15 maio, 2008

Informes Ecumênicos Mundiais

Adital
Começou, ontem (13) em Lima, a Cúpula dos Povos "Enlaçando Alternativas 3", que reúne movimentos e organizações sociais dos países latino-americanos e da União Européia. O auditório da Universidade Nacional de Engenharia, onde está sendo realizado o encontro, foi pequeno para os mais de três mil participantes.
Foto: Servindi
Na fala de abertura, a coordenadora geral da Cúpula, Rosa Guillén, disse que o espaço do encontro propõe a construção de alternativas ao neoliberalismo de modo que seja possível a construção de um mundo novo sustentado na solidariedade, na justiça e na paz". O neoliberalismo, ao contrário, "trouxe mais fome, alimenta assimetrias existentes entre ambos continentes e provoca guerras", acrescentou a coordenadora.
As diferenças entre os países ricos e os pobres, agravadas por esse modelo político-econômico, ficam evidenciadas na atual crise de segurança alimentar que enfrentam os países pobres, pois as multinacionais - cujos oligopólios geraram essa crise - e a especulação mercadológica só lucram com o problema.
Por isso, também durante a abertura, Francisca Rodríguez, da Via Campesina Internacional, pediu o fim da produção de agrocombustíveis, que provoca a alta dos alimentos no mundo. O primeiro dia de Cúpula foi uma mostra dos grandes problemas enfrentados pelos latino-americanos.
Assim, foram criticados os acordos de livre comércio entre a América Latina e a União Européia; o consenso de Bruxelas, apontado como reflexo da neocolonização; a criminalização do protesto social e a presença das empresas de mineração, que estão afetando o meio ambiente, especialmente, no Peru e no Equador.
Nesse sentido, Mario Palacios, da Confederação Nacional de Comunidades Afetadas pela Mineração (CONACAMI), do Peru, pediu "o reconhecimento da dívida histórica, social e ambiental que Europa tem com os povos originários da América Latina e do Caribe". A exigência é parte da declaração da Cúpula Continental Indígena.
Também ontem, foi realizada a primeira sessão do Tribunal Permanente dos Povos (TPP). No banco dos réus esteve o caso Majaz. A programação do dia encerrou com um ato político cultural, com cantor andino Manuelcha Prado, bancas de sicuris e José Ordaz, interprete de trova cubana.
Hoje, no segundo dia, a programação foi iniciada com o TPP. Foram julgados casos de empresas cujos modelos de desenvolvimento saqueiam os recursos naturais e os bens comuns, como: Botnia-Ence, Skanska e Thyssen Krupp-Vale do Rio Doce, Rosa Luxemburg Stiftung, Attac Argentina, Redes, PACS, Federación de Pescadores (FAPESCA).
Este segundo dia foi marcado ainda, durante a tarde, por inúmeros fóruns. Os participantes debateram a luta contra ditadores e empresas transnacionais, os impactos dos acordos com a União Européia. As mulheres puxaram uma discussão sobre tirania do livre comércio, na qual também criticaram os acordos de associação econômica com a União Européia.
Em um fórum do qual participou Ibase, Articulação Feminista Mercosul, Network Institute for Global Democratization, Programa Democracia e Transformação Global e Transnational Institute foi debatido o "Fórum Social Mundial em Belém 2009: Desafiando Impérios".
Transmissão ao vivo
A Cúpula pode ser acompanhada, ao vivo, por todo o mundo. Os interessados podem acessar através da Agência Pulsar, a partir da Coordenação Nacional de Rádios do Peru e da Associação Latino-americana de Educação Radiofônica (ALER), clicando aquí. Ou através da Cúpula Povos: http://www.forumderadios.fm.
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Foto: Servindi - Com informações da agência Servindi
Fonte:http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=33028

11 maio, 2008

Não há distinção entre católicos, ortodoxos e protestantes, diz o Vaticano

O pregador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa, fez apelo no qual chamou todos os cristãos à unidade e assegurou que "não existe distinção entre católicos, ortodoxos e protestantes, mas entre os que acham que Cristo é o filho de Deus e os que não o acham".



VATICANO - O pregador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa, fez, na Sexta-feira dia 21, um apelo no qual chamou todos os cristãos à unidade e assegurou que "não existe distinção entre católicos, ortodoxos e protestantes, mas entre os que acham que Cristo é o filho de Deus e os que não o acham".

A declaração chama a atenção e sinaliza uma espécie de “mea culpa” porque em Julho do ano passado o próprio Vaticano chegou a dizer que apenas a Igreja Católica é a Igreja de Cristo.

Raniero Cantalamessa fez as declarações durante a homilia da Paixão de Cristo pronunciada na Basílica de São Pedro e presidida pelo papa Bento XVI.

O pregador do papa, tradicionalmente encarregado da homilia da Paixão durante a Sexta-Feira Santa, acrescentou que a unidade dos cristãos é "uma meta a alcançar" e um "dom a acolher".

E lamentou os obstáculos criados pelas diferentes denominações cristãs na obtenção da unificação.

Segundo o Cantalamessa, "o que está em jogo no início do terceiro milénio já não é o mesmo que na viragem do segundo milénio, quando aconteceu a separação entre o oriente e o ocidente, nem é o mesmo que o da metade do milénio passado, quando aconteceu a separação entre católicos e protestantes".

E acrescentou: "o mundo seguiu adiante e nós permanecemos presos a problemas e fórmulas que o mundo nem sequer lembra o motivo".

Reconhecimento das diferenças

No entanto, ele explicou que o caminho em direcção ao ecumenismo não pode "queimar períodos", em relação às diferenças na doutrina entre os cristãos, "porque as diferenças existem e é preciso resolvê-las com paciência nas sedes apropriadas".

"Mas podemos por outro lado queimar etapas na caridade, e estar unidos desde já", acrescentou Cantalamessa.

Para o pregador do Vaticano, "o que poderá reunir os cristãos divididos será só a difusão de uma nova onda de amor por Cristo".

Perseguição aos cristãos

O papa Bento XVI – que já recebeu uma ameaça de morte da rede terrorista Al Qaeda, de Osama Bin Laden - lembrou as perseguições sofridas pelos cristãos em várias partes do mundo.

Bento XVI, no início da tradicional Via-Sacra, declarou que " coliseus se multiplicaram através dos séculos, em várias partes do mundo (referindo-se ao Coliseu como lugar histórico de martírio dos cristãos), nos lugares onde os nossos irmãos em diferentes partes do mundo, continuando a vossa Paixão, ainda hoje são duramente perseguidos”.

“E é este também um destino que diz respeito também à Igreja, a Esposa de Cristo que em muitas partes do mundo, está a atravessar a hora tenebrosa da perseguição”, complementou.

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Extraído de http://pt.christiantoday.com/article/no-h-distino-entre-catlicos-e-protestantes-diz-vaticano/12957.htm