23 setembro, 2006

Verso e Voz — 24 de setembro

Então, parou Jesus e mandou que trouxessem [o cego]. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou. Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus. — Lucas 18.40-43

“Aquele que sofreu, que foi crucificado e ressuscitou no seu corpo glorioso, ainda fala comigo hoje com palavras que queimam, que me incita e me impulsiona para ser algo diferente do que eu sou”. — Jacques Ellul

Charles Ringma, Resist the Powers with Jacques Ellul, Colorado Springs: Piñon Press, 2000.

Ecumenismo no contexto de Wesley

(Este foi publicado originalmente em 2005 no site: http://www.metodistaonline.kit.net/)

Meu irmão Odilon,
A Paz!

Estou sem tempo para entrar nessa discussão sobre ecumenismo e de maneira particular sobre as posições de Wesley sobre o papado e a Igreja de Roma. Os estudos aqui na Drew não me permitem. Por isso, até agora estava me esquivando de dizer alguma coisa. Mas acho de que pelo menos, tenho que fazer uma observação mais metodológica e menos de conteúdo, isto é, mais sobre como se discutir do que o quê se discutir.

Acontece que se a gente ignorar o contexto histórico em que Wesley disse isto ou aquilo sobre o papado, o espírito católico e os católico-romanos, ou relação dele com o misticismo de Teresa d'Avila, Madame Guillon, e outros místicos católicos,ou com a teologia ortodoxa-oriental e os Pais Apostólicos sobre a imago dei, o pecado original e a theosis, ou sobre seu arminianismo quase beirando a salvaçao pelas obras (com sua distinção entre justificação inicial - pela fé somente e sem obras, e justificação final - pela fé mas com obras), e a maneira como ele incorporou em sua teologia algumas das causas da justificação definidas pelo Concílio de Trento e que foram recusadas veentemente pelos reformadores do século dezesseis (mas que lhe possibilitou desenvolver seu ensino sobre a santificação diferentemente de Lutero e Calvino, certamente a maior contribuição teológica do metodismo à teologia cristã como um todo), a gente fica completamente confuso com a teologia e a prática missionária e pastoral de Wesley.

O mesmo pode ser dito sobre seus comentários bíblicos, seus diálogos com um católico-romano, ou outros escritos em que ele critica severamente a Igrejas de Roma. Se a gente toma tais textos de Wesley fora dos seus contextos históricos, a gente acaba por cometer erros graves e muito injustos contra o próprio Wesley, contra os católicos e contra nós mesmos.

Por exemplo, esse texto de Wesley sobre o papado que você colocou ontem seu site, fora do contexto histórico em que Wesley o publicou fica completamente contraditório com o seu sermão sobre o espirito católico e a carta a um católico-romano. E esses dois últimos textos também publicados sem um esclarecimento sobre o seu contexto ficam contraditórios com o texto hoje publicado por você. Se os três textos forem ao mesmo tempo publicados juntos sem a devida explicação de seus contextos certamentente, e com muita razão, muita gente vai dizer que Wesley devia ser maluco ou teologicamente irresponsável.

Foram estas possiveis incoerências de Wesley que levaram Dr. Richard P. Heitzenrater, em nossos dias um dos mais importantes teólogos historiadores do metodismo, a produzir a excelente obra "The elusive Mr. Wesley" em que ele procura esclarecer essas aparentes inconsistências de nosso pai espiritual João Wesley a partir dos diferentes momentos do avivamento metodista na Inglaterra. Portanto, o uso do material de Wesley fora do seu contexto, na minha opinião, não dá mais - é injusto para com ele e é injusto com a gente.

Essa discussão do modo como se está dando (segundo você, como se fora uma partida de futebol) não me agrada em nada porque citando Wesley fora do seu contexto missionário e pastoral me parece que se acaba por dizer somente meias-verdades. Isto me incomoda demais. Pra mim não dá mais para citar Wesley sem fazer menção ao contexto histórico e às conseqüentes razões porque que ele falou isso ou aquilo sobre tal ou qual assunto. Wesley, como um teólogo prático (no sentido de teólogo da praxis) que sempre foi, sua teologia foi sempre profundamente determinada pelas questões, necessidades e desafios enfrentados em sua prática missionária e pastoral.

Não quero parecer snob e nem que estou esnobando a discussão sobre ecumenismo que vascaínos e flamenguistas estão tendo no seu site (aproveitando a metáfora da partida de futebol que você usou), mas honestamente acho que está havendo bastante exagero e acho que seria bom alguém dar pelo menos alguns cartões amarelos nessa discussão.

Tenho de parar porque estou ainda afundado no meio de meus quatros exames de qualificação sobre o metodismo. Espero dentro de algum tempo poder escrever algo sobre os metodistas e o ecumenismo.

Finalmente, permita-me dizer que tenho certos e não poucos problemas teóricos e práticos com a Igreja de Roma e com o papado, especialmente com os ensinos teológicos do falecido papa e com os do recem-eleito, talvez, permita-me sem falsa modéstia, até mais complicados do que esses colocados na discussão do seu site, e nem por isso esmoreço no meu compromisso ecumênico. Exatamente porque sou um metodista de quatro costados e por isso não gostar de muita coisa na Igreja de Roma, como não gosto de certas coisas na nossa Igreja Metodista, e também nas outras Igrejas Cristãs, por isso mesmo é que cada vez sou mais ecumênico.

Um forte abraço.

Em Cristo, o irmão e amigo,

Paulo Ayres

22 setembro, 2006

Verso e Voz — 23 de setembro

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançaram misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos e filhas de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós
. — Mateus 5.3-12

“Ninguém encontra o tempo para orar. Ou tira o tempo ou não acontece”. — Joan Chittister

Sojourners, http://www.sojo.net/

Verso e Voz — 22 de setembro

[O que tem valor é] a fé que atua pelo amor. — Gálatas 5.6b

“Para cada ganho na certeza profunda há um crescimento superficial correspondente de ‘dúvida’. Essa dúvida não é de maneira alguma oposta à fé genuína, mas ela examina sem trégua e questiona a ‘fé’ espúria da vida cotidiana, a fé humana que não é nada, mas a aceitação passiva da opinião convencional.” — Thomas Merton

Sojourners, www.sojo.net

21 setembro, 2006

Cristãos unem-se em oração pela paz

GENEBRA, 21 de setembro (ALC) - O Dia Internacional de Oração pela Paz, celebrado, hoje, por milhares de igrejas e organizações em todo o mundo, é uma oportunidade para que cristãos e suas comunidades orem, reflitam e atuem juntos em favor da paz.

A iniciativa do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) foi lançada há dois anos, no marco da Década para Superação da Violência (DSV), e foi acolhida com aprazimento pelo secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Sua celebração coincide com o Dia Internacional da Paz, da ONU.

O lema de 2006 é: "... e ainda buscamos a paz". O tema foi eleito pelas igrejas da América Latina, região que é o foco especial da Década neste ano. Um serviço de oração teve lugar, hoje, ao meio-dia, no Centro Ecumênico de Genebra, Suíça.

De acordo com a resolução da ONU, "o Dia Internacional da Paz se observará, mais adiante, como um dia de cessar-fogo e de não-violência em nível mundial, a fim de que todas as nações e povos sintam-se motivados a cumprir um cessar de hostilidades durante todo esse Dia".

No continente latino-americano, a Igreja Evangélica na Colômbia informou que celebrará, em 50 cidades do país, o dia da não-violência, em fraternidade, envolvendo movimentos cristãos, entre eles: Pão e Paz, iniciativa da Igreja menonita da Colômbia, Justapaz, Comissão de Restauração Vida e Paz, Conselho Evangélico da Colômbia (Cedecol), Associações de Pastores e igrejas cristãs em geral, que realizarão marchas simultâneas pela paz e a não-violência.

Pão e Paz reitera seu compromisso pela não-violência "como opção de vida e exemplo do Príncipe de Paz, a quem será rendido tributo e se elevarão orações pelo cessar fogo do conflito interno e o que haja uma sociedade eqüitativa e inclusiva".

Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

20 setembro, 2006

Verso e Voz — 21 de setembro

Mas o juízo se converterá em justiça, e segui-la-ão todos e todas os de coração reto. Quem se levantará a meu favor, contra os perversos e perversas? Quem estará comigo contra os e as que praticam a iniqüidade? Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio. Quando eu digo: resvala-me o pé, a tua benignidade, Senhor, me sustém. Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma. — Salmos 94.15-19

"Se as pessoas têm uma posição sobre algo e tentamos a mudá-las pela argumentação, fortalecemos aquela posição. Se desejarmos mudar as idéias das pessoas, não devemos tentar a convencê-las intelectualmente. O que precisamos fazer é levá-las a uma situação onde terão que agir sobre as idéias, não argumentar sobre elas". — Myles Horton

Sojourners, www.sojo.net

19 setembro, 2006

Verso e Voz — 20 de setembro

Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos uns aos outros; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão ou irmã é assassino. Ora, vós sabeis que todo assassino não tem vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos e irmãs. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão ou irmã padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos e filhinhas, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. — 1 João 3.14-18

"Não podemos amar a Deus até que amamos uns aos outros, e para amar precisamos conhecer uns aos outros. Conhecemos Deus no partir do pão, e não estamos mais sozinhos. O céu é um banquete e a vida é um banquete também, mesmo com uma casca, quando há companheirismo”. — Dorothy Day

Sojourners, http://www.sojo.net/

Instituto abre consulta e internautas se posicionam sobre decisão metodista

PORTO ALEGRE, 19 de setembro (ALC) – O Instituto Teológico João Wesley, localizado em Porto Alegre, abriu fórum de consulta aos pastores, às pastoras e lideranças da 2a. Região Eclesiástica, que abrange o Estado do Rio Grande do Sul, sobre a decisão conciliar de retirar a Igreja Metodista dos organismos ecumênicos que tenham a presença da Igreja Católica e de grupos não-cristãos.

O resultado da consulta, que termina a coleta na quarta-feira, 27, servirá de subsídio à administração regional e à delegação gaúcha eleita para representar a 2a. Região Eclesiástica na segunda etapa do 18. Concílio Geral, que estará reunido na Universidade Metodista de São Paulo, dias 12 a 15 de outubro. A expectativa é que a decisão de sair dos organismos ecumênicos seja retomada.

Se dependesse das enquetes do Portal dos Metodistas Online e do Blog Metodistas & Ecumênic@s, a decisão do Concílio Geral de Aracruz, em julho, seria outra. O Portal pergunta se o internauta aprovou a saída da Igreja Metodista dos órgãos ecumênicos. De 2.695 votos, computados até hoje pela manhã, 61,71% não aprovaram, 37,85% aprovaram e 0,45% se declararam indiferentes à decisão.

O blog pergunta ao internauta se ele gostaria que a decisão do Concílio Geral a respeito do ecumenismo fosse revista. De 166 respostas, 72,28% querem uma revisão e 27,71% não a querem.

Em esclarecimento sobre a evasão de membros da Igreja Metodista no Estado de Minas Gerais e Espírito Santo, o bispo Josué Adam Lazier, da 4a. Região Eclesiástica, que abrange os dois Estados brasileiros, desmentiu informações de que o fenômeno estaria vinculado ao ecumenismo com a Igreja Católica.

“Lamento que esta idéia antiecumênica seja divulgada como sendo a de todos os membros, pastores e pastoras da 4a Região Eclesiástica. Não o é, pois a grande maioria dos membros em nossas igrejas locais não participa destas preocupações. Reconheço que há pessoas, leigos e clérigos, que fazem restrições ao ecumenismo, sobretudo com a Igreja Católica, mas isto não pode ser colocado de forma genérica, como alguns estão fazendo”, ressalva o bispo.

Adam Lazier garante, no esclarecimento, que existe um “despertamento missionário saudável e frutífero” e que a 4a Região vem crescendo numericamente. O bispo lamenta o crescimento de idéias estranhas na Igreja Metodista, “muitas delas oriundas do âmbito dos movimentos neopentecostais, e que acabam sendo introduzidas em nosso meio”.

O bispo explica que a Igreja Metodista também é igreja pentecostal, uma vez que ela é movida “pela ação dinâmica do Espírito Santo de Deus. Mas ela não segue o curso dos modismos denominados de neopentecostais, que apresentam eclesiologias, práticas, ministérios e ações pastorais que não combinam com a identidade doutrinária e a confessionalidade que fundamentam a organização da igreja”.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

Las iglesias del CMI orarán por la paz y actuarán en pos de ella

El 21 de septiembre, las iglesias del CMI orarán por la paz y actuarán en pos de ella.

"Orar por la paz es una parte esencial del culto cristiano y, ciertamente, de la existencia humana", dice el pastor Dr. Samuel Kobia, secretario general del Consejo Mundial de Iglesias (CMI), sobre el Día Internacional de Oración por la Paz, que se celebrará el 21 de septiembre de 2006.

Las iglesias miembros del CMI en todo el mundo están invitadas a orar por la paz en esa fecha o el domingo más próximo a ella. Esta iniciativa del CMI tomó forma hace dos años dentro del marco del Decenio para Superar la Violencia (DSV), y fue bienvenida por el secretario general de la ONU Kofi Annan. Su celebración coincide con el Día Internacional de la Paz de la ONU.

El lema de este año, "… y todavía buscamos la paz", fue propuesto por las iglesias de Latinoamérica -la región elegida como foco del DSV durante 2006.

Se invita a las iglesias a ser "especialmente conscientes de la violencia en Latinoamérica, pero también de los niños, ancianos, mujeres y hombres que sufren en el Medio Oriente", y a orar por "el cese de la violencia y una paz duradera", señala Kobia.

El Día Internacional de Oración por la Paz es una oportunidad para que las comunidades de las iglesias en todo el mundo oren y actúen unidas en pos de la paz duradera en los corazones de la gente, sus familias, comunidades y sociedades.

Se han sugerido diversas formas para celebrar ese día, como por ejemplo concursos de arte, eventos educativos y culturales, oraciones y reflexiones sobre la paz en la comunidad, en el lugar de trabajo, en la escuela o el hogar, y vigilias de oración con comunidades que profesan otra fe.

En el sitio web del DSV encontrará copias del folleto del IDDP, oraciones y otros recursos:
superarlaviolencia.org/es/acerca-del-dsv/dia-internacional-de-oracion-por-la-paz.html

A respeito da Década para superar a violência - 2001-2010, veja mais informações no CONIC

Fonte: Superarlaviolencia.org

Día Internacional de Oración por la Paz - 2006

21 de septiembre 2006

Para la tercera vez, el Consejo Mundial de Iglesias se suma en 2006 al Día Internacional de la Paz de las Naciones Unidas invitando a las congregaciones de todo el mundo a orar por la paz – utilizando en lo posible las mismas oraciones – en todas las iglesias participantes el 21 de septiembre o el domingo precedente. Cuando el Dr. Sam Kobia (Secretario General del CMI) se reunió con el Secretario General de las Naciones Unidas Kofi Annan para analizar el papel de las iglesias en la construcción de la paz, Annan confirmó la observancia propuesta del 21 de septiembre este año.

Fonte: CMI

18 setembro, 2006

Verso e Voz — 19 de setembro

Deus te declarou, ó mortal, o que é bom e o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justice, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. — Miquéias 6:8

"A igreja precisa ser lembrada que não é o mestre nem o servo do estado, mas antes a consciência do estado. Ela precisa ser o guia e o crítico do estado, e nunca seu instrumento. Se a igreja não recaptura seu zelo profético, ela vai ser um clube social irrelevante sem autoridade moral ou espiritual" — Martin Luther King Jr.

Sojourners, www.sojo.net

UMESP hospeda colóquio sobre comunicação eclesial

SÃO PAULO, 12 de setembro (ALC) – “Mídia e religião na sociedade do espetáculo” será o tema do I Colóquio Brasileiro de Comunicação Eclesial (Eclesiocom), que a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) vai hospedar, dias 9 a 11 de outubro, em São Bernardo do Campo.

O colóquio integra a programação do Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional, que tem o apoio da Cátedra UNESCO de Comunicação. O Pré-Congresso, no dia 9, terá a exposição do professor Pierre Fayard, da França, que vai falar sobe a “Comunicação para o desenvolvimento humano na era digital”.

O Pré-Congresso também comemorará os dez anos de atividades da Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação, e abordará o papel da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na América Latina e no Brasil.

O Eclesiocom proporcionará quatro painéis, dias 10 e 11, sobre “A espetacularização do cotidiano e seu impacto nos cenários religiosos”, “O mercado religioso de bens simbólicos: da produção ao consumo”, “A formação de recursos humanos para a mídia religiosa na era digital”, e “A produção de conhecimentos sobre a comunicação religiosa nas igrejas e na sociedade”.

Cinco grupos temáticos vão receber trabalhos de pesquisadores, comunicadores e estudantes sobre a indústria cultural religiosa, a comunicação religiosa na mídia, a comunicação religiosa nas comunidades, a comunicação religiosa institucional e a comunicação religiosa e litúrgica.

A gerente de Comunicação do Instituto Metodista de Ensino Superior, Ana Claudia Braun Endo, é a coordenadora científica do Eclesiocom, que abriu 119 vagas para a participação de interessados.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

O sabor do sal

João disse: -Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo. Jesus respondeu: -Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.

Eu afirmo a vocês que isto é verdade: Quem der um copo de água a vocês, porque vocês são de Cristo, com toda a certeza receberá a sua recompensa. Jesus continuou: -Quanto a estes pequeninos que crêem em mim, se alguém for culpado de fazer com que um deles me abandone, seria melhor para aquela pessoa que ela fosse jogada no mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço. ... Se uma das suas mãos faz com que você peque, corte-a fora! ... Se um dos seus pés faz com que você peque, corte-o fora! ... Se um dos seus olhos faz com que você peque, arranque-o!

O sal é uma coisa útil; mas, se perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros.

(Marcos 9.38-43a,45a,47a,50) Bíblia na Linguagem de Hoje

Os discípulos queriam proibir pessoas que não eram do seu grupo de agirem em nome de Jesus. Agiam como juízes, achando que a salvação estava somente com eles. Mais uma vez, Jesus lhes chamou a atenção. Fazer papel de juizes ou salvadores não era a sua missão. Deveriam ser tempero, sal.

Agir como juizes e salvadores cria problemas. Os nossos julgamentos são limitados e imperfeitos. Acabamos condenando erradamente o bem que nos parece o mal e abraçando o mal que se disfarça como retidão... Agir como salvadores é igualmente perigoso. Os que tentam abaixar o Céu para a Terra acabam administrando o Inferno que eles mesmos criam. O bem que fazemos pode produzir efeitos colaterais negativos, ofendendo os fracos. Nossos atos, mesmo motivados pelas melhores intenções, podem se tornar ofensa para outras pessoas, também, bem intencionadas.

Tradicionalmente, interpretamos "pecar" como hábitos nocivos da vida particular como: fumar, beber, xingar e ferir convenções sociais.

Mas, não foi isso que Jesus queria dizer. Ao usar a figura, sal, Jesus foi muito além de recomendar uma vida piedosa. A natureza do sal implica numa vida de participação positiva na sociedade! Sal é útil somente na medida em que penetra a massa e lhe transmite seu sabor. Agir como sal é fundamental para a vida de fé.

O sal é inútil enquanto fica dentro do saleiro. Muitos protestantes se preocupam em construir "saleiros" (igrejas) cada vez maiores para conter grandes quantidades de sal esquecendo que a sua utilidade consiste em sair do saleiro e se perder na massa. Fazem tudo para ajuntar sal. Por isso, mesmo com o crescimento de número de evangélicos no país, o aumento de violência e corrupção é mais ainda. O Sal não está penetrando a massa. Melhor seria saleiros menores e a massa salgada.

Pecar é omitir viver uma vida de compaixão dentro da sociedade. Para nós, o "dar um copo de água" pouco significa. A água é abundante e jorra de qualquer torneira. Para Jesus, numa terra seca onde a água era uma preciosidade rara e de difícil acesso, água representava sacrifício e generosidade. Cada gota era preciosa. Lavar calçada, nem pensar!...

Vivemos num mundo que carece de "sal". Jesus relacionou sal com paz. A falta de "sal" leva o mundo à violência. Até cristãos brigam entre si. Viver como sal é viver a paz. Nossa missão é ser sal no mundo. O maior pecado seria tentar conservar a nossa identidade de "sal" ficando dentro do saleiro. A verdadeira identidade do sal é perder a sua identidade como algo separado do mundo e dar sabor à massa, sem aparecer. Os evangélicos gostam de aparecer, citando suas estatísticas de crescimento.

O Cristão que procura preservar sua identidade cristã, se isolando do mundo, está pecando contra os fracos e necessitados. Igrejas que se esforçam para conservar sua identidade de protestante, carismática, liberal ou conservadora, etc. estão se isolando de um mundo, já cheio de barreiras, onde há milhões de vítimas de violência de todos os tipos. Com a nossa presença como sal, muitos, que estão a caminho de se perder, poderiam ser fortalecidos para uma vida de esperança e fé. Como "sal", poderemos realçar o sabor da massa e torná-la gostosa. Havendo sal, muitos podem viver a paz.

Derrel Homer Santee
Campinas, setembro de 2006

Sangue semeado no campo

O campo brasileiro quase sempre tem sido noticia na mídia nacional e internacional, não porque tenha produzido uma safra Record, ou porque finalmente a reforma agrária tenha sido concluída. Mas sim pela violência causada no conflito de dois lados: o lado dos que querem possuir a terra, alegando precisar dela para tirar o seu sustento e viverem com um pouco mais de dignidade. E do outro lado na linha de defesa, aqueles que são proprietários e se justificam alegando defenderem o seu direito sobre a propriedade adquirida por compra ou por herança. Muitos talvez não se lembrem mais, de Chico Mendes, El Dourado dos Carajás, e tantos outros conflitos no campo, que no lugar da semente, recebe muitas vezes no seu leito sangue e corpos semeados perfurados pelas balas dos PMs e jagunços contratados, ou crânios amassados pelos cacetetes da policia. O episódio mais recente, que talvez ainda esteja fresco na memória de alguns brasileiros, (digo talvez porque a mídia se ocupou de outros escândalos “mensalonicos”, no cenário político nacional e nada mais falou do assunto) foi o assassinato da missionária e irmã religiosa Dorothi Stang, no dia 12 de fevereiro em Anapu, Pará. Em momentos como esse à questão da terra ganha a atenção dos governantes e da nação, com repercussões até internacionais. Mas logo que o corpo é sepultado na terra, (ou deveria dizer plantado na terra?) tudo cai no esquecimento.

Milhares de pessoas, nessa terra onde tudo que se planta dá, morrem todos os dias, no campo ou na cidade sem chamarem a atenção da mídia. São trabalhadores anônimos comuns, que morrem dos mais diversos males, alguns naturais, ou fruto da violência urbana e rural, outros provocados pela ganância dos poderosos atrelados aos políticos. E o que é pior, com a conivência e a omissão da parte de muitos cristãos, que se calam ou se vendem no exercício do ministério profético.

Movido pela indignação, e tomado pelo Espírito que do alto me anima.
Minha fé levou-me a escrever um protesto em forma de rima.
Refletindo sobre as milhares de mortes que todos os dias ocorre.
Resolvi escrever como, quem e por que no Brasil se morre.

Morrem de diversas formas é precocemente, muitos ainda no ventre.
Morrem sem assistência ou prece, nas portas dos hospitais, ou filas do INSS.

Morrem ouvindo os “crentes” dizerem que é à vontade de Deus e só resta aceitar, que quando seu Reino chegar, e Jesus voltar então tudo vai melhorar, até lá só nos resta orar.

Morrem muitas vezes tomados de desgosto e desespero. Impotentes vendo seus filhos morrerem primeiro. Vitimas da seca, da fome, da subnutrição. Com as mãos estendidas pedindo uma migalha de farinha ou pão.

Morrem porque o suco de limão sem açúcar na mamadeira não possui as mesmas vitaminas do leite materno.

Morrem porque a mãe não se alimenta e sem alimento não se produz leite, e do seu peito a cada sugada só o sangue anêmico escorre. E com o filho morto grudado nele em seguida ela também morre.

Morrem porque as vaquinhas de onde vinha o leite, na morte já os precederão. Ou estão tão debilitadas, por falta do pasto que secou, e a palma xiquexique agora comida de gente virou, e para o gado não mais sobrou.

Morrem porque os homens da televisão não vieram mais não, por que infelizmente nem todo domingo é legal e tam pouco da gente. Mas fazer o que? Paciência, infelizmente fome é miséria são espetáculos que rendem audiência.

Morrem porque a morosidade do governo, e as clausulas da Fome, Miséria, Indigência, impedem investimento no campo, e uma vida melhor ali. Não é mera coincidência se as siglas formam F.M.I.

Morrem porque os governantes estão preocupados com outras questões. E muitos se corromperam a preço de “mensalões”.

Morrem porque a industria da seca precisa se manter, como trampolim que da acesso e mantém muitos no poder.

Morrem porque aquela verba a eles destinada tomou outro rumo

Morrem porque o governo deu a terra, mas não o insumo.

Morrem de posse de uma fé alienante e cara, sem ter saciado sua sede na fonte da Livre Graça, substituídas por valores levados em malas.

Morrem sem sonhos, sem esperança e às vezes sem registro e nem mesmo nome.

Morrem porque se zerou a vida e a esperança antes da fome.

Morrem de fome e sede, em cima de uma terra produtiva que se tendo investimento e boa vontade, e ela perfurando do seu seio a água jorrara.

Morrem como pessoas anônimas e fortes que não admitem matar, e são plantados na terra, como sementes que morrem pra ressuscitar. Morrem deixando na mente de quem refletindo sobre a morte repensa a vida, duas perguntas que não querem e não pode calar: Até quando mortes dessa forma vão continuar? E Igreja Cristã brasileira onde você esta?

Estive com fome e me deste...
Estive com sede e me
deste...
Estive nu e me...

Pr. José do Carmo da Siva
Igreja Metodista em Fátima do Sul-MS.
pastorjose@top.com.br
jcsmetodista@yahoo.com.br

17 setembro, 2006

Meditação Diária - 18 de setembro

Para a glória de Deus
Ezequiel 37.1-12

Para que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso. Isaías 41.20

Há um ano, fui submetida a uma cirurgia numa região próxima ao joelho. Um tumor havia destruído o osso. Meu estado era muito grave. Antes da cirurgia, alguns médicos quiseram amputar a perna devido à necrose.

Após a operação, fiquei sabendo que teria de fazer quimioterapia. Mas o Deus de milagres prometeu-me que iria curar-me e que aquela doença seria para que Seu nome fosse glorificado. Isso aconteceu.

Os médicos não compreendem como se deu a cura, pois não foi necessário me submeter à quimioterapia. Hoje, para honra e glória do Senhor Jesus, estou andando e curada.

Entreguei essa causa nas mãos do Senhor e pude perceber que, em todo o tempo de angústia e dor, Jesus me amparava em Seus braços de amor, consolando-me por meio de louvores e da Palavra. Aprendi que Deus nos ama muito mais do que a mente humana pode imaginar.

Oração: Querido Papai, obrigada por não nos desamparar. Ó Deus, dá-nos forças para prosseguirmos para o alvo e testemunharmos nossa fé e esperança, atraindo outras pessoas à vida abundante. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia: Deus sempre está conosco.
Oremos pelas pessoas em tratamento contra o câncer.
Medite: Salmo 28

Jucileyde Móya Vieira (São Paulo, SP, Brasil)
NoCenáculo, Setembro/Outubro 2006. Igreja Metodista