14 abril, 2007

Colégio Episcopal e lei da homofobia

Pronunciamento do Colégio Episcopal - sobre o projeto de lei acerca da homofobia

O Colégio Episcopal da Igreja Metodista reunido em São Paulo, nos dias 11 e 12 de abril de 2007, cumprindo sua responsabilidade pastoral, tendo em vista a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional sob nº 5003 de 2001, que criminaliza toda e qualquer manifestação contra a opção sexual do homossexualismo, chamada de “lei contra a homofobia”, vem diante do seu rebanho pronunciar-se acerca do tema da seguinte forma:

1) Reconhece que há na sociedade brasileira manifestações de natureza discriminatória de todo tipo, e inclusive contra as pessoas homossexuais. Tais manifestações não fazem justiça aos direitos individuais, nem, tão pouco, à tradição cristã de reconhecer qualquer ser humano como criatura divina e ao mandamento bíblico de amar o próximo como a si mesmo.

2) Entende que esta liberdade individual, de aceitar uma sexualidade homossexual, não a torna correta por si mesma. Tampouco impede que quem dela discorde, expresse sua opinião contrária. Numa sociedade democrática se reconhece o direito de escolha, mas também nesta sociedade os valores individuais, e mesmo de segmentos, não podem se impor sobre os valores de outras comunidades específicas, por exemplo, as Igrejas Cristãs. Assim, tal lei ora em discussão retomaria os princípios de censura de consciência e opinião típicas do fascismo e das ditaduras que tantos males causaram à humanidade.

3)Afirma o ensino Bíblico de que Deus criou homem e mulher, e esta é a orientação sexual reconhecida pela Igreja. E este mesmo ensino Bíblico classifica como um pecado a prática do homossexualismo. Deste modo, é inalienável o direito da Igreja de pregar e ensinar no privado e no público contra a prática homossexual como um pecado e desobediência aos ensinos de Deus.O fato da Igreja compreender o homossexualismo desta maneira não a impede de receber, acolher e dialogar com os homossexuais. A Igreja quer, no entanto, preservar o seu direito de questionar a conduta humana, qualquer que seja ela, inclusive a conduta homossexual, de modo a poder desempenhar sua missão de pregar a reconciliação do ser humano com Deus, com o seu próximo e consigo mesmo.

O Colégio Episcopal reafirma o seu compromisso com os valores do Reino de Deus, conforme estabelecidos na Escritura Sagrada, e exorta a Igreja no sentido de acolher todas as pessoas com amor, na busca de uma vida plena.

São Paulo, 12 de abril de 2007.

Bispo João Carlos Lopes – Presidente
Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa – Vice-Presidente
Bispo Adonias Pereira do Lago – Secretário
Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann
Bispo Adriel de Souza Maia
Bispo Roberto Alves de Souza
Bispa Marisa Freitas Coutinho
Bispo Adolfo Evaristo de Souza
Bispo Stanley da Silva Moraes
Bispo Geoval Jacinto da Silva
Bispo Nelson Luiz Campos Leite

Fonte - http://www.expositorcristao.org.br/index.jsp?conteudo=4442

Profetas: olhos abertos para o presente

O Profeta Isaías (obra de Rafael)

Neste início de ano, a TV Globo resolveu reeditar uma novela que já havia feito sucesso anos atrás: O Profeta. O personagem principal, personificado agora pelo ator Thiago Fragoso (de cabelos louros e encaracolados como os de um anjinho barroco) é um rapaz com poder de prever o futuro, graças à comunicação que estabelece com espíritos de pessoas falecidas. Um evangélico que assista a esta novela certamente reconhecerá: a doutrina religiosa que influencia o roteiro não é a mesma que recebemos pela Bíblia. A Bíblia fala explicitamente contra a prática de se consultar os mortos. Isaías, um dos profetas bíblicos, diz, no versículo 19 do capítulo 8 de seu livro: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”
Contudo, a clareza acerca desta questão ainda não é uma garantia de que a palavra “profeta” esteja sendo corretamente empregada nas igrejas evangélicas de nosso país. Infelizmente, há pessoas que se auto-intitulam profetas e agem exatamente como o personagem da novela – com a única diferença de que afirmam receber suas “previsões” não de espíritos, mas do próprio Deus. O que pensar disso? À luz da Palavra de Deus, sabemos realmente o que significa ser um profeta? Leia, a seguir, uma entrevista com o pastor Fernando Cezar Moreira Marques, editor das revistas de Escola Dominical. Ele preparou uma série especial de estudos bíblicos sobre profetas para as revistas Flâmula Juvenil de 2006 e 2007 e esclarece dúvidas a respeito.


O conteúdo da revista foi escolhido em função da novela?

Absolutamente. As lições sobre os profetas da Bíblia fazem parte do projeto que prevê o estudo de todos os livros da Bíblia no período de seis semestres. Mas, de certa forma, creio que foi bom termos tido a chance de estudar os profetas na mesma época em que a novela foi exibida. Imagino que, eventualmente, se fez algum comentário, durante a aula, sobre o tal profeta da novela.

Por quê? O profeta da novela tem algo a ver com algum profeta dos tempos bíblicos?

Não, nem um pouco. Aliás, para ser mais coerente, o título da novela devia ser O Vidente. Profetas, no sentido bíblico, são aqueles que anunciam a Palavra de Deus, falam em nome de Deus. Como um “porta-voz”. Em muitos textos bíblicos vemos os profetas chamando o povo ao arrependimento de pecados que os levariam à ruína futura. Note, porém, que a atenção do profeta que fala em nome de Deus está voltada ao presente: direciona-se aos erros que estão sendo cometidos pelo povo naquele momento. Assim, os profetas não são meros “adivinhos”, mas pessoas chamadas por Deus para trazer uma mensagem de arrependimento e salvação.

Algumas pessoas que se auto-intitulam profetas entram numa espécie de transe para falarem em nome de Deus. O que o senhor acha disso?

Para expressar a vontade de Deus, o profeta precisa estar muito atento à realidade à sua volta. Isso porque precisa identificar as práticas que vão contra os valores do Reino de Deus, apontando os erros e chamando o povo à retidão. Então, não pode estar em transe; tem de ter os olhos bem abertos para poder enxergar o contexto em que se encontra e compará-lo com a Palavra de Deus. É nesse sentido que afirmamos que o profeta não fala o que deseja, mas o que Deus manda.

E o que Deus manda é sempre “o bem”?

Nem sempre. Profetas do Antigo Testamento anunciaram castigos e destruições para quem não se arrependesse. Essa coisa de “vim aqui profetizar uma bênção para esta igreja” não existe. A não ser que Deus tenha mandado, claro.

A Igreja canta uma música assim...

Pois é. Aquela “Não vou calar meus lábios”, não é? Se você analisar bem a letra, vai perceber que ali se usa o termo profetizar para o que, na verdade, expressa um desejo particular. Veja, quando digo “Boa noite!”, estou expressando o meu desejo de que você durma bem e não profetizando que você terá uma noite tranqüila. Assim, o que a música faz é expressar meu desejo de que “nenhuma maldição” te alcance. Para isso, infelizmente, usa-se erroneamente o termo profetizar. E o que é pior, às vezes, como já vi acontecer, canta-se fazendo gestos como se estivesse benzendo as pessoas ou a congregação!

Há, então, uma certa confusão sobre a verdadeira atuação do profeta?

Mais do que isso. Nessa música, por exemplo, parece que a palavra profética tem o poder sobrenatural de proteger ou de alguma forma influenciar a vida de alguém. O fato é que o termo está na moda, no discurso do grande balaio em que se tornou o povo chamado evangélico. Temos geração profética, louvor profético, pregação profética, oração profética e a cada dia surge uma qualidade nova junto do profético!
Espero que as lições da Flâmula tenham, de alguma forma, contribuído para esclarecer o assunto.

Verso e Voz - 14 de abril

Vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel. Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro. De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus votos na presença dos que o temem. Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração. - Salmos 22.23-26

“Sem fé, esperança, e amor nada pecaminoso é totalmente abolido, nem é qualquer coisa boa obtida plenamente”. - São Máximos, o Confessor

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13 abril, 2007

Museu da Bíblia


BRASIL
Museu da Bíblia apresenta origem do universo

SÃO PAULO, 11 de abril (ALC) – A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) inaugurou, ontem, a exposição “A Bíblia e a origem do universo”, no Museu da Bíblia (MuBi), em Barueri. A exposição remete o visitante para os dias da criação recorrendo a elementos cenográficos diversificados, como pinturas e esculturas, além de vídeos, textos bíblicos e científicos.

“Promovemos um passeio pela complexa e rica arquitetura do universo, apontando para a importância da preservação do mundo. Cuidar da criação é um imperativo bíblico, cuja lembrança é muito atual”, destaca o diretor do MuBi e secretário de Comunicação da SBB, Erni Seibert.

Na exposição, uma cabana de lona com teto crivado de pontos de luz sugerem ao visitante um lugar sob o firmamento. Um monitor transmite, no interior da cabana, filme contendo textos bíblicos, poemas e informações científicas sobre as dimensões do universo.

Um túnel dá ao visitante a sensação de estar pisando sobre a terra em formação. Ali ele encontra peixes fósseis originários da Chapada do Araripe, Ceará, e uma coleção de réplicas de pedras precisas mencionadas na Bíblia. Um dos destaques da exposição é uma miniatura da Arca de Noé, mostrando sua surpreendente arquitetura.

O MuBi foi construído numa parceria da SBB com a prefeitura de Barueri e inaugurado em 2003. Trata-se do primeiro museu do gênero no país e abriga partes do texto bíblico em mais de 1 mil idiomas, várias miniaturas, incluindo o menor livro do mundo, e uma réplica da prensa de Gutemberg, que imprimiu a primeira Bíblia, por volta de 1450.

A SBB, fundada em 1948 no Rio de Janeiro, é uma entidade sem fins lucrativos, de natureza religiosa, social e cultural, que se dedica a traduzir, produzir e distribuir Bíblias no país.
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Verso e Voz - 13 de abril

Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? - Tiago 2.1-4

“O amor é nosso verdadeiro destino. Não achamos o significado de vida por nós mesmos sozinhos - achamos isto com um outro. Não descobrimos o segredo de nossas vidas somente através de estudo e cálculos em nossas próprias meditações isoladas. O significado de nossa vida é um segredo que tem que ser revelado a nós em amor, por aquele que amamos. E se este amor for irreal, o segredo não será achado, o significado nunca se revelará, a mensagem nunca será decodificada. No melhor dos casos, receberemos uma mensagem embaralhada e parcial, que nos enganará e nos confundirá. Nunca seremos completamente reais até que nos deixemos apaixonar - ou por uma outra pessoa humana ou por Deus”. - Thomas Merton, Love and Living (Amor e Vivência)

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12 abril, 2007

Verso e Voz - 12 de abril

Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. - João 20.24-29

“Se eu não tivesse acreditado, não teria visto”. - “Filósofo” Yogi Berra (jogador de beisebol conhecido por sua confusão de frases)

11 abril, 2007

Verso e Voz - 11 de abril

A Festa da Páscoa, comemorada em honra do Deus Eterno, começa ao pôr-do-sol no dia catorze do primeiro mês. No dia quinze desse mês começa a Festa dos Pães sem Fermento, em honra do Deus Eterno. Durante os sete dias dessa festa o pão que vocês comerem deverá ser feito sem fermento. - Levítico 23.5-6 (BLH)

"A vida deve ter celebrações e seus momentos especiais para serem comemorados. Isto dá sentido e direção à vida. Certas coisas acontecem e dão sentido à vida, fazendo valer a pena viver! Estas são ocasiões de renovação e de afirmação! Israel tinha as suas festas, comemorava momentos ou pontos históricos na vida coletiva, estabelecendo a sua identidade. Em nossa cultura, o dia do aniversário de nascimento e de casamento são momentos significantes do indivíduo! Muitos países têm seus dias nacionais que comemoram o nascimento da coletividade. Igrejas ou entidades cívicas têm suas datas que celebram a sua fundação. Para os cristãos em geral, o dia da ressurreição ou de natal é a data magna! O que estes dias têm em comum é que apontam as suas origens e estabelecem a sua identidade. No fundo, não é o Deus Eterno que está sendo comemorado, mas, nós mesmos e a vida que está sendo agraciada". - Darrel H. Santee

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10 abril, 2007

Paixão de Cristo em Maringá


A Paixão de Cristo foi encenada três vezes, na semana passada, na praça da Catedral, e foi vista por cerca de 30 mil pessoas, segundo os promotores.

(Foto: Thaís Pismel/PMM)

Fonte:http://www.angelorigon.blogspot.com/

Verso e Voz - 10 de abril

E Deus disse a Moisés: -- Eu jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó que daria esta terra aos descendentes deles. Estou deixando que você a veja com os seus próprios olhos, mas você não vai entrar nela. Deuteronômio 34.4 (BLH)

“Nem sempre a nossa visão é só para nós mesmos. ... Nossas visões são como estrelas – servem para nos inspirar e dar direção, mas nunca chegaremos lá. O importante não é chegar, mas caminhar em direção de… O caminhar vale mais do que a chegada. - Darrel H. Santee

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09 abril, 2007

Verso e Voz - 09 de abril

Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma? - Marcos 8.34-37

“Seja o que você é e diz o que você sente, porque aqueles ou aquelas que notam não importam, e aqueles ou aquelas que importam não notam”. - Dr. Suess

08 abril, 2007

MOTE: Sérgio Ferreira da Silva (SP)

Na Páscoa, a firme certeza:
Cristo ressurge entre os seus...
e, no pão que põe à mesa,
nos põe mais perto de Deus!

GLOSA: lisieux (BH)

Na Páscoa, a firme certeza:
dos mortos, voltou Jesus!
Como é bom ver com clareza
sob essa divina Luz.

Aleluia! Que alegria,
Jesus ressurge entre os seus...
Nova etapa principia
na Terra e nos altos céus.

Não temos maior riqueza
que a Páscoa do Salvador...
e no pão, que põe à mesa,
há vida pro pecador.

Ao ressurgir, Jesus Cristo
traz vida e paz para os seus...
e com um amor infinito
nos põe mais perto de Deus!

"Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morto, viverá" - JESUS CRISTO

FELIZ PÁSCOA!!!

BH – 08.04.07

Páscoa Crsitã: a manifestação da fidelidade de Deus em meio à traição e infidelidades humanas

Por Ronan Boechat de Amorim*

Com toda certeza a Páscoa Cristã é tempo de alegria, louvor, festa, gratidão e vitória, pois Jesus venceu a morte e ressuscitou, oferecendo-nos gene-rosamente perdão pela sua morte na cruz, perdão para todos os nossos pecados e salvação para uma vida abundante e eterna.

Mas se a Páscoa Cristã, por um lado, fala do amor, da generosidade, do per-dão e da fidelidade de Deus, por outro lado denuncia a infidelidade humana a Deus, ao Evangelho, ao Reino de Deus, à Aliança estabelecida em Jesus.

Apenas alguns dias após ser aclamado e reverenciado durante a sua entrada triunfal na cidade de Jerusalém (Mt 21:1-7), Jesus experimenta rejeição, traição, abandono e uma tremenda solidão. Se a multidão num momento aplaude e louva, no outro, troca Jesus e seu Evangelho de Paz por Barrabás e sua luta armada contra o império Romano. E além do desprezo notório, a multidão quer espetáculo, e como num show de horrores, pede a crucificação de Jesus.

Algumas das infelidelidades e traições humanas:

+ Jesus foi perseguido cruelmente pelos religiosos supostamente em nome do Deus que se encarnou e veio em Jesus para nos salvar, matando assim o Filho de Deus em nome do próprio Deus.

+ Jesus foi traído por Judas Iscariotes, um de seus 12 discípulos, por 30 moedas de prata (Mt 26:14-16).

+ Pedro, um dos discípulos mais chegados a Jesus o trai, negando-o por 3 vezes seguidas (Mt 26:69-75).

+ Marcos ou João Marcos, que mais tarde será discípulo de Paulo e Barnabé e que escreverá a primeira versão do Evangelho, foge nu, deixando para trás as próprias roupas (Mc 14:51-52).

+ Praticamente todos os discípulos e discípulas de Jesus, desesperançados, abandonam o seguimento de Jesus, retornando para a “velha vida” de antes de conhecerem a Jesus. É o caso, por exemplo, dos discípulos que fogem de Jerusalém para retomar a velha vida em Emaús (Lc 24:13-35).

+ Os que não fogem, ficam de longe, escondidos no meio da multidão, tal como as mulheres mencionadas em Mt 27:55.

+ Outros continuam em Jerusalém, amedrontados e escondidos numa casa com as portas bem trancadas (Jo 20:19 e 26).

Pode parecer bobagem, mas faço questão de explicitar que a infidelidade e traição a Deus é natural e obrigatoriamente também infidelidade e traição ao Reino de Deus, ou seja, à justiça, à ética, à solidariedade, à paz, à tolerância, ao projeto igualitário, à humanização das relações pessoais, etc...

A traição e infidelidade a Deus é traição ao projeto de sermos realmente e na prática pessoas humanas. Quanto mais distante e rompido com Deus, seu Evangelho e seu Reino, mais desumanos nos tornamos. É a presença e o amor de Deus que nos humanizam, nos convertendo às relações humanas e humanizadas, nos capacitando para o amor ao próximo, à promoção e construção da paz e da solidariedade, à prática da justiça e da tolerância...

O ser humano distante ou sem Deus é um ser profundamente desumano. Por mais religioso e supostamente cristão que possa parecer. Felizmente a Igreja e Deus são diferentes. Graças a Deus que não sãoa mesma coisa e nem se confundem. Pois há gente que está na Igreja há 5, 10, 20, 50 anos e que ainda não conheceu o amor, a graça salvadora e a intimidade do Senhor. Há gente que está na igreja, ocupa cargos importantes e de liderança, às vezes são religiosos(as), padres e pastores(as), Bispos(as), etc, e que não conhece o amor e da graça salvadora e a intimidade do Senhor. Tão religiosos e nada espirituais. Supostamente tão pertos de Deus, nas na prática distantes infinitamente. Supostamente discípulos, seguidores, fiéis... mas na prática indiferentes, traidores, infiéis.

O próprio Senhor Jesus disse que se conhece a árvore pelos seus frutos. Mesmo uma árvore centenária plantada nos átrios do Senhor... que de onde está pode ouvir os louvores e a proclamação da Palavra Sagrada... e isso não quer dizer absolutamente nada em termos de espiritualidade. Pois como diz o apóstolo Paulo, só quem ama cumpre toda a Lei (mandamentos, vontade) de Deus.

Páscoa Cristã: a manifestação da fidelidade de Deus em meio à infidelidade e traição humanas.

Páscoa Cristã... tempo de reafirmar nosso amor para com Deus, nosso compromisso para com o Evangelho, nossos serviços em prol do Reino de justiça e paz, nossa vida em prol de um mundo segundo o coração de Deus (tão claramente anunciado, publicado e explicitado em Jesus).

Celebremos com gratidão e alegria a ressurreição de Jesus, sem a qual nossa fé seria vã. E oremos para não cairmos na indiferença, em tentação e na infidelidade, na alienação em relação ao Reino de Deus.

Feliz Páscoa. Que o Ressuscitado esteja em seu coração, iluminando sua vida, seus relacionamentos, seus caminhos e seu jeito de caminhar

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Ronan Boechat de Amorim é pastor da igreja metodista em Vila Isabel - http://www.metodistavilaisabel.org.br/

Verso e Voz - 08 de abril

Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR. - Jeremias 9.23-24

“No centro do entender Cristão da revelação e redenção está a pessoa de Jesus. Dele dizemos que não só traz a revelação de Deus para nós, mas que ele próprio é a revelação de Deus”. - Monika K. Hellwig, Jesus: The Compassion of God (Jesus: A Compaixão de Deus)

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