Acción Social”). Pudemos ouvir relatos sobre a atuação deste grupo e participar de campanha de assinaturas “Mantenham a promessa”, que pressiona os governos a cumprirem acordos e ações aprovadas em torno da luta contra HIV/AIDS.
Veja aqui, mais informações sobre a Aliança.

A sessão sobre o Planejamento do CMI para 2007-2010

Foi apresentado à MR o Planejamento do CMI para 2008-2013, conforme aprovado pelo CC em 2006 e formatado em projetos e atividades pelo staff para 2008-2010. Aruna Gnanadasan, assessora de Planejamento e Integração do CMI, apresentou o Plano baseado em 15 metas, ao invés de projetos com seus próprios objetivos. Estas metas se fundamentaram nas questões: “que tipo de unidade buscamos?”, “unidade visível? Qual?”.
Há também um documento denominado “WCC Programme Plans 2008-2013 Summary with Project outlines 2008-2010” , conhecido como “green book”, publicado em abril passado. Quem ainda não o acessou pode solicitar a programmes@wcc-coe.org.

Na apresentação, foram destacadas atividades de cada programa, como exemplo das ênfases resultantes da Assembléia 2006: A Rede Ecumênica da Água (do Programa 4), o Processo AGAPE (do Programa 3), o Processo por um código de conduta sobre conversão - 2006-2009 - (do Programa 6), com consultas intracristãs, cuja primeira será realizada em agosto de 2007, a Década de Superação da Violência (do Programa 3), que culminará com uma Convocação Ecumênica Internacional pela Paz em 2011.

Finanças

Foi apresentado à MR um balanço financeiro do CMI. Nessa avaliação apontou-se avanço nos últimos sete anos, no que diz respeito a saldos e resultados. Indicou-se ainda a necessidade de maior participação financeira das igrejas-membros (senso de pertença) – 80% da renda do CMI vem das agências parceiras.
Veja aqui os balanços.

Indicações da Mesa Redonda

Como síntese da reunião, foi solicitado pela plenária que a coordenação da MR dê continuidade, juntamente com o staff do CMI, dentre vários elementos:

1 – ao embasamento teológico da questão da defesa da vida;

2 – à busca de um nível global de defesa pelo CMI e a família ecumênica frente à ONU e seus segmentos (especialmente no campo dos direitos humanos e segurança humana);

3 – à tentativa de tornar mais claro o papel do CMI e sua comunidade nos pronunciamentos às instituições financeiras internacionais;

4 – à clarificação do papel do CMI e sua comunidade, e também dos parceiros, nos pronunciamentos aos setores privados, particularmente as corporações internacionais;

5 - à compreensão das diferentes agendas de defesa na família ecumênica, seja por um mapeamento criativo, divisão de trabalho ou fóruns existentes.

Foi destacada a necessidade de atenção à vulnerabilidade do movimento ecumênico, resultante de sua vitalidade e diversidade, de possuir tantos diferentes atores. Há que se atentar para a complexidade do movimento ecumênico e, por conseguinte, das relações complexas que se criam.

De acordo com a reflexão, essa complexidade se expressa, primeiramente, nos contextos político-sociais: o CMI é a única voz que pode falar por algumas igrejas em meio a crises. Segundo, a complexidade no lidar com os desafios do mundo moderno: o CMI ajuda as igrejas a ampliar sua ação (por exemplo, a Igreja Copta indicou bispos para atuarem em questões sociais e na luta contra HIV/AIDS). Terceiro, a complexidade quanto aos valores que as igrejas criam ao redor de si: o CMI questiona algumas igrejas quanto a posições que assumem, num diálogo crítico, na problematização “os elementos são realmente inaceitáveis como vocês acreditam ser?”. Defender uma “mesa inclusiva” é levar em conta esta complexidade, foi a afirmação final deste debate.

Contatos resultantes da participação na MR

A participação na MR rendeu-me a oportunidade de conversar com pessoas e conhecer mais profundamente as mudanças em torno do novo planejamento de trabalho do CMI, especialmente as que se relacionam à América Latina.

Tive um momento de conversa com Carlos Ham, o novo executivo para a América Latina e Caribe. Carlos Ham é cubano, pastor da Igreja Presbiteriana, e atuava anteriormente como executivo no Programa de Missão e Formação Ecumênica. Esclareceu-me que os escritórios regionais não existem mais como no formato anterior; agora, o trabalho com as regiões está alocado no Programa 4 “Justiça, Diaconia e Responsabilidade pela Criação”.

Carlos Ham espera estreitar e ampliar as relações consolidadas e iniciadas por Marta Palma em sua atuação no continente. Contato com Carlos Ham: CAH@wcc-coe.org.

Outra informação relacionada a latino-americanos no CMI é a contratação de Odair Pedroso Mateus, brasileiro, da Igreja Presbiteriana Independente, que atuava em Genebra no escritório da Aliança Reformada Mundial, a partir de junho de 2007, como professor de Teologia Ecumênica no Instituto Ecumênico de Bossey e como executivo da Comissão de Fé e Ordem.

Próximas atividades com as quais estarei envolvida:

Outubro 2007: reunião do Comitê Permanente sobre Consenso e Colaboração.
Fevereiro de 2008: Próxima reunião do Comitê Central.

Magali do Nascimento Cunha
Junho de 2007

Esforços do CMI em favor da paz na Palestina e em Israel

GENEBRA, 2 de julho (ALC) - As igrejas da Palestina e de Israel estão esperançosas diante do engajamento do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) no apoio às lutas em favor de uma paz justa na região.

Esta foi a principal conquista da visita ao Oriente Médio de delegação coordenada pelo secretário-geral do CMI, pastor Samuel Kobia, entre 21 e 26 de junho. Um novo fórum, inaugurado antes da visita, e o programa de acompanhamento ecumênico são prioridade na lista de ações das igrejas para atingir o objetivo.

"A visita confirmou que o CMI tem um papel a desempenhar no fortalecimento das igrejas da Palestina e de Israel, bem como no apoio aos seus esforços", disse o diretor do Conselho para Relações Ecumênicas e Internacionais da Igreja da Noruega, Olav Fykse Tveit, que integrou a delegação.

Ele enfatizou ainda que, ao empreender este esforço, “é muito importante que escutemos atentamente as igrejas da Terra Santa e deixemos que elas decidam o tipo de apoio que precisam".

O Fórum Ecumênico Palestina/Israel, cuja inauguração ocorreu recentemente na Jordânia e foi muito bem recebido pela hierarquia das igrejas de Jerusalém, será "um instrumento privilegiado para facilitar uma maior participação das igrejas membros do CMI nos esforços de sensibilização em favor de uma paz justa na região", disse Samuel Kobia.

O secretário-geral adicionou ainda que o fórum "permitirá a nossas igrejas membros reforçar as atividades de conscientização, bem como de informação destinadas aos seus membros e ao público em geral".

"A juventude deve estar na primeira linha das preocupações do Fórum", disse a integrante do Comitê Central do CMI, Christine Biere, da Igreja Evangélica da Alemanha e que integrou a delegação ecumênica. Biere considera que "a educação para a paz dos jovens e das crianças é fator fundamental para se conseguir o sucesso deste empreendimento e a principal preocupação das igrejas locais".

O Programa Ecumênico de Acompanhamento na Palestina e Israel (PEAPI), do CMI, recebeu firme respaldo como uma iniciativa concreta por meio da qual as igrejas de todo o mundo participam da luta por uma paz justa.

A delegação do CMI recebeu informação de primeira mão. Eles entraram em contato com os voluntários do PEAPI e seu trabalho em Jayyous, uma pequena aldeia da Cisjordânia que ficou completamente isolada de suas terras agrícolas.

Também visitaram Hebrom, uma cidade palestina de 160 mil habitantes, cujo centro foi invadido por 400 colonos radicais israelenses, e cuja presença paralisou a vibrante vida comercial da cidade.

Estiveram em Aida, um acampamento de refugiados onde vivem 4,6 mil pessoas deslocadas por causa da guerra de 1948. Visitaram, por último, Belém, uma comunidade cercada e asfixiada pelo "muro de separação" que o governo de Israel está construindo na região.

"Os acompanhantes ecumênicos são os olhos e os ouvidos da família ecumênica em meio ao conflito", disse Kobia depois de percorrer os pontos habilitados para o cruzamento da "parede de separação", os postos de controle e as ruas vazias com as lojas fechadas.

Além de Kobia, Fykse Tveit y Biere, o Metropolitano Emmanuel (Adamakis) da Francia, do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, integrou a delegação do CMI, da qual também participaram Ruth Kobia e os membros do pessoal do CMI: Jonathan Frerichs, Peter Williams e Juan Michel.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

Verso e Voz - 03 de julho

O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado. - Provérbios 14.31

Para nós a Bíblia é nossa arma principal. Nos mostrou o caminho. Talvez esses que se chamam cristãos e cristãs mas que são somente teoricamente cristãos e cristãs, não entenderão por que nós damos à Bíblia o significado que damos. Mas isso é porque eles e elas não viveram como nós vivemos. ... Eu posso assegurar que qualquer um ou uma da minha comunidade, embora seja analfabeto e teria que ter a Bíblia lida a ela/a e traduzida para sua língua, pode aprender muitas lições disto, porque ele ou ela não tem nenhuma dificuldade em entender a realidade e qual a diferença entre o paraíso, lá no Céu, e a realidade do nosso povo aqui na Terra. - Rigoberta Menchu, I, Rigoberta: An Indian Woman in Guatemala (Eu, Rigoberta: Uma Mulher Índia na Guatemala)

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02 julho, 2007

Verso e Voz - 02 de julho

Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito, porque o SENHOR defenderá a causa deles e tirará a vida aos que os despojam. - Provérbios 22.22-23

Quando a graça vem primeiro e toca a mente, a oração é agradável e devota. É como uma chuva matutina. A oração é laboriosa quando seu coração está longe de sua oração, e Deus está longe do seu coração. Seu coração está distante de você se tem preocupações sem importância, está morno no seu fervor religioso, ou imergido em desejos carnais. Deus está longe de sua escuta quando ele retira a graça, adia a sua presença, ou testa a paciência do solicitante. - Pedro de Celle, citado por Hugh Feiss em Essential Monastic Wisdom (Sabedoria Monástica Essencial)

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01 julho, 2007

Verso e Voz - 1º de julho

Não perverterás o julgamento do teu pobre na sua causa. Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio. - Exodus 23:6-7

Conversão a Deus é ligado igualmente à conversão ao amor do próximo e próxima. - Segundo Galilea, Citado por Charles Ringma em Cry Freedom (Grita Liberdade)

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