21 abril, 2007

Conferencia de Bispos Católicos terá observadores Evangélicos

Conferência do CELAM terá observadores evangélicos

CIDADE DO VATICANO, 20 de abril (ALC) – O moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), pastor Walter Altmann, foi convidado pelo Vaticano para acompanhar, na qualidade de observador, a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (CELAM), que estará reunida em Aparecida do Norte, São Paulo, de 13 a 31 de maio.

O papa Bento XVI estará presente na abertura da Conferência, que tem por lema “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos Nele tenham vida”. Além de Altmann foram
convidados do mundo evangélico latino-americano, como observadores, o pastor metodista argentino Néstor Oscar Míguez, o pastor pentecostal chileno Juan Sepúlveda, a pastora presbiteriana cubana e co-presidenta do CMI, Ofélia Ortega, e o presidente da União Batista Latino-Americana, pastor Harold Segura.

O CELAM vai reunir em Aparecida do Norte 266 pessoas divididas entre 162 membros, 81 convidados, oito observadores e 15 peritos. Ao longo da história foram celebradas quatro Conferências Gerais na América Latina, chamadas também Assembléias Gerais do Episcopado Latino-Americano: Rio de Janeiro, em 1955; Medellín, em 1968; Puebla, em 1979; e Santo Domingo, em 1992.

As conferências gerais são reuniões de bispos nas quais os pastores analisam a vida da Igreja Católica em seus territórios, descobrem aspectos positivos e negativos, identificam problemas e deliberam de comum acordo sobre as soluções e linhas de ação pastoral.

Além dos três presidentes e dois secretários da V Conferência, figuram como membros 14 cardeais latino-americanos, a presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), os presidentes das diferentes Conferências Episcopais da região, 93 delegados escolhidos pelos episcopados, 15 membros nomeados pelo papa, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, três núncios apostólicos, representantes de Conselhos de Conferências Episcopais e oito bispos de outras Conferências Episcopais.

Entre os convidados figuram 24 sacerdotes diocesanos, quatro diáconos permanentes, 16 religiosos e religiosas, 15 leigos, cinco superiores maiores, três membros da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR) e uma representante da Confederação de Institutos Seculares na América Latina (CISAL).

O Vaticano também convidou representantes de cinco movimentos eclesiais da América Latina: Caminho Neocatecumenal, Shalom, Comunhão e Libertação, Schoenstatt e o Sodalício de Vida Cristã, além de representantes de organismos de ajuda.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

Verso e Voz - 21 de abril

Povo de Israel! Escutem o que o Deus Eterno exige de vocês. Ele quer que vocês o temam e sigam todas as suas ordens; quer que o amem e que o sirvam com todo o coração e com toda a alma. Obedeçam a todas as leis de Deus que eu estou dando a vocês hoje, para o seu bem. Deuteronômio 10.12-13 (BLH)

Quando o relacionamento vem do “coração” e da “alma” ele é sólido e autêntico. O ideal desta passagem não é somente a obediência. O amar leva a SERVIR. Os que se amam mutuamente se servem um ao outro reciprocamente. Aqui está sendo traçada a condição de um relacionamento sólido e duradouro - amor mútuo, leva a serviço recíproco. A ênfase não está nas leis que devem ser obedecidas, mas, no relacionamento que está atrás da obediência. Uma religião de leis é uma religião diabólica, uma religião de opressão e de escravidão. A religião deve libertar a pessoa e a comunidade para se relacionar com a espontaneidade do amor e não colocá-la num regime de leis e regras... Leis e regras podem, no máximo, servir de ponto de referência para medirmos se a base e os frutos de um relacionamento são produtos do amor ou egoísmo. O espírito da lei está muito acima da letra. O espírito da lei é a alma da lei. - Darrel H. Santee

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20 abril, 2007

Verso e Voz - 20 de abril

Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso. - Isaias 11.1-4


Basta de frases e vaidades e metáforas!
Eu quero queimar, queimar...
Acenda um fogo de amor em tua alma,
Queime por completo todo pensamento e expressão! - Jelalludin Rumi

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19 abril, 2007

Bispos metodistas questionam “lei da homofobia”

SÃO PAULO, 19 de abril (ALC) – Pregar e ensinar no público e no privado contra a prática homossexual como um pecado e desobediência aos ensinamentos de Deus é um direito inalienável da igreja, defende o Colégio Episcopal da Igreja Metodista do Brasil, que questiona a chamada “lei da homofobia”.

O projeto de lei 5.003, de 2001, em análise no Parlamento brasileiro, criminaliza toda e qualquer manifestação contra a opção sexual das pessoas. Para os bispos metodistas, reunidos em São Paulo nos dias 11 e 12 de abril, “tal lei ora em discussão retomaria os princípios da censura de consciência e opinião típicas do fascismo e das ditaduras que tantos males causaram à humanidade”.

O Colégio Episcopal admite que ocorrem manifestações de natureza discriminatória de todo tipo na sociedade brasileira, também contra pessoas homossexuais, que não fazem justiça aos direitos individuais nem à tradição cristã de reconhecer qualquer ser humano como criatura divina.

Numa sociedade democrática, destacam os bispos metodistas, o direito de escolha é reconhecido, “mas também nesta sociedade os valores individuais, e mesmo de segmentos, não podem se impor sobre os valores de outras comunidades específicas”, como a das igrejas cristãs, por exemplo.

O pronunciamento do Colégio Episcopal metodista reporta-se ao ensinamento bíblico de que Deus criou homem e mulher, orientação sexual defendida pela igreja, assim que a prática do homossexualismo é encarada como pecaminosa. “O fato de a igreja compreender o homossexualismo desta maneira não a impede de receber, acolher e dialogar com os homossexuais”, frisa o documento.

A igreja quer preservar o direito de questionar a conduta humana, qualquer que ela seja, “de modo a poder desempenhar sua missão de pregar a reconciliação do ser humano com Deus, com o seu próximo e consigo mesmo”. O Colégio Episcopal metodista é integrado por dez bispos e uma bispa.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

Passeio socrático

Frei Betto*

Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que, na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse.

O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.

É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.

A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.

Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.

Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?

Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela...

Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.

Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.

Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.

Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói." E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.

Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".

* Frei Beto é escritor.

Verso e Voz - 19 de abril

Eis aí está que reinará um rei com justiça, e em retidão governarão príncipes. Cada um servirá de esconderijo contra o vento, de refúgio contra a tempestade, de torrentes de águas em lugares secos e de sombra de grande rocha em terra sedenta. Os olhos dos que vêem não se ofuscarão, e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos. O coração dos temerários saberá compreender, e a língua dos gagos falará pronta e distintamente. Ao louco nunca mais se chamará nobre, e do fraudulento jamais se dirá que é magnânimo. - Isaías 32.1-5

Oração o leva a ver caminhos novos e a ouvir melodias novas no ar. Oração é a respiração da sua vida que lhe dá liberdade de ir e ficar onde você deseja e a achar os muitos sinais que apontam para uma terra nova. Orar não é simplesmente algum compartimento necessário no horário diário de um cristão ou cristã ou uma fonte de apoio em tempo de necessidade, nem é restringido ao domingo pela manhã ou como uma moldura para cercar as refeições. Orar é viver. - Henri J. M. Nouwen, With Open Hands (Com Mãos Abertas)

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18 abril, 2007

Se o Grão não Morrer

Por Josué Adam Lazier*

Pensando na dimensão escatológica do povo de Deus

A mensagem da Páscoa que celebramos recentemente desperta em nós o canto da fé e da ressurreição e o encanto da vida. É que a morte, na perspectiva da Bíblia, faz nascer o novo. Assim é com o grão de trigo que para gerar vida precisa morrer: “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12.24).

Os evangelistas viram estas duas realidades na paixão de Cristo: o morrer e o viver. No morrer de Cristo Mateus viu o véu do Templo se rasgar e percebeu terremotos (Mt 27.45-56); Marcos viu trevas e ouviu os brados de Jesus na cruz (Mc 15.33-41) e Lucas viu as trevas, o véu se rasgar e ouviu a confissão atemorizada do centurião romano (Lc 23.44-49). No viver de Cristo Mateus viu relâmpagos anunciando a ressurreição (Mt 28.1-8); Marcos observou o espanto das mulheres ante o túmulo vazio (Mc 16.1-8) e Lucas lembrou que a ressurreição de Cristo não deveria causar tanta surpresa, pois fora anunciada aos discípulos (Lc 24.1-11). Mas a vida é assim mesmo: marcada pela tensão entre a fragilidade e evidência da precariedade da vida humana (morrer) e a força gerada pela fé e pela coragem inerente na vida humana (viver). Nas palavras do salmista o choro é passageiro, pois a alegria vem pela manhã (Sl 30). Para o poeta Thiago de Mello:

Faz escuro (já nem tanto),
Vale a pena trabalhar.
Faz escuro, mas eu canto
Porque a manhã vai chegar.

Esta mensagem nos remete ao sentido escatológico do povo de Deus. Escatológico porque vivemos a tensão do morrer e do viver, do agora e do ainda não, dos finais dos tempos, mas do ainda há muito tempo, do cronos (relógio) e do kairós (tempo de Deus). É a tensão da vida que marca o povo de Deus.

É certo e reconhecido por muitos que vivemos uma exacerbação do agora, do presente, do já, do possuir, do fazer, do conquistar, enfim do cronos, do relógio que marca a hora e o dia. Isto é inegável nos dias em nossos dias, até como resultado do fenômeno religioso que temos experimentado nos últimos anos. Muitos afirmam que “agora a igreja vai crescer”, “agora os problemas estão resolvidos”, “agora estamos unidos”, “agora vamos orar juntos”, “agora as coisas mudaram”, “agora...”, “agora...”. Mas é preciso que se diga: “já, mas ainda não”, “ainda não...”, “ainda... não”, na percepção de que não vivemos o sentido escatológico como povo de Deus, ou seja, não temos vivido integralmente como povo de Deus dos últimos tempos, como se fôssemos a última geração a ser sal da terra e luz do mundo, embora não posssamos considerar isto como algo absoluto. É o agora, mas ainda não, pois é o tempo oportuno (kairós) que Deus nos oferece. É o tempo de viver a espera, é o tempo de ter esperança.

Viver a dimensão escatológica do povo de Deus é viver a integralidade de ser povo de Deus, ou seja, viver o Evangelho integral, desenvolver a santidade bíblica na sua amplitude, conformar-se com as exigências da justiça do Reino de Deus, desenvolver a espiritualidade do amor e da ternura, aceitar as renúncias que a nova vida exige. Se o grão de trigo não morrer não haverá pão e não haverá a integralidade da vida.

Assim sendo, a intolerância que marca muitos dos nossos relacionamentos não nos confere a integralidade como povo de Deus. Da mesma forma a discriminação, seja por questões raciais, morais, étnicas, ideológicas, teológicas, doutrinárias, geográficas, também ferem a integralidade do povo de Deus. Questões que passam pelas disputas de poder, que marcam os diálogos que criam estigmas ou que caracterizam comportamentos e estereótipos, são agressões cometidas contra a integralidade do povo de Deus. As práticas triunfalistas, messiânicas, que não têm em si as marcas do grão de trigo que deve morrer para viver, negam a integralidade do povo de Deus. A violência praticada pelo silêncio, pelas palavras mal ditas, pela omissão, pelo comportamento ofensivo e dissimulado, pelas palavras abusivas, pelas evasivas, pelas atitudes arrogância, pela violência verbal e física, nos impedem de vivermos a integralidade do ser povo de Deus. Quando práticas antiéticas, imorais e antievangélicas se alojam em nosso meio, negamos o que professamos e deixamos de ser sal e luz

Talvez seja um sonho desejar viver a integralidade do ser povo de Deus. Talvez eu seja um sonhador ao quere ver o povo de Deus vivendo a dimensão escatológica da fé e da missão. Mas eu quero sonhar e enquanto isto ouvir os sussurros de Deus e desejar...

Desejos

Ricardo Gondim

Desejo conquistar a mim mesmo para não sonhar os sonhos do enlouquecido

Desejo aceitar as feridas de quem ama para quebrar o feitiço do adulador.

Desejo a quietude do sábio para desprezar a festa do farsesco.

Desejo sentar com o humilde para desdenhar a sedução do rei.Desejo ser filho amado de Deus para não tentar ser dono do sobrenatural.

Desejo viver contente para não me enamorar da riqueza.

Desejo vestir-me de bondade para nunca valer-me da vingança. Desejo a sombra dos simples para não me conduzir pelo sol do soberbo.

Desejo esquecer sonhos infantis para viver com a grandeza da criança. A vida é bonita e os anos tão ariscos.

Tenho tantos desejos e tão pouco tempo para cumpri-los. Como nunca deixarei de almejar, quero só desejar certo.

Que sejamos despertados para o sonho, para o canto, para o encanto da vida e para o “já, mas ainda não”.

É isto o que eu desejo e em cuja perspectiva tenho esperança de estar cumprindo com o meu ministério.
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* Bispo Josué Adam Lazier é Bispo Emérito da Igreja Metodista no Brasil

Informe do CONIC


Irmãos e Irmãs,

Segue ficha de pedido da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2007. Pedimos a gentileza de divulgar em seus sites e e-mails.

Graça e Paz,

Lia Silva
Secretaria do CONIC
conic.lia@terra.com.br
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – 2007

Você já pode começar a planejar a Semana de Oração porque o tema já está definido: “Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” (Marcos 7, 37). A Semana acontecerá de 20 a 27 de maio de 2007. O caderno motivador já esta pronto e esta disponível a todos.
Realizando a Semana em nossas comunidades, estaremos promovendo o desejo de Jesus Cristo: que sejamos um a fim de que o mundo creia. Para isso, é importante que envolvamos a todos que constroem a família cristã, crianças, jovens, mulheres, cada um com sua participação e particularidade.
Ficha de pedidos

Nome:__________________________________________
Endereço:_______________________________________
Cidade: _________________________________________
UF: ______ CEP_________________________________
Fone: __________________________________________
E-mail: _________________________________________
Nº de exemplares solicitados: _________________________

Valor unitário do livreto: R$ 1,40 + despesas de correio
Na compra de 10 livretes você ganha um cartaz
Faça já seu pedido e informe-se sobre total de despesa. Ligações gratuitas: 0800 61 2226
Forma de pagamento:
■ Boleto Bancário (compra acima de R$: 50,00)
■ Depósito Bancário (anexar comprovante ao pedido)
■ Ou pelo site do Centro de Pastoral Popular
Devolva o volante com pedido para:
Centro de Pastoral Popular
Caixa Postal: 10550 - CEP 71620-980 - Brasília, DF
Fone: (61) 3248-4166 Fax: (61) 3364-1948
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Evangélicos fazem mobilização pela paz


BRASIL
Líderes evangélicos fazem mobilização pela paz

Por Verônica Pragana

NATAL, 17 de abril (ALC) - Cerca de 90 líderes evangélicos de Natal, capital do Rio Grande do Norte, foram às ruas no sábado, 14, à tarde, para participar da Mobilização Evangélica pela Paz, promovida pelo Fórum de Igrejas e Entidades Sociais e Evangélicas (FIESE) com apoio da Diaconia.
Com faixas e panfletos em mãos, os participantes provenientes de várias denominações religiosas concentraram-se no cruzamento das avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho, um dos mais movimentados da capital potiguar. Em uma hora, interagiram com milhares de pessoas e distribuíram sete mil panfletos, que continham dados sobre a violência na capital e frases que atribuíam a todos os cidadãos a responsabilidade pela construção de uma sociedade mais justa.
"A paz tem fundamentos na fé, na família, no respeito, no trabalho, no emprego, na solidariedade, na igualdade e tantos valores que não acontecem por si, mas podem ser cultivados por mim e por você! Não espere! Esteja engajado! A luta é nossa", alertava uma das mensagens do panfleto.
Antes de ir às ruas, os participantes refletiram sobre a violência intrafamiliar contra crianças e mulheres, e assistiram à peça teatral "Desperta Igreja", apresentada pelo grupo de Teatro Dínamis de Deus, da Igreja do Nazareno de Cidade Satélite.
"Reconhecemos que as pessoas são agentes de violência, independente do seu credo religioso. E acreditamos em pessoas, porque pessoas podem mudar seu comportamento, suas atitudes e pensamentos", ressaltou o pastor da Igreja Luterana e técnico do Programa de Apoio à Ação Diaconal das Igrejas (PAADI), Airton Schroeder.
Segundo o Instituto Técnico Científico da Polícia do Rio Grande do Norte (ITEP), em 2006 ocorreram 298 homicídios em Natal, dos quais 249 perpetrados por armas de fogo. E em janeiro de 2007 morreram 50 pessoas na capital. Em 2006, as cinco Delegacias da Mulher do Estado receberam 10.800 denúncias.
Além da Igreja Luterana, participaram da mobilização outras nove denominações religiosas: Igreja Refúgio da Graça, Igreja Presbiteriana Independente, Igreja Presbiteriana do Brasil, Igreja do Nazareno, Assembléia de Deus, Casa da Bênção, Igreja Batista Viva, Igreja de Cristo de Rosa dos Ventos - Parnamirim e Igreja Batista Cidade Jardim.
O FIESE atua promovendo eventos de capacitação e sensibilização para líderes de igrejas nas temáticas de superação da violência e Aids, articula e mobiliza as igrejas da região metropolitana de Natal na realização de atividades de cidadania.
A Diaconia, através do PAADI, desenvolve projetos de sensibilização e prevenção da violência familiar contra a mulher em igrejas da Região Metropolitana de Recife, Fortaleza e Natal.
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Sobre o Massacre da Virgínia

Por Fernando Cezar Moreira Marques *
- Por favor, agora não! O presidente vai falar!

Recusando-se a atender a mais um telefonema, a dar mais uma entrevista, a repetir de novo a história de seu filho morto no episódio (que a imprensa está chamando de Massacre da Virgínia) aquela mãe se preparou para ouvir, pela televisão, o chefe da Nação.

Penso que foi difícil para ela, a mãe, segurar as lágrimas quando o presidente começou seu discurso dizendo que a Nação estava chocada e profundamente triste. E que ele, pessoalmente, estava orando pelas vítimas e familiares da “terrível tragédia”.

Era o presidente dos Estados Unidos da América falando diretamente a ela, em pronunciamento oficial no final da tarde do dia em que seu filho morrera de forma absurda.

Embora muito provável, a cena descrita acima não é verídica. Nasceu da minha imaginação. Assim como a que me veio à mente quando ouvi a porta-voz interina da Casa Branca afirmar que o episódio não fez com que o presidente mudasse sua opinião quanto ao direito das pessoas comprarem e portarem armas. O presidente defende a Constituição, pensei.

A cena que imaginei é a de familiares e amigos, não chocados e tristes mas, ao contrário, profundamente felizes esperando o pronunciamento oficial do sacerdote que atestaria a cura de sua mãe, tia, irmã, que há dezoito anos vivia encurvada e que agora, finalmente, por não estar mais doente, poderia voltar ao convívio da família e da comunidade.

Todos nos recordamos do que disse o sacerdote no episódio narrado por Lucas (13.14): defendeu a instituição, o Sábado, repreendendo quem estava ali.

Um tapa na cara, um balde de água fria? É assim que entendo a defesa da Constituição norte-americana no momento (A Segunda Emenda afirma que “ ... o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido”). Os defensores da Constituição (os quais, não sejamos ingênuos, defendem, na verdade, um negócio que movimenta milhares de dólares ao ano) repetem o que um sacerdote disse há dois mil anos: a instituição chamada Sábado vale mais que a vida; o direito de comprar e vender armas vale mais que a vida de jovens universitários.

Os evangelhos narram diversos episódios em que Jesus questionou instituições sólidas de seu tempo como o Sábado, o Templo, a Lei de Moisés. Em todos os casos, o que estava em jogo era o mesmo: o ser humano é mais importante que qualquer instituição que o prive de vida e esperança ou que o trate sem levar em conta seu valor como ser humano.
E esse, é claro, era um princípio que os líderes das instituições não podiam e não podem aceitar ainda hoje.

Não quero resumir o Massacre da Virgínia a discussões políticas sobre a mudança ou não da Constituição dos Estados Unidos. Deixo isso para os políticos que vão, daqui por diante, usar o assunto para esquentar a campanha com vistas às eleições presidenciais previstas para o ano que vem. Recuso-me a reduzir a questão da violência, tão complexa, à facilidade de acesso às armas ou à redução da maioridade penal como se viu recentemente por aqui.

Quero, sim, me mostrar solidário aos pais e mães, amigos e demais familiares não só das vítimas mas também do jovem que efetuou os disparos. Quero dizer a eles que, pessoalmente, também já orei por eles e elas.

E nas minhas orações, pedi perdão a Deus pelas vezes em que agi em defesa das instituições, contra a vida. Talvez tenha sido essa a oração do presidente Bush.

Talvez deva ser essa a oração daquela igreja local que impediu as crianças de participarem do culto porque “atrapalhavam”; daquela outra que expulsou de seu meio uma jovem que se declarou contaminada pelo vírus HIV; de uma outra que não queria os juvenis nas dependências da igreja fora dos horários de culto...
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*Fernando Cezar Moreira Marques - Departamento Nacional de Escola Dominical - Redação
Sede Nacional da Igreja Metodista

Verso e Voz - 18 de abril

Aí Gideão compreendeu que era mesmo o Anjo de Deus Eterno que ele tinha visto. E disse, apavorado: -- Meu Deus! Eu vi o Anjo do Eterno face a face! Mas o Eterno respondeu: -- Não fique com medo. Tudo está bem. Você não morrerá. Gideão construiu ali um altar para o Deus Eterno e o chamou de "O Deus Eterno é paz. Juízes 6.22-24ª (BLH)

"A nação ia mal, mas Gideão estava na sua... A 'sua' era cuidar de sua vida, da sua lavoura... Gideão era pobre, de família humilde. Não sentia responsabilidade com os acontecimentos nacionais, nem tribais. De repente, um anjo aparece para tirar a sua tranqüilidade... Gideão foi chamado para se envolver com algo fora das suas atividades habituais; foi chamado para ser o 'salvador da pátria'. Um encontro com Deus ou com um anjo de Deus implica num envolvimento com o sofrimento humano, além do nosso próprio sofrimento e os nossos próprios interesses. Depois do encontro, Gideão não podia mais ficar cuidando de sua própria vida. Um encontro verdadeiro com o Eterno nos empurra para fora do nosso pequeno mundo, para vivermos no mundo dos outros". - Darrel H. Santee

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17 abril, 2007

Verso e Voz - 17 de abril

Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento. - Lucas 21.1-4

“A vida de Deus e nossas vidas são interlaçadas, como uma videira com ramos como um corpo com membros. Somos tão incorporados que ninguém pode dar uma xícara de água fria para a menor pessoa no mundo sem dar isto para [Deus]”! - Rufus M. Jones, The Double Search (A Busca em Dobro)

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16 abril, 2007

Verso e Voz - 16 de abril

O que escarnece do pobre insulta ao que o criou; o que se alegra da calamidade não ficará impune. - Provérbios 17.5

“Onde estão espíritos gentis e almas de oração entre nossos líderes? Quando confiaremos nas qualificações de estilo de vida acreditável e testemunha corajosa tanto quanto a articulação de programas e perícias financeiras? Quando morreremos aos estilos de governo e autoridade que caracterizam nossa sociedade secular e escolheremos o estilo do evangelho? De forma de que o que é mais evidente naqueles e naquelas que dirigem e nos encorajam é seu status de peregrinos e peregrinas, a sua habilidade para escutar e aprender e mudar, e a sua sensibilidade global”. - Joan Puls, Every Bush is Burning (Todo Arbusto está Ardendo)

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15 abril, 2007

Verso e Voz - 15 de abril

E o espinheiro respondeu: "Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano. Juízes 9.15 (BLH)

"Temos que ficar sob a sombra do nosso rei! Se escolhermos um rei pequeno, nos diminuiremos e não alcançaremos o nosso potencial... As árvores nobres estavam escolhendo um espinheiro para ser rei. Assim agindo, condenavam-se a serem sufocadas ou queimadas. Optavam por uma escolha que seria a sua própria destruição!

"Não poderemos passar, nem alcançar o tamanho do nosso 'rei'! Os valores que escolhemos determinam até que ponto nós podemos nos desenvolver. Há um ditado que diz: - 'os povos têm os governos que merecem'. Há um pouco de verdade nisso... O povo tende a escolher um governo de acordo com a sua altura! É importante a boa escolha de valores e prioridades! Nossos valores devem ser maiores do que nós e nos desafiar sempre. O nosso 'rei' sendo nobre e elevado nos dá espaço para crescermos. O Reino que Jesus descreveu é a nossa melhor opção. Nos desafia a crescermos e ultrapassarmos o nosso pequeno mundo, participando de um projeto que nos dá oportunidades sem limites..." - Darrel H. Santee

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